domingo, novembro 09, 2008

OLEIROS- 0 ÁGUIAS DO MORADAL- 3


Derby com pouca história

Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Luís Cruz (4), auxiliado por Bruno Duarte e Luís Máximo
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (1), Castanheira (2), Quim Garcia (3), Fiel (3), Edmilson (2), Cássio (3), Norberto (3), Joel (3), João André (3) e Ludovico (3)
Treinador- José Ramalho
Águias do Moradal- Manuel Silva (3), Jójó (3), Oliveira (4), Marco (2), Zé Tó (3), Esteves (3), David (4), Zé Augusto (3), Edmilson (3), Rui Paulo (3) e Pira (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Castanheira por Tiago Ventura (3) ao intervalo, Cássio por Zé Bernardo (2) ao intervalo e Edmilson por Gonçalo (1) aos 61; Marco por Prata (3) aos 28, Esteves por Fabiano Costa (1) aos 80 e Rui Paulo por Pinto (1) aos 83
Disciplina- Amarelos a Paulinho aos 9 e 53, Cássio aos 45+1 e Zé Bernardo aos 79; Oliveira aos 17 e Pira aos 55. Vermelho por acumulação a Paulinho aos 53
Marcadores- Zé Augusto aos 4, Edmilson aos 34 e Rui Paulo aos 77

A figura do jogo- Oliveira (Águias do Moradal)- Um central que não cometeu um erro ao longo de todo o jogo. Um excelente sentido posicional e uma estampa física impressionante. Imponente.

O Oleiros- Entrou praticamente a perder, o que certamente atrapalhou os planos, mas nunca conseguiu ser melhor que o adversário. Lutou até à exaustão, mesmo com menos uma unidade, mas nada podia fazer contra um adversário mais forte.

O Águias do Moradal- Foi sempre a melhor equipa no jogo. No meio campo os jogadores foram sempre mais rápidos sobre a bola que o adversário, superiores tecnicamente e chegaram a uma vitória inteiramente justa. Parece estar em crescendo.

Não há muito a dizer sobre um derby entre vizinhos que teve uma equipa que foi melhor que o adversário, que marcou 3 golos e que ainda dispôs das melhores oportunidades para marcar. Talvez se esperasse mais do Oleiros, mas é preciso ter em atenção que José Ramalho apenas chegou no decorrer da semana que antecedeu o jogo e, mesmo conhecendo praticamente todo o plantel, ainda vai demorar o seu tempo a implantar os seus métodos de trabalho.
O início da história do jogo do Pinhal coincide praticamente com o primeiro golo do Águias do Moradal. E que golo! Logo aos 4 minutos Zé Augusto “arrancou” um pontapé fantástico, de mais de 25 metros, e “meteu” a bola na gaveta de João Luís. Um grande golo que dava vantagem aos visitantes que tinham entrado melhor no jogo e que, apesar do pouco tempo decorrido, já tinham ameaçado antes de marcar. Sempre mais rápidos sobre a bola, especialmente no meio campo, os forasteiros cedo tomaram conta do jogo, e a baliza do Oleiros passou a ter sempre o perigo mais por perto. A técnica individual e maior disponibilidade física eram outros argumentos que faziam da equipa de António Belo mais dominadora, enquanto que o Oleiros só ameaçava o lado oposto em lances de contra ataque ou então em futebol directo, quase sempre para tentar tirar proveito da velocidade de Ludovico, o que raramente resultou.
O golo de Edmilson pouco depois da meia hora foi precisamente o exemplo do futebol colectivo do Águias do Moradal quando David ganhou bem a linha de fundo pela esquerda do deu ataque, cruzou atrasado para a boca do golo, onde Esteves não chegou, mas onde estava Edmilson que tinha acompanhado muito bem pelo centro a subida da sua equipa.
Se o jogo, e o próprio resultado, já deixavam poucas esperanças ao Oleiros numa improvável reviravolta, as coisas ficaram ainda mais difíceis quando Paulinho viu o segundo amarelo pouco depois do reatamento. O Oleiros passava a estar obrigado a puxar ainda mais pelo físico e, caso tentasse correr atrás do resultado, como de facto tentou, iria abrir espaços em zonas que podiam ser aproveitadas pelos contra ataques do Estreito. Foi num desses lances que Rui Paulo concluiu com sucesso uma jogada que teve também como intervenientes o capitão David e Pira.
Estava selada uma vitória tão justa quanto merecida da equipa que foi mais forte e que continua nos lugares cimeiros da pauta classificativa. Quanto ao Oleiros, José Ramalho sabia, ao assumir o regresso à equipa do Pinhal, que tinha muito trabalho pela frente que deve começar pelo levantar da moral das tropas que sabem que valem mais do que aquilo que os resultados têm deixado transparecer.

A arbitragem- Apenas dois reparos num bom trabalho: não entendemos o primeiro amarelo a Paulinho e pareceu-nos que ficou por marcar uma grande penalidade sobre Esteves aos 64 minutos.

Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Não foi o resultado que queríamos mas tenho que realçar que os meus jogadores trabalharam muito. Com 11 era difícil, com 10 ainda foi mais. Todos nós sabemos que o Estreito tem uma excelente equipa. Cometemos dois erros que acabaram por ser aproveitados pelo adversário, porque no futebol, sem erros não há golos. Valeu pela atitude dos jogadores mas há muito trabalho a fazer. O árbitro fez um bom trabalho, até porque os jogadores também não complicaram”.

Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “Esta equipa tem qualidade, acho que ainda podemos produzir mais, mas hoje já demos uma demonstração cabal do nosso valor. Chegámos aqui, controlámos sempre o jogo, não tivemos percalços defensivos, e ganhámos naturalmente por 3-0 que, se calhar, é curto. Nos primeiros 45 minutos fizemos uma excelente exibição em termos de futebol distrital, porque não é normal ver uma equipa do nosso distrital a ter esta produção em termos de jogo ofensivo. Hoje tivemos uma excelente arbitragem de um jovem com grande qualidade”.

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