segunda-feira, outubro 16, 2006

PÓVOA RM- 0 ÁGUIAS DO MORADAL- 1


Oleh foi grande e só não evitou o golo

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- Ricardo Fernandes (4), auxiliado por Gonçalo Carreira e Tiago Gonçalves
Póvoa RM- Oleh Prokopets (5), Bento (3), Bernardino (3), Mata (3), Jorge Mota (3), Gustavo (3), Carlitos (4), David (2), Fino (3), João Silva (2) e Hugo Inácio (3)
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Águias do Moradal- Miguel Ângelo (3), Pacheco (3), Spranger (3), Fonseca (3), Tomás (3), David (3), Aíldo (3), Edmilson (3), Dário (4), Paulo Rato (3) e Valadas (2)
Treinador- António Belo
Substituições- João Silva por Jeremias (2) aos 28, David por Hugo Louro (2) aos 60 e Bento por Hélio (-) aos 81; Valadas por Nuno Alves (3) aos 34, Tomás por Ludovico (3) aos 60 e Fonseca por Rui Paulo (2) aos 71
Disciplina- Amarelos a Jeremias aos 37, Mata aos 61 e Oleh Prokopets aos 77; Edmilson aos 65
Marcador- Edmilson aos 79

A figura do jogo- Oleh Prokopets (Póvoa RM)- É do melhor que há no distrito no posto específico de guarda-redes. Frente ao Águias do Moradal defendeu tudo o que havia para defender, inclusivamente uma grande penalidade, menos o cabeceamento de Edmilson em que não tem qualquer tipo de responsabilidade. Este ucraniano tem futuro e merece claramente um clube de âmbito nacional onde possa evoluir e mostrar-se mais.

O Póvoa RM- Sabia que estava a jogar contra uma equipa com outros argumentos e entregou o comando do jogo ao adversário refugiando-se no seu meio campo esperando pela oportunidade do contra-ataque. Oleh e Carlitos foram determinantes no adiar do golo da equipa do Estreito. Depois do golo sofrido ainda tentou chegar ao empate mas, naquela altura, já era tarde.

O Águias do Moradal- Teve um susto logo aos 2 minutos quando Miguel Ângelo teve dificuldades para suster um remate de longe de João Silva. Depois mudou-se de armas e bagagens para o meio campo adversário, mas não conseguiu, nos primeiros 45 minutos criar grandes oportunidades, à excepção do penalty desperdiçado. A partir dos 55 minutos as oportunidades começaram a aparecer e o golo que valeu uns justos 3 pontos acaba por surgir na sequência de um canto.

Tanto a Póvoa de Rio de Moinhos como o Águias do Moradal sabiam, ainda antes de começar o jogo, que este seria um encontro que nunca poderia ser jogado de igual para igual. Por isso, a equipa da casa adoptou um sistema de contenção, fechando-se bem no seu meio reduto, com um meio campo muito povoado e com Carlitos a actuar na posição de libero para dobrar os centrais, e os do Estreito, sabendo que teriam que ser eles a assumir as despesas do jogo, entraram com uma equipa em que Valadas era o pensador do jogo no meio campo ofensivo e Tomás o ponta de lança fixo perto dos centrais adversários.
Curiosamente, até foi a equipa de Rui Melo e João Zarro quem criou a primeira oportunidade de golo. Estávamos no minuto 2 quando João Silva, com um pontapé forte ainda fora da grande área pregou um susto a Miguel Ângelo. Estava feito o aviso de uma equipa que na última temporada complicou muito a vida ao Águias no jogo das meias-finais da Taça de Honra José Farromba.
Mas os pupilos de António Belo não se intimidaram e partiram de imediato para o meio campo adversário, mas a verdade é que em 45 minutos o melhor que conseguiram, mesmo dispondo de muito mais posse de bola, foi ganhar uma grande penalidade bem assinalada por Ricardo Fernandes já que Jeremias tocou a bola com a mão, mas desperdiçada por Paulo Rato. O central do Pinhal optou pelo remate mais em força do que em jeito e Oleh evitou o golo com as pernas segurando depois com as mãos. Parecia estar a desenhar-se o herói do jogo.
O nulo ao intervalo era um prémio justo para a forma como a Póvoa se tinha defendido, mesmo sentindo muitas dificuldades em sair para o contra-ataque, e um castigo para o domínio estéril da equipa de António Belo.
Na segunda parte as coisas alteraram-se de forma substancial pouco depois dos 10 minutos. O domínio do Águias do Moradal já resultava em ocasiões de golo mas Oleh ia evitando com defesas de grande nível aquilo que parecia inevitável.
Os pontapés de canto para os do Estreito sucediam-se e parecia ser nesse tipo de lances de bola parada que António Belo apostava. E se apostou ganhou, porque foi na sequência de um canto batido por Dário do lado esquerdo do ataque dos visitantes que chegou um golo que acabou por valer 3 pontos. Já dentro da pequena área, o brasileiro Edmilson saltou mais alto que todos os adversários e, de cabeça, abriu e fechou o placard.
A partir daqui o Águias fez o que lhe competia, circulação de bola, e a Póvoa também tentou o que tão poucas vezes conseguiu até aí, chegar de forma frequente junto da baliza de Miguel Ângelo. Das vezes que chegou à área adversária os da casa ainda assustaram o último reduto adversário que, no entanto, saem da Póvoa de Rio de Moinhos com uma vitória inteiramente merecida.
A arbitragem- Os da casa queixam-se de um lance em que Edmilson terá agredido um adversário, mas pelo que vimos pareceu-nos que o amarelo mostrado foi a solução adequada. Um fora de jogo mal tirado ao ataque do Águias do Moradal pelo auxiliar Tiago Gonçalves e pequeníssimos erros de análise não chegam para estragar um trabalho que foi claramente positivo.

Discurso directo- Rui Melo, técnico da Póvoa RM- “Nós sabemos que somos pequeninos mas acho que trabalhámos bastante bem. Fomos uma equipa coesa, forte, defrontámos uma grande equipa, mas o jogo tem que ser arbitrado de forma igual para os dois lados. No distrital já começam a pesar muito certas e determinadas situações. As leis dizem que, quando há agressão deve ser mostrado cartão vermelho, e no lance em questão a bola nem estava perto do jogador… Sabemos que o Estreito tem uma boa equipa, mas nós, com os jogadores que temos fizemos um bom jogo. Mas eles têm outro orçamento e, a pagar como pagam, se calhar toda a gente queria ir a jogar para o Estreito. Neste jogo faltou-nos um pouco de controlo na 2ª bola mas fizemos um excelente trabalho”.Discurso directo- Paulo Rato, jogador do Águias do Moradal- “Falhámos um penalty na primeira parte mas, pelo que vi da outra equipa, que só criou uma oportunidade logo no primeiro minuto, passou o tempo todo a defender. Ao contrário de outros jogos hoje não criámos tantas oportunidades, mas penso que fizemos um bom jogo, com muita posse de bola, trabalhámos bem e acho que foi uma vitória merecida. Não gosto de comentar o trabalho dos árbitros”.

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