domingo, janeiro 18, 2009
CD ALCAINS- 1 OLEIROS- 0
Alcains evita lotaria já nos descontos
Estádio Trigueiros de Aragão, em Alcains
Árbitro- Márcio Lopes, auxiliado por Cláudio Santos e Luís Gabriel
CD Alcains- Beirão, Tiago Paulo, Diálló, Quinzinho, Esquiva, Ricardo Constantino, Ricardo Costa, Aíldo, Manoel, Khonné e Bruno Vieira
Treinador- Hugo Andriaça
Oleiros- Carlos, Fiel, Tiago Ventura, Carlitos, Joel, Quim Garcia, João André, Norberto, Zé Bernardo, Ludovico e Cássio
Treinador- José Ramalho
Substituições- Aíldo por Miguel aos 56; Zé Bernardo por Laranjo aos 90+3
Disciplina- Amarelos a Aíldo aos 3, Tiago Paulo aos 22, Diálló aos 23, Manoel aos 31, Esquiva aos 40 e Miguel aos 90+9; Carlitos aos 42, Joel aos 45, Zé Bernardo aos 56 e Tiago Ventura aos 90+8. Vermelho directo a Cássio aos 90+5
Marcador- Quinzinho aos 90+3
O CD Alcains- Sentiu as dificuldades que o seu técnico já esperava, até pelo que já tinha acontecido neste mesmo jogo, mas a contar para o campeonato distrital. Especialmente na primeira parte a equipa chegou a ter muitas dificuldades em sair com a bola de dentro do seu meio campo, também muito por culpa da pressão do adversário. Num jogo equilibrado, mas em que dispôs das oportunidades mais flagrantes, acabou por evitar a lotaria dos penalties já muito perto do final.
O Oleiros- Voltou a demonstrar que está numa fase de crescendo, conseguindo mesmo, durante largos períodos do jogo, especialmente durante a primeira metade, dominar e controlar a partida. Pelo que fez a equipa de José Ramalho merecia decidir a eliminatória nos pontapés dos 11 metros.
Num jogo de mata-mata, Alcains e Oleiros empenharam-se na luta pela vitória e proporcionaram ao público presente nas bancadas do Trigueiros de Aragão um espectáculo de futebol muito agradável, num jogo muito equilibrado, com a bola sempre muito perto das duas balizas e com um vencedor encontrado quando já muitos pensavam que ainda se iria assistir à extracção da lotaria.
Depois de uns primeiros 10 minutos disputados numa toada mais morna, em que o Alcains tentou impor o seu futebol enquanto o Oleiros encaixava as marcações, foi depois disso acontecer que os do Pinhal conseguiram chamar a si o domínio do jogo, tendo mais tempo de posse de bola, estando mais tempo dentro do meio campo contrário e conseguindo quase sempre contrariar as ocasiões em que os canarinhos tentavam aliviar a pressão e ultrapassar a linha de meio campo. Mas o jogo foi sempre pautado por muita luta pela posse de bola e por uma vontade enorme de marcar primeiro que o adversário. Durante esta fase, que se estendeu até ao intervalo, as melhores ocasiões de golo pertenceram sempre ao conjunto da casa. As mais flagrantes surgiram de lances de bola parada no interior da área oleirense. A primeira num livre indirecto, em que o guarda-redes Carlos, que até tinha mostrado algum nervosismo na parte inicial, teve a primeira grande oportunidade para negar o golo a Bruno Vieira. A segunda, e a mais flagrante, aconteceu aos 42 minutos quando Bruno Vieira sofreu uma grande penalidade cometida pelo capitão Carlitos já depois de ter corrido todo o meio campo do Oleiros com a bola controlada. Da marca dos 11 metros Carlos voltou a ter a chance de brilhar, negando de novo a Bruno Vieira, desta vez sem ninguém entre eles, a vantagem alcainense.
Nos segundos 45 minutos, mesmo decaindo um pouco a qualidade do jogo produzido de ambos os lados, talvez fruto de um cansaço acumulado, as oportunidades mais flagrantes continuaram a ser dos da casa, mas sempre tendo pela frente uma excelente resposta do conjunto de José Ramalho que teimava em levar até às últimas consequências a decisão da eliminatória.
E acabou por ser quando já muitos esperavam pela lotaria das grandes penalidades que surgiu alguém a desatar o nó em que a partida se tinha transformado. Na sequência de um dos muitos pontapés de canto de que beneficiou o Alcains, Vieira marcou do lado esquerdo e Quinzinho saltou mais alto que os opositores carimbando desta forma, e aos 93 minutos, o passaporte da equipa de Hugo Andriaça para as meias-finais da Taça de Honra José Farromba.
Num jogo digno do nome que foi dado a esta competição, o Oleiros merecia chegar à decisão da eliminatória na decisão das grandes penalidades.
A arbitragem- Nas decisões mais polémicas, aquelas que levantam mais contestação, parece-nos que foi demasiado rigoroso no vermelho directo a Cássio. Podia ter enquadrado o lance no contexto geral do jogo, uma vez que, para além de ser uma falta dura, foi cometida em cima da linha de meio campo e junto à linha lateral, e o vencedor estava praticamente encontrado. No livre indirecto e no penalty que, em ambos os casos favoreceram o Alcains, decidiu bem e agiu disciplinarmente em conformidade.
Discurso directo- Hugo Andriaça, técnico do CD Alcains- “Sabíamos que íamos defrontar uma equipa que é capaz do 8 e do 80 e quis incutir nos meus jogadores um espírito de revolta ou de “vingança” desportiva. Já sabíamos como eles iam funcionar, porque nesta fase já todos nos conhecemos uns aos outros. Eu nunca disse que nós éramos muito superiores às outras equipas, sempre disse é que éramos os melhores, e continuo com essa convicção, mas não somos assim tão melhores, por isso é que os jogos são equilibrados. A equipa revela alguma ansiedade nos jogos em casa, talvez pela pressão de alguns adeptos. Temos que perceber que estamos no distrital, mas tenho consciência que há adeptos que já viveram outros tempos e já vieram a esta bancada ver outras equipas. Esses têm que perceber que o trabalho está a ser feito e mais não nos podem pedir. Por isso é que os nossos grandes resultados são sempre conseguidos fora de casa, e não aqui. O Márcio Lopes tenta segurar o jogo demasiado cedo com cartões amarelos. Aos 20 minutos já tínhamos 6 amarelos e com sorte acabámos o jogo com 11 jogadores. Foi benevolente em algumas situações mas não tem influência no resultado. Tem o erro grave de não ter mostrado vermelho ao Carlitos no lance da grande penalidade ”.
Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Fizemos um excelente jogo contra uma grande equipa e acho que merecíamos ir, pelo menos, às grandes penalidades. Trabalhámos muito, estivemos muito concentrados e rigorosos tacticamente e penso que, para o futuro, esta equipa tem uma palavra a dizer, se continuar a jogar desta maneira. Fica o amargo de não termos chegado às grandes penalidades, até porque o nosso guarda-redes já tinha defendido uma. Temos vindo a subir de jogo para jogo e é assim que eu quero que eles joguem. Eu, sobre o árbitro, só quero dizer que o critério disciplinar não foi igual para as duas equipas, embora sem ter influência no resultado”.
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