domingo, fevereiro 24, 2008

ESCALOS DE CIMA- 0 AD FUNDÃO- 1


Arrancada a ferros…

Campo Viscondessa do Alcaide, Escalos de Cima
Árbitro- Bruno Nave (2), auxiliado por Bruno Xisto e Hélder Ferreira
Escalos de Cima- Cristóvão (3), Amaral (3), Gonza (3), Paulinho (3), Capinha (3), Luís Afonso (3), Carlitos (3), Jójó (4), Cunha (3), Beirão (3) e Valdemar (3)
Treinador- Paulo Macedo
AD Fundão- Nuno Tiago (3), André Cunha (3), Luciano (3), Pedro Costa (3), Cristiano (3), Rui Paulo (3), Ricardo Morais (3), Ricardo Fonseca (3), Gonçalo Silva (3), Nuno Batista (3) e Óscar Menino (4)
Treinador- João Laia
Substituições- Beirão por Robalo (-) aos 90+1; Ricardo Fonseca por Bruno Valentim (2) aos 68, Cristiano por David Barbosa (1) aos 81 e Nuno Batista por João Morais (-) aos 87
Disciplina- Amarelos a Luís Afonso aos 28, Capinha aos 31, Carlitos aos 36, Gonza aos 38, Valdemar aos 45, Beirão aos 66, Amaral aos 73 e Cunha aos 88; Ricardo Morais aos 90+4
Marcador- Óscar Menino aos 90+4

A figura do jogo- Óscar Menino (AD Fundão)- É um trabalhador nato. Por vezes faz aquele trabalho que dá menos nas vistas mas que acaba por ser fundamental para a exibição global da equipa. Coroou a sua excelente actuação com um golo de livre directo que acabou por valer 3 pontos.

O Escalos de Cima- Sabendo da diferença de potencial entre as duas equipas, os Escalos aceitaram desde logo o domínio do adversário e apostaram quase sempre no contra-ataque. Só que mesmo nunca perdendo o controlo do jogo, mesmo jogando quase sempre no seu meio campo, usou e abusou do lançamento de bolas para as costas da defesa adversária para tentar tirar proveito da estatura de Valdemar, o que nem sempre foi conseguido.

A AD Fundão- Dominou e mandou no jogo de princípio a fim, mas em muitos momentos revelou dificuldades para entrar dentro da muralha defensiva do adversário. Nos cruzamentos dos flancos os defesas adversários mandaram sempre nas alturas, os remates de longe nunca foram uma real opção, e com a bola no pé aparecia sempre algum adversário a cortar o esférico. Mesmo tendo feito muito mais para somar os 3 pontos, ganhar no final é sempre sinónimo de felicidade.

Numa tarde com o terreno pesado mas sem chuva, Escalos de Cima e Desportiva do Fundão protagonizavam uma das partidas mais importantes da jornada.
Talvez o jogo fosse mais decisivo para os visitantes que para os da casa, até porque a equipa de João Laia, que corre na perseguição ao líder, não podia perder pontos, até porque o Alcains tinha uma deslocação de risco até Cernache de Bonjardim.
E o Fundão entrou a mostrar aquilo que vale. Dominador, sem permitir ao Escalos jogar ao ataque, e desde cedo se instalou de armas e bagagens dentro do meio campo defensivo dos escalenses.
Apesar de dominar territorialmente e ter muito mais tempo de posse de bola, a Desportiva experimentava algumas dificuldades quando chegava ao último terço do terreno. Ora porque os lances não eram desenhados da melhor forma, ora porque a forma como Paulo Macedo espalhou a sua equipa no terreno de jogo, não dava grandes espaços para o Fundão jogar.
E durante 45 minutos o melhor que o vice-líder conseguiu foi criar uma situação de muito perigo, em que Óscar Menino, em posição privilegiada para atirar a contar, acabou por fazer o mais difícil, ao rematar por cima da baliza de Cristóvão Beirão, quando não estava a mais de 5 metros da linha de golo.
Por outro lado, o Escalos abusou em demasia dos lançamentos em profundidade, que partiam quase sempre dos seus jogadores mais recuados e que buscavam a corrida e a capacidade física e de luta de Valdemar, que aparecia sempre muito desamparado entre a linha defensiva fundanense.
Nos segundos 45 minutos a história do jogo não mudou em nada. O Fundão continuava a dominar e a tentar chegar ao golo, mas mesmo sem o conseguir os jogadores pareciam convencidos que, mais tarde ou mais cedo, o tal golo que valeria a vitória acabaria mesmo por surgir.
A melhor situação de golo de toda a segunda metade aconteceu aos 52 minutos quando um remate de Ricardo Fonseca esbarrou na trave da baliza contrária.
O cenário do jogo era quase sempre o meio campo defensivo do Escalos, mas os da casa nunca se desequilibraram nem desuniram, e estavam mesmo muito perto de conseguir roubar dois pontos ao Fundão.
Só que já em período de descontos, num livre praticamente em posição frontal à baliza de Cristóvão, o pé direito de Óscar acabou por ser decisivo. Ele que já tinha tentado com o pé esquerdo, mas sem sucesso, acabou por dar 3 pontos à Desportiva do Fundão que, juntando esta vitória à derrota do Alcains em Sernache, passa a depender apenas de si própria para conseguir o título Distrital.
O Fundão-Alcains do próximo dia 9 de Março já mexe… com o Vitória de Sernache à espreita…

A arbitragem- Irritante. É talvez o melhor adjectivo que se pode usar para definir o trabalho de Bruno Nave. Apitou em demasia, por vezes sem que se justificasse, mostrou amarelo a Valdemar, quando foi Luciano que carregou de forma dura o ponta de lança do Escalos, e exibiu outros amarelos que não se justificaram. No lance da falta que está na origem do golo, e porque estávamos numa posição difícil para analisar o lance, fica com o benefício da dúvida.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Custa muito perder assim, mas de qualquer forma dou os parabéns aos jogadores porque se bateram muito bem. Na segunda parte fomos empurrados para o nosso meio campo, pois ao intervalo já tinha metade da equipa amarelada… E depois acabámos por perder na sequência de um livre inexistente, porque é sabido que o Fundão tem bons jogadores para bater bolas paradas. É o segundo jogo em que perdemos pontos já no período de descontos. A arbitragem é melhor não comentar”.

Discurso directo- João Laia, técnico da AD Fundão- “Foi um jogo difícil. Fomos sempre superiores mas penso que, ao contrário do que se possa dizer que tivemos estrelinha por ganhar já nos descontos, penso é que nos faltou a tal estrelinha durante o jogo. Mandámos no jogo, fomos sempre equilibrados, mas pecámos na finalização, apesar de termos tido uma bola na trave e um golo anulado. A falta que deu o nosso golo foi clara, porque o jogador do Escalos estava completamente pendurado no Ricardo Morais. O auxiliar do lado da bancada passou a segunda parte a levantar a bandeira, ao ponto do árbitro o mandar baixá-la… Agora passámos a depender apenas de nós próprios”.

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