terça-feira, março 24, 2009

CD ALCAINS- 2 OLEIROS- 0


Khonné desatou o nó e ofereceu taça aos canarinhos

Campo Senhora das Neves, em Proença-a-Nova
Árbitro- Ricardo Alexandre, auxiliado por Mário Rui e Carlos Silva
CD Alcains- Beirão, Tiago Paulo, Diálló, Quinzinho, Esquiva, Ricardo Constantino, Ricardo Costa, Aíldo, João Martins, Khonné e Bruno Vieira
Treinador- Hugo Andriaça
Oleiros- João Luís, Paulinho, Fiel, Carlitos, Joel, Quim Garcia, João André, Norberto, Zé Bernardo, Ludovico e Cássio
Treinador- José Ramalho
Substituições- João Martins por Miguel aos 70, Khonné por Carlitos aos 87; Zé Bernardo por Tomás ao intervalo e Paulinho por Laranjo aos 81
Disciplina- Amarelos a Ricardo Costa aos 27 e Khonné aos 82; Carlitos aos 21, Ludovico aos 85, Cássio aos 86 e Laranjo aos 90+1. Vermelhos directos a Diálló aos 79; Tomás aos 79
Marcadores- Khonné aos 75 e 82

Frente a frente estavam duas equipas que já se tinham encontrado 3 vezes em jogos oficiais esta temporada. E curiosamente um deles também a contar para esta competição. Nessa partida levou a melhor o Alcains que, em sua casa, acabou por bater o Oleiros por 1-0 já nos descontos. Depois acabou por ser o Oleiros a equipa repescada, o que possibilitou novo embate com o CDA. Nos dois jogos de campeonato registou-se uma vitória da equipa de Andriaça, 2-1, em Oleiros logo na jornada inaugural, e um empate a 2, no Trigueiros de Aragão. Por isso, e porque todos estes jogos foram muito equilibrados, esta era uma final onde não era aconselhável apontar favoritos, apesar do Alcains poder ser considerado como tal.
Mas num mata-mata, tudo pode ser imprevisível, e a verdade é que foi o Oleiros que entrou para tentar surpreender, jogando dentro do meio campo do Alcains na clara tentativa de conseguir chegar ao golo nos instantes iniciais. Só depois dos 10 minutos os canarinhos sacudiram as intenções adversárias e o jogo passou a ser disputado sob o signo do equilíbrio, com poucas oportunidades de golo mas com a posse de bola muito dividida.
Notava-se que a equipa de Hugo Andriaça não conseguia impor a velocidade desejada ao jogo, e também era visível que o meio campo do Oleiros era mais pressionante, acabando por ser decisivo na forma como conseguia ganhar grande parte das segundas bolas.
Era um jogo emotivo, nem sempre bem jogado, mas com muita luta e muito disputado, onde não se conseguia dizer qual a equipa que dominava ou sequer que controlava. Beirão e João Luís não tiveram muitos lances difíceis de resolver durante os primeiros 45 minutos e por isso o nulo no descanso aceitava-se pelo que as duas equipas tinham mostrado.
Para a segunda parte José Ramalho trocou Zé Bernardo por Tomás com a clara intenção de dar mais dinâmica ao seu ataque, ao mesmo tempo que libertava Ludovico para outras funções.
Não mudou o cenário, mesmo quando Andriaça tirou João Martins e lançou Miguel. Era visível que só num lance individual, numa bola parada, ou no aproveitamento de algum falhanço contrário alguma das equipas poderia desfazer o nulo. E foi esta última situação que aconteceu. Numa bola aparentemente inofensiva dentro da área do Oleiros, o guarda-redes João Luís atrasou-se a recolher o esférico. O senegalês Khonné estava atento, chegou primeiro, e desatou o nó.
A partir daqui, e com pouco mais de 15 minutos para jogar, tornou-se tudo mais complicado para uns oleirenses que até então estavam muito bem no jogo. A perder contra uma equipa com o poderio do Alcains as coisas tornaram-se tremendamente difíceis. O discernimento passou a não ser o mesmo e o 2-0, de novo por Khonné, agora com um remate cruzado da direita para a esquerda, apenas veio confirmar uma vitória canarinha num jogo equilibrado, disputado e que teve em Khonné o grande obreiro da construção deste êxito da equipa de Hugo Andriaça.
Ricardo Alexandre, e os seus companheiros, assinaram um bom trabalho, tendo apenas como decisão mais complicada o lance que envolveu Diálló e Tomás e que acabou por valer um vermelho para cada um.

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