domingo, janeiro 11, 2009

ÁGUIAS DO MORADAL- 1 ESCALOS DE CIMA- 1


Moradal convidou, Escalos aceitou

Campo do Ventoso, no Estreito

Árbitro- João Brás (4), auxiliado por José Bicho e Luís Ferreira

Águias do Moradal- Manuel Silva (3), Jójó (2), Oliveira (3), Gil (2), Zé Tó (2), Saturnino (3), David (3), Prata (2), Edmilson (3), Rui Paulo (3) e Pira (3)

Treinador- António Belo

Escalos de Cima- Bruno Cardoso (4), Paulinho (3), Humberto (3), Mata (3), Gonza (3), Paulo Mendes (3), Chico (3), Capinha (4), Cláudio (3), Carlitos (3) e João Vítor (3)

Treinador- Paulo Macedo

Substituições- Saturnino por Esteves (1) aos 73, Rui Paulo por Zé Augusto (1) aos 73 e Jójó por Pinto (1) aos 79; João Vítor por Luís Afonso (3) aos 58, Paulo Mendes por Beirão (-) aos 90 e Carlitos por Bruno Barata (-) aos 90+3

Disciplina- Amarelos a Edmilson aos 59 e Oliveira aos 70; Paulo Mendes aos 60, Gonza aos 69 e Bruno Cardoso aos 90+5

Marcadores- Oliveira aos 42; Capinha aos 77

A figura do jogo- Bruno Cardoso (Escalos de Cima)- Esteve sempre muito atento e foi determinante quando, já na recta final, se opôs muito bem efectuando grande defesa perante Zé Augusto, que surgiu isolado.

O Águias do Moradal- Apenas teve 15 minutos aceitáveis. Foi a partir da meia hora, e até ao intervalo, que a equipa de António Belo conseguiu “parecer-se” com o seu real valor, precisamente na altura em que chegou ao golo. Na segunda metade deixou o Escalos assumir o jogo e acabou por ter o merecido castigo.

O Escalos de Cima- Sabendo que estava a jogar com armas desiguais, Paulo Macedo montou uma estratégia para retardar ao máximo o golo do Águias. Quando chegou o 1-0, mesmo à beira do intervalo, podia pensar-se que o castelo ia desmoronar, mas a equipa reagiu muito bem e acabou por chegar, de forma até natural, ao empate.

Surpresa? Só para quem não assistiu ao jogo muito mal conseguido por parte da equipa do Estreito, que apenas durante 15 minutos conseguiu jogar alguma coisa semelhante ao seu real valor. Na segunda metade, a perder por 1-0, o Escalos fez bem ao aceitar o “convite” dos da casa para mandar no jogo.

Num jogo entre duas equipas com objectivos bem distintos, cabia ao Águias, por ser mais forte e por estar muito melhor na classificação, assumir as rédeas do jogo e provar dentro das 4 linhas que, de facto há diferenças entre as duas equipas e os dois plantéis.

Só que desde início as coisas não correram bem. O Moradal, sempre muito pressionado pelo seu público, mostrava muitas dificuldades em ligar o jogo. Os passes não saíam bem, a bola demorava uma eternidade a chegar ao último terço do terreno e, das poucas vezes que lá chegava, raramente ia em condições de poder ser visada a baliza de Bruno Cardoso. O Escalos limitava-se a cumprir com a ideia de Paulo Macedo: tapar todos os acessos à sua retaguarda e retardar ao máximo a abertura do placard. Até podia ser que, caso estes objectivos fossem conseguidos, num lance de contra-ataque o jogo virasse a seu favor… Só depois da meia hora os da casa conseguiram começar a construir algumas, não muitas, jogadas com cabeça, tronco e membros, e então o perigo passou a rondar mais a área dos escalenses. Por isso, foi de forma natural que, aos 42 minutos, o central Oliveira deu o melhor seguimento a um livre levantado do lado direito por Pira. Nesta altura, a vantagem era o corolário lógico do melhor período dos do Pinhal, por isso se ajustava o 1-0 no descanso.

E quando tudo parecia encaminhado para o que é mais comum acontecer no Ventoso, ou seja, uma vitória tranquila de quem lá mora, eis que a segunda metade começa da forma mais inesperada. O Águias não consegue tomar conta do jogo, o Escalos também com mérito assume o jogo, e como que se vê obrigado a atacar, tal era a desinspiração que tinha do outro lado.

E mesmo sem criar situações de apuro para a baliza de Manuel Silva, valeu a eficácia para que, numa das raras vezes que conseguiu entrar com a bola na área contrária, o Escalos chegasse ao tento do empate. As marcações do Estreito falharam e, bem no interior da área Carlitos descobriu o capitão Capinha em excelentes condições de finalização. Também aqui o golo surgiu de forma já esperada e mais que isso, justa.

Afinal, depois do jogo terminado, chega-se à conclusão que valeu mesmo a pena o Escalos aceitar o “convite” da equipa da casa!

A arbitragem- Com um ou outro pequeno erro, apenas o reparo para o cartão amarelo a Oliveira, depois de uma falta muito dura sobre Chico, que podia ser de outra cor.

Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “Foi um mau jogo do Águias do Moradal. Deveríamos ter feito muito mais porque tínhamos que ganhar o jogo. Esta má exibição a algo se deveu, e cabe-me agora analisar tudo muito bem, porque o que se está a passar com alguns jogadores não é normal para uma equipa deste quilate. A minha equipa menosprezou o valor do adversário, que é uma coisa que eu não admito, e portanto as coisas têm que mudar! Agora, da forma que isto está, nem sei se chegaremos ao play-off… O Águias do Moradal merece muito respeito e há aqui jogadores que não o estão a fazer. O árbitro e os auxiliares estiveram excelentes, quanto a mim foram a melhor equipa em campo.”.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Defrontámos uma boa equipa, muito bem orientada, mas estamos de parabéns porque estivemos muito bem tacticamente. Depois dos 90 minutos podemos pensar que, se arriscássemos um pouco mais, poderíamos ter chegado à vitória, mas também podíamos ter perdido, porque as oportunidades mais flagrantes são do Estreito. Os primeiros 45 minutos do Águias foram muito bons, os segundos foram bons os do Escalos. O empate acaba por ser justo. Gostei muito do árbitro. É dos bons jovens que temos na nossa arbitragem”.

Sem comentários: