domingo, novembro 30, 2008

OLEIROS- 2 ESCALOS DE CIMA- 0


Oleiros “matou” na altura certa

Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Francisco Madeira (1), auxiliado por Flávio Nunes e Paulo Silvestre
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (3), Tiago Ventura (3), Gonçalo (3), Fiel (3), Cássio (3), Quim Garcia (3), Norberto (3), Ludovico (3), João André (3) e Joel (3)
Treinador- José Ramalho
Escalos de Cima- Bruno Cardoso (3), Humberto (3), Paulinho (3), Cláudio (3), Luís Afonso (3), Carlitos (3), Mata (3), Chico (3), Bruno (3), Capinha (3) e Paulo Mendes (3)
Treinador- Paulo Macedo
Substituições- Norberto por Zé Bernardo (1) aos 59, Ludovico por Naves (1) aos 79 e João André por Castanheira (-) aos 90+1; Bruno por Nélson (1) aos 71 e Luís Afonso por Gonza (-) aos 86
Disciplina- Amarelos a Norberto aos 37, Tiago Ventura aos 57 e Zé Bernardo aos 74; Bruno aos 65 e 81. Vermelho por acumulação a Bruno aos 81
Marcadores- Joel aos 15 e Ludovico aos 69

A figura do jogo- Cássio (Oleiros)- Foi sempre o mais constante do meio campo oleirense. Bem a recuperar bolas e importante a transportar o jogo de trás para a frente.

O Oleiros- Entrou dominador, esteve dentro do meio campo adversário nos primeiros 25 minutos e acabou por marcar na primeira oportunidade de que dispôs. Depois deixou o Escalos equilibrar e matou o jogo numa altura importante, já que o adversário começava a acreditar que era possível evitar a derrota.

O Escalos de Cima- Foi a Oleiros jogar o jogo pelo jogo, especialmente depois de se encontrar a perder, mas nunca conseguiu ser tão eficaz como a equipa da casa. Quando tentava o tudo por tudo para chegar, pelo menos, ao empate, Ludovico carimbou a vitória dos da casa.

Rodeados pelas Serras do Muradal e Alvelos cobertas de neve nas zonas mais altas, Oleiros e Escalos de Cima lutaram muito, proporcionaram um jogo muito disputado mas, talvez um pouco também pelo muito frio que se fez sentir, não conseguiram brindar o público com um espectáculo que fizesse esquecer a baixa temperatura.
O Oleiros, a jogar em casa e como lhe competia, entrou no jogo mandão, dominador, com muita posse de bola, e desde início empurrou o Escalos para dentro do seu meio campo. Mesmo assim, essas trocas de bola e o facto de estar sempre no meio reduto do adversário não foram sinónimos de muitas oportunidades de golo, até porque dava a sensação que os visitantes aceitaram este domínio inicial mas nunca perderam o controlo do seu jogo defensivo.
Mas praticamente na primeira oportunidade de perigo real Joel inaugurou o marcador. Estava conseguida a tranquilidade que a equipa de José Ramalho tanto procurava. Agora competia ao Escalos correr atrás do resultado, e a verdade é que o conjunto de Paulo Macedo conseguiu mesmo, a partir dos 25 minutos, ser ligeiramente superior ao Oleiros, já que o seu meio campo começou a recuperar mais bolas e João Luís já via o jogo mais de perto. Daqui apenas resultaram dois remates de longe, um de Paulinho, que o guarda-redes defendeu, e outro de Bruno que passou ao lado do poste.
Na segunda parte as coisas foram sempre mais equilibradas. O jogo estava muito repartido e o Escalos começou a sentir que era possível sair com ponto(s) de Oleiros. Uma de duas coisas podia acontecer: ou o Escalos chegava ao empate e o jogo podia virar, ou o Oleiros fazia o segundo e matava o jogo. Coube a Ludovico colocar um ponto final em toda e qualquer aspiração dos visitantes, quando marcou aos 69 minutos. Antes disso, um fora de jogo posicional de Paulinho, que não teve influência na jogada, terminou com um cartão amarelo para Bruno, por ter rematado para golo já depois de Francisco Madeira ter apitado. Pareceu-nos errada a decisão do auxiliar do lado do peão, até porque Paulinho parou, alheando-se completamente do lance.
Quase a terminar, e no mesmo minuto, 90, Zé Bernardo ainda desferiu um remate de muito longe que levou a bola a embater na trave da baliza de Bruno Cardoso e, na resposta, foi Chico que rematou, obrigando João Luís a defender para evitar o golo de honra que o Escalos até fez por merecer.
Vitória justa do Oleiros num jogo em que a margem mínima era um espelho mais fiel daquilo que se passou dentro das quatro linhas.

A arbitragem- As equipa mereciam um melhor trabalho. Excesso de preciosismos, um critério disciplinar muito próprio, e um lance de fora de jogo assinalado a Bruno (ou posicional de Paulinho?) que nos deixou a clara sensação de não ter existido.

Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Vamos tentar ganhar e jogar bem, mas hoje não jogámos tão mal como possa parecer. Tivemos um início bom, trocámos bem a bola nalguns períodos, de uma maneira um pouco lenta, não criámos muitas oportunidades, mas o Escalos também não, mas nesta altura é importante não sofrer golos porque esta equipa estava habituada a sofrer muitos golos. A vitória é indiscutível porque os jogadores trabalharam muito. Os jogadores não complicaram e acho que o árbitro mostrou demasiados amarelos”.

Discurso directo- Paulinho, jogador e técnico adjunto do Escalos de Cima- “O Oleiros tentou entrar forte para marcar cedo, nós tentámos segurar o jogo para ver se conseguíamos um golo em contra-ataque. Eles tiveram sorte e marcaram primeiro. Parece-me que o árbitro teve influência no resultado porque nós acabámos por marcar dois golos… há lances que deviam ser melhor ajuizados. Não sei se é por estarmos no fundo da classificação… ”.

domingo, novembro 23, 2008

VALVERDE- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 0


Nem atou, nem desatou…

Campo de Valverde
Árbitro- Alexandre Rato (4), auxiliado por Diogo Venâncio e David Afonso
Valverde- João Augusto (3), Ricardo Silva (3), Dinis Gonçalves (3), João Alves (3), Daniel Alves (3), Cristophe (3), Miguel Duarte (3), Hugo Gigante (3), Janilson (3), Gonçalo (3) e Flávio Cunha (3)
Treinador- Micas
Vitória de Sernache- Jorge Correia (3), Paulo Lopes (3), Ricardo André (3), Fernando Miguel (4), Likas (3), Luís Filipe (3), Dany (3), Tiago Farinha (3), Dário (3), Miguel Farinha (3) e João Gaspar (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Flávio Cunha por Daniel Santos (2) aos 58, Gonçalo por Nuno Martins (2) aos 65 e Janilson por Zé Luís (1) aos 74; Paulo Lopes por Filipe Barata (2) aos 69 e Miguel Farinha por Fredy (1) aos 76
Disciplina- Amarelos a Dinis Gonçalves aos 89; Fernando Miguel aos 85
Marcadores- -

A figura do jogo- Fernando Miguel (Vitória de Sernache)- Capitão, comandante, impulsionador… Enfim, um central que é um verdadeiro líder da sua equipa. Tentou algumas vezes criar desequilíbrios no adversário integrando-se em lances ofensivos.

O Valverde- Num jogo em que o equilíbrio foi sempre a nota dominante, apenas teve algum ascendente logo no início da segunda parte. Jogou sempre um futebol muito directo para tentar tirar proveito da velocidade dos homens da frente, mas raramente as coisas saíram bem.

O Vitória de Sernache- Tentou jogar para ganhar mas sentiu muitas dificuldades na adaptação ao terreno de jogo. O meio campo viu muitas vezes a bola passar-lhe por cima o que prejudicou a construção de jogo ofensivo.

Provavelmente não andaremos muito longe da verdade se dissermos que mesmo que ainda lá estivessem a jogar, com certeza o nulo continuava no placard. Mas não foi por falta de empenho ou de ambição que não aconteceram golos. Não. Valverde e Vitória tentaram sempre jogar para ganhar, mas a verdade é que, por um motivo ou por outro as oportunidades construídas foram escassas e daí ser justo o nulo final.
Entrou melhor o Vitória, que logo no segundo minuto podia ter marcado, não fosse João Augusto opor-se da melhor forma a um remate forte de Paulo Lopes mas muito em cima do guarda-redes contrário.
Até ao intervalo, para além da muita luta a meio campo e do excessivo tempo que a bola passou pelo ar, apenas se deu conta de mais dois lances perigosos, um para cada lado. Aos 13 minutos João Alves trabalhou bem pela direita do ataque da sua equipa, ganhou a linha de fundo mas, a um cruzamento tenso para a frente da baliza de Jorge Correia, não apareceu nenhum companheiro a fazer aquilo que até seria o mais fácil: empurrar a bola para dentro da baliza.
Já pouco depois da meia hora foi Likas a não ver um excelente trabalho seu pela direita do ataque vitoriano a ser concluído da melhor forma. O lance do ponta de lança da equipa do Pinhal pode considerar-se mais de meio golo, até porque, para além de ter conseguido ganhar a linha de fundo, ainda cruzou açucarado para onde aparecia Miguel Farinha. Este, como que deslumbrado, atirou frouxo e sem direcção, desperdiçando mesmo aquela que, soube-se no final, haveria de ser a melhor oportunidade de todo o jogo.
O descanso parece ter feito bem aos da casa que logo no segundo minuto assustaram Jorge Correia, quando este viu Janilson cabecear já na pequena área ligeiramente por cima da trave. Só que este domínio inicial, e a tentativa de entrar para surpreender, foi-se diluindo, até chegarmos, em escassos minutos, a novo ponto de equilíbrio.
E daqui até final, mesmo correndo o risco de nos tornarmos repetitivos, só deu para tomar nota de mais dois lances que quebraram o marasmo e que serviram mais que tudo para baixarmos a cabeça para o terreno de jogo. Aos 66 minutos Paulo Lopes respondeu fraco, de cabeça, a um cruzamento de Luís Filipe, e dez minutos depois, do lado oposto, foi Jorge Correia a ter que se arrojar junto ao seu poste esquerdo para evitar males maiores.
Por tudo o que se passou ao longo do jogo, e foi pouco para o valor das duas equipas, o nulo é um castigo justo tanto para Valverde, como para Vitória de Sernache.

A arbitragem- Alexandre Rato controlou sempre o jogo sem ser preciso recorrer aos cartões. É certo que as equipas colaboraram sempre para não complicar a sua tarefa mas, mesmo quando é assim, ainda há alguns árbitros que conseguem ser os protagonistas… pela negativa, o que não foi claramente o caso.

Discurso directo- Micas, técnico do Valverde- “Foi um resultado justo porque houve uma grande oportunidade para cada lado. Temos feito grandes jogos em casa, mas penso que este foi o pior, também por causa do adversário, que é um conjunto muito forte e que não tem equipa para estar no lugar em que está na classificação. Parabéns às três equipas porque a de arbitragem também foi excelente”.

Discurso directo- Fernando Miguel, capitão do Vitória de Sernache- “Sabíamos que íamos ter muitas dificuldades neste campo, porque o jogo do Valverde é muito baseado em bolas compridas, mas estivemos sempre muito concentrados. Houve muita bola pelo ar, os nossos médios queixaram-se que só viam as bolas a passar-lhes por cima, mas é complicado jogar nestes campos contra equipas aguerridas como é o Valverde. O árbitro fez o trabalho dele”.

domingo, novembro 09, 2008

OLEIROS- 0 ÁGUIAS DO MORADAL- 3


Derby com pouca história

Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Luís Cruz (4), auxiliado por Bruno Duarte e Luís Máximo
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (1), Castanheira (2), Quim Garcia (3), Fiel (3), Edmilson (2), Cássio (3), Norberto (3), Joel (3), João André (3) e Ludovico (3)
Treinador- José Ramalho
Águias do Moradal- Manuel Silva (3), Jójó (3), Oliveira (4), Marco (2), Zé Tó (3), Esteves (3), David (4), Zé Augusto (3), Edmilson (3), Rui Paulo (3) e Pira (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Castanheira por Tiago Ventura (3) ao intervalo, Cássio por Zé Bernardo (2) ao intervalo e Edmilson por Gonçalo (1) aos 61; Marco por Prata (3) aos 28, Esteves por Fabiano Costa (1) aos 80 e Rui Paulo por Pinto (1) aos 83
Disciplina- Amarelos a Paulinho aos 9 e 53, Cássio aos 45+1 e Zé Bernardo aos 79; Oliveira aos 17 e Pira aos 55. Vermelho por acumulação a Paulinho aos 53
Marcadores- Zé Augusto aos 4, Edmilson aos 34 e Rui Paulo aos 77

A figura do jogo- Oliveira (Águias do Moradal)- Um central que não cometeu um erro ao longo de todo o jogo. Um excelente sentido posicional e uma estampa física impressionante. Imponente.

O Oleiros- Entrou praticamente a perder, o que certamente atrapalhou os planos, mas nunca conseguiu ser melhor que o adversário. Lutou até à exaustão, mesmo com menos uma unidade, mas nada podia fazer contra um adversário mais forte.

O Águias do Moradal- Foi sempre a melhor equipa no jogo. No meio campo os jogadores foram sempre mais rápidos sobre a bola que o adversário, superiores tecnicamente e chegaram a uma vitória inteiramente justa. Parece estar em crescendo.

Não há muito a dizer sobre um derby entre vizinhos que teve uma equipa que foi melhor que o adversário, que marcou 3 golos e que ainda dispôs das melhores oportunidades para marcar. Talvez se esperasse mais do Oleiros, mas é preciso ter em atenção que José Ramalho apenas chegou no decorrer da semana que antecedeu o jogo e, mesmo conhecendo praticamente todo o plantel, ainda vai demorar o seu tempo a implantar os seus métodos de trabalho.
O início da história do jogo do Pinhal coincide praticamente com o primeiro golo do Águias do Moradal. E que golo! Logo aos 4 minutos Zé Augusto “arrancou” um pontapé fantástico, de mais de 25 metros, e “meteu” a bola na gaveta de João Luís. Um grande golo que dava vantagem aos visitantes que tinham entrado melhor no jogo e que, apesar do pouco tempo decorrido, já tinham ameaçado antes de marcar. Sempre mais rápidos sobre a bola, especialmente no meio campo, os forasteiros cedo tomaram conta do jogo, e a baliza do Oleiros passou a ter sempre o perigo mais por perto. A técnica individual e maior disponibilidade física eram outros argumentos que faziam da equipa de António Belo mais dominadora, enquanto que o Oleiros só ameaçava o lado oposto em lances de contra ataque ou então em futebol directo, quase sempre para tentar tirar proveito da velocidade de Ludovico, o que raramente resultou.
O golo de Edmilson pouco depois da meia hora foi precisamente o exemplo do futebol colectivo do Águias do Moradal quando David ganhou bem a linha de fundo pela esquerda do deu ataque, cruzou atrasado para a boca do golo, onde Esteves não chegou, mas onde estava Edmilson que tinha acompanhado muito bem pelo centro a subida da sua equipa.
Se o jogo, e o próprio resultado, já deixavam poucas esperanças ao Oleiros numa improvável reviravolta, as coisas ficaram ainda mais difíceis quando Paulinho viu o segundo amarelo pouco depois do reatamento. O Oleiros passava a estar obrigado a puxar ainda mais pelo físico e, caso tentasse correr atrás do resultado, como de facto tentou, iria abrir espaços em zonas que podiam ser aproveitadas pelos contra ataques do Estreito. Foi num desses lances que Rui Paulo concluiu com sucesso uma jogada que teve também como intervenientes o capitão David e Pira.
Estava selada uma vitória tão justa quanto merecida da equipa que foi mais forte e que continua nos lugares cimeiros da pauta classificativa. Quanto ao Oleiros, José Ramalho sabia, ao assumir o regresso à equipa do Pinhal, que tinha muito trabalho pela frente que deve começar pelo levantar da moral das tropas que sabem que valem mais do que aquilo que os resultados têm deixado transparecer.

A arbitragem- Apenas dois reparos num bom trabalho: não entendemos o primeiro amarelo a Paulinho e pareceu-nos que ficou por marcar uma grande penalidade sobre Esteves aos 64 minutos.

Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Não foi o resultado que queríamos mas tenho que realçar que os meus jogadores trabalharam muito. Com 11 era difícil, com 10 ainda foi mais. Todos nós sabemos que o Estreito tem uma excelente equipa. Cometemos dois erros que acabaram por ser aproveitados pelo adversário, porque no futebol, sem erros não há golos. Valeu pela atitude dos jogadores mas há muito trabalho a fazer. O árbitro fez um bom trabalho, até porque os jogadores também não complicaram”.

Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “Esta equipa tem qualidade, acho que ainda podemos produzir mais, mas hoje já demos uma demonstração cabal do nosso valor. Chegámos aqui, controlámos sempre o jogo, não tivemos percalços defensivos, e ganhámos naturalmente por 3-0 que, se calhar, é curto. Nos primeiros 45 minutos fizemos uma excelente exibição em termos de futebol distrital, porque não é normal ver uma equipa do nosso distrital a ter esta produção em termos de jogo ofensivo. Hoje tivemos uma excelente arbitragem de um jovem com grande qualidade”.

domingo, novembro 02, 2008

PEDRÓGÃO SP- 1 VITÓRIA DE SERNACHE- 0


Pedrógão segura golo com unhas e dentes

Campo Tenente Manuel Morais, Pedrógão de São Pedro
Árbitro
- Paulo Abrantes (4), auxiliado por Nuno Silva e Sérgio Paiva
Pedrógão SP- Ruben (4), Filipe (3), Roque (3), Velho (3), Valter (3), Horácio (3), Leonel (3), Mário Pina (4), Ângelo (1), Caronho (4) e Mikael (3)
Treinador- Xana
Vitória de Sernache- Jorge Correia (3), Paulo Lopes (3), Rui Domingues (2), Ricardo André (3), Fredy (3), Fernando Miguel (4), Dany (3), Tiago Farinha (3), Diogo Simão (3), Miguel Farinha (3) e João Gaspar (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Ângelo por Hélder Filipe (3) aos 20, Horácio por Luís Amaro (2) aos 71 e Velho por Manuel (-) aos 89; Rui Domingues por Likas (3) aos 59, Diogo Simão por M´Passo (2) aos 59 e Dany por Luís Filipe (2) aos 73
Disciplina- Amarelos a Mário Pina aos 90+3; Tiago Farinha aos 22, Ricardo André aos 81, Fredy aos 90 e M’Passo aos 90+4
Marcador- Caronho aos 52

A figura do jogo- Ruben (Pedrógão SP)- Com três defesas fantásticas no segundo tempo acabou por contribuir de forma decisiva para segurar a vantagem no marcador. Decisivo.

O Pedrógão SP- Teve um ligeiro ascendente, durante os primeiros 45 minutos, mas, sabendo das limitações provocadas pelas lesões optou, e conseguiu, por segurar a vantagem que alcançou no início do segundo tempo. Vitória importante para manter a equipa no topo da classificação.

O Vitória de Sernache- Já joga melhor que nos primeiros jogos da temporada mas tem dificuldades em concretizar as oportunidades que cria durante os períodos em que domina. Empurrou o Pedrógão para o seu meio campo depois de sofrer o golo mas, só isso não chega para somar pontos… é preciso marcar golos.

Num jogo animado e muito disputado, com períodos de bem jogado, acabou por ganhar quem primeiro marcou, o que já tínhamos previsto ao intervalo.
Numa tarde fria, mas sem chuva e até com sol, Pedrógão de São Pedro e Vitória de Sernache conseguiram proporcionar ao público que se deslocou ao Tenente Manuel Morais um espectáculo agradável, lutando de forma desinibida pela vitória, sem que se visse nenhuma das equipas com receio de perder o jogo.
Apesar das boas trocas de bola e da facilidade com que as equipas faziam as transições dos seus sectores mais recuados até aos homens mais avançados no terreno, foram muito escassas as oportunidades de golo ao longo dos primeiros 45 minutos, isto mais por culpa das defesas, que se mostraram sempre muito bem, especialmente ao não deixarem que o perigo chegasse muito perto dos dois guarda-redes.
Em 45 minutos apenas Jorge Correia foi obrigado a uma intervenção difícil quando teve que desviar para canto um livre do lado esquerdo, de Caronho, que quase entrava rente ao poste direito da baliza do guarda-redes vitoriano.
Ao intervalo, e porque as duas equipas tinham mostrado um nítido equilíbrio de forças, o empate era um resultado lógico, natural e justo.
Na segunda parte ninguém abdicou de lutar para ganhar, mas pela eficácia que as duas defesas já tinham mostrado “cheirava” um pouco que aquele velho ditado “quem marcar um golo ganha” se podia aqui aplicar. E foi. Foi uma boa antevisão dos últimos 45 minutos.
Num jogo muito igual Caronho marcou aos 52 minutos com um pontapé indefensável para Jorge Correia mas onde ficou a clara sensação que alguém dos forasteiros se esqueceu da marcação ao centro-campista pedroguense.
A perder, António Joaquim mexeu. Perdido por um, perdido por dois ou três, e Likas e M’Passo, e a subida de Ricardo André no terreno, deram mais força ao último terço do terreno vitoriano, passando a equipa do Pinhal a dominar e a estar de armas e bagagens no meio campo contrário. No meio deste domínio estéril, Mário Pina ainda podia ter matado o jogo quando explorou muito bem a ausência do lateral esquerdo Ricardo André para se isolar, não decidindo da melhor forma o tempo de remate.
Do outro lado, onde mais se jogava, era o jovem Ruben que evitava que a sua equipa perdesse a vantagem. Foram três defesas enormes, no curto espaço de dois minutos, que adiaram de forma definitiva o golo que o Vitória tanto fez para que acontecesse.
Pelo que se viu, num jogo em que o empate não ficaria mal a nenhuma das equipas, o Pedrógão acaba por ficar com os 3 pontos porque soube defender com unhas e dentes o golo que Caronho marcou a abrir a segunda metade.

A arbitragem- Uma tarde tranquila para um árbitro experiente. Apitou quase sempre de forma acertada e mostrou os cartões necessários. O amarelo a M’Passo nos segundos finais poderia ter outra cor, mas decidiu não “estragar” o jogo.

Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Mais uma vez conseguimos o mais importante, que é a vitória. Não abdico de dar o mínimo de espectáculo, mas neste momento é fundamental ganhar. Na primeira parte tivemos mais ascendente, as duas melhores oportunidades foram nossas, e éramos merecedores do golo. Depois de estar a ganhar, com as limitações que tínhamos, e contra esta equipa, sabíamos que era fundamental aliar a paciência, a esperteza e também o coração, e também apelar ao físico, para defender o 1-0. Foi o que a equipa conseguiu fazer porque era muito importante segurar a vitória”.

Discurso directo- Vitória de Sernache- Ninguém do Vitória de Sernache se mostrou disponível para prestar declarações no final do jogo.