domingo, fevereiro 24, 2008

ESCALOS DE CIMA- 0 AD FUNDÃO- 1


Arrancada a ferros…

Campo Viscondessa do Alcaide, Escalos de Cima
Árbitro- Bruno Nave (2), auxiliado por Bruno Xisto e Hélder Ferreira
Escalos de Cima- Cristóvão (3), Amaral (3), Gonza (3), Paulinho (3), Capinha (3), Luís Afonso (3), Carlitos (3), Jójó (4), Cunha (3), Beirão (3) e Valdemar (3)
Treinador- Paulo Macedo
AD Fundão- Nuno Tiago (3), André Cunha (3), Luciano (3), Pedro Costa (3), Cristiano (3), Rui Paulo (3), Ricardo Morais (3), Ricardo Fonseca (3), Gonçalo Silva (3), Nuno Batista (3) e Óscar Menino (4)
Treinador- João Laia
Substituições- Beirão por Robalo (-) aos 90+1; Ricardo Fonseca por Bruno Valentim (2) aos 68, Cristiano por David Barbosa (1) aos 81 e Nuno Batista por João Morais (-) aos 87
Disciplina- Amarelos a Luís Afonso aos 28, Capinha aos 31, Carlitos aos 36, Gonza aos 38, Valdemar aos 45, Beirão aos 66, Amaral aos 73 e Cunha aos 88; Ricardo Morais aos 90+4
Marcador- Óscar Menino aos 90+4

A figura do jogo- Óscar Menino (AD Fundão)- É um trabalhador nato. Por vezes faz aquele trabalho que dá menos nas vistas mas que acaba por ser fundamental para a exibição global da equipa. Coroou a sua excelente actuação com um golo de livre directo que acabou por valer 3 pontos.

O Escalos de Cima- Sabendo da diferença de potencial entre as duas equipas, os Escalos aceitaram desde logo o domínio do adversário e apostaram quase sempre no contra-ataque. Só que mesmo nunca perdendo o controlo do jogo, mesmo jogando quase sempre no seu meio campo, usou e abusou do lançamento de bolas para as costas da defesa adversária para tentar tirar proveito da estatura de Valdemar, o que nem sempre foi conseguido.

A AD Fundão- Dominou e mandou no jogo de princípio a fim, mas em muitos momentos revelou dificuldades para entrar dentro da muralha defensiva do adversário. Nos cruzamentos dos flancos os defesas adversários mandaram sempre nas alturas, os remates de longe nunca foram uma real opção, e com a bola no pé aparecia sempre algum adversário a cortar o esférico. Mesmo tendo feito muito mais para somar os 3 pontos, ganhar no final é sempre sinónimo de felicidade.

Numa tarde com o terreno pesado mas sem chuva, Escalos de Cima e Desportiva do Fundão protagonizavam uma das partidas mais importantes da jornada.
Talvez o jogo fosse mais decisivo para os visitantes que para os da casa, até porque a equipa de João Laia, que corre na perseguição ao líder, não podia perder pontos, até porque o Alcains tinha uma deslocação de risco até Cernache de Bonjardim.
E o Fundão entrou a mostrar aquilo que vale. Dominador, sem permitir ao Escalos jogar ao ataque, e desde cedo se instalou de armas e bagagens dentro do meio campo defensivo dos escalenses.
Apesar de dominar territorialmente e ter muito mais tempo de posse de bola, a Desportiva experimentava algumas dificuldades quando chegava ao último terço do terreno. Ora porque os lances não eram desenhados da melhor forma, ora porque a forma como Paulo Macedo espalhou a sua equipa no terreno de jogo, não dava grandes espaços para o Fundão jogar.
E durante 45 minutos o melhor que o vice-líder conseguiu foi criar uma situação de muito perigo, em que Óscar Menino, em posição privilegiada para atirar a contar, acabou por fazer o mais difícil, ao rematar por cima da baliza de Cristóvão Beirão, quando não estava a mais de 5 metros da linha de golo.
Por outro lado, o Escalos abusou em demasia dos lançamentos em profundidade, que partiam quase sempre dos seus jogadores mais recuados e que buscavam a corrida e a capacidade física e de luta de Valdemar, que aparecia sempre muito desamparado entre a linha defensiva fundanense.
Nos segundos 45 minutos a história do jogo não mudou em nada. O Fundão continuava a dominar e a tentar chegar ao golo, mas mesmo sem o conseguir os jogadores pareciam convencidos que, mais tarde ou mais cedo, o tal golo que valeria a vitória acabaria mesmo por surgir.
A melhor situação de golo de toda a segunda metade aconteceu aos 52 minutos quando um remate de Ricardo Fonseca esbarrou na trave da baliza contrária.
O cenário do jogo era quase sempre o meio campo defensivo do Escalos, mas os da casa nunca se desequilibraram nem desuniram, e estavam mesmo muito perto de conseguir roubar dois pontos ao Fundão.
Só que já em período de descontos, num livre praticamente em posição frontal à baliza de Cristóvão, o pé direito de Óscar acabou por ser decisivo. Ele que já tinha tentado com o pé esquerdo, mas sem sucesso, acabou por dar 3 pontos à Desportiva do Fundão que, juntando esta vitória à derrota do Alcains em Sernache, passa a depender apenas de si própria para conseguir o título Distrital.
O Fundão-Alcains do próximo dia 9 de Março já mexe… com o Vitória de Sernache à espreita…

A arbitragem- Irritante. É talvez o melhor adjectivo que se pode usar para definir o trabalho de Bruno Nave. Apitou em demasia, por vezes sem que se justificasse, mostrou amarelo a Valdemar, quando foi Luciano que carregou de forma dura o ponta de lança do Escalos, e exibiu outros amarelos que não se justificaram. No lance da falta que está na origem do golo, e porque estávamos numa posição difícil para analisar o lance, fica com o benefício da dúvida.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Custa muito perder assim, mas de qualquer forma dou os parabéns aos jogadores porque se bateram muito bem. Na segunda parte fomos empurrados para o nosso meio campo, pois ao intervalo já tinha metade da equipa amarelada… E depois acabámos por perder na sequência de um livre inexistente, porque é sabido que o Fundão tem bons jogadores para bater bolas paradas. É o segundo jogo em que perdemos pontos já no período de descontos. A arbitragem é melhor não comentar”.

Discurso directo- João Laia, técnico da AD Fundão- “Foi um jogo difícil. Fomos sempre superiores mas penso que, ao contrário do que se possa dizer que tivemos estrelinha por ganhar já nos descontos, penso é que nos faltou a tal estrelinha durante o jogo. Mandámos no jogo, fomos sempre equilibrados, mas pecámos na finalização, apesar de termos tido uma bola na trave e um golo anulado. A falta que deu o nosso golo foi clara, porque o jogador do Escalos estava completamente pendurado no Ricardo Morais. O auxiliar do lado da bancada passou a segunda parte a levantar a bandeira, ao ponto do árbitro o mandar baixá-la… Agora passámos a depender apenas de nós próprios”.

BOA ESPERANÇA- 2 PORTELA- 3


Portela ultrapassa Boa Esperança...

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Carlos Gomes e Silvério Sousa, da Guarda
Boa Esperança- Hugo Nunes, Nuno Martins, Daniel Ascensão, Bruno Neves, Marco Borronha, Bruno Esteves, Valter Borronha, João Pires, Hugo Mendes, Francisco Fernandes e Talles Gomes
Treinador- José Robalo
Portela- Pedro Santos, Mário Silva, Filipe Pereira, Nuno Pires, Ricardo Cardoso, Diego Beliato, Nuno Barata, Tiago Matias, Joel Lino, Sandro Gandarês e Filipe Santos
Treinador- Alberto Martins
Disciplina- Amarelos a Talles Gomes aos 14, Daniel Ascensão aos 22 e Valter Borronha aos 32; Ricardo Cardoso aos 10, Diego Beliato aos 27 e Sandro Gandarês aos 34
Marcadores- Nuno Martins aos 21 e Marco Borronha aos 34; Nuno Barata aos 24 e 33 e Diego Beliato aos 32

Num jogo importante, não só pela sequência de maus resultados, mas principalmente porque do outro lado estava uma equipa que estava um lugar abaixo na tabela, e que luta pelos mesmos objectivos que a Boa Esperança, os albicastrenses voltaram a perder e caíram mesmo para o penúltimo lugar da tabela classificativa.
A equipa da Portela de Sacavém entrou mais dominadora, a demonstrar grande vontade de somar os 3 pontos, mas do outro lado a Boa respondia como podia, aceitando o maior domínio e mais posse de bola do adversário e a tentar responder, sempre que possível, em contra-ataque.
Nos primeiros 20 minutos o jogador da casa em maior destaque acabou mesmo por ser o guarda-redes Hugo Nunes que, como sempre, se exibiu em bom nível entre os postes, adiando ao máximo o golo do Portela.
Mas acabaram por ser 20 minutos de fraco nível, sem golos, e com pouca emoção, onde a Boa Esperança não soube tirar o devido proveito do adversário ter chegado às 5 faltas quando ainda faltavam quase 10 minutos para chegar o intervalo.
Para a segunda parte os laranjas entraram melhor, e logo no primeiro minuto Nuno Martins abriu o activo. Esta vantagem da equipa de José Robalo não mudou o cariz do jogo, e os visitantes voltaram a insistir no ataque, com mais tempo de bola nos pés e quase sempre instalados dentro do meio campo adversário.
Por isso, até se pode considerar que o golo do empate chegou de forma natural, pouco tempo depois. Pela forma como o jogo decorria, e até pela quantidade de bolas que Hugo Nunes continuava a defender, percebia-se que a passagem do Portela para a frente do marcador seria uma questão de tempo.
Com as duas equipas já com 5 faltas cometidas, podia ser por aqui que chegasse a decisão do jogo. E a verdade é que, no curto espaço de dois minutos a equipa do concelho de Loures deu mesmo a volta ao jogo. Primeiro através do brasileiro Diego Beliato e depois com Nuno Barata a bisar, com um golo obtido na sequência de um livre de 10 metros.
Até final o melhor que o conjunto da casa conseguiu foi reduzir para 2-3, trazendo mais alguma emoção à parte final do jogo, mas sem que o resultado voltasse a sofrer qualquer alteração.
Vitória justa do Portela, num jogo em que os albicastrenses de nada podem ser acusados, a não ser daquilo que já se sabe: um plantel curto, muito limitado (ainda mais com a ausência do capitão Ricardo Machado, que cumpriu o segundo jogo de castigo), a quem não se pode exigir muito mais. Nota ainda para a estreia do brasileiro Talles Gomes, último reforço da Boa Esperança, que apenas esteve em campo durante breves minutos e que não deu para tirar grandes conclusões relativamente à sua valia.
A arbitragem da Guarda, mesmo sem ter influência no resultado final, acabou por ser a pior equipa em campo.

domingo, fevereiro 17, 2008

ATALAIA DO CAMPO- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 1


A felicidade na cabeça de Paulo Lopes

Campo 23 de Maio, Atalaia do Campo
Árbitro- Paulo Abrantes, auxiliado por José Bicho e Nuno Silva
Atalaia do Campo- Hugo Pereira, David Nogueira, Sérgio Garcia, Nuno Antunes, Gelson, Ednilson, João Mateus, Spranger, Filipe Mouro, Carvalheira e Hélder Morais
Treinador- Paulo Serra
Vitória de Sernache- Belmiro, Tomás, Paulo Lopes, Filipe Amaro, Fredy, Fernando Miguel, Hugo Louro, Maçaroco, Dany, Filipe Santos e M’Passo
Treinador- António Joaquim
Substituições- João Mateus por Luisinho aos 69, Filipe Mouro por Bruno aos 76 e Hélder Morais por Mateus aos 83; Filipe Santos por Diogo aos 61, Hugo Louro por Miguel Farinha aos 73 e Fredy por Dário aos 90+1
Disciplina- Amarelos a Hélder Morais aos 56; Tomás aos 61, Filipe Amaro aos 64 e Miguel Farinha aos 88
Marcador- Paulo Lopes aos 76

A Atalaia do Campo- Não conseguiu marcar nos primeiros 20 minutos de cada parte, altura em que dominou e obrigou o Vitória a defender muito atrás, e depois acabou por não saber lidar da melhor maneira com a desvantagem, atacando mais com o coração do que com a razão.

O Vitória de Sernache- Saber defender também é uma arte, e a equipa de Sernache provou que não é preciso atacar desalmadamente para se ganharem jogos. O que é preciso é aproveitar alguns dos poucos lances de golo que se constroem. António Joaquim montou uma estrutura irrepreensível que teve o ponto alto na cabeça de Paulo Lopes no minuto 76.

Não foi o jogo que se esperava. O terceiro e quarto classificado do nosso Distrital jogam mais do que o que mostraram no último domingo. Apesar de tudo, há algumas atenuantes que ajudam a explicar o jogo menos conseguido de Atalaia do Campo e Vitória de Sernache. Para além de se tratar de um jogo de “mata-mata” que dava direito a uma presença numa final da Taça de Honra José Farromba, as condições meteorológicas, aliadas às dimensões do terreno de jogo, podem servir de justificação. É que alturas houve em que a bola corria mais rápido que os jogadores, porque o relvado estava molhado, o que provocava um jogo bastante mais rápido.
Mesmo assim, foram os da casa que entraram melhor, isto apesar do primeiro sinal de perigo ter sido dado por M’Passo, quando atirou forte mas por cima das redes de Hugo Pereira, ainda não estava cumprido o primeiro minuto de jogo.
A Atalaia empurrou o adversário para o seu meio campo defensivo, o que obrigava o Sernache a defender-se fechado, tapando todas as linhas de passe ao adversário. Só depois dos 15 minutos o jogo equilibrou, mas sem contudo se verem grandes situações de perigo. A melhor oportunidade dos primeiros 45 minutos surgiu mesmo no último minuto, antes de Paulo Abrantes mandar toda a gente para o descanso. Num livre directo ainda longe da baliza de Belmiro, Spranger rematou forte, levando a bola a esbarrar na trave da baliza adversária.
Para os segundos 45 minutos a equipa de Paulo Serra veio ainda com maior vontade de aumentar a pressão e de fazer valer o factor casa. Só que o Vitória voltou a responder da mesma forma: com uma organização defensiva muito certinha, o que não permitia à Atalaia, mesmo dominadora, criar muitos lances de perigo.
Até que a certa altura se percebeu que, pela forma como corria o jogo, quem marcasse primeiro, muito provavelmente daria um passo decisivo para alcançar a final.
E foi o que aconteceu. Corria o minuto 76 quando um livre na linha de meio campo, quase na lateral direita, foi levantado por Dany para a grande área da Atalaia onde, uma falta de marcação permitiu a Paulo Lopes aparecer sozinho e, sem dificuldades, cabecear de cima para baixo, sem hipóteses para Hugo Pereira.
Até final assistiu-se ao que já se esperava. Um Sernache a defender a preciosa vantagem com unhas e dentes, e uma Atalaia pressionante, mas por vezes, na ânsia de chegar ao empate, a jogar mais com a coração do que com a razão. Era o cenário perfeito para levar os vitorianos à final. Não falhando, como não falharam, os pupilos de António Joaquim tinham tudo a seu favor para garantir o lugar no jogo decisivo.
E, em contra-ataque, o Vitória ainda criou dois lances de perigo para a baliza contrária, mesmo assim, estava escrito, desde o minuto 76, que seria o golo que saiu da cabeça de Paulo Lopes a garantir a presença na final da Taça de Honra José Farromba.
Vitória do Vitória, com algum sofrimento à mistura, é certo, que provou que nem sempre a maior posse de bola e o maior número de oportunidades são determinantes para se vencer um jogo de futebol.
A arbitragem- Foi muito contestado pela equipa da Atalaia mas não nos pareceu influenciar o resultado do jogo. Errou, porque mesmo chamando-se Paulo Abrantes, também é humano, mas para os dois lados, e em lances de pouco significado.

Discurso directo- Paulo Serra, técnico da Atalaia do Campo- “É um dia triste para nós porque acho que não merecemos perder este jogo. Fomos a única equipa que teve vontade de ganhar, o Sernache passou o jogo todo a perder tempo. Logo nos primeiros minutos parecia que queria ir a penalties. Fomos a única equipa com atitude de ganhar, e tivemos oportunidades para fazer golos, mas depois, na sequência de uma desatenção nossa, acabámos por sofrer um golo. Já no jogo em Alcains, quando ganhámos 3-1, o árbitro não viu 3 grandes penalidades e depois assumiu durante a semana que eram penalties. Hoje houve um lance em que um jogador do Sernache, em vez de jogar a bola com a cabeça, tirou-a com a mão quase no risco de golo, e o árbitro está de cima do lance e não vê… Será que o homem tem algum complexo em marcar grandes penalidades? Se calhar eu estou a ser prejudicado porque não falo mal dos árbitros! Tenho que fazer como muitos treinadores fazem, que passam a vida a falar mal dos árbitros… A minha postura não é essa mas, se calhar, vou ter que fazer o mesmo!”.

Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Estes jogadores merecem esta vitória, porque têm trabalhado muito. É uma final que não nos dá acesso a nada, mas que poderá valer uma taçita. É um prémio para os jogadores. Deus compensa quem trabalha. Foi importante sairmos daqui hoje sem jogadores lesionados nem castigados, porque precisamos de todos os jogadores para a semana, porque temos um jogo muito complicado, contra um excelente adversário. Neste jogo soubemos sofrer. Depois de uma primeira parte muito equilibrada a Atalaia entrou muito forte para a 2ª parte, tivemos dificuldades em sair da nossa defensiva, mas aos poucos fomos sacudindo a pressão e acabámos por ser uns vencedores justos. Agora estamos na final, e as finais foram feitas para se ganharem. Quanto à arbitragem, o Paulo é um árbitro experiente, os jogadores também não complicaram, não houve casos, foi um jogo limpo, correcto, e dou também os parabéns à Atalaia, porque foi um digno vencido”.

DESPORTIVO CB- 2 ACADÉMICA DE SANTARÉM- 0


Poucos golos para tanto domínio

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- António Batista, auxiliado por João Martinho e Paulo Quintino, de Portalegre
Desportivo CB- Fábio Ramalho, Fábio Grácio, Daniel Gonçalves, Miguel Marcelo, Nuno Martins, Gonçalo Goulão, Eduardo Passos, Rafael Lucas, João Henriques, Tiago Barata e Marco Silveiro
Treinador- Chico Lopes
Académica de Santarém- Luca, Pedro Mendes, Diogo Canha, João Pires, Tiago Melro, Tomás Galhardo, João Beja, Bernardo Silva, Ivan André, Filipe Madeira e João Soares
Treinador- António Costa
Substituições- Rafael Lucas por Nuno Marcelino aos 35, Marco Silveiro por Leonardo Cardoso aos 63 e Fábio Grácio por Hélder Rodrigues aos 66; Diogo Canha por João Piedade aos 35, Ivan André por Diogo Duque aos 35, Bernardo Silva por Kevin Gaspar aos 66 e Filipe Madeira por Zé Miguel aos 67
Disciplina- Nada a registar
Marcador- Marco Silveiro aos 28 e 57

Numa manhã com muitas nuvens, mas sem chuva, e com um vento forte e gelado, o Desportivo de Castelo Branco deu seguimento à sua excelente campanha na edição deste ano do Nacional de Iniciados ao receber e vencer, e com inteira justiça, diga-se, a Académica de Santarém por 2-0, com ambos os golos com a assinatura de Marco Silveiro, e apontados um em cada parte.
Depois de uma fase de adaptação ao vento muito forte que se fazia sentir, e que ia impedindo o Desportivo de jogar com a bola pelo chão e com toques curtos, como a equipa gosta, a partir dos 10 minutos os albicastrenses tomaram conta do jogo e os escalabitanos quase não tiveram mais oportunidade de se chegar com perigo às redes de Fábio Ramalho. Desse domínio podia esperar-se o golo a qualquer momento, mas só aos 28 minutos ele aconteceu. Num desvio de cabeça que acabou por fazer um chapéu ao guarda-redes Luca, Marco Silveiro acabou por inaugurar o marcador, assinando um golo de excelente efeito.
Até ao intervalo o placard ainda podia ter sido dilatado, mas foi nos segundos 35 minutos que os miúdos albicastrenses dispuseram de mais e melhores oportunidades de golo.
Nesse período a Académica praticamente não conseguiu sair do seu meio campo. O Desportivo mostrava-se melhor em todos os capítulos de jogo, mais técnica, mais querer e acima de tudo muito maior rapidez sobre a bola, o que fazia com que o esférico circulasse de forma veloz de pé para pé até à grande área adversária. O 2-0 chegou com naturalidade novamente por Marco Silveiro, aos 57 minutos. Mas pelo que a equipa da casa já tinha feito, mas também pelo que continuou a fazer até final, esta é uma vitória indiscutível mas que acaba por pecar por escassa, já que foi dos jogos disputados em casa que o Desportivo conseguiu aliar uma maior posse de bola à capacidade para criar situações claras de golo.
Excelente trabalho da arbitragem que veio de Portalegre.

CD ALCAINS- 0 DESPORTIVO CB (C)- 1


Valeu a eficácia

Campo de Treinos do Estádio Trigueiros de Aragão, em Alcains
Árbitro- João Tavares
CD Alcains- Cláudio Moita, Tiago Valente, João Rafael, Marcelo Martins, Nuno Tavares, Luís Silveiro, Nuno Beato, José Candeias, Jorge Candeias, Fábio Salavessa, Francisco Roque e Diogo Martins
Treinador- Didier Santos e João Beato
Desportivo CB (C)- João Negrão, João Ricardo, João Pedro Saraiva, Alexandre Lobo, Bruno Santiago, Bernardo Natário, André Maia, João Duarte, Carlos Salvado e João Pedro Roque
Treinador- Paulo Santos
Disciplina- Nada a registar
Marcador- Alexandre Lobo

Num jogo com escassas oportunidades de golo, um dos poucos lances de perigo junto das duas balizas acabou por ser decisivo para o resultado final.
Os albicastrenses entraram melhor no jogo e pareciam dar mostras de querer resolver o jogo desde cedo, só que o Alcains, com alguns jogadores de maior porte físico, acabaram por equilibrar, levando a que a partida se desenrolasse grande parte do tempo na zona de meio campo, onde se lutava muito pela posse de bola, sendo os dois guarda-redes meros espectadores.
Depois do nulo nos primeiros 12 minutos, um lance que parecia controlado pelo guarda-redes da casa e por um defesa, acabou por definir o marcador durante o segundo período. Valeu a insistência de João Duarte, que não dá nenhum lance por perdido, para atrapalhar os dois adversários, conseguir ganhar a bola, e cruzar para a boca do golo onde apareceu Alexandre Lobo que só teve que empurrar.
Até final praticamente não se registaram mais oportunidades, com os alcainenses a mostrarem vontade de chegar ao empate mas a nunca conseguirem encontrar a fórmula certa, e com os miúdos do Desportivo a controlarem e a nunca abdicarem de criar lances de ataque, o que também nem sempre foi conseguido da melhor forma.
Em resumo, um golo que acabou por valer 3 pontos e que premeia a eficácia, num jogo que não teve grandes situações de golo.

TAÇA AFCB DA ÚLTIMA ÉPOCA


Infantis do Desportivo CB erguem troféu

A equipa de infantis do Desportivo de Castelo Branco, que na temporada de 2006/07 ganhou a Taça da Associação de Futebol de Castelo Branco, recebeu o troféu no último sábado antes da partida a contar para o Distrital da categoria frente ao Académico do Fundão.
Recorde-se que esta equipa, que esta época discute o título distrital de infantis, para além da taça ganha no último ano, já se havia sagrado campeã distrital na categoria de escolas há duas temporadas.
O troféu, entregue por Carlos Almeida, vice-presidente da AFCB, distingue os seguintes jovens atletas orientados por Gilberto Pedro: Daniel Grácio, José Roxo, Rui Vicente, João Bargão, Eduardo Lourenço, João Rente, Pedro Fonseca, David Roque, Miguel Garcia, João Bispo, André Mesquita, Tiago Sardinha, Miguel Almeida, Renato Martins, Francisco Matias, Cláudia Cruz e André Morgado.

AD ALBICASTRENSE- 39 ACADÉMICA- 21


ADA cumpriu obrigação

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- André Santos e César Serrote (Portalegre)
AD Albicastrense- Pedro Mendes, Luís Gama (4), João Melo (1), Fernando Ferreirinha, João Fialho (6), Bruno Roberto (4), Luís Robalo (4), Filipe Pereira (5), Maximiano Ribeiro (5), Pedro Sanches (9), Daniel Pereira, João Romão (1) e João Poças
Treinador- José Curto
Académica- Rui Baltasar, Bruno Castro (3), Miguel Catarino (1), Pedro Amaro (1), Tiago Carmo, Frederico Martinho (1), Bruno Leitão, Bruno Marto, João Jorge (3), Ivo Mendes, Tiago Marto (5), José Nabais, Filipe Coelho e João Blaise (7)
Treinador- Ricardo Sousa
Marcador ao intervalo- 22-11

Depois da derrota na Marinha Grande que pode ter afastado irremediavelmente os albicastrenses da luta por um lugar na fase final, no sábado a recepção à Académica foi tranquila e os números finais acabam por ser um espelho fiel das muitas diferenças existentes entre as duas equipas.
A ADA comandou o marcador desde o apito inicial, e o 7-2 aos 8 minutos já queria dizer muito. Os de Coimbra revelavam muitos problemas de concretização, mas aí também muito por culpa da excelente exibição de Pedro Mendes entre os postes que, na ausência de Ricardo Sousa, assumiu a titularidade.
A diferença foi aumentando de forma gradual e ao intervalo situava-se já no dobro. O 22-11 no final dos primeiros 30 minutos deixava o jogo mais do que decidido.
Na segunda parte o técnico José Curto aproveitou para rodar jogadores menos utilizados, e a Albicastrense jogou os últimos 6 minutos com um sete totalmente de Castelo Branco. Nessa fase, uma das mais animadas do jogo, os azuis tiveram boas jogadas de ataque, sempre com o guarda-redes em bom plano, agora era João Poças, e o jogo acabou mesmo com a maior diferença no jogo.
Até final do campeonato a ADA, e para poder sonhar ainda com uma presença entre as equipas que vão discutir o título, tem obrigatoriamente que vencer todos os seus jogos e esperar por uma escorregadela de um dos seus adversários directos. Não é fácil, até porque já não depende apenas de si, mas enquanto matematicamente for possível não se pode desistir.

PARTE CÍVEL ESTÁ RESOLVIDA

Mata paga mais de 6 mil euros de indemnizações a árbitros

O caso já se arrasta desde o mês de Maio do ano de 2006. Corria a época desportiva de 2005/06 quando, num jogo entre a Associação Desportiva Albicastrense e o Vela de Tavira, os ânimos exaltaram-se depois de um lance que originou a expulsão de António Mata, na altura ainda jogador dos azuis. No plano desportivo, a ADA foi sancionada com 3 jogos que foi obrigada a disputar fora do Municipal de Castelo Branco, tendo na altura utilizado os pavilhões de Nisa e do Crato, e António Mata castigado com 8 anos de suspensão. Os jogos foram cumpridos, mas o clube acabou por recorrer da pena aplicada a António Mata, e desse recurso ainda continua a aguardar uma resposta.
Mas a questão passou do plano desportivo para os tribunais civis, uma vez que os árbitros desse jogo, Miguel Coutinho e Ramiro Silva, de Aveiro, apresentaram uma queixa em tribunal contra António Mata. Mas se a questão desportiva ainda aguarda por desfecho, já vai para dois anos (!!!), a queixa em tribunal acabou por ser retirada no decorrer da última semana. Mas esta situação só foi possível porque António Mata, aconselhado pela Federação de Andebol de Portugal, assinou uma carta dirigida ao presidente federativo em que pediu desculpas públicas pelo sucedido. Para além disso, o processo não teve andamento em Tribunal porque os advogados dos árbitros e de António Mata chegaram a uma plataforma de entendimento para que o processo não seguisse adiante. Do bolso do ex-jogador da ADA, agora “apenas” presidente, saíram 1570,44 € de indemnização para Ramiro Silva, 4551,14 € para Mário Coutinho e ainda 161,37 € para a Segurança Social, para pagamento das despesas médicas dos dois árbitros de Aveiro. Ao todo, e para pôr um ponto final à questão cível, António Mata gastou qualquer coisa como 6282, 85 €.

CD ALCAINS- 2 ÁGUIAS DO MORADAL- 1


Bolas paradas valem 3 pontos

Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Márcio Lopes (3), auxiliado por Henrique Martins e Cláudio Santos
CD Alcains- Manuel Silva (3), Edgar (3), Betinho (3), Tito (3), Samuel (3), Quinzinho (4), Bruno Vieira (4), Patriarca (2), Tabarra (3), Horácio (3) e Manoel (3)
Treinador- Nuno Fonseca
Águias do Moradal- Rui Pedro (3), Rui Reis (3), Emanuel (3), Acácio (3), David (3), Hélder Mário (3), Aíldo (3), Edmilson (3), Pira (3), Paulo Rato (3) e Valadas (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Patriarca por David André (0) aos 62, Horácio por Nogueira (-) aos 86 e Tito por Luís Amaro (-) aos 90+4; Acácio por Zé Tó (2) aos 72, Emanuel por Rui Paulo (1) aos 73 e Pira por Pacheco (-) aos 87
Disciplina- Amarelos a Horácio aos 48, Samuel aos 62, David André aos 76 e 83 e Bruno Vieira aos 90+2 e 90+5; Edmilson aos 12, Rui Reis aos 26, Acácio aos 31, Hélder Mário aos 90+4 e Valadas aos 90+5. Vermelhos por acumulação de amarelos a David André aos 83 e Bruno Vieira aos 90+4
Marcadores- Bruno Vieira aos 27 e 90+4; Aíldo aos 35

A figura do jogo- Bruno Vieira (CD Alcains)- Foi levado pela emoção do golo e comemorou pendurado na rede com o colega, lesionado, Ricardo Costa. Viu segundo amarelo por um acto instintivo, mas foi ele o grande responsável pela vitória dos canarinhos, com dois pontapés certeiros na sequência de livres directos.

O CD Alcains- Entrou melhor no jogo, marcou primeiro e depois acusou muito o golo do empate do adversário. Foi perdendo gás e na segunda parte nunca mais conseguiu ser uma equipa dominadora a jogar com a bola pelo chão. Teve estrelinha de campeão ao tirar proveito de mais um lance de bola parada. Está embalado para o título.

O Águias do Moradal- Jogou sem receios, suportou bem a melhor entrada em campo do adversário, equilibrou e chegou mesmo a ser superior durante grande parte da segunda metade. Esta derrota afasta a equipa do Pinhal da luta mas não merecia sair derrotada do Trigueiros de Aragão.

Era o jogo do tudo ou nada para o Águias do Moradal, já que apenas a vitória interessava para promover uma aproximação ao líder, e uma partida que, em caso de vitória, permitia aos canarinhos continuarem tranquilos no topo da tabela, ao mesmo tempo que atiravam o adversário para fora da luta pelo título.
E de início foram os donos do terreno, tal como lhes competia, que entraram a mandar no jogo, e aos 10 minutos já tinham construído duas boas situações para abrir o marcador. A primeira logo no 2º minuto quando Horácio, ao segundo poste, depois de um canto do lado esquerdo desviado ao primeiro poste por Tito, cabeceou às malhas laterais da baliza contrária. Em cima do 10º minuto foi Tabarra que falhou o remate já bem no interior da área do Águias quando se encontrava em posição privilegiada para fazer bem melhor.
O Águias criou a sua primeira situação de perigo numa boa combinação entre David e Valadas aos 17 minutos, mas o auxiliar do lado do peão acabou por invalidar o lance assinalando um fora de jogo inexistente.
O jogo estava animado, mas nem sempre bem jogado. As equipas tinham muitas cautelas defensivas, mostravam medo de sofrer um golo e sentia-se que só mesmo esse tal primeiro golo poderia alterar o rumo dos acontecimentos. E assim foi. Com o golo de Vieira, de livre, aos 27 minutos, onde também foram intervenientes Horácio e Manoel, o jogo animou. Era o sal e a pimenta que faltavam a um jogo que tinha tudo para ser melhor do que até então. A reacção dos forasteiros não demorou e aos 35 minutos, na sequência de um canto do lado direito levantado por Valadas, Manuel Silva veio até à linha limite da sua pequena área socar a bola para a frente. No caminho estava Aíldo. O brasileiro acabou por servir de tabela para o tento do empate.
Até ao descanso, a melhor situação ainda pertenceu aos da casa, que mesmo assim pareceram acusar em demasia o golo sofrido. Manuel Silva bateu longo uma reposição de bola em jogo, Emanuel foi traído pelo bater da bola à sua frente e pela corrida de Manoel, mas valeu Rui Pedro para se opor sem medo ao potente remate do brasileiro.
Na segunda parte, foi quase sempre o Águias do Moradal que conseguiu jogar melhor com a bola pelo chão, mas o jogo esteve sempre aberto, com as duas equipas apostadas em vencer e agora sem demasiadas precauções defensivas. Do lado dos da casa, o empate até seria um mal menor, mas uma bola parada, já em período de compensações, e quando já jogavam com menos uma unidade por expulsão de David André, acabou por valer 3 pontos. O livre era praticamente a meio do meio campo do Águias do Moradal, ligeiramente descaído para a direita. Parecia longe, mas o pé direito de Bruno Vieira voltou a ser preponderante. Numa trivela muito forte e melhor ainda colocada, a bola já levava o selo de golo quando saiu do pé de Vieira. Era o coroar de uma boa exibição, e mais uma prova da muita importância que os lances de bola parada têm cada vez mais no futebol actual. Pena foi que o excelente golo que valeu uma importante vitória aos canarinhos tivesse sido manchado com o segundo amarelo para o homem do jogo. A reacção foi instintiva e perfeitamente natural, quando Vieira veio comemorar o golo na rede envolvente do campo junto a Ricardo Costa, um colega que viu o jogo da bancada por estar lesionado. Esta situação, apesar de não concordarmos com ela, uma vez que Bruno Vieira apenas deu asas à sua alegria sem ofender ou prejudicar quem quer que fosse, está prevista no regulamento disciplinar e é punível com cartão amarelo. Márcio Lopes apenas se limitou a cumprir as leis de jogo ao exibir o segundo amarelo a Vieira. Uma situação a rever por quem tem o poder de alterar/corrigir os regulamentos disciplinares.
Vitória do Alcains com estrelinha de campeão, num jogo em que o empate também não seria um resultado desajustado.

A arbitragem- Tanto o árbitro como os auxiliares, especialmente o do lado do peão, cometeram erros que, no entanto, acabaram por não influenciar o resultado. Nas expulsões aceitam-se as suas decisões. Se ainda se pode questionar o primeiro amarelo a David André, já o vermelho por acumulação a Bruno Vieira tem que se aceitar, muito embora o “problema” esteja no regulamento disciplinar que pune cegamente um momento de alegria.

Discurso directo- Nuno Fonseca, técnico do CD Alcains- “Hoje foram, em termos reais, as bolas paradas que decidiram o jogo. Depois de uma primeira parte bem jogada, com a bola corrida, com qualidade, tivemos uma segunda metade menos conseguida, também por mérito do adversário. Foi um resultado muito importante, foi pena termos perdido dois jogadores, um deles é um jogador nuclear da nossa equipa. Estamos com um plantel curto e ainda mais limitados para a próxima jornada, onde vamos ter um jogo extremamente importante e difícil”.

Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “Penso que agora estamos fora da luta. Estamos a 10 pontos, o Alcains está forte, e tem todas as condições para seguir em frente. Penso que, neste jogo, o resultado era o empate mais justo, mas o Alcains marcou na parte final e não há mais nada a dizer. Falhando, como falhámos, naqueles dois lances de bola parada, teremos que sofrer as consequências. Acho que o segundo golo é de bradar aos céus, mas pronto… aconteceu. O árbitro esteve bem, não tendo influência no resultado”.

ESCALOS DE CIMA- 2 PROENÇA-A-NOVA- 5


3 pontos bem entregues

Campo Viscondessa do Alcaide, Escalos de Cima
Árbitro- Márcio Lopes (3), auxiliado por Cláudio Santos e Henrique Martins
Escalos de Cima- Cristóvão Beirão (3), Cláudio Fazenda (3), Gonza (3), Paulinho (3), Luís Afonso (3), Carlitos (3), Jójó (3), Alves (3), Cunha (3), Beirão (3) e Valdemar (3)
Treinador- Paulo Macedo
Proença-a-Nova- Almeida (3), Carlos Rodrigues (4), Big (4), Humberto (3), Marco (3), Pequito (3), Farinha (3), Esteves (4), Bomba (3), Bruno Rodrigues (4) e Fábio Martins (3)
Treinador- José Esteves
Substituições- Beirão por Amaral (0) aos 58, Jójó por Nélson (1) aos 74 e Alves por Robalo (-) aos 86; Bomba por Verganista (2) aos 62 e Farinha por Tiago Marques (2) aos 80
Disciplina- Amarelos a Cláudio Fazenda aos 4, Beirão aos 41, Paulinho aos 46 e Amaral aos 90+3 e 90+3; Farinha aos 4, Bomba aos 43, Pequito aos 48 e Carlos Rodrigues aos 66. Vermelho por acumulação de amarelos a Amaral aos 90+3
Marcadores- Beirão aos 15 e Valdemar aos 42; Fábio Martins aos 24, Bruno Rodrigues aos 35 e 64, Esteves aos 87 e Tiago Marques aos 90+3

A figura do jogo- Bruno Rodrigues (Proença-a-Nova)- Merece inteiramente o destaque, não só pelos dois golos que marcou mas pela forma como lutou e se movimentou na frente de ataque da sua equipa.

O Escalos de Cima- Entrou muito bem no jogo, a dominar e a baralhar as marcações adversárias mas, depois do golo de Beirão, foi caindo de produção até ser totalmente dominado especialmente nos segundos 45 minutos. Foi uma equipa com duas caras, uma que durou pouco mais de 15 minutos e outra no que faltava de jogo.

O Proença-a-Nova- Demorou a adaptar-se ao jogo e, quando o conseguiu já estava em desvantagem no marcador. Depois, a mais valia técnica de alguns dos seus jogadores, a velocidade que imprimiu ao jogo e a muita vontade de somar 3 pontos acabaram por ser determinantes para alcançar a goleada.

Depois de entrar melhor e marcar logo aos 15 minutos, nada fazia prever que o Escalos desaparecesse do jogo e que, especialmente nos segundos 45 minutos, só tivesse dado Proença.
Pelo que se viu nos primeiros minutos, e apesar do estado muito pesado em que se encontrava o terreno de jogo, e do muito vento que se fazia sentir, parecia que o Escalos estava determinado em somar mais 3 pontos em casa, depois da vitória na Lardosa.
O golo apontado por Beirão à passagem do quarto de hora era o culminar de uma boa entrada e de uma mais rápida adaptação às condições em que se disputava o jogo. A equipa de Paulo Macedo estava dominadora, não deixava o Proença-a-Nova sair a jogar do seu meio campo, e o golo foi precisamente o corolário lógico dessa superioridade.
Só que gradualmente o Proença foi equilibrando, até conseguir passar de dominado a dominador, já que do outro lado parecia não estar a mesma equipa. Por isso, tão lógico como o golo de Beirão foi a cambalhota no marcador que aconteceu no espaço de 9 minutos. Primeiro foi Fábio Martins a marcar de livre directo superiormente executado, e depois foi Bruno Rodrigues a confirmar que o Proença estava melhor.
Ainda antes do descanso, e num lance em que Almeida não fica isento de culpas, Valdemar, à ponta de lança, apareceu em cima da linha de golo a restabelecer o empate.
Era um resultado que se aceitava e que deixava boas perspectivas para os segundos 45 minutos.
Só que o que se viu na 2ª metade foi um domínio total do Proença-a-Nova, tal era a forma como o Escalos tinha saído do jogo.
Aos 64 minutos Bruno Rodrigues adiantou a sua equipa de forma definitiva no marcador e o claro ascendente da equipa de José Esteve só voltou a dar frutos já na recta final quando Esteves e Tiago Marques deram forma a uma goleada que a equipa do Pinhal fez por merecer.
Nota claramente negativa para as duas caras de um Escalos que oscila muito entre o bom e o mau, e especialmente para Amaral que se auto-convidou a ser excluído do jogo, numa altura em que o resultado estava definido.

A arbitragem- Num campo em que também o trabalho do árbitro não era fácil, e apesar de alguns erros de análise, apenas o reparo para a não uniformidade do critério disciplinar. Deixou faltas por punir disciplinarmente, se tivesse seguido o critério com que começou. Na expulsão por duplo amarelo a Amaral, nada podia fazer, já que o jogador escalense, apesar de avisado por diversas vezes, não parou os protestos enquanto não viu o vermelho.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Entramos bem no jogo, fizemos um golo justo, e a partir daí a equipa dos Escalos não existiu mais. O Proença foi superior e ganhou bem. A minha equipa não teve atitude. Eu digo bem quando tenho que dizer mas também critico quando tem que ser. Vamos ter uma conversa no próximo treino porque a mentalidade tem que ser igual em todos os jogos. Houve jogadores que apenas estiveram aqui fisicamente, porque mentalmente não estiveram cá. Se esses jogadores continuarem assim, comigo não têm hipóteses de jogar mais neste clube. A expulsão do Amaral é de bradar aos céus. Um jogador que tinha entrado e no espaço de 30 segundos consegue ser expulso… Não sei o que se passa! Num mau jogo de futebol ganhou a melhor equipa. O árbitro não vale a pena comentar”.

Discurso directo- José Esteves, técnico do Proença-a-Nova- “É sempre bom ganhar fora. Eu tinha dito que ia ser um jogo feio, não por culpa dos jogadores, mas sim devido ao estado do terreno. Hoje tivemos a felicidade de construir ocasiões de golo e concretizar algumas”.

BOA ESPERANÇA- 2 AMARENSE- 5


Passo atrás…

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Leandro Costa e Eduardo Coelho, de Aveiro
Boa Esperança- Hugo Nunes, Ricardo Machado, Nuno Martins, Daniel Ascensão, Marco Borronha, Bruno Esteves, Valter Borronha, Hugo Mendes, João Pires, Francisco Fernandes, e João Roque
Treinador- José Robalo
Amarense- Xana, Sergito, Put, Miguel, João, Pedro Clérigo, Ruizinho, Márcio, Pedro, Marinho, Nuno e Rui Pereira
Treinador- António Cunha
Disciplina- Amarelos a Ricardo Machado aos 38; Pedro Clérigo aos 27 e Marinho aos 31. Vermelho directo a Ricardo Machado aos 38
Marcadores- Daniel Ascensão aos 22 e Ricardo Machado aos 34; Nuno aos 14, Rui Pereira aos 25, Marinho aos 31 e Miguel aos 37 e 37

Depois da importante vitória frente ao Rio de Mouro, esperava-se que a Boa Esperança conseguisse dar seguimento aos bons resultados, ainda por cima defrontando outra equipa que está na mesma luta pela manutenção e que interessava que não somasse pontos em Castelo Branco para que não fugisse ainda mais na classificação.
Mas a verdade é que os pupilos de José Robalo acabaram mesmo por regressar às derrotas. Numa primeira parte muito equilibrada e que acabou por registar poucas oportunidades de golo, apenas os forasteiros conseguiram aproveitar uma das poucas situações de que dispuseram, quando aos 14 minutos Nuno fez o golo do Amarense.
Ao intervalo nada estava decidido, até porque a Boa Esperança, mesmo sem estar a jogar bem, até porque o plantel muito curto e com poucas soluções não permite grandes exibições, não se mostrava em nada inferior a uma equipa que estava, e continua, instalada no meio da pauta classificativa.
No reatamento os laranjas entraram melhor e logo no segundo minuto, Daniel Ascensão, com um cruzamento/remate acabou por empatar a contenda.
Só que não houve muito tempo para comemorar, porque 3 minutos depois a equipa da Batalha voltaria a colocar-se em vantagem e, desta vez, de forma definitiva. Primeiro foi Rui Pereira a fazer o 1-2 e aos 31 minutos Marinho alargou a vantagem dos forasteiros para 3-1.
Parecia tudo mais complicado, mas o golo do capitão Ricardo Machado a 6 minutos do final fez regressar a esperança, mas o minuto 34 haveria de se revelar decisivo. José Robalo tinha acabado de pedir o seu minuto para falar com os jogadores para preparar a recta final do jogo, quando Miguel fez o 4-2. Nessa altura o técnico da casa preparava-se para passar a jogar sem guarda-redes, mas o 4-2 acabou por ser um golpe muito duro para a equipa, complementado depois com a expulsão de Ricardo Machado que teve uma entrada tão dura quanto escusada sobre um adversário. A grande questão é que, o lance que acabou por originar o 5-2 final foi antecedido de uma grande penalidade para os da casa que os árbitros não marcaram. Se tivesse sido assinalada, não só não teria acontecido o 5-2, como a Boa teria a oportunidade de reduzir para a margem mínima e discutir o resultado nos últimos dois minutos. Erro grave da dupla de arbitragem aveirense e que acabou por marcar o jogo.