domingo, novembro 23, 2008

VALVERDE- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 0


Nem atou, nem desatou…

Campo de Valverde
Árbitro- Alexandre Rato (4), auxiliado por Diogo Venâncio e David Afonso
Valverde- João Augusto (3), Ricardo Silva (3), Dinis Gonçalves (3), João Alves (3), Daniel Alves (3), Cristophe (3), Miguel Duarte (3), Hugo Gigante (3), Janilson (3), Gonçalo (3) e Flávio Cunha (3)
Treinador- Micas
Vitória de Sernache- Jorge Correia (3), Paulo Lopes (3), Ricardo André (3), Fernando Miguel (4), Likas (3), Luís Filipe (3), Dany (3), Tiago Farinha (3), Dário (3), Miguel Farinha (3) e João Gaspar (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Flávio Cunha por Daniel Santos (2) aos 58, Gonçalo por Nuno Martins (2) aos 65 e Janilson por Zé Luís (1) aos 74; Paulo Lopes por Filipe Barata (2) aos 69 e Miguel Farinha por Fredy (1) aos 76
Disciplina- Amarelos a Dinis Gonçalves aos 89; Fernando Miguel aos 85
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A figura do jogo- Fernando Miguel (Vitória de Sernache)- Capitão, comandante, impulsionador… Enfim, um central que é um verdadeiro líder da sua equipa. Tentou algumas vezes criar desequilíbrios no adversário integrando-se em lances ofensivos.

O Valverde- Num jogo em que o equilíbrio foi sempre a nota dominante, apenas teve algum ascendente logo no início da segunda parte. Jogou sempre um futebol muito directo para tentar tirar proveito da velocidade dos homens da frente, mas raramente as coisas saíram bem.

O Vitória de Sernache- Tentou jogar para ganhar mas sentiu muitas dificuldades na adaptação ao terreno de jogo. O meio campo viu muitas vezes a bola passar-lhe por cima o que prejudicou a construção de jogo ofensivo.

Provavelmente não andaremos muito longe da verdade se dissermos que mesmo que ainda lá estivessem a jogar, com certeza o nulo continuava no placard. Mas não foi por falta de empenho ou de ambição que não aconteceram golos. Não. Valverde e Vitória tentaram sempre jogar para ganhar, mas a verdade é que, por um motivo ou por outro as oportunidades construídas foram escassas e daí ser justo o nulo final.
Entrou melhor o Vitória, que logo no segundo minuto podia ter marcado, não fosse João Augusto opor-se da melhor forma a um remate forte de Paulo Lopes mas muito em cima do guarda-redes contrário.
Até ao intervalo, para além da muita luta a meio campo e do excessivo tempo que a bola passou pelo ar, apenas se deu conta de mais dois lances perigosos, um para cada lado. Aos 13 minutos João Alves trabalhou bem pela direita do ataque da sua equipa, ganhou a linha de fundo mas, a um cruzamento tenso para a frente da baliza de Jorge Correia, não apareceu nenhum companheiro a fazer aquilo que até seria o mais fácil: empurrar a bola para dentro da baliza.
Já pouco depois da meia hora foi Likas a não ver um excelente trabalho seu pela direita do ataque vitoriano a ser concluído da melhor forma. O lance do ponta de lança da equipa do Pinhal pode considerar-se mais de meio golo, até porque, para além de ter conseguido ganhar a linha de fundo, ainda cruzou açucarado para onde aparecia Miguel Farinha. Este, como que deslumbrado, atirou frouxo e sem direcção, desperdiçando mesmo aquela que, soube-se no final, haveria de ser a melhor oportunidade de todo o jogo.
O descanso parece ter feito bem aos da casa que logo no segundo minuto assustaram Jorge Correia, quando este viu Janilson cabecear já na pequena área ligeiramente por cima da trave. Só que este domínio inicial, e a tentativa de entrar para surpreender, foi-se diluindo, até chegarmos, em escassos minutos, a novo ponto de equilíbrio.
E daqui até final, mesmo correndo o risco de nos tornarmos repetitivos, só deu para tomar nota de mais dois lances que quebraram o marasmo e que serviram mais que tudo para baixarmos a cabeça para o terreno de jogo. Aos 66 minutos Paulo Lopes respondeu fraco, de cabeça, a um cruzamento de Luís Filipe, e dez minutos depois, do lado oposto, foi Jorge Correia a ter que se arrojar junto ao seu poste esquerdo para evitar males maiores.
Por tudo o que se passou ao longo do jogo, e foi pouco para o valor das duas equipas, o nulo é um castigo justo tanto para Valverde, como para Vitória de Sernache.

A arbitragem- Alexandre Rato controlou sempre o jogo sem ser preciso recorrer aos cartões. É certo que as equipas colaboraram sempre para não complicar a sua tarefa mas, mesmo quando é assim, ainda há alguns árbitros que conseguem ser os protagonistas… pela negativa, o que não foi claramente o caso.

Discurso directo- Micas, técnico do Valverde- “Foi um resultado justo porque houve uma grande oportunidade para cada lado. Temos feito grandes jogos em casa, mas penso que este foi o pior, também por causa do adversário, que é um conjunto muito forte e que não tem equipa para estar no lugar em que está na classificação. Parabéns às três equipas porque a de arbitragem também foi excelente”.

Discurso directo- Fernando Miguel, capitão do Vitória de Sernache- “Sabíamos que íamos ter muitas dificuldades neste campo, porque o jogo do Valverde é muito baseado em bolas compridas, mas estivemos sempre muito concentrados. Houve muita bola pelo ar, os nossos médios queixaram-se que só viam as bolas a passar-lhes por cima, mas é complicado jogar nestes campos contra equipas aguerridas como é o Valverde. O árbitro fez o trabalho dele”.

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