Alcains acreditou até ao fim
Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Márcio Lopes (2), auxiliado por Cláudio Santos e Luís Gabriel
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (3), Samuel (3), Castanheira (3), Fiel (3), João André (3), Quim Garcia (1), Cássio (3), Norberto (3), Tomás (3) e Ludovico (3)
Treinador- João Paulo Matos
CD Alcains- Beirão (3), Tiago Paulo (3), Dialló (1), Betinho (3), Carvalheiro (3), Quinzinho (3), Constantino (3), Aíldo (3), Bruno Vieira (4), Manoel (4) e Ricardo Costa (3)
Treinador- Hugo Andriaça
Substituições- Tomás por José Bernardo (2) aos 59, Castanheira por Tiago Ventura (2) aos 72 e Norberto por Laranjo (-) aos 90; Betinho por Khonné (3) aos 54, Constantino por Paulinho (1) aos 83 e Khonné por Miguel (2) aos 89
Disciplina- Amarelos a Samuel aos 37, Quim Garcia aos 44 e 57, Cássio aos 54, Tomás aos 59 e João Luís aos 68; Betinho aos 31, Carvalheiro aos 44, Manoel aos 72 e Beirão aos 90+1. Vermelho por acumulação a Quim Garcia aos 57 e vermelho directo a Dialló aos 44
Marcadores- Cássio aos 49; Bruno Vieira aos 76 e Tiago Paulo aos 89
O Oleiros tentou com um remate de longe de Ludovico e uma cabeçada de Tomás, mas na recta final da primeira metade o Alcains começou a dar mostras de querer mandar no jogo e, antes do descanso, Carvalheiro ainda obrigou o guarda-redes contrário a uma excelente defesa e Bruno Vieira atirou forte, mas muito por cima do travessão. E quase sobre o intervalo, os forasteiros viram-se reduzidos a 10 unidades. Depois de uma confusão a meio campo, que Mário Lopes resolveu com um amarelo para cada lado, o auxiliar do lado da bancada chamou o seu chefe de equipa para lhe dar conta de um desentendimento entre Diálló e Ludovico que terá sido entendido como uma agressão por parte do alcainense.
Mesmo entrando a jogar com menos um, foi o Desportivo de Alcains quem tomou as rédeas do jogo, mas logo aos 4 minutos, um bom lance do brasileiro Cássio pela direita terminou com um remate cruzado que acabou por bater o guarda-redes Beirão.
Podia ter sido decisivo, até porque a partir daqui os oleirenses estavam, não só em vantagem numérica, como também na frente do marcador. Mas a verdade é que os pupilos de João Paulo Matos começaram por complicar logo aos 57 minutos quando uma mão do experiente Quim Garcia na linha de meio campo acabou por lhe valer o segundo amarelo e consequente vermelho. As forças estavam reequilibradas, e o Alcains dominava o jogo, sem deixar o Oleiros fazer o seu jogo, e empurrando cada vez mais a equipa da casa para dentro do seu meio reduto.
A 14 minutos do final chegou o golo do empate, na sequência de um castigo máximo decidido por Márcio Lopes, quando nos pareceu que o lance que envolveu um defensor da casa e Khonné, deveria ter sido punido com livre indirecto, uma vez que, do local onde nos encontrávamos, pareceu-nos ter havido jogo perigoso. Bruno Vieira converteu e galvanizou ainda mais os seus companheiros que nunca desistiram de correr atrás da vitória.
E o merecido prémio chegou no último minuto do jogo e saiu do pé direito de Tiago Paulo, com um remate potente e indefensável para João Luís.
Ganhou a equipa que mais vontade mostrou de conquistar os três pontos, isto apesar dos oleirenses terem tido, a dado momento do jogo, tudo a seu favor para entrarem no campeonato com o pé direito.
A arbitragem- Estamos em início de época, é verdade que sim, mas as duas equipas mereciam um melhor trabalho. Márcio Lopes fez uma arbitragem “trapalhona”, sem critério disciplinar e acabou por prejudicar uma e outra equipa.
Discurso directo- João Paulo Matos, técnico do Oleiros- “Alertei os meus jogadores ao intervalo que estávamos a jogar com mais um, que tínhamos que ser inteligentes e gerir bem as nossas emoções. Não fomos capazes, e não tivemos qualidade suficiente para gerir o jogo e impor o nosso ritmo. O Alcains é uma excelente equipa, constituída por muito bons jogadores, que nos complicou muito a vida. Na minha opinião o resultado ajustado seria o empate, tenho muitas dúvidas no penalty, e tenho a sensação que houve um jogador do Alcains que deveria ter sido expulso na fase final, quando saiu do recinto de jogo e se envolveu com espectadores. Mas dou os parabéns ao Alcains que jogou para ganhar, e aos meus jogadores que, não jogando bem, foram bravos, lutaram e deram o melhor”.
Discurso directo- Hugo Andriaça, técnico do CD Alcains- “Foi uma vitória arrancada a ferros mas não posso esquecer que podíamos ter ido para o intervalo a ganhar 3-0, porque tivemos 3 oportunidades flagrantes. Sabia o valor do adversário, porque é uma casa que conheço bem, e tirei muita vantagem desse conhecimento. O melhor que me podia ter acontecido era vir a Oleiros na 1ª jornada, porque conheço as forças e as fraquezas do Oleiros. Sempre disse que vinha para Alcains para sermos campeões e tudo o que não seja o primeiro lugar será um fracasso, porque temos a convicção que nós somos a melhor equipa do campeonato mas, a meu ver, já o ano passado o Alcains era, e não foi campeão. Por respeito aos árbitros vou-lhes dar um voto de confiança e desejar-lhes as maiores felicidades. Mesmo que haja alguma infelicidade contra o Alcains vou fazer tudo por tudo para não comentar”.
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