domingo, setembro 27, 2009

ÁGUIAS DO MORADAL- 7 UNHAIS DA SERRA- 1


Unha(i)s tenras para Águias dominadoras

Campo do Ventoso, no Estreito
Árbitro- Márcio Lopes, auxiliado por Nuno Farinha e Pedro Tomás
Águias do Moradal- Martinho, Gil Duarte, Gil Paulo, Marco, Esteves, David (Cap.), Prata, Edmilson, Gonçalo Guerra, Tiago Paulo e Bruno Vieira
Treinador- António Belo
Unhais da Serra- João Pedro, Rui Fernandes, Barata, Michel, João Domingos, Diogo Almeida, Samuel Martins, Ricardo Almeida, Telmo, Gonçalo Bonifácio e Samuel Januário (Cap.)
Treinador- Rui Ferraz
Substituições- Tiago Paulo por Saturnino aos 45, Esteves por Bary aos 65 e David por Rui Paulo aos 69; Rui Fernandes por Rui Pedro aos 53, Telmo por Adriano aos 59 e João Domingos por Ricardo aos 78
Disciplina- Amarelos a Tiago Paulo aos 41 e Prata aos 51; Barata aos 13, Telmo aos 57, Adriano aos 67 e Michel aos 90+1
Marcadores- Edmilson aos 14, Esteves aos 16, Gil Duarte aos 37, Tiago Paulo aos 40, Bruno Vieira aos 68, Bary aos 76 e Saturnino aos 81; Samuel Martins aos 52

Na abertura do campeonato, a jogar perante o seu público e frente a um adversário quase desconhecido, o Águias do Moradal cumpriu a sua missão, ganhando, tendo alguns períodos de futebol bem jogado, que foram mais que suficientes para chegar mesmo à goleada.
Num jogo de sentido único, cedo se perceberam as diferenças entre as duas equipas. A equipa da casa, com um plantel reforçado mais em qualidade que em quantidade, mostrava a sua superioridade em todos os critérios do jogo e quando Edmilson abriu a contagem logo aos 14 minutos e Esteves a aumentou dois minutos depois logo se percebeu que estaria feito o mais difícil e que o jogo estava decido, pelo em termos de vencedor da partida.
A verdade é que o caudal de jogo ofensivo dos comandados de António Belo era muito forte e servia para testar a capacidade da resistência defensiva de um Unhais da Serra, totalmente diferente do da última temporada na 3ª divisão, que apresentava muitos jovens na equipa e que não contava com a presença do técnico Rui Ferraz no banco de suplentes para orientar a equipa.
O 4-0 ao intervalo traduzia a superioridade mais que evidente de um Moradal que tinha na baliza um guarda-redes que não tinha ainda sido obrigado a nenhuma defesa apertada. O lance mais perigoso junto das redes dos da casa, e único na primeira metade, aconteceu na sequência de um livre batido pelo capitão visitante mas que saiu ligeiramente ao lado do poste esquerdo da baliza de Martinho.
Na segunda metade nem o golo de Samuel Martins na transformação de uma grande penalidade logo aos 7 minutos abalou o rumo do jogo, que seguiu até final com inteiro domínio dos da casa que marcariam ainda por mais três ocasiões, construindo um resultado volumoso mas que traduz bem a diferença entre uma equipa que é candidata ao título distrital e outra, o Unhais, que começou a trabalhar mais tarde, e que tem ainda muito trabalho pela frente para chegar ao nível das equipas mais fortes deste campeonato.
Márcio Lopes, sem ter tido influência no resultado, assinalou de forma errada a grande penalidade que deu o primeiro golo do Águias, deixando outra por marcar, na segunda metade, quando Saturnino foi carregado por João Pedro.

domingo, setembro 20, 2009

Época 2009/20010

O futebol está de regresso e os comentários aos jogos a que assisto também estão de volta. Esta semana será o Águias do Moradal 7 - Unhais da Serra 1. Em breve aqui estará a crónica e a respectiva foto!

terça-feira, março 24, 2009

CD ALCAINS- 2 OLEIROS- 0


Khonné desatou o nó e ofereceu taça aos canarinhos

Campo Senhora das Neves, em Proença-a-Nova
Árbitro- Ricardo Alexandre, auxiliado por Mário Rui e Carlos Silva
CD Alcains- Beirão, Tiago Paulo, Diálló, Quinzinho, Esquiva, Ricardo Constantino, Ricardo Costa, Aíldo, João Martins, Khonné e Bruno Vieira
Treinador- Hugo Andriaça
Oleiros- João Luís, Paulinho, Fiel, Carlitos, Joel, Quim Garcia, João André, Norberto, Zé Bernardo, Ludovico e Cássio
Treinador- José Ramalho
Substituições- João Martins por Miguel aos 70, Khonné por Carlitos aos 87; Zé Bernardo por Tomás ao intervalo e Paulinho por Laranjo aos 81
Disciplina- Amarelos a Ricardo Costa aos 27 e Khonné aos 82; Carlitos aos 21, Ludovico aos 85, Cássio aos 86 e Laranjo aos 90+1. Vermelhos directos a Diálló aos 79; Tomás aos 79
Marcadores- Khonné aos 75 e 82

Frente a frente estavam duas equipas que já se tinham encontrado 3 vezes em jogos oficiais esta temporada. E curiosamente um deles também a contar para esta competição. Nessa partida levou a melhor o Alcains que, em sua casa, acabou por bater o Oleiros por 1-0 já nos descontos. Depois acabou por ser o Oleiros a equipa repescada, o que possibilitou novo embate com o CDA. Nos dois jogos de campeonato registou-se uma vitória da equipa de Andriaça, 2-1, em Oleiros logo na jornada inaugural, e um empate a 2, no Trigueiros de Aragão. Por isso, e porque todos estes jogos foram muito equilibrados, esta era uma final onde não era aconselhável apontar favoritos, apesar do Alcains poder ser considerado como tal.
Mas num mata-mata, tudo pode ser imprevisível, e a verdade é que foi o Oleiros que entrou para tentar surpreender, jogando dentro do meio campo do Alcains na clara tentativa de conseguir chegar ao golo nos instantes iniciais. Só depois dos 10 minutos os canarinhos sacudiram as intenções adversárias e o jogo passou a ser disputado sob o signo do equilíbrio, com poucas oportunidades de golo mas com a posse de bola muito dividida.
Notava-se que a equipa de Hugo Andriaça não conseguia impor a velocidade desejada ao jogo, e também era visível que o meio campo do Oleiros era mais pressionante, acabando por ser decisivo na forma como conseguia ganhar grande parte das segundas bolas.
Era um jogo emotivo, nem sempre bem jogado, mas com muita luta e muito disputado, onde não se conseguia dizer qual a equipa que dominava ou sequer que controlava. Beirão e João Luís não tiveram muitos lances difíceis de resolver durante os primeiros 45 minutos e por isso o nulo no descanso aceitava-se pelo que as duas equipas tinham mostrado.
Para a segunda parte José Ramalho trocou Zé Bernardo por Tomás com a clara intenção de dar mais dinâmica ao seu ataque, ao mesmo tempo que libertava Ludovico para outras funções.
Não mudou o cenário, mesmo quando Andriaça tirou João Martins e lançou Miguel. Era visível que só num lance individual, numa bola parada, ou no aproveitamento de algum falhanço contrário alguma das equipas poderia desfazer o nulo. E foi esta última situação que aconteceu. Numa bola aparentemente inofensiva dentro da área do Oleiros, o guarda-redes João Luís atrasou-se a recolher o esférico. O senegalês Khonné estava atento, chegou primeiro, e desatou o nó.
A partir daqui, e com pouco mais de 15 minutos para jogar, tornou-se tudo mais complicado para uns oleirenses que até então estavam muito bem no jogo. A perder contra uma equipa com o poderio do Alcains as coisas tornaram-se tremendamente difíceis. O discernimento passou a não ser o mesmo e o 2-0, de novo por Khonné, agora com um remate cruzado da direita para a esquerda, apenas veio confirmar uma vitória canarinha num jogo equilibrado, disputado e que teve em Khonné o grande obreiro da construção deste êxito da equipa de Hugo Andriaça.
Ricardo Alexandre, e os seus companheiros, assinaram um bom trabalho, tendo apenas como decisão mais complicada o lance que envolveu Diálló e Tomás e que acabou por valer um vermelho para cada um.

VITÓRIA DE SERNACHE- 5 CASA DO BENFICA DE PENAMACOR- 7


Vitória ainda assustou benfiquistas de Penamacor

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Flávio Nunes e Paulo Abrantes
Vitória de Sernache- Fofinho, Luís Silva, Diogo Ferreira, Edgar Manso, Orlando Brito, Tiago Mota, Fábio Fagulha, Tiago Ferreira, Tiago Coluna, Vasco Mendes, Nuno Melo e Igor Ferreira
Treinador- António Joaquim
Casa do Benfica de Penamacor- Cadete, Arménio, João Cruto, Tiago, Pelly, Marquito, Gonçalo, Marcelino, Perry, João Costa, Ivo Gabriel e Lileu
Treinador- Bruno Travassos
Disciplina- Amarelo a Arménio aos 23
Marcadores- Diogo Ferreira aos 19 e 21, Fábio Fagulha aos 24, Tiago Mota aos 26 e Igor Ferreira aos 39; Tiago aos 3 e 25, Marquito aos 18, Arménio aos 25 e 29, Lileu aos 26 e Perry aos 37

Na final da Taça de Honra Carlos Ranito Xistra, apresentaram-se duas equipas com percursos diferentes no campeonato. De um lado a equipa penamacorense, com jogadores mais experientes, habituados a estas andanças, e que vai estar presente na fase final do nosso distrital. Do outro o Vitória, que terminou o campeonato na 5ª posição, com um grupo em fase de construção, já que esta é a primeira temporada de futsal no clube, e que cometeu a enorme proeza de eliminar o super-favorito Ladoeiro nas meias-finais.
Partindo destes pressupostos foi compreensível a toada do jogo nos minutos iniciais. Uma Casa do Benfica a mandar no jogo, a jogar sempre no meio terreno adversário, e uns vitorianos conscientes da mais valia adversária, a jogar muito organizados na sua defensiva para depois tentarem surpreender em contra-ataque, quase sempre lançados pelo guarda-redes Fofinho.
Mas logo aos 3 minutos os da Raia adiantaram-se no marcador por intermédio de Tiago e até aos 10 minutos ainda podiam ter ampliado a diferença, pois foi neste período em que foram mais dominadores.
A partir do meio da primeira parte o jogo inverteu-se. O Vitória, a jogar com mais velocidade, e depois de perder o “medo” inicial, soltou-se e começou então a criar muitas situações de perigo junto da baliza adversária. Nesta fase era a má pontaria ou as boas intervenções de Cadete que iam evitando que o empate voltasse ao marcador.
Mais emoção estava reservada para o derradeiro par de minutos. Marquito aumentou para 2-0 mas, praticamente na resposta, Diogo Ferreira respondeu, reduzindo para a margem mínima.
A primeira parte terminou com um golo do Vitória, que acabou por não ser considerado, e bem, pela dupla de arbitragem, uma vez que o “bip” final soou antes do remate de Fagulha.
Mas este lance acabou por servir de tónico para os vitorianos que logo no reatamento, parecendo que nem tinha passado o intervalo, entraram a carregar, resultando dessa pressão a merecida cambalhota no placard. Diogo Ferreira logo no primeiro minuto e Fagulha aos 4, foram os autores da proeza. Era um resultado que o Sernache fez por merecer, mesmo sabendo-se que ainda muito tempo havia por jogar.
E a verdade é que a equipa de António Joaquim acabou por não saber conviver com a vantagem. Quando se pedia circulação de bola e contra-ataques rápidos, os nervos e o cansaço acumulado, foram mais fortes, e acabou por ser de forma natural que a Casa do Benfica embalou para uma recta final forte, mostrando agora sim que é melhor equipa, que tem mais individualidades, levando o resultado até um 7-4 atenuado já no minuto final por Igor Ferreira.
Os penamacorenses levam a Taça, merecidamente, os vitorianos vão guardar a experiência de, logo no ano de estreia estarem num jogo que decide um troféu.
Arbitragem com erros mas sem influência o resultado final.

domingo, março 22, 2009

OLEIROS- 3 PROENÇA-A-NOVA- 1


Oleiros acaba com sonho do Proença

Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Luís Cruz, auxiliado por Luís Máximo e Bruno Duarte
Oleiros- Carlos, Paulinho, Fiel, Carlitos, Joel, Quim Garcia, Cássio, João André, Norberto, Ludovico e Zé Bernardo
Treinador- José Ramalho
Proença-a-Nova- Almeida, Filipe Nunes, Tony, Big, Verganista, Pequito, Arlindo, Acácio, Lourenço, Bruno Rodrigues e Nuno Alves
Treinador- Quim Manuel
Substituições- Cássio por Tomás aos 38, Zé Bernardo por Laranjo aos 83 e Ludovico por Custódio aos 90+2; Arlindo por Jorge Ribeiro ao intervalo, Big por César aos 85 e Tony por Portela aos 87
Disciplina- Amarelos a Carlitos aos 25; Tony aos 13, Verganista aos 28, Almeida aos 63, Lourenço aos 68 e Nuno Alves aos 90+1
Marcadores- Cássio aos 14, Ludovico aos 64 e Laranjo aos 86; Nuno Alves aos 17

Na última jornada da fase regular do Distrital de Castelo Branco encontraram-se duas equipas a olharem para o jogo de maneira bem distinta. Os da casa, com um campeonato abaixo das perspectivas iniciais aproveitavam este derby do Pinhal para preparar a final da Taça de Honra que jogam na semana seguinte, enquanto que o Proença tinha que ganhar, mas em simultâneo estava de ouvidos colados ao rádio à espera que o Valverde conseguisse vencer em Pedrógão de São Pedro. Só assim a equipa de Quim Manuel evitava que lhe fugisse aquilo que durante tantas jornadas foi uma realidade: um lugar entre os quatro finalistas.
E numa primeira parte disputada sob o signo do equilíbrio, marcou primeiro o Oleiros por intermédio de Cássio na conversão de uma grande penalidade a punir mão de Tony dentro da grande área. Mesmo a perder, o conjunto de Proença não baixou os braços, e 3 minutos depois restabeleceu a igualdade quando Nuno Alves, na boca do golo, só teve que empurrar para o 1-1.
Ao intervalo era este o resultado que se verificava, mas como o Valverde ganhava no Pedrógão, o acesso aos 4 primeiros estava à distância de um golo para o Proença-a-Nova. Nesta altura os forasteiros dependiam apenas de si próprios…
Só que na segunda metade o Oleiros entrou mais forte e, se juntarmos a este facto a maneira mais aberta como o Proença entrou em campo, estava montado um cenário para passarmos a assistir a uma partida muito diferente dos primeiros 45 minutos. A equipa de José Ramalho passou a explorar muito bem o muito espaço que tinha para jogar e foi construindo oportunidades sucessivas que no entanto eram desperdiçadas ora por um ora por outro jogador.
E só na transformação de novo castigo máximo os da casa conseguiram voltar à vantagem. Desta vez foi o guarda-redes Almeida que carregou Ludovico dentro da área de rigor. O mesmo jogador, da marca dos 11 metros, não desperdiçou oportunidade soberana de adiantar a sua equipa no marcador.
Já perto do final, e já com o empate em Pedrógão, o Oleiros ainda carimbou a vitória com um golo de Laranjo, que tinha entrado em jogo 3 minutos antes de marcar.
Ao Proença faltou dinâmica, fluidez de jogo e melhor ligação entre os sectores para conseguir surpreender um Oleiros que aproveitou bem o seu último jogo no campeonato para preparar o embate de domingo frente ao Desportivo de Alcains no Sra. Das Neves, em Proença-a-Nova.
Luís Cruz sai de Oleiros com trabalho muito positivo.

quinta-feira, março 12, 2009

ESCALOS DE CIMA- 2 OLEIROS- 1


Descontracção proporciona bom jogo

Campo Viscondessa do Alcaide, nos Escalos de Cima
Árbitro- Délio Rolo, auxiliado por Jorge Fernandes e Nuno Barroso
Escalos de Cima- Bruno Cardoso, Paulinho, Humberto, Mata, Gonza, Chico, Capinha, Cláudio, Luís Afonso, Carlitos e Beirão
Treinador- Paulo Macedo
Oleiros- João Luís, Paulinho, Fiel, Carlitos, Marcelo, Quim Garcia, João André, Cássio, Norberto, Zé Bernardo e Ludovico
Treinador- José Ramalho
Substituições- Carlitos por Paulo Mendes aos 86, Beirão por Bruno Barata aos 90+1 e Humberto por Alveirinho aos 90+3; Paulinho por Naves ao intervalo, Zé Bernardo por Custódio aos 77 e Marcelo por Pires aos 86
Disciplina- Amarelos a Chico aos 63, Bruno Cardoso aos 90+1 e Capinha aos 90+5; Quim Garcia aos 39, Ludovico aos 60 e Norberto aos 75
Marcadores- Chico aos 7 e Beirão aos 36; Ludovico aos 45

Duas equipas com nada a perder e pouco a ganhar, proporcionaram no último domingo um jogo muito agradável de seguir, especialmente nos primeiros 45 minutos, altura em que os ataques conseguiram quase sempre sobrepor-se às defesas, o que levou a que fossem criadas, de um e de outro lado, muitas oportunidades de golo que, a serem concretizadas, poderiam ter dado origem a um resultado muito mais volumoso.
Com um calor que há muito não se fazia sentir, os da casa entraram melhor e logo aos 7 minutos, foi o inevitável Chico a aproveitar da melhor maneira um falhanço colectivo da defensiva contrária. Mas como estavam frente a frente duas equipas já com a sua posição praticamente definida na tabela, já que subir ou descer um lugar é, nesta altura, é quase insignificante, a partida abriu, as duas equipas começaram a criar situações de golo em série e, no curto espaço de 6 minutos, contabilizámos outras tantas oportunidades claras de golo, e isto só para falar nas flagrantes. Do lado dos da casa estiveram muito perto de marcar Capinha, Beirão e Carlitos, e nos forasteiros foram Ludovico, por duas vezes, e Quim Garcia que sentiram muito próximo o cheiro do golo.
Mas foi neste mesmo período que o Escalos voltou a marcar. Beirão, que já tinha perdoado aos 34 minutos, marcou mesmo 2 minutos depois, ampliando a vantagem da sua equipa.
Ainda antes do intervalo, Ludovico, também fez o gosto ao pé, reduzindo diferenças e deixando tudo em aberto para a segunda metade.
Depois do intervalo, e talvez com o cansaço acumulado devido ao calor, o espectáculo caiu de qualidade, e mesmo o rumo do jogo foi diferente.
A ganhar, Paulo Macedo terá dito aos seus pupilos durante o descanso que agora era ao adversário que competia correr atrás do resultado. Desta forma o técnico pretendia controlar o jogo, sempre que possível longe da sua baliza, e tentar usar a arma do contra-ataque em velocidade para matar o jogo.
Só que do outro lado o Oleiros, mesmo dominando, tendo mais tempo de posse de bola, e passando muito mais tempo dentro do meio campo contrário, mostrava algumas dificuldades em actuar em ataque continuado. Durante a etapa complementar apenas anotámos duas oportunidades, uma para cada lado, ao nível daquelas que se viram nos primeiros 45 minutos. Aos 73 minutos Carlitos podia ter acabado com as esperanças dos do Pinhal, e já nos descontos foi Quim Garcia que teve nos pés oportunidade soberana para estabelecer o empate.
Espectáculo agradável, onde acabou por ganhar a equipa que foi mais eficaz e onde o árbitro, apesar de alguns erros, acabou por não ter influência no resultado final.

terça-feira, março 03, 2009

CD ALCAINS- 5 PROENÇA-A-NOVA- 0


Alcains aproveita adormecimento do Proença

Estádio Trigueiros de Aragão, em Alcains
Árbitro- Ricardo Fontes, auxiliado por Pedro Tomás e Alexandre Paralta
CD Alcains- Beirão, João Martins, Quinzinho, Betinho, Esquiva, Khonné, Ricardo Constantino, Aíldo, Diálló, Manoel e Ricardo Costa
Treinador- Hugo Andriaça
Proença-a-Nova- Almeida, Norberto, Portela, Tony, Verganista, Pequito, Filipe, Arlindo, Bruno Rodrigues, Jorge Ribeiro, Nuno Alves
Treinador- Quim Manuel
Substituições- Ricardo Costa por Carlitos aos 41, Betinho por Leão aos 72 e Aíldo por Dos Santos aos 84; Filipe por Fábio aos 34, Jorge Ribeiro por Mateus aos 63 e Nuno Alves por César aos 75
Disciplina- Amarelos a Betinho aos 52; Nuno Alves aos 19, Tony aos 80 e Arlindo aos 90
Marcadores- Khonné aos 9, Manoel aos 17, 75 e 90 e Ricardo Costa aos 26

Foi um início de jogo como não se esperava. Os da casa, a entrarem mais pressionantes, como de resto lhes competia, tomaram conta do jogo, mas tinham pela frente uma equipa estranhamente amorfa, lenta, e sem ideias, o que facilitava e muito a tarefa dos canarinhos.
Por isso foi com naturalidade que surgiu o primeiro golo, logo aos nove minutos. A jogada foi conduzida pela ala esquerda e o senegalês Khonné apenas se limitou a confirmar o tento, a um metro da linha de golo.
Nem foi de estranhar que, mais oito minutos volvidos, Manoel ampliasse a vantagem, tal era a apatia dos visitantes, sempre muito bem aproveitada pelos alcainenses.
E acabou por ser numa altura em que os pupilos de Quim Manuel já se tinham equilibrado e ultrapassado aqueles primeiros 25 minutos para esquecer, que chegou novo golo do Desportivo de Alcains. Desta vez foi Ricardo Costa, à meia volta, e aproveitando a demora excessiva da defesa contrária a aliviar a bola, a fazer o 3-0. Estava resolvido um jogo que podia ter sido bem mais difícil para os da casa. É certo que as ausências de Big e Acácio têm muita importância, mas “só” isso não é justificação para a forma sonolenta como o Proença abordou o jogo.
Na segunda metade a partida acabou por cair de qualidade e de ritmo. Por culpa do Alcains, que agora já não precisava correr atrás do golo com a mesma intensidade, mas muito por culpa do resultado, que estava feito.
A posse de bola era mais equilibrada, o Proença conseguia ter o jogo mais dividido, com a bola a aparecer junto das duas balizas, mas foi sempre o Alcains a ter o sinal mais e a dispor das melhores oportunidades. Por isso não foi de estranhar que Manoel, mesmo desperdiçando uma grande penalidade, completasse o seu hat-trick já na recta final do jogo.
Resultado pesado mas que acaba por ser justo já que traduziu a diferença entre estas duas equipas ao longo dos 90 minutos.
Ricardo Fontes cometeu alguns pequenos erros, que acabaram por não ter influência no resultado final. Ficou-nos no entanto a sensação que, na penalidade que Manoel falhou aos 80 minutos, a falta de Tony começou bem fora da grande área. Acabou por se escrever direito por linhas tortas.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

CD ALCAINS- 3 VILARREGENSE- 0


Alcains cumpre objectivo

Estádio Trigueiros de Aragão, em Alcains
Árbitro- Paulo Abrantes, auxiliado por Pedro Ribeiro e Nuno Silva
CD Alcains- Beirão, Tiago Paulo, Diálló, Quinzinho, Esquiva, Betinho, Khonné, João Martins, Ricardo Constantino, Manoel e Ricardo Costa
Treinador- Hugo Andriaça
Vilarregense- Baía, Sabino, Topa, Hugo, Edgar, Fortes, Nélson, Amunike, Merca, Cláudio e Pica
Treinador- Pedro Sampaio
Substituições- João Martins por Miguel aos 67, Diálló por Carlitos aos 76 e Khonné por Luís Leão aos 90+2; Nélson por Vidrinhos aos 60 e Merca por André aos 86
Disciplina- Amarelos a Khonné aos 35, Carlos aos 70, Diálló aos 74 e Quinzinho aos 78; Edgar aos 25 e Fortes aos 88. Vermelho directo a Tiago Paulo aos 81
Marcadores- Betinho aos 10, Ricardo Costa aos 39 e Manoel aos 58

Num jogo que valia uma vaga na final da Taça de Honra José Farromba, encontraram-se equipas com armas diferentes e com carreiras quase opostas no distrital de Castelo Branco. Sem surpresas venceu a mais cotada e que mais obrigação tinha de carimbar o passaporte.
Depois de uns primeiros 10 minutos em que o Vilarregense, como é habitual, jogou o jogo pelo jogo, mesmo sabendo do poderio da equipa que tinha pela frente, o Alcains acabou por marcar depois de feitos dois avisos. Betinho abriu o marcador numa altura em que os da casa ainda pouco tinham feito para justificar a liderança no placard.
Com dificuldades muito evidentes em jogar no último terço do terreno, os do Pinhal apostavam quase tudo nas bolas paradas, quer cantos ou livres. As bolas lançadas para a área eram sempre difíceis para os da casa, e não fosse uma excelente intervenção de Beirão e o empate tinha mesmo acontecido.
Até que aos 37 minutos surge o lance de maior polémica de todo o desafio. Dentro da área canarinha Quinzinho toca em Pica. Um “abalroamento” que não foi punido por Paulo Abrantes, ficando-nos no entanto a clara sensação de que, e apesar de estarmos muito longe do local onde se disputou o lance, havia motivo para castigo máximo.
Praticamente na resposta surgiu o 2-0. Um lance puro de contra-ataque, com Ricardo Costa a correr todo o meio campo contrário, a ultrapassar o último defesa e a atirar fora do alcance de Baía. Era um duro golpe nas aspirações da equipa de Pedro Sampaio, mas é também nestas situações que se distinguem as grandes equipas. Por vezes não é preciso ter muitas oportunidades para se ganhar um jogo, até com alguma tranquilidade.
A perder por duas bolas de diferença o Vilarregense não se encolheu, mas chegar à área de Beirão com a bola pelo chão revelava-se um tremendo problema. As carências dos visitantes, mesmo com períodos de futebol bem jogado e com boa circulação de bola, residem no ataque, onde não há claramente um matador que possa dar sequência ao jogo ofensivo da equipa. Pica mostrou-se sempre muito irrequieto, mas não teve quem o acompanhasse.
Do outro lado estava uma equipa tranquila que chegaria ao terceiro golo através do brasileiro Manoel. Com o jogo ganho eram evitáveis alguns riscos que os alcainenses correram, no capítulo disciplinar. O jogo endureceu de forma escusada e Tiago Paulo foi “premiado” com um vermelho directo por falta muito dura sobre Pica. Nestas alturas é preciso ter cabeça fria e saber que, uma eventual expulsão, vai penalizar a equipa mais nos jogos futuros do que propriamente naquele onde ela acontece. O lateral direito canarinho foi imprudente e vai agora estar fora da competição a cumprir castigo, isto numa altura em que o campeonato está numa fase decisiva.
Resultado justo, num jogo em que o trabalho de Paulo Abrantes “apenas” merece o reparo no já descrito lance dentro da área do Alcains.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

TEIXOSENSE- 1 VITÓRIA DE SERNACHE- 0


Teixosense entra melhor, Vitória acorda tarde

Campo Maia Campos, no Teixoso
Árbitro- Paulo Abrantes, auxiliado por Hélder Ferreira e Nuno Silva
Teixosense- Ferraz, Samuel, Canário, Costa, Fael, Hélder, Flávio, Ricardo, Tiago, Luís Pedro e João Bruno
Treinador- Mário Pereira
Vitória de Sernache- Jorge Correia, Toni, Fernando Miguel, Dário, Luís Filipe, Filipe Barata, Dany, Tiago Farinha, Paulo Lopes, Likas e Miguel Farinha
Treinador- António Joaquim
Substituições- Ricardo por Tomé aos 69, Luís Pedro por Simão aos 79 e Flávio por Real aos 82; Paulo Lopes por Ricardo André aos 35, Miguel Farinha por Gaspar aos 59 e Toni por Maçaroco aos 71
Disciplina- Amarelos a Costa aos 90+4; Filipe Barata aos 60 e Fernando Miguel aos 76
Marcador- Ricardo aos 24

Num jogo entre duas equipas separadas por apenas um ponto na pauta classificativa, com vantagem para a equipa da casa, fica para a história um jogo com domínio repartido, melhor o Teixosense na primeira parte e mais Vitória nos segundos 45 minutos, especialmente na recta final onde fez tudo, menos marcar, para tentar inverter o rumo do placard.
A equipa de Mário Pereira, ainda com uma secreta esperança de conseguir terminar esta fase regular entre os quatro primeiros que vão disputar a fase final, entrou melhor no jogo. Aproveitando um estranho adormecimento dos visitantes, os verde e negro começaram dominadores, mas só conseguiam tentar alvejar a baliza contrária com remates de muito longe, que nunca chegaram a incomodar verdadeiramente o guarda-redes Jorge Correia. Flávio tentou a sorte logo no minuto inaugural, e João Bruno, também sem sucesso, fez o mesmo à passagem do quarto de hora.
E foi numa jogada muito bem desenhada pelos da casa que nasceu o golo que, soube-se no final, haveria de valer 3 pontos. O meio campo teixosense recupera uma bola na zona central, carrila o jogo pela esquerda e, apesar da defesa vitoriana estar toda ela posicionada, houve espaço para um cruzamento do lado canhoto a que Ricardo respondeu com um excelente golpe de cabeça, entre os centrais, não dando qualquer hipótese a Jorge Correia.
Dois minutos depois Filipe Barata também tentou a sorte de longe. Mas também aqui o destino da bola foi o mesmo que as tentativas adversárias de início.
Até ao intervalo nota ainda para a primeira alteração de António Joaquim. Paulo Lopes, que voltou a aparecer com muita lentidão e sem ritmo para o jogo, deu lugar a Ricardo André.
A segunda parte teria que dar mais Vitória, isto caso os forasteiros estivessem interessados em alterar o rumo dos acontecimentos. Mas a equipa pareceu sempre muito presa, com muitas dificuldades em fazer as transições ofensivas. Um meio campo macio que não permitia que o jogo chegasse até à área contrária. Estava tudo a correr de feição ao Teixosense que, a ganhar, limitava-se a controlar e a tentar explorar o contra-ataque.
Só nos últimos 15 minutos se viu vontade por parte dos homens do Pinhal em evitar a derrota. Likas aos 76 minutos, quando surgiu isolado pela esquerda, tinha tudo para concluir com êxito, mas o remate acabou por sair na forma de passe para Ferraz. Quatro minutos depois, e quase do mesmo local, foi Dany que tentou a sorte, mas a bola dirigiu-se para a malha lateral.
A pressão foi-se acentuando mas nunca de forma a ser suficiente para roubar os 3 pontos ao Teixosense, que foi controlando, mesmo que por vezes de forma atabalhoada e já dentro da sua área, e tentando o contra-ataque, movimento que também nunca saiu perfeito.
Vitória da equipa mais eficaz num jogo com excelente arbitragem de Paulo Abrantes.

domingo, fevereiro 08, 2009

PROENÇA-A-NOVA- 1 ESCALOS DE CIMA- 1


Escalos “rouba” primeiros pontos ao Proença em 2009

Estádio Senhora das Neves, em Proença-a-Nova
Árbitro- Luís Cruz (4), auxiliado por Luís Máximo e Pedro Tomás
Proença-a-Nova- Ricardo Almeida (3), Filipe Nunes (3), Toni (3), Portela (2), Verganista (3), Acácio (3), Big (3), Fábio Martins (3), Bruno Rodrigues (3), Jorge Ribeiro (3) e Nuno Alves (3)
Treinador- Quim Manuel
Escalos de Cima- Bruno Cardoso (4), Paulinho (3), Humberto (3), Mata (3), Gonza (3), Paulo Mendes (3), Chico (3), Capinha (2), Cláudio (3), Luís Afonso (3) e Carlitos (3)
Treinador- Paulo Macedo
Substituições- Portela por Pequito (2) ao intervalo, Jorge Ribeiro por André Lourenço (-) aos 88 e Verganista por Fonseca (-) aos 90; Capinha por Beirão (3) aos 63, Carlitos por João Vítor (1) aos 84 e Mata por Nélson (-) aos 87
Disciplina- Amarelos a Portela aos 29, Verganista aos 65 e Nuno Alves aos 90+4; Mata aos 5 e Beirão aos 90+5
Marcadores- Bruno Rodrigues aos 5; Beirão aos 90+5

A figura do jogo- Bruno Cardoso (Escalos de Cima)- Com duas ou três intervenções de excelente nível evitou que o Proença matasse o jogo e acabou por estar directamente envolvido no lance que acabou por dar o empate para a sua equipa.

O Proença-a-Nova- Quando pensava que tinha o jogo meio resolvido com o golo que apontou logo aos 5 minutos, eis que o Proença embalou para uma primeira parte em que foi superior ao adversário e para uma segunda em que deixou que o adversário fosse acreditando que era possível evitar a derrota. Uma equipa que desperdiça as oportunidades que constrói arrisca-se a não ganhar, mesmo que seja no último minuto.

O Escalos de Cima- A estratégia podia ter sofrido um forte abanão com o golo madrugador, mas gradualmente, especialmente na segunda metade, e com as alterações introduzidas por Paulo Macedo, a equipa foi acreditando que podia, pelo menos, chegar ao empate e acabou por ter o merecido prémio mesmo ao cair do pano.

Com ambições e objectivos bem distintos, Proença-a-Nova e Escalos de Cima dividiram o jogo em dois, ficando cada uma das equipas com uma das partes. Os da casa foram superiores na primeira, altura em dispuseram de boas chances para fazer mais golos, e o Escalos controlou na segunda, tendo mesmo alguns períodos de domínio, que lhe permitiram acreditar que evitar a derrota era mesmo possível. E com garra e determinação esse golo acabou mesmo por chegar.
Com uma entrada muito forte, o Proença abriu o activo logo aos 5 minutos, na sequência de uma grande penalidade indiscutível que o capitão Bruno Rodrigues converteu, isto já depois de ter conseguido criar duas boas situações para, ainda antes disso, ter inaugurado o marcador.
Aparentemente, e dadas as diferenças entre as duas equipas, tanto em valor como olhando para a classificação, estava dado o passo mais importante para decidir o jogo. É verdade que a equipa de Paulo Macedo “abanou” com o golo madrugador, mas não é menos verdade que o Proença nunca soube tirar o devido proveito dessa situação, conseguindo criar as situações suficientes para decidir o jogo, mas, por um motivo ou por outro, seja ele a falta de pontaria, as boas intervenções de Bruno Cardoso, ou até mesmo, em certas circunstâncias, uma pontinha de egoísmo de alguns jogadores da casa, o segundo golo nunca chegou, o que permitiu ao Escalos começar, com o decorrer do jogo, a acreditar que era possível evitar esta derrota que estava apenas “presa” por um golo.
Essa crença e a vontade férrea de chegar ao empate acabou por ter o devido prémio já no último minuto das compensações, quando um pontapé de Bruno Cardoso, depois de sofrer um ligeiro desvio na zona do meio campo, acabou por apanhar, nas costas da defesa da casa, Beirão que se limitou a fazer um chapéu com as dimensões certas à saída de Ricardo Almeida.
Para quem estava atento ao jogo esta era uma situação que há muito se adivinhava. O que faltava saber era se o Escalos iriam ter a oportunidade que tanto fizeram por procurar. Ela surgiu, e o golo veio repor a verdade no marcador.

A arbitragem- Muito bom o trabalho do trio de arbitragem. Apenas fica na memória um livre que não assinalou a favorecer o Escalos já nos descontos, mas nada que comprometa uma tarde acertada.

Discurso directo- Quim Manuel, técnico do Proença-a-Nova- “Entrámos bem, conseguimos chegar ao golo mas, contrariamente àquilo que prevíamos, o Escalos acabou por ser mais equipa e nós estivemos algo desconcentrados nas marcações, não conseguimos ter bola e fomos um pouco no jogo do Escalos que jogou um futebol directo. Mesmo assim criámos situações para resolver o jogo, não o fizemos, e temíamos que pudesse acontecer o que acabou por suceder. Não falei nunca das arbitragens, porque eles erram como nós também erramos, mas as arbitragens nunca tiveram influenciam nos resultados dos nossos jogos”.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “O Proença foi melhor que nós, na primeira parte, e nós fomos superiores na segunda, por isso penso que o resultado acaba por ser justo, independentemente do Proença ter tido mais oportunidades que nós. Com as substituições melhorámos o nosso nível de jogo, arriscámos tudo, e pôr as bolas nas costas da defesa adversária acabou por resultar, já que foi assim que nós obtivemos o golo. Mais falta, menos falta, acho que o árbitro fez um bom trabalho”.

domingo, fevereiro 01, 2009

ADEP- 1 SERTANENSE- 1


Difícil fazer melhor

Estádio Municipal de Penamacor
Árbitro- Luís Caetano, auxiliado por Luís Castainça e Jorge Ramos, de Viseu
ADEP- Oleh Prokopets (3), Cristophe (3), Sérgio (3), Marco (3), Hélder (3), Pedro Silveiro (3), Luís Graça (3), Salcedas (3), Mateus (3), Tomás (2) e Tony (3)
Treinador- Vítor Cunha
Sertanense- Moretto (3), Anderson (3), Américo (3), Pedro Miguel (3), Marco Farinha (2), Leandro (3), Joca (3), Bruno Xavier (3), Baba (3), David Facuncho (3) e Magalhães (3)
Treinador- Eduardo Húngaro
Substituições- Tomás por Zé Luís (2) aos 52 e Salcedas por Anjo (1) aos 79; Marco Farinha por Igor Luís (2) aos 33, Baba por Filipe Avelar (2) ao intervalo e Igor Luís por Tiago (1) aos 79
Disciplina- Amarelos a Tony aos 37, Sérgio aos 40 e Hélder aos 87; Joca aos 82
Marcadores- Pedro Silveiro aos 12; Joca aos 40

A figura do jogo- Luís Graça (ADEP)- Um jogador fundamental dentro da equipa de Penamacor. Importante não só nas acções defensivas como nos lançamentos para o ataque. Esteve no cruzamento que deu o golo de Pedro Silveiro e apareceu sempre onde estava a bola.

A ADEP- Entrou melhor e marcou cedo, mas ainda antes do intervalo permitiu o empate. Na segunda parte tentou ainda chegar à vitória mas no último terço do terreno mostrou algumas dificuldades, também provocadas pelo estado do terreno.

O Sertanense- Só na segunda parte a equipa conseguiu arranjar forma de lidar com as condições do sintético. Os jogadores mais tecnicistas nunca conseguiram sobressair e o futebol mais directo tentado já na recta final também nunca resultou.

Num derby molhado, com terreno pesado e com muito frio, a qualidade do jogo não podia ser muito melhor que aquilo que foi, mas destaca-se a atitude e a determinação dos jogadores de ambas as equipas, numa partida que acabou com um empate no placard, resultado que já se verificava ao intervalo.
A equipa da casa entrou melhor no jogo e logo na primeira vez que se acercou com perigo da baliza do estreante Moretto acabou por marcar. O lance começa com um cruzamento de Luís Graça do lado direito, e termina com o capitão Pedro Silveiro a aproveitar bem uma defesa para a frente do keeper brasileiro do Sertanense.
A vencer, a ADEP deixou correr o tempo, mas o Sertanense, a quem competia agora fazer pela vida, mostrava muitas dificuldades em lidar com as condições do terreno de jogo mas, mesmo assim, e apesar de um pouco aos solavancos, lá foi dominando mais, chegando ao empate ainda antes do descanso quando um lançamento em profundidade acabou por isolar Joca. Na verdade, o passe foi feito para Igor Luís, que estava em posição irregular, mas foi Joca que beneficiou do lance já que o brasileiro acabou por parar não mostrando intenção de jogar a bola. Naquela milésima de segundo que os auxiliares têm para levantar ou não a bandeirola, Luís Castainça optou por deixar seguir.
Ao intervalo o empate aceitava-se e na segunda metade, apesar das alterações introduzidas pelos dois técnicos o jogo pouco mudou. A equipa do Pinhal, mesmo tendo mais tempo de posse de bola e dominando mais, sentia muitas dificuldades em construir lances de perigo, e a ADEP só esporadicamente chegava à área contrária. A verdade é que acabou por ser uma tarde tranquila para os dois guarda-redes, com pouco remates e sem grandes situações de perigo. Já na recta final, o Sertanense optou por uma forma de jogar mais directa, mas nem assim conseguiu desfazer um empate que acaba por assentar bem ao futebol que as duas equipas praticaram ao longo dos 90 minutos.

A arbitragem- Num terreno também ele muito difícil para a arbitragem, apenas o lance do golo é questionável, já que, apesar de Joca não estar em posição de fora de jogo, Igor Luís estava adiantado em relação ao penúltimo homem da casa, mas não se fez ao lance, apesar de se ter cruzado com Joca. Pareceu-nos acertada a decisão do auxiliar.

Discurso directo- Vítor Cunha, técnico da ADEP- “Eu não gosto de me desculpar com as arbitragens. No lance do golo do Sertanense parece-me que o Joca não está em fora de jogo, mas o outro jogador está claramente, e a bola vai na direcção dele. O árbitro teve essa opção, porque eles também erram e também falham. Em relação ao jogo, este foi o resultado possível, devido às condições do tempo. Mas quero enaltecer a atitude dos jogadores”.

Discurso directo- Eduardo Húngaro, técnico do Sertanense- “Tenho que parabenizar os jogadores de ambas as equipas e a arbitragem pela atitude heróica. Foram condições quase que desumanas. Começámos o jogo a perder e tivemos que ir atrás do resultado. Os meus jogadores, mais uma vez mostraram que são guerreiros. Não vivemos um momento bom, em termos de resultados, mas a equipa mantém espírito de luta e competitividade. Gostei muito da estreia do Moretto, porque foi um jogador que entrou em condições bastante adversas e acho que passou na prova. Até final do campeonato não vou falar mais das arbitragens”.

domingo, janeiro 25, 2009

OLEIROS- 2 VITÓRIA DE SERNACHE- 2


Fontes de problemas

Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Ricardo Fontes (1), auxiliado por Pedro Tomás e Alexandre Paralta
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (3), Tiago Ventura (3), Carlitos (3), Fiel (3), Quim Garcia (4), João André (3), Norberto (3), Joel (3), Zé Bernardo (3) e Ludovico (3)
Treinador- José Ramalho
Vitória de Sernache- Jorge Correia (3), Filipe Barata (3), Paulo Lopes (3), Fernando Miguel (4), Toni (3), Luís Filipe (3), Dany (3), Tiago Farinha (3), Dário (3), Miguel Farinha (3) e Diogo Simão (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Joel por Laranjo (2) aos 54 e Zé Bernardo por Marcelo (1) aos 81; Miguel Farinha por Likas (2) aos 62 e Toni por Ricardo André (2) aos 74
Disciplina- Amarelos a Joel aos 52 e Carlitos aos 79; Miguel Farinha aos 43, Ricardo André aos 89, Likas aos 90+1 e Tiago Farinha aos 90+5. Vermelho directo a Tiago Ventura aos 79
Marcadores- João André aos 35 e Ludovico aos 90+5; Paulo Lopes aos 23 e Dany aos 87

A figura do jogo- Fernando Miguel (Vitória de Sernache)- Um central com um grande sentido posicional, muito bem na marcação que moveu ao seu adversário directo, e exemplar na forma como definiu os lances que passaram por ele.

O Oleiros- Esteve uns furos abaixo do que mostrou em Alcains mas mesmo assim mostrou que apenas a vitória lhe interessava. Mesmo sofrendo o segundo golo quando já estava com menos uma unidade, acreditou sempre que era possível evitar a derrota.

O Vitória de Sernache- Entrou melhor, a mandar no jogo, para tentar marcar cedo, porque a vitória também era o único resultado que interessava. Na segunda parte não se adaptou bem à superioridade numérica e, mesmo marcando nesse período, ainda se deixou empatar no último minuto dos descontos.

Tinha tudo para ser um grande derby. Jogo entre vizinhos, equipas empatadas na classificação, e ainda a tentar chegar perto dos quatro primeiros, mas os últimos minutos acabaram por estragar o que estava a correr de forma exemplar até essa altura.
Entrou melhor o Vitória, que começou por mandar no jogo e mostrou intenções de marcar cedo, como forma de pressionar o adversário que jogava perante o seu público e, por isso, com responsabilidades acrescidas. Mas foi já numa fase em que o Oleiros tinha chegado ao ponto de equilíbrio que os vitorianos inauguraram o marcador quando Paulo Lopes aproveitou bem o facto de João Luís não ter segurado uma bola que chegou a ter nas mãos.
Até ao intervalo, e sempre com um jogo muito disputado e por vezes bem jogado, especialmente se tivermos em atenção o frio e o estado muito pesado do sintético, o Oleiros ainda arranjou tempo para desenhar a sua melhor jogada de ataque, que culminou com um centro do lado esquerdo que João André, solto já dentro da área, aproveitou para restabelecer a igualdade.
Na segunda parte os pressupostos não se alteraram… até ao minuto 79. Depois de assinalar uma falta cometida por Carlitos, bem punida com amarelo, mostrou o vermelho directo a Tiago Ventura, provavelmente por palavras proferidas menos próprias. A partir daqui, e mesmo apresentando algumas dificuldades iniciais em lidar com a superioridade numérica, o Vitória chegou de novo à vantagem, mas deixou-a fugir já no último minuto de compensações num lance muito contestado pelos forasteiros e que motivou fortes protestos junto do auxiliar do lado da bancada. Foi pena, porque o jogo tinha todos os condimentos para terminar sem polémicas e sem queixas de ambos os lados.

A arbitragem- Tornou-se, de forma inexplicável, o protagonista do jogo a partir do minuto 79, porque até então, com erros de pequena monta, estava a fazer um trabalho regular, até ajudado pela correcção das duas equipas. Só que a expulsão, com vermelho directo, de Tiago Ventura inverteu o rumo dos acontecimentos. Numa falta normalíssima, e bem assinalada e punida com amarelo a Carlitos, exibiu igualmente o vermelho ao central oleirense, provavelmente por palavras que ouviu. Por vezes, os árbitros têm que fazer ouvidos de “mercador” àquilo que escutam dentro do campo. Já no final da primeira parte tinha mostrado amarelo a Miguel Farinha, aqui por indicação de Pedro Tomás, pelos mesmos motivos. Ora não será verdade que, com este rigor todo, seria muito raro o jogo que chegava ao fim? Todos os dias vemos, e muitas vezes até ouvimos, ou percebemos através dos lábios dos jogadores, nos campos, ou mesmo através da televisão, palavras pouco agradáveis dirigidas aos árbitros ou até mesmo aos adversários. Mas o que mais há por aí, por esse mundo fora, são árbitros “surdos”. Ou seja, às vezes, é melhor para o espectáculo, não ouvir certas coisas. O problema é quando numas circunstâncias se ouve e se pune, e noutras não se age da mesma maneira. Ora, acabou por ser a expulsão do central do Oleiros que desencadeou tudo o resto que se passou, e que obrigou Ricardo Fontes, num primeiro momento a ter que se deslocar quase até à linha de meio campo sempre rodeado por toda a equipa da casa. Estava o caldo entornado. Ricardo Fontes deveria ter o bom senso de perceber que se tratava de um derby, que estava a correr com extrema correcção. Depois disso veio o golo do Vitória e o empate do Oleiros, com nova contestação, agora do outro lado. Os vitorianos queixam-se que o lançamento que está na origem do lance do golo do empate era a seu favor, e depois questionam a posição de Ludovico aquando da obtenção do empate, também aqui rodeando e protestando de forma veemente, agora com o auxiliar do lado da bancada. Já antes o Oleiros tinha “pedido” um penalty, alegadamente cometido sobre o mesmo jogador. São situações que, do local onde nos encontramos, não temos condições de analisar com clareza. Mas fica-nos a certeza que, depois do fatídico minuto 79, o discernimento da equipa de arbitragem nunca mais foi o mesmo e que estas situações, já nos descontos, não aconteceriam se não fosse o tal minuto 79. Por outro lado, e sem nunca pôr em causa a idoneidade ou a honestidade de quem quer que seja, deixamos uma questão ao Conselho de Arbitragem da AFCB: Será de bom tom nomear um árbitro auxiliar para este jogo, quando no dia anterior, como árbitro, esteve num jogo de futsal de um dos clubes intervenientes? Ou será melhor, para não alimentar qualquer tipo de especulações ou de desconfianças, evitar estas situações? Se no distrito temos árbitros para “emprestar” a Leiria, é mesmo necessário ser o mesmo árbitro a dirigir dois jogos do mesmo clube em dias consecutivos, mesmo que em campeonatos e até modalidades diferentes? A resposta parece-nos óbvia…

Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “O resultado acaba por não ser bom para nenhuma das equipas. Sabíamos que uma vitória hoje permitia uma aproximação às equipas da frente. Os jogadores deram tudo o que tinham. O Sernache entrou melhor, mas aos poucos fomos equilibrando. Na segunda metade queríamos passar para a frente no marcador, e a meio da segunda parte o jogo estava muito repartido e qualquer equipa podia chegar à vitória. Depois o Sernache aproveitou a superioridade numérica e fez o segundo golo. Nós acreditámos até ao fim e valeu isso mesmo para chegar ao empate. O resultado é justo. Em relação à arbitragem, penso que hoje foi o árbitro que estragou o jogo. Qualquer encosto nosso marcava sempre falta contra nós, foi-nos empurrando, o meu jogador é expulso não sei porquê, penso que por palavras mas, se foi por isso, com toda a certeza que, nesta parte final os jogadores do Sernache também não foram muito simpáticos para o árbitro. Esta é a arbitragem que nós temos… Trabalhámos durante a semana, com neve, com frio, e depois chegamos ao domingo e os árbitros estragam os jogos. Já aconteceu em Alcains e hoje aqui. Será que estas pessoas que estavam na bancada não percebem nada de futebol? Só o árbitro é que percebe? Hoje houve falta de humildade por parte do árbitro. Eu ando no futebol há muitos anos e, por vezes, dá-me vontade de ir embora, porque há árbitros que não merecessem que eu aqui esteja. Há uns árbitros que têm mais jeito que outros, os que não têm jeito que fiquem em casa! Estas coisas têm que ser ditas para que o futebol distrital chame pessoas aos estádios. Só desejo é que este árbitro melhore muito e que tire um curso de reciclagem para ver se aprende mais alguma coisa”.

Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “O resultado foi o possível e é extremamente injusto para o futebol praticado dentro de campo. Penso que a única equipa que quis ganhar o jogo e que criou situações de golo foi o Vitória de Sernache. Tivemos seis ou sete situações de golo, mas faltou-nos aparecer na área de concretização. O Oleiros fez um golo na primeira parte na primeira vez que foi à nossa baliza, numa falha de marcação. Eu penso que o jogo devia ter terminado na altura da expulsão do jogador do Oleiros por falta de elementos da equipa adversária porque o árbitro foi agredido e não devia ter continuado o jogo porque não havia elementos suficientes. Depois fizemos o segundo golo e apareceu aquele que já estava a ser um grande protagonista. Em relação há arbitragem queria referir que o Fontes fez a arbitragem tecnicamente possível e não teve influência no desenrolar do jogo, mas o fiscal de linha do lado bancada… foi o mesmo que me expulsou ontem (sábado) no jogo de futsal, além de mandar identificar um adepto na bancada não viu que o lançamento que dá o segundo golo do Oleiros era para nós e depois “não teve tomates”, como se diz na gíria, para tirar o fora de jogo ao jogador que faz o golo. Pela primeira vez no futebol, que estive do outro lado do varão, dirigi-me sempre aos meus jogadores incentivando-os, e fui agredido. A GNR viu e lamento ter sido agredido em Oleiros. Provavelmente para o ano a Associação irá fazer aquele campeonatozinho de 6 equipas a 4 voltas, porque não há capacidade, não há equipas, e isto não tem jeito nenhum. Reparem que os outros campeonatos estão a dobrar a 1ª volta e nós estamos a 6 jornadas de acabar o campeonato. É uma vergonha porque os clubes gastam dinheiro, pagam um balúrdio pelas inscrições, para as pessoas andarem de gravata e a fazer grandes chamadas de telemóvel. Pergunto aqui porque é que o Sernache está a ser tão prejudicado e porque é que o presidente do Conselho de Arbitragem não vai ver um jogo do Sernache? Ele vai ver tantos jogos de futebol, mas há dois anos que não vê o Sernache, seja em casa ou fora! Desta forma, este futebol é uma merda…”.

domingo, janeiro 18, 2009

CD ALCAINS- 1 OLEIROS- 0


Alcains evita lotaria já nos descontos

Estádio Trigueiros de Aragão, em Alcains
Árbitro- Márcio Lopes, auxiliado por Cláudio Santos e Luís Gabriel
CD Alcains- Beirão, Tiago Paulo, Diálló, Quinzinho, Esquiva, Ricardo Constantino, Ricardo Costa, Aíldo, Manoel, Khonné e Bruno Vieira
Treinador- Hugo Andriaça
Oleiros- Carlos, Fiel, Tiago Ventura, Carlitos, Joel, Quim Garcia, João André, Norberto, Zé Bernardo, Ludovico e Cássio
Treinador- José Ramalho
Substituições- Aíldo por Miguel aos 56; Zé Bernardo por Laranjo aos 90+3
Disciplina- Amarelos a Aíldo aos 3, Tiago Paulo aos 22, Diálló aos 23, Manoel aos 31, Esquiva aos 40 e Miguel aos 90+9; Carlitos aos 42, Joel aos 45, Zé Bernardo aos 56 e Tiago Ventura aos 90+8. Vermelho directo a Cássio aos 90+5
Marcador- Quinzinho aos 90+3

O CD Alcains- Sentiu as dificuldades que o seu técnico já esperava, até pelo que já tinha acontecido neste mesmo jogo, mas a contar para o campeonato distrital. Especialmente na primeira parte a equipa chegou a ter muitas dificuldades em sair com a bola de dentro do seu meio campo, também muito por culpa da pressão do adversário. Num jogo equilibrado, mas em que dispôs das oportunidades mais flagrantes, acabou por evitar a lotaria dos penalties já muito perto do final.

O Oleiros- Voltou a demonstrar que está numa fase de crescendo, conseguindo mesmo, durante largos períodos do jogo, especialmente durante a primeira metade, dominar e controlar a partida. Pelo que fez a equipa de José Ramalho merecia decidir a eliminatória nos pontapés dos 11 metros.

Num jogo de mata-mata, Alcains e Oleiros empenharam-se na luta pela vitória e proporcionaram ao público presente nas bancadas do Trigueiros de Aragão um espectáculo de futebol muito agradável, num jogo muito equilibrado, com a bola sempre muito perto das duas balizas e com um vencedor encontrado quando já muitos pensavam que ainda se iria assistir à extracção da lotaria.
Depois de uns primeiros 10 minutos disputados numa toada mais morna, em que o Alcains tentou impor o seu futebol enquanto o Oleiros encaixava as marcações, foi depois disso acontecer que os do Pinhal conseguiram chamar a si o domínio do jogo, tendo mais tempo de posse de bola, estando mais tempo dentro do meio campo contrário e conseguindo quase sempre contrariar as ocasiões em que os canarinhos tentavam aliviar a pressão e ultrapassar a linha de meio campo. Mas o jogo foi sempre pautado por muita luta pela posse de bola e por uma vontade enorme de marcar primeiro que o adversário. Durante esta fase, que se estendeu até ao intervalo, as melhores ocasiões de golo pertenceram sempre ao conjunto da casa. As mais flagrantes surgiram de lances de bola parada no interior da área oleirense. A primeira num livre indirecto, em que o guarda-redes Carlos, que até tinha mostrado algum nervosismo na parte inicial, teve a primeira grande oportunidade para negar o golo a Bruno Vieira. A segunda, e a mais flagrante, aconteceu aos 42 minutos quando Bruno Vieira sofreu uma grande penalidade cometida pelo capitão Carlitos já depois de ter corrido todo o meio campo do Oleiros com a bola controlada. Da marca dos 11 metros Carlos voltou a ter a chance de brilhar, negando de novo a Bruno Vieira, desta vez sem ninguém entre eles, a vantagem alcainense.
Nos segundos 45 minutos, mesmo decaindo um pouco a qualidade do jogo produzido de ambos os lados, talvez fruto de um cansaço acumulado, as oportunidades mais flagrantes continuaram a ser dos da casa, mas sempre tendo pela frente uma excelente resposta do conjunto de José Ramalho que teimava em levar até às últimas consequências a decisão da eliminatória.
E acabou por ser quando já muitos esperavam pela lotaria das grandes penalidades que surgiu alguém a desatar o nó em que a partida se tinha transformado. Na sequência de um dos muitos pontapés de canto de que beneficiou o Alcains, Vieira marcou do lado esquerdo e Quinzinho saltou mais alto que os opositores carimbando desta forma, e aos 93 minutos, o passaporte da equipa de Hugo Andriaça para as meias-finais da Taça de Honra José Farromba.
Num jogo digno do nome que foi dado a esta competição, o Oleiros merecia chegar à decisão da eliminatória na decisão das grandes penalidades.

A arbitragem- Nas decisões mais polémicas, aquelas que levantam mais contestação, parece-nos que foi demasiado rigoroso no vermelho directo a Cássio. Podia ter enquadrado o lance no contexto geral do jogo, uma vez que, para além de ser uma falta dura, foi cometida em cima da linha de meio campo e junto à linha lateral, e o vencedor estava praticamente encontrado. No livre indirecto e no penalty que, em ambos os casos favoreceram o Alcains, decidiu bem e agiu disciplinarmente em conformidade.

Discurso directo- Hugo Andriaça, técnico do CD Alcains- “Sabíamos que íamos defrontar uma equipa que é capaz do 8 e do 80 e quis incutir nos meus jogadores um espírito de revolta ou de “vingança” desportiva. Já sabíamos como eles iam funcionar, porque nesta fase já todos nos conhecemos uns aos outros. Eu nunca disse que nós éramos muito superiores às outras equipas, sempre disse é que éramos os melhores, e continuo com essa convicção, mas não somos assim tão melhores, por isso é que os jogos são equilibrados. A equipa revela alguma ansiedade nos jogos em casa, talvez pela pressão de alguns adeptos. Temos que perceber que estamos no distrital, mas tenho consciência que há adeptos que já viveram outros tempos e já vieram a esta bancada ver outras equipas. Esses têm que perceber que o trabalho está a ser feito e mais não nos podem pedir. Por isso é que os nossos grandes resultados são sempre conseguidos fora de casa, e não aqui. O Márcio Lopes tenta segurar o jogo demasiado cedo com cartões amarelos. Aos 20 minutos já tínhamos 6 amarelos e com sorte acabámos o jogo com 11 jogadores. Foi benevolente em algumas situações mas não tem influência no resultado. Tem o erro grave de não ter mostrado vermelho ao Carlitos no lance da grande penalidade ”.

Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Fizemos um excelente jogo contra uma grande equipa e acho que merecíamos ir, pelo menos, às grandes penalidades. Trabalhámos muito, estivemos muito concentrados e rigorosos tacticamente e penso que, para o futuro, esta equipa tem uma palavra a dizer, se continuar a jogar desta maneira. Fica o amargo de não termos chegado às grandes penalidades, até porque o nosso guarda-redes já tinha defendido uma. Temos vindo a subir de jogo para jogo e é assim que eu quero que eles joguem. Eu, sobre o árbitro, só quero dizer que o critério disciplinar não foi igual para as duas equipas, embora sem ter influência no resultado”.

domingo, janeiro 11, 2009

ÁGUIAS DO MORADAL- 1 ESCALOS DE CIMA- 1


Moradal convidou, Escalos aceitou

Campo do Ventoso, no Estreito

Árbitro- João Brás (4), auxiliado por José Bicho e Luís Ferreira

Águias do Moradal- Manuel Silva (3), Jójó (2), Oliveira (3), Gil (2), Zé Tó (2), Saturnino (3), David (3), Prata (2), Edmilson (3), Rui Paulo (3) e Pira (3)

Treinador- António Belo

Escalos de Cima- Bruno Cardoso (4), Paulinho (3), Humberto (3), Mata (3), Gonza (3), Paulo Mendes (3), Chico (3), Capinha (4), Cláudio (3), Carlitos (3) e João Vítor (3)

Treinador- Paulo Macedo

Substituições- Saturnino por Esteves (1) aos 73, Rui Paulo por Zé Augusto (1) aos 73 e Jójó por Pinto (1) aos 79; João Vítor por Luís Afonso (3) aos 58, Paulo Mendes por Beirão (-) aos 90 e Carlitos por Bruno Barata (-) aos 90+3

Disciplina- Amarelos a Edmilson aos 59 e Oliveira aos 70; Paulo Mendes aos 60, Gonza aos 69 e Bruno Cardoso aos 90+5

Marcadores- Oliveira aos 42; Capinha aos 77

A figura do jogo- Bruno Cardoso (Escalos de Cima)- Esteve sempre muito atento e foi determinante quando, já na recta final, se opôs muito bem efectuando grande defesa perante Zé Augusto, que surgiu isolado.

O Águias do Moradal- Apenas teve 15 minutos aceitáveis. Foi a partir da meia hora, e até ao intervalo, que a equipa de António Belo conseguiu “parecer-se” com o seu real valor, precisamente na altura em que chegou ao golo. Na segunda metade deixou o Escalos assumir o jogo e acabou por ter o merecido castigo.

O Escalos de Cima- Sabendo que estava a jogar com armas desiguais, Paulo Macedo montou uma estratégia para retardar ao máximo o golo do Águias. Quando chegou o 1-0, mesmo à beira do intervalo, podia pensar-se que o castelo ia desmoronar, mas a equipa reagiu muito bem e acabou por chegar, de forma até natural, ao empate.

Surpresa? Só para quem não assistiu ao jogo muito mal conseguido por parte da equipa do Estreito, que apenas durante 15 minutos conseguiu jogar alguma coisa semelhante ao seu real valor. Na segunda metade, a perder por 1-0, o Escalos fez bem ao aceitar o “convite” dos da casa para mandar no jogo.

Num jogo entre duas equipas com objectivos bem distintos, cabia ao Águias, por ser mais forte e por estar muito melhor na classificação, assumir as rédeas do jogo e provar dentro das 4 linhas que, de facto há diferenças entre as duas equipas e os dois plantéis.

Só que desde início as coisas não correram bem. O Moradal, sempre muito pressionado pelo seu público, mostrava muitas dificuldades em ligar o jogo. Os passes não saíam bem, a bola demorava uma eternidade a chegar ao último terço do terreno e, das poucas vezes que lá chegava, raramente ia em condições de poder ser visada a baliza de Bruno Cardoso. O Escalos limitava-se a cumprir com a ideia de Paulo Macedo: tapar todos os acessos à sua retaguarda e retardar ao máximo a abertura do placard. Até podia ser que, caso estes objectivos fossem conseguidos, num lance de contra-ataque o jogo virasse a seu favor… Só depois da meia hora os da casa conseguiram começar a construir algumas, não muitas, jogadas com cabeça, tronco e membros, e então o perigo passou a rondar mais a área dos escalenses. Por isso, foi de forma natural que, aos 42 minutos, o central Oliveira deu o melhor seguimento a um livre levantado do lado direito por Pira. Nesta altura, a vantagem era o corolário lógico do melhor período dos do Pinhal, por isso se ajustava o 1-0 no descanso.

E quando tudo parecia encaminhado para o que é mais comum acontecer no Ventoso, ou seja, uma vitória tranquila de quem lá mora, eis que a segunda metade começa da forma mais inesperada. O Águias não consegue tomar conta do jogo, o Escalos também com mérito assume o jogo, e como que se vê obrigado a atacar, tal era a desinspiração que tinha do outro lado.

E mesmo sem criar situações de apuro para a baliza de Manuel Silva, valeu a eficácia para que, numa das raras vezes que conseguiu entrar com a bola na área contrária, o Escalos chegasse ao tento do empate. As marcações do Estreito falharam e, bem no interior da área Carlitos descobriu o capitão Capinha em excelentes condições de finalização. Também aqui o golo surgiu de forma já esperada e mais que isso, justa.

Afinal, depois do jogo terminado, chega-se à conclusão que valeu mesmo a pena o Escalos aceitar o “convite” da equipa da casa!

A arbitragem- Com um ou outro pequeno erro, apenas o reparo para o cartão amarelo a Oliveira, depois de uma falta muito dura sobre Chico, que podia ser de outra cor.

Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “Foi um mau jogo do Águias do Moradal. Deveríamos ter feito muito mais porque tínhamos que ganhar o jogo. Esta má exibição a algo se deveu, e cabe-me agora analisar tudo muito bem, porque o que se está a passar com alguns jogadores não é normal para uma equipa deste quilate. A minha equipa menosprezou o valor do adversário, que é uma coisa que eu não admito, e portanto as coisas têm que mudar! Agora, da forma que isto está, nem sei se chegaremos ao play-off… O Águias do Moradal merece muito respeito e há aqui jogadores que não o estão a fazer. O árbitro e os auxiliares estiveram excelentes, quanto a mim foram a melhor equipa em campo.”.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Defrontámos uma boa equipa, muito bem orientada, mas estamos de parabéns porque estivemos muito bem tacticamente. Depois dos 90 minutos podemos pensar que, se arriscássemos um pouco mais, poderíamos ter chegado à vitória, mas também podíamos ter perdido, porque as oportunidades mais flagrantes são do Estreito. Os primeiros 45 minutos do Águias foram muito bons, os segundos foram bons os do Escalos. O empate acaba por ser justo. Gostei muito do árbitro. É dos bons jovens que temos na nossa arbitragem”.

domingo, janeiro 04, 2009

CD ALCAINS- 3 VITÓRIA DE SERNACHE- 1


Khonné matou em 2 minutos

Estádio Trigueiros de Aragão, em Alcains
Árbitro- Paulo Abrantes (4), auxiliado por Nuno Silva e Sérgio Paiva
CD Alcains- Beirão (3), Tiago Paulo (4), Quinzinho (3), Aíldo (3), Esquiva (3), Betinho (3), Bruno Vieira (3), Ricardo Costa (3), Manoel (3), Khonné (4) e Miguel (3)
Treinador- Hugo Andriaça
Vitória de Sernache- Jorge Correia (2), Filipe Barata (3), Paulo Lopes (1), Rui Domingues (2), Fernando Miguel (2), Dany (3), Tiago Farinha (3), Dário (3), Miguel Farinha (3), Diogo Simão (3) e João Gaspar (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Miguel por Constantino (2) aos 62 e Esquiva por Leão (1) aos 75; Rui Domingues por Toni (3) aos 53 e Paulo Lopes por Luís Filipe (1) aos 79
Disciplina- Amarelos a Manoel aos 30, Ricardo Costa aos 31 e Khonné aos 67; Fernando Miguel aos 85 e Tiago Farinha aos 90+4
Marcadores- Quinzinho aos 23 e Khonné aos 57 e 58; Tiago Farinha aos 66

A figura do jogo- Khonné (CD Alcains)- Foi decisivo porque matou o jogo com dois golos no espaço de dois minutos, numa altura em que o Vitória ainda tinha o jogo em aberto. Estava no sítio certo no momento exacto, tanto para aproveitar a “borla” de Jorge Correia como para concluir o bom trabalho de Manoel.

O CD Alcains- Entrou dominador e podia ter marcado logo no minuto inaugural por intermédio de Khonné. Chegou à vantagem com naturalidade aos 23 minutos para depois passar pelo seu pior período até ao intervalo. Depois de matar o jogo optou por uma toada de maior contenção já que era ao adversário que cabia atacar. Regressou às vitórias com Hugo Andriaça a ter que “inventar” soluções provocadas pela escassez do plantel.

O Vitória de Sernache- Demorou muito a entrar no ritmo certo e mostrou muitas dificuldades especialmente no lado direito da sua defensiva. Em velocidade era claramente inferior ao adversário e só conseguiu equilibrar depois de sofrer o primeiro golo. Na segunda parte, quando ainda estava indefinido o resultado final, sofreu dois golos em outros tantos minutos, deitando por terra toda e qualquer esperança em somar pontos.

Depois de dois empates consecutivos, o líder conseguiu assinalar a entrada no novo ano com o regresso às vitórias. Num jogo entre duas equipas com muitos problemas ao nível do plantel, muito curto para as exigências do nosso Distrital, os técnicos foram obrigados a “inventar” soluções para encarar um jogo que se pensava vir a ser melhor do que aquilo que na realidade foi.
Os canarinhos, por jogarem em casa e pela condição de líderes, entraram mais fortes, com maior velocidade, e podiam ter marcado ainda no primeiro minuto quando Khonné, isolado frente a Jorge Correia, permitiu uma excelente intervenção ao guarda-redes vitoriano. Era pelo lado esquerdo do seu ataque que o Alcains carrilava mais o seu jogo, pondo a nu as dificuldades de Paulo Lopes, que era sempre ultrapassado em velocidade obrigando os colegas constantemente a fazer compensações.
Só aos 15 minutos o Vitória deu o seu primeiro sinal de vida, mas Miguel Farinha permitiu que Quinzinho evitasse males maiores. Mas 4 minutos depois repetiu-se a cena do minuto inicial. Khonné, de novo sozinho frente a Jorge Correia, desta vez atirou por cima da baliza. Dois falhanços que o senegalês viria a compensar mais tarde.
Aos 23 minutos chegou, de forma natural, o golo da equipa da casa. Na sequência de um canto do lado direito, Quinzinho saltou mais alto, não dando hipóteses a Jorge Correia.
Este golo, como que adormeceu o Alcains que terá pensado que o mais difícil estava feito, e espicaçou o Vitória que embalou então para o seu melhor momento do jogo, equilibrando a contenda e tendo mesmo alguns momentos de domínio, mesmo que sem criar grandes situações de golo.
No reatamento, que começou de forma em tudo semelhante ao final do primeiro tempo, nada fazia prever que os minutos decisivos estavam mesmo para chegar. Aos 57 minutos Khonné aproveitou bem uma oferta de Jorge Correia, que deixou fugir uma bola que parecia segura, isto depois de João Gaspar não ter cortado o lance quando teve oportunidade para isso, e no minuto seguinte, o brasileiro Manoel desenhou da melhor forma um lance pela lado esquerdo do ataque da sua equipa, sem qualquer oposição, oferecendo depois o toque final ao senegalês que voltava a aparecer no sítio certo na hora exacta.
Até final, e já depois de António Joaquim ter fechado a sua direita defensiva com a troca de posições entre Paulo Lopes e Toni, o maior registo vai para o tento de honra dos vitorianos apontado, com um remate de primeira de Tiago Farinha depois de um canto do lado direito.
Vitória justa da equipa com melhores argumentos, mesmo que estivessem frente a frente dois plantéis muito debilitados especialmente por lesões.

A arbitragem- É verdade que nem sempre acertou nas suas decisões, mas foram claramente mais as acertadas do que as erradas. No capítulo disciplinar não quis usar e abusar dos cartões mas podia tê-lo feito em mais duas ou três situações.

Discurso directo- Hugo Andriaça, técnico do CD Alcains- “Era muito importante ganhar este jogo porque vínhamos da pior fase que passámos desportivamente. Queria deixar uma palavra de apreço aos meus jogadores porque, mesmo com os muitos problemas que temos, eu não baixo o nível de exigência. O nosso grupo é enorme em todos os aspectos, menos no numérico. Isto porque eu estou aqui para ser campeão, mesmo tendo um grupo muito curto porque estão cada vez a sair mais jogadores por questões profissionais. O nosso objectivo é o campeonato, se conseguirmos ganhar a Taça tanto melhor, e tenho a certeza que o vamos conseguir, com maior ou menor dificuldade. Sabemos que há mais adversários a quererem atingir os nossos objectivos, o Pedrógão reforçou-se muito, o Fundão tem uma belíssima equipa, o Estreito não nos larga, mas, apesar de deturparem um pouco as minhas palavras eu continuo com a minha forma de estar ambiciosa, arrojada, mas sempre respeitador”.

Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Demos uma boa resposta, fizemos um bom jogo, mas penso que há três factores que são decisivos para o desenrolar do jogo: a jogada que dá origem ao primeiro golo começa com um jogador do Alcains que leva a bola com a mão em frente ao nosso banco; uma entrada sobre o Dany que, com o mesmo árbitro e no mesmo campo, na final da Taça de Honra, deu expulsão directa ao Miguel Farinha; uma cotovelada do Manoel num jogador nosso foi punida com cartão amarelo, se o árbitro viu… se calhar tinha sido um bom dia para ir apitar a Leiria. Depois temos a qualidade do adversário, as nossas limitações e a maneira como deixámos matar o jogo no espaço de um minuto. Mas acho que a cor das camisolas ainda conta. 2009 continua igual a 2008 e 2007… vamos ver o que vai dar”.