quarta-feira, maio 03, 2006

BENFICA CB- 1 RIO MAIOR- 1


Benfica cai para a 3ª num jogo em que fez tudo para ganhar

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Pedro Estrela, auxiliado por Armando Mendes e Fernando Brandão (Porto)
Benfica CB- Carlos Soares (3), Gervásio (3), Cascavél (4), Daniel Matos (4), Miguel Vaz (3), Andy (2), Cláudio (3), Prata (3), Ricardo António (3), Trindade (3) e Telmo (3)
Treinador- José Leal
Rio Maior- Hugo Pinheiro, Dimas, Miguel Piedade, Jacaré, Ricardinho, Amadeu, Ibrahima, Julinho, Gualter, Ruas e André Xavier
Treinador- João Sousa
Substituições- Andy por José Luís (3) aos 45, Trindade por Gonçalo (3) aos 67 e Prata por Daniel Fernandes (2) aos 81; Jacaré por Carolo aos 45, Dimas por Pina aos 75 e Ricardinho por Vasco aos 87
Disciplina- Amarelos a Trindade aos 37, Cláudio aos 53 e 61, Prata aos 68 e José Luís aos 89; Jacaré aos 30, Miguel Piedade aos 83 e Carolo aos 90. Vermelho por acumulação de amarelos a Cláudio aos 61. Vermelho directo a Ibrahima aos 53
Marcadores- Daniel Matos aos 70; Ricardinho aos 38

A figura do jogo- Daniel Matos – Tanto Daniel Matos como Cascavél poderiam ser a figura do jogo, porque foram os melhores encarnados em campo. Correram muito e tudo fizeram para empurrar o Benfica para a vitória. A escolha recaiu em Daniel Matos apenas por ter marcado o golo.

O Benfica CB- Teve uns bons primeiros 20 minutos, em que não deixou o seu adversário sair do seu meio campo, mas depois foi caindo gradualmente até ao intervalo. Na 2ª parte a pressão que fez foi quase sufocante para o Rio Maior. Chegou ao empate e dispôs de mais três boas ocasiões para chegar à vitória. Não foi por este jogo que aconteceu a descida de escalão.

No jogo do tudo ou nada, onde o Benfica precisava ganhar para continuar a ter hipóteses de se manter na 2ª divisão, o resultado final de um empate acaba por ser penalizador para os encarnados que, principalmente pelo que fizeram nos segundos 45 minutos, mereciam ter conquistado os 3 pontos em disputa.
A equipa albicastrense até entrou bem no jogo e logo aos 6 minutos Daniel Matos poderia ter inaugurado o marcador mas acabou por atirar ao lado da baliza de Hugo Pinheiro.
Nos minutos seguintes o domínio continuou a ser dos encarnados, sem no entanto, nessa altura, conseguir criar lances de perigo junto das redes adversárias.
Pouco passava dos 20 minutos quando o domínio se foi diluindo e, gradualmente, o Rio Maior foi equilibrando, terminando a primeira parte com ligeiro ascendente no jogo. A diferença foi que, no período em que comandou o jogo, o Benfica e Castelo Branco não conseguiu marcar, e quando as coisas penderam para os ribatejanos os visitantes conseguiram tirar o devido proveito com o golo marcado por Ricardinho na transformação de um livre directo que não deu qualquer hipótese a Carlos Soares.
A eficácia conta muito no futebol e, analisando por este prisma, o Rio Maior merecia a vantagem ao descanso.
Para a segunda parte a equipa de José Leal entrou muito determinada em alterar o rumo dos acontecimentos. O Benfica empurrou o Rio Maior para os arredores da sua área, jogava-se praticamente a tempo inteiro no meio campo visitante, mas as oportunidades não eram muitas e Hugo Pinheiro continuava a não ter muito trabalho. Com José Luís no lugar do inoperante Andy, a equipa dava tudo em campo e lutava muito para inverter o placard. E como “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, o prémio do sufoco surgiu aos 70 minutos quando Daniel Matos se isolou pelo lado esquerdo e, à saída do guarda-redes adversário, atirou para o fundo das redes. Estava feito o empate mais que merecido nesta altura.
E logo no minuto seguinte foi Cascavél que praticamente numa jogada igual atirou ao ferro da baliza adversária. Mais um minuto volvido e novamente Daniel Matos a estar muito perto de fazer a festa. Parecia estar perto o golo da reviravolta. O Rio Maior só em contra-ataque chegava à baliza adversária, mas nunca dispôs de nenhuma situação flagrante de golo.
Aos 80 minutos José Luís também teve o golo da vitória nos pés e aos 85 minutos surge o caso do jogo e o maior erro do árbitro da partida, já que tanto na expulsão directa de Ibrahima como no duplo amarelo a Cláudio, Pedro Estrela esteve bem. Num lance confuso dentro da área dos visitantes Miguel Piedade jogou a bola com a mão. Uma grande penalidade que ficou por marcar e que pode ter tido influência no resultado final.
O Benfica não ganhou, baixou à 3ª divisão, mas não foi certamente pelo que a equipa fez neste jogo que aconteceu a descida.

A arbitragem- Fica ligado ao resultado por não ter assinalado uma grande penalidade para o Benfica quando Miguel Piedade, aos 85 minutos, jogou a bola com a mão dentro da sua área. Num ano em que muito se discutiu as mãos na bola ou as bolas na mão, este lance não nos deixou dúvidas.
Discurso directo- José Leal, treinador do Benfica CB- “Há coisas piores na vida. Notei que, nestes dois jogos em que orientei a equipa, que tudo foi diferente. Os jogadores deram o que tinham e o que não tinham. Quem fez este plantel, não sei se foi um construtor civil, mas de futebol não percebe muito. Tive que arriscar com médios defensivos porque não tinha avançados! Não vou dar os parabéns aos jogadores porque não ganhámos, mas foram dignos. Estou orgulhoso e sinto que eles têm valor e capacidade para permanecer neste escalão. Vamos partir da 3ª divisão para outros voos. Estou convencido que a FPF ainda nos vai convidar para continuar na 2ª divisão porque há equipas que vão desistir”.

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