domingo, novembro 25, 2007

BENFICA CB- 2 OLIVEIRA DO BAIRRO- 4


Equipa da Bairrada com outros argumentos

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- José Gomes, auxiliado por Hugo Guerreiro e Carlos Militão (Lisboa)
Benfica CB- Hélder Cruz (3), Gil (2), Tarzan (2), Miguel Vaz (4), Ricardo Viola (2), Trindade (2), Prata (2), Cristophe (3), Ricardo António (2), Célio (1) e João Peixe (2)
Treinador- António Jesus
Oliveira do Bairro- Mário Júlio, Zé Carlos, Jean, Miguel Tomás, Luís Barreto, Carlos Miguel, Paulo Costa, Rui Castro, Éder, Alexis e Leandro
Treinador- João Pedro Mariz
Substituições- Trindade por Bá (2) aos 45, Célio por Tiago Marques (2) aos 45 e Gil por Jony (2) aos 63; Luís Barreto por Xavier aos 71, Alexis por Dani aos 76 e Carlos Miguel por Pina aos 76
Disciplina- Amarelos a Miguel Vaz aos 25, Cristophe aos 29, Prata aos 51 e Ricardo António aos 57
Marcadores- Miguel Vaz aos 79 e 90+1; Luís Barreto aos 7 e 69, Leandro aos 42 e Zé Carlos aos 59

A figura do jogo- Miguel Vaz – Numa exibição pouco iluminada de toda a equipa, Hélder Cruz, porque sofreu 4 golos em que nada podia fazer, Cristophe, porque não parou de correr um segundo, e Miguel Vaz pelo mesmo motivo, foram os únicos jogadores a merecer nota positiva. A diferença é que o esquerdino marcou dois golos fantásticos a 30 metros da baliza, praticamente tirados a papel químico.

O Benfica CB- Mesmo conhecendo bem o adversário, que já tinha ganho em Castelo Branco para a Taça de Portugal, é difícil lutar contra uma equipa que mostrou conjunto e argumentos para lutar pela subida de divisão. Se a isto juntarmos uma exibição muito abaixo do real valor dos encarnados, encontramos a explicação para o resultado final.

Frente a uma equipa que já conhecia bem, porque já tinha encontrado, e perdido, na Taça de Portugal, o Benfica e Castelo Branco nunca conseguiu contrariar o melhor conjunto do adversário, assim como não conseguiu evitar a grande exibição de Alexis, o extremo-esquerdo bairradino que, mesmo sem ter marcado, fabricou 3 dos 4 golos da sua equipa.
Sem Milton, que não pôde ser utilizado à última hora, e com Gil, tocado, e em dúvida quase até ao início do jogo, o Benfica e Castelo Branco começou por ver o adversário marcar logo aos 7 minutos, num lance fabricado por Alexis na esquerda, e concluído por Luís Barreto que foi mais rápido que Gil a chegar à bola para rematar para as redes do desamparado Hélder Cruz.
Um golo praticamente a frio e que acabou por mexer com o subconsciente de uma equipa que já sabia que ia ter um osso duro de roer pela frente.
A ganhar, a equipa de Oliveira do Bairro não abrandou o ritmo, e manteve o domínio, jogando quase sempre dentro do meio campo encarnado, isto apesar de não conseguir criar grandes situações de golo.
Os encarnados só esporadicamente conseguiam avisar o adversário que ainda estavam no jogo, mas aos 42 minutos, Leandro, num remate que inicialmente deveria ser um cruzamento, acabou por fazer um golo de belo efeito ao fazer a bola sobrevoar o guarda-redes do Benfica com um chapéu praticamente em cima da linha de fundo. É certo que Miguel Tomás estava lá para concluir, mas pareceu-nos ser a força do vento a fazer com que a bola desviasse para a baliza.
Com 2-0 ao intervalo, e vendo o adversário que tinha pela frente, António Jesus sabia que pouco havia a fazer, e por isso estreou o senegalês Bá logo no reatamento, um central que apareceu a jogar à frente da defesa. Mas os erros defensivos continuavam, e a permeabilidade da defensiva da casa acabou por render mais dois golos aos visitantes, primeiro por Zé Carlos e depois com o bis de Luís Barreto, e sempre com a Alexis na jogada, ele que foi indiscutivelmente o melhor jogador em campo.
O outro reforço, o brasileiro Jony, que tal como Bá representou até há bem pouco tempo o Marítimo da Graciosa, também se estreou mas, da forma que o jogo estava, não deu para mostrar aquilo que pode valer. Até final havia que honrar a camisola, e mesmo tendo atirado dois livres muito longe da baliza, Miguel Vaz teve então oportunidade de marcar mais dois grandes golos esta temporada. Do seu pé esquerdo saíram dois remates em tudo semelhantes, e em ambas as situações a mais de 30 metros da baliza, que só param no fundo das redes do veterano Mário Júlio.
Resultado justo, que espelha bem as diferenças entre as duas equipas.

A arbitragem- É certo que não tem qualquer influência no resultado final, mas é daqueles árbitros que são, no mínimo, enervantes. Usa e abusa do apito, definiu como critério disciplinar mostrar amarelos apenas aos encarnados, e cometeu uma (ou duas) mão(s) cheia(s) de erros inexplicáveis. Muito fraquinho…

Discurso directo- António Jesus, treinador do Benfica CB- “O Oliveira do Bairro é, juntamente com o Covilhã, a melhor equipa desta série da 2ª divisão. O número 22 deles é das melhores “coisas” que há neste escalão. Depois, esta é uma equipa que joga há 4 ou 5 anos junta, são fortes, e conseguiram uma vitória justíssima. Mas penso que foi um jogo em que houve golos a mais para o futebol que se viu. As equipas, em conjunto, remataram 7 ou 8 vezes e fizeram-se 6 golos… Sabíamos que o jogo de hoje era difícil, não conquistámos pontos e vamos a Sátão para rectificar este resultado. E depois há um facto curioso na minha equipa: cada vez que, num jogo em casa, o Peixe joga de início, a equipa não ganha… Hoje atirou uma bola ao ferro e, se entrasse, poderia servir para moralizar. O Bá e o Jony são jogadores que podem ajudar, mas é preciso ter em atenção que estavam parados há 15 dias, e só estão connosco há uma semana”.

BENFICA CB RETOCA PLANTEL


Bá e Jony já se estrearam

O senegalês Bá, e o brasileiro Jony, são as mais recentes contratações do Benfica e Castelo Branco e são, para já, os primeiros reforços de Inverno do emblema albicastrense. Os dois representaram até aqui o Marítimo da Graciosa e vêm para tentar tornar mais forte o grupo às ordens de António Jesus. Bá, é um central com uma estampa física impressionante, enquanto que o brasileiro Jony é um extremo que pode jogar pelos dois lados. Os dois já se estrearam no domingo frente ao Oliveira do Bairro, Jony teve pouco tempo para se mostrar, enquanto que Bá já deu para ver que é um jogador muito forte fisicamente e que disputa com muita raça todos os lances. Como curiosidade refira-se que este senegalês é primo do boavisteiro Fary.Se uns entram, outros saem. Daniel Fernandes já jogou pela ADEP no domingo, Ivo, que esteve no banco encarnado, também pode ser emprestado ao Penamacor, e Bruno Gonçalves já foi informado pelos responsáveis da águia de que o clube não conta com ele para o futuro.

CASA DO BENFICA CB- 22 PORTO SALVO- 23


O pássaro fugiu…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- André Santos e César Serrote (Portalegre)
Casa do Benfica CB- Sofia Santos, Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (3), Patrícia Teixeira (7), Ana Lourenço, Inês Sal, Carla Mendes (4), Filomena Abrantes (1), Liliana Duarte, Leia Valente (2), Carolina Ramos, Ana Salavessa, Sara Neves e Mariana Ivanova (5)
Treinadora- Paula Espírito Santo
Porto Salvo- Andreia Francisco, Mónica Fernandes, Carla Almeida, Bárbara Homem, Joana Gonçalves (1), Paula Maocha (7), Sara Santos, Natacha Guilheiro, Paula Malcato (3), Filipa Parada, Cláudia Correia (3), Carla Pereira (4), Rita Francisco e Natalina Mendes (5)
Treinador- Luís Miranda
Marcador ao intervalo- 13-9

Depois de entrar a perder (1-3) nos primeiros minutos, a Casa do Benfica rapidamente embalou para a recuperação no marcador. Depois do empate alcançado aos 11 minutos, o dilatar da vantagem foi rápido e eficaz, e o 10-5 não tardou, faltavam nessa altura pouco mais de 5 minutos para o descanso.
Era visível que o Porto Salvo só conseguiu estar na frente enquanto as albicastrenses não entraram no jogo, porque depois as diferenças tornaram-se evidentes e a Casa mostrava, de facto, que era melhor equipa que as visitantes.
A diferença de 4 golos ao intervalo (13-9) era o reflexo daquilo que tinham sido os primeiros 30 minutos. Superioridade das meninas de Paula Espírito Santo, que não tinha mais expressão porque a pontaria para os ferros da baliza adversária estava demasiado afinada.
No reatamento a Casa rapidamente conseguiu igualar a maior diferença que tinha conseguido, 5 golos, aos 15-10.
Mas a partir daí o resultado foi encurtando, e a primeira situação de empate chegaria a 2 minutos do final, com 21-21. O Porto Salvo, que sempre acreditou que era possível levar um resultado positivo de Castelo Branco, estava a assustar e cada vez mais perto de dar a volta ao resultado, e à entrada para o último minuto estava na frente (21-22). Já sem contar com a prestação de Mariana Ivanova, que saiu lesionada, a Casa chegou ao empate, mas em cima do apito final eis que surge um livre de sete metros para desempatar o jogo a favor das visitantes. Uma situação que só o árbitro viu e que causou alguma polémica, uma vez que acabou por decidir o jogo.
De qualquer forma, e apesar de ser uma decisão com influência directa no resultado, as albicastrenses devem em primeiro lugar analisar a forma displicente e desconcentrada como abordaram os últimos minutos, uma vez que, é sabido, em jogos teoricamente equilibrados, não se podem falhar tantos golos nem cometer tantos erros defensivos.Mesmo derrotada, a Casa do Benfica tem ainda tudo em aberto no que à passagem à 2ª fase diz respeito, uma vez que ainda falta disputar um jogo frente a este mesmo adversário, mas em Porto Salvo, e mesmo ficando na 2ª posição, está em aberto o lugar na fase final, uma vez que, a acontecer, haverá um liguilha com o 3º classificado da série 1 para apurar o último finalista.

domingo, novembro 18, 2007

ESCALOS DE CIMA- 1 VILARREGENSE- 1


Vilarregense fez mais para ganhar

Campo Viscondessa do Alcaide, Escalos de Cima
Árbitro- João Martinho (4), auxiliado por Teodoro Domingos e Carlos Santos
Escalos de Cima- Tiago Fazenda (3), Trindade (3), Amaral (3), Gonza (3), Paulinho (2), Chico (3), Capinha (3), Luís Afonso (3), Jójó (2), Cunha (3) e Filipe Beirão (2)
Treinador- Paulo Macedo
Vilarregense- Diogo (3), David Ferreira (3), Chalita (3), China (3), Álvaro (3), Nélson (3), Gonçalo (3), Topa (3), Rui Duque (2), Nuno Bocas (3) e Amunike (3)
Treinador- Pedro Sampaio
Substituições- Amaral por Carlitos (1) aos 70, Jójó por Valdemar (1) aos 75 e Filipe Beirão por Vitinho (1) aos 80; Rui Duque por Luís Dias (2) aos 65 e Amunike por André Santos (-) aos 86
Disciplina- Amarelos a Luís Afonso aos 44 e Cunha aos 80; Nuno Bocas aos 20
Marcadores- Chico aos 23; Topa aos 71

A figura do jogo- Gonçalo (Vilarregense)- Dá nas vistas por ser um dos jogadores de Vila de Rei que melhor joga com a bola nos pés e pela visão de jogo que demonstra. Por vezes não tem quem o acompanhe na forma de pensar rápido.

O Escalos de Cima- Entrou e saiu do jogo praticamente sempre dominado pelo adversário. Marcou o golo no primeiro remate que fez à baliza contrária, e depois fez muito pouco para aumentar a diferença ou mesmo para segurar a vantagem. A jogar em casa, e frente a uma equipa de nível semelhante, o Escalos tem que se impor.

O Vilarregense- Apesar de dominar grande parte do jogo, mostrou muitas dificuldades em jogar no último terço do terreno. Até à linha defensiva adversária a bola até chegava de forma rápida, mas depois começavam os problemas. Nuno Bocas foi demasiado perdulário, já que teve quatro golos “feitos” que não soube concluir.

Ao contrário do que seria de esperar, o Escalos não conseguiu aproveitar o factor casa para se impor ao Vilarregense. Bem pelo contrário. Foram os visitantes que dominaram grande parte do jogo e que saem dos Escalos com um ponto que lhes deve saber a pouco…
Depois de um pequeno período de estudo mútuo, em que o jogo esteve muito concentrado no meio campo e onde os dois guarda-redes foram meros espectadores, foi o Vilarregense que tomou a iniciativa de pegar no jogo. Os homens de Pedro Sampaio trocavam bem a bola, transportavam-na de forma fácil e objectiva até ao meio campo adversário, mas depois começavam os problemas. Pela frente estava uma equipa com uma estrutura defensiva bem organizada, que tapava todos os caminhos para a baliza de Tiago, mas que, para além disso, não se conseguia desdobrar para o ataque.
Mesmo assim, foi na primeira vez que a bola chegou com perigo junto da área dos visitantes que surgiu o golo dos Escalos. A jogada foi das mais bonitas de todo o jogo. A bola passou pelos pés de todos os homens de ataque do Escalos até que, uma simulação de Capinha, acabou por proporcionar a Chico um remate de primeira que só parou no fundo das redes contrárias. Diogo viu a bola passar-lhe por cima e, com o seu porte atlético podia ter feito mais.
Jogo é jogo, e este golo acabou por animar o Escalos para uns bons 10 minutos seguintes, aproveitando também o facto do Vilarregense ter acusado o golo que não merecia ter sofrido. Mas nos últimos dez minutos da etapa inicial tudo voltou à primeira forma, com o Vilarregense com sinal mais, mas sem conseguir jogar nos últimos 30 metros.
Na segunda parte, o Escalos ainda tentou inverter os papéis, impor o factor casa e passar a dominar, só que os do Pinhal não deixaram, e como chegar com a bola jogável à área parecia missão impossível, foi de longe que Topa marcou, também aqui com algumas culpas para Tiago Fazenda, já que o remate foi a mais de 30 metros da sua baliza…
Nos últimos 10 minutos, o ritmo do jogo foi frenético. Nem parecia que já tinham passado 80 minutos… Bola cá, bola lá, perigo a rondar sucessivamente as duas balizas, mas com o 1-1 a subsistir até final, isto apesar de qualquer uma das equipas ter estado perto de desempatar.
O resultado final terá agradado mais a Paulo Macedo do que a Pedro Sampaio já que, a haver um vencedor, teria que ser a equipa que mais fez por ganhar ou seja, o Vilarregense.

A arbitragem- Cometeu pequenos erros que não interferiram com o jogo ou com o resultado. No lance mais difícil de ajuizar, quando no final os vilarregenses reclamaram grande penalidade, pareceu-nos ter decidido bem. Bom trabalho.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Sabíamos que o Vilarregense trocava muito bem a bola, estávamos avisados, mas o Escalos hoje não existiu! Entramos bem no jogo, marcamos o golo, e na segunda parte, mesmo tendo jogado mal, tivemos duas ocasiões para dilatar o marcador mas não conseguimos. O resultado acaba por ser justo e, se a vitória caísse para o lado do Vilarregense, também não ficaria mal. O Escalos tem que ter outra atitude, porque trabalha bem mas depois nos domingos parece uma equipa “morta”. O árbitro teve um trabalho positivo”.

Discurso directo- Pedro Sampaio, técnico do Vilarregense- “Uma equipa que vem de dois resultados negativos e a jogar mal, era hoje imperativo que fizéssemos um bom jogo. Tivemos o domínio do jogo mas não conseguimos criar oportunidades. No final acabámos por ter as oportunidades, mas depois faltou-nos a tranquilidade que vem com os resultados. Houve melhorias enormes desde o último jogo e esta já se aproxima da equipa que eu quero. No lance do possível penalty, os jogadores dizem-me que é, mas, de onde eu estou, não consigo analisar”.

AD ALBICASTRENSE- 33 JOBRA- 33


Empate ao cair do pano

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- António Guilherme e Jorge Nunes (Coimbra)
AD Albicastrense- Ricardo Sousa, Pedro Mendes, Luís Gama (6), João Melo (8), Fernando Ferreirinha, João Fialho (6), Bruno Roberto, Luís Robalo, Filipe Pereira (3), Maximiano Ribeiro (5), Pedro Sanches (5), Daniel Pereira, João Romão e João Poças
Treinador- José Curto
JOBRA- Filipe Silva, Paulo Sousa, Paulo Gomes, João Esteves, João Ferreira (3), Samuel Pinto (3), Ricardo Ribeiro (5), Gonçalo Melo, Valter Fontes (5), Pedro Pereira (3), Francisco Silva, José Ribeiro (8), Ricardo Dias (6) e Felisberto Sá
Treinador- Pedro Magalhães
Marcador ao intervalo- 15-18

Frente a uma equipa que está a fazer um campeonato muito semelhante ao da Albicastrense, os azuis não conseguiram melhor do que um empate, que acabou por acontecer na última dezena de segundos, quando um livre de 7 metros que, no mínimo deixou muitas dúvidas, assinalado pelos árbitros de Coimbra, acabou por permitir aos visitantes chegar ao empate a 33.
Mas esta situação poderia perfeitamente ter sido evitada. A ADA voltou a não estar bem, especialmente na primeira parte e na parte ofensiva, onde chegou a estar a perder por cinco golos de diferença e falhou golos de forma perfeitamente incrível, indo para o descanso com uma desvantagem de 3 golos (15-18), que, via-se, ia dar trabalho para conseguir recuperar.
Só que uma entrada de rompante permitiu ao conjunto de José Curto chegar à situação de empate logo aos 10 minutos (22-22), fazendo regressar a esperança ao Municipal.
Daí até final tudo parecia correr bem, já que a vantagem chegou a ser de 3 golos, mas um livre de 7 metros a escassos segundos do final acabou por estabelecer o empate final mas diga-se, e podendo ser imputada alguma culpa ao árbitro por assinalar um livre duvidoso, a ADA teve a vitória na mão, e deixou-a fugir, também por culpa própria.No próximo fim-de-semana a ADA desloca-se a Benavente, para defrontar o antepenúltimo classificado e, no sábado seguinte, feriado de 1 de Dezembro, volta a jogar fora, desta vez no reduto da Sanjoanense, equipa que está imediatamente abaixo da Albicastrense, com menos 2 pontos. O regresso ao Municipal está marcado para o feriado de 8 do próximo mês, com a recepção ao vice líder Lamego, emblema que derrotou a equipa de José Curto na 1ª volta do campeonato.

domingo, novembro 11, 2007

CD ALCAINS- 3 PÓVOA RM- 0


Jogo de sentido único

Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Márcio Lopes, auxiliado por Henrique Martins e Cláudio Santos
CD Alcains- Daniel, Bruno Vieira, Samuel, Betinho, Manique, Luís Amaro, David, Ricardo Constantino, Quinzinho, Horácio e Manoel
Treinador- Nuno Fonseca
Póvoa RM- Miguel, João Ricardo, Toninho, Tó Zé, Cláudio, Bento, David, Flávio, J. Vítor, Artur e Fábio
Treinador- António Morais
Substituições- David por Ricardo Costa aos 65, Luís Amaro por Hugo Inácio aos 73 e Manoel por Bruno Barata aos 81; Cláudio por Nharro aos 45, Artur por Esteves aos 58 e João Ricardo por Edson aos 70
Disciplina- Amarelos a Samuel aos 34 e Horácio aos 79; João Ricardo aos 24, Toninho aos 56 e Esteves aos 85
Marcadores- Horácio aos 36, Ricardo Constantino aos 45 e Bruno Vieira aos 78

O CD Alcains- Jogou o suficiente para ganhar, foi sempre melhor que o adversário e justificou plenamente a passagem à eliminatória seguinte. No entanto, continuamos com a sensação que, esta equipa, com os valores individuais que tem, pode e deve render mais.

A Póvoa RM- Fez o que pôde, mas parece-nos que, no capítulo físico, a equipa já viveu melhores dias. Mostrou grandes dificuldades em sair a jogar com a bola controlada e, depois dos 20 minutos da segunda parte, deu o “estouro” fisicamente.

Não foi um jogo bonito. Longe disso. E pelos mais variadíssimos motivos. Em primeiro lugar porque o Alcains sabe e pode jogar mais que o que tem mostrado até aqui, mas há que dar tempo ao tempo, porque Nuno Fonseca chegou há cerca de um mês, e Roma e Pavia não fizeram num só dia. Em segundo lugar porque, nos jogos que acompanhámos da Póvoa esta temporada, já vimos a equipa de António Morais fazer bem melhor, por exemplo frente ao Oleiros. No capítulo físico a formação da Póvoa já esteve melhor, e isso pode justificar-se com os motivos invocados pelo próprio técnico no final do jogo.
A emoção nunca esteve presente, porque mesmo até aos 36 minutos, altura em que Horácio inaugurou o marcador, os canarinhos foram sempre dominadores. Os poveiros mostravam mais fragilidades que o habitual e o golo seria sempre uma questão de tempo.
Chegou aos 36 minutos, mas ainda antes do descanso Ricardo Constantino ampliou para 2-0, o que à partida deveria abrir outras perspectivas para a segunda metade. Porque o Alcains tinha a eliminatória praticamente decidida e podia aproveitar para mostrar o seu real valor, jogando sem complexos e sem pressão, o mesmo se podendo dizer da Póvoa, mas no sentido inverso. A equipa de António Morais, caso pudesse e conseguisse, tinha por obrigação tentar pegar no jogo, contrariar o domínio adversário, e partir atrás do resultado.
Mas nada disto voltou a acontecer. O espectáculo baixou ainda mais de qualidade, e a monotonia só foi quebrada aos 78 minutos quando Bruno Vieira, que já tinha acertado por duas vezes nos ferros da baliza de Miguel, conseguiu finalmente atirar a contar. Da Póvoa pouco se viu. Só em tentativas esporádicas, e sempre sem perigo para as redes de Daniel, a bola chegou ao outro lado.
Vitória justa da melhor equip,a num jogo que tinha obrigação de ser melhor.

A arbitragem- Márcio Lopes dirigiu bem um jogo onde imperou a correcção. Mesmo assim, com o critério disciplinar que usou na 1ª parte, deixou alguns amarelos por mostrar na segunda metade.

Discurso directo- Nuno Fonseca, técnico do CD Alcains- “Temos melhorado ao nível da qualidade de jogo, na circulação de bola e os jogadores estão mais confiantes. Mesmo assim, sabemos que valemos mais e que temos que fazer mais, porque há jogadores que têm que fazer a diferença. Quanto ao árbitro, acho que parou o jogo demasiadas vezes, o que retirou ritmo ao espectáculo”.

Discurso directo- António Morais, técnico da Póvoa RM- “Não estivemos bem. Sabíamos que nos tinha calhado a fava no sorteio, mas não tivemos capacidade para fazer frente a uma boa equipa como é o Alcains. Há jogadores que, por motivos profissionais, não têm comparecido a alguns treinos e isso naturalmente que se reflecte no rendimento da equipa. Do árbitro apenas quero dizer que, no aspecto disciplinar, deixou por mostrar dois amarelos a jogadores do Alcains”.

DESPORTIVO CB- 0 CALDAS- 0


E vão seis consecutivos sem perder…

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- Francisco Bizarro, auxiliado por Alexandre Rato e Diogo Venâncio (Castelo Branco)
Desportivo CB- Fábio Ramalho, Fábio Grácio, Daniel Gonçalves, Tiago Gomes, Nuno Martins, Gonçalo Goulão, Eduardo Passos, Ruben Moreira, João Henriques, Tiago Barata e Marco Silveiro
Treinador- Chico Lopes
Caldas- João Nunes, Daniel Madruga, Carlos Lopes, André Santos, Jeffrey Vasques, João Lopes, João Gaspar, Pedro Santos, Telmo Pereira, Vítor Luís e Nélson Paulo
Treinador- Luís Lopes
Substituições- Eduardo Passos por Marco Martins aos 48 e Marco Silveiro por Miguel Marcelo aos 60; André Santos por João Rodrigues aos 35, Jeffrey Vasques por Márcio Santos aos 35, Daniel Madruga por Rafael Pereira aos 48 e João Gaspar por João Santos aos 66
Disciplina- Nada a registar

Frente a um dos líderes da série D do Nacional de Iniciados, o Desportivo de Castelo Branco mostrou, mais uma vez, estar ao nível dos melhores e que consegue jogar de igual para igual, independentemente do nome do adversário ou do lugar que ocupa na tabela classificativa.
Os albicastrenses já não perdem desde o último dia 7 de Outubro, quando no Entroncamento, frente ao CADE, precisamente a equipa que divide o comando da série com o Caldas, foram derrotados por 3-0. Daí para cá aconteceram 3 vitórias consecutivas, duas delas fora de portas, e agora 3 empates. Já lá vão seis jogos consecutivos sem conhecer o amargo sabor da derrota.
Mas o Caldas mostrou, de facto um conjunto muito organizado, que conseguiu ter mais tempo de posse de bola, enfim, explicou em campo porque é uma das melhores equipas deste campeonato.
Só que pela frente encontrou um Desportivo que segurou muito bem o jogo no meio campo, que contou com uma defesa muito certinha e com um guarda-redes muito atento, particularmente em três lances em que evitou o golo do Caldas, e conseguiu sempre sair com muito propósito para o contra-ataque, obrigando o adversário a jogar com 3 jogadores fixos no seu sector mais recuado.
Aliás, apesar de não ter ganho em posse de bola, a equipa de Chico Lopes chegou mesmo a dispor das situações de golo mais evidentes, particularmente na primeira metade.
Na etapa complementar, especialmente nos últimos 10 minutos o jogo partiu-se, e a bola passou a andar sempre muito perto das duas áreas. Era uma fase em que a equipa que conseguisse marcar, com certeza iria vencer o jogo. Só que isso acabou por não acontecer, e o empate final acaba por ser um resultado certo se bem que, se tivesse sido com golos, traduziria melhor aquilo que se passou dentro das quatro linhas.
Francisco Bizarro fez um trabalho sereno, contando sempre com a ajuda das duas equipas, e nem foi obrigado a mostrar qualquer cartão.No próximo domingo os putos do Desportivo deslocam-se a Leiria, onde vão enfrentar uma União local que arrancou para esta jornada com o mesmo número de pontos que os albicastrenses. O objectivo é manter esta onda de invencibilidade. E com este jogo se encerra a 1ª volta, começando no dia 25 a 2ª metade da prova com a deslocação a Coimbra para jogar com uma Académica que empatou em Castelo Branco no arranque da competição.

CASA DO BENFICA CB- 27 SIR 1º MAIO- 14


Sem história…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Joaquim Nicau e Luís Batista (Portalegre)
Casa do Benfica CB- Catarina Martins, Sofia Santos e Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (4), Patrícia Teixeira (6), Ana Lourenço, Inês Sal (1), Carla Mendes (2), Filomena Abrantes (2), Liliana Duarte (2), Leia Valente (6), Carolina Ramos, Sara Nunes e Mariana Ivanova (4)
Treinadora- Paula Espírito Santo
SIR 1º Maio- Sandra Costa, Ana Martins (3), Anda Dinis (1), Catarina Silva, Filomena Lagoa (1), Inês Gaspar, Joana Rodrigues (2), Mariana Marques (3) e Rita Conceição (4)
Treinador- Luís Monteiro
Marcador ao intervalo- 15-8

A Casa do Benfica em Castelo Branco não teve dificuldades para somar a sua 3ª vitória em 3 jogos na zona 2 do Campeonato Nacional da 2ª Divisão.
Na recepção ao SIR 1º de Maio, as pupilas de Paula Espírito Santo só encontraram algumas dificuldades até aos 13 minutos, altura em que o marcador registava um empate a 6 golos. A partir daí, um misto de quebra de resistência da equipa da Marinha Grande com um maior acerto das encarnadas, permitiu que o resultado se fosse avolumando, de tal forma que, ao intervalo, o 15-8 revelava que as albicastrenses tinham marcado nos últimos 17 minutos 9 golos e sofrido apenas 2…
Tal como já se previa, pelo que se tinha visto nos últimos instantes da primeira metade, os números tinham tendência para ser ainda mais afastados, e foi isso mesmo que se veio a confirmar na segunda meia hora de jogo.
A diferença foi aumentando, sem que as visitantes conseguissem mostrar argumentos para contrariar a supremacia da Casa, e só parou no 27-14 final que coincide precisamente com a maior diferença no marcador em todo o jogo.
A dupla de árbitros alentejana passou perfeitamente ao lado do jogo, o que também não seria muito difícil dado o desequilíbrio evidente praticamente desde o início.Com esta vitória as encarnadas continuam a comandar a classificação, somando por vitórias todos os jogos disputados, o mesmo acontecendo com a equipa do Porto Salvo. No próximo sábado a Casa do Benfica em Castelo Branco volta a deslocar-se ao Algarve, desta vez para enfrentar o Albufeira, equipa que ocupa o último lugar da classificação apenas com derrotas. O regresso ao Municipal assinala-se com a recepção precisamente ao Porto Salvo. A cimeira de líderes está marcada para o próximo dia 24, às 15 horas.

AD ALBICASTRENSE- 34 SIR 1º MAIO- 31


Equilíbrio quase até ao fim

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Joaquim Nicau e Luís Batista (Portalegre)
AD Albicastrense- Pedro Mendes, Luís Gama (9), João Melo (7), Edmundo Dias, João Fialho (5), Bruno Roberto, Luís Robalo (1), Filipe Pereira, Maximiano Ribeiro (3), Ricardo Sousa, Pedro Sanches (9), Daniel Pereira, João Romão e João Poças
Treinador- José Curto
SIR 1º Maio- Bruno Conceição (4), Ricardo Freire (1), Hugo Sousa (3), Filipe Nunes (3), Bruno Nunes (4), Ângelo Lopes (3), Roberto Silva, Pedro Carreira (5), Carlos Andrade (6), Marco Rodrigues e Bruno Figueiredo (2)
Treinador- António Santos
Marcador ao intervalo- 15-15

Quase que se repetiu a história do jogo disputado há algumas semanas entre estas duas equipas para o campeonato. Mas só no que toca ao equilíbrio, porque em termos de história foi quase tudo ao contrário. Se para o campeonato a ADA esteve sempre na frente e só no final pairou a dúvida em relação ao vencedor, no último domingo a indefinição no marcador acompanhou o jogo até aos últimos minutos, altura em que a ADA ganhou a distância de segurança suficiente para ganhar o mata-mata e carimbar a passagem à 2ª eliminatória da Taça Presidente da República.
Ao intervalo o empate a 15 era o espelho precisamente do equilíbrio de forças que descrevemos, até porque as equipas tinham alternado sistematicamente o comando do marcador. Estava tudo adiado para a segunda metade. Mas nos primeiros minutos continuou a não se conseguir ver para onde ia cair a eliminatória.
Só a partir dos 27 minutos o jogo começou a ficar definido. A equipa da Marinha Grande quebrou, cometeu erros que até então não tinham acontecido, e a Albicastrense, como equipa experiente que é, só teve que aproveitar para chegar ao 34-31 final.Os árbitros alentejanos, que já no sábado tinham dirigido o jogo da equipa feminina da Casa do Benfica, conduziram bem um jogo sem casos.

domingo, novembro 04, 2007

BENFICA CB- 3 SL NELAS- 1


Ganhar cedo e saber gerir

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Rui Rodrigues, auxiliado por Pedro Ferreira e Diogo Santos, de Lisboa
Benfica CB- Hélder Cruz (4), Gil (3), Tarzan (2), Miguel Vaz (4), Ricardo Viola (4), Trindade (3), Milton (3), Prata (3), Cristophe (3), Ricardo António (3) e Célio (2)
Treinador- António Jesus
SL Nelas- Armando, Gora, Tiago I, Lage, Paulinho, Oliveira, Diogo, Rui Santos, Landing, Gilmar e Saraiva
Treinador- Mazola
Substituições- Tarzan por Daniel Fernandes (3) aos 23, Milton por João Peixe (2) aos 63 e Cristophe por Tiago Marques (2) aos 73; Diogo por Tiago II aos 54 e Paulinhopor Ruan aos 86
Disciplina- Amarelos a Prata aos 45+1, Trindade aos 60, Milton aos 60, Gil aos 61 e Célio aos 90+4; Saraiva aos 50, Landing aos 70 e Rui Santos aos 90+2. Vermelho directo a Oliveira aos 9
Marcadores- Cristophe aos 8 e Miguel Vaz aos 16 e 27; Gilmar aos 60

A figura do jogo- Miguel Vaz – Que tem um pé esquerdo fabuloso já todos sabem, mas este ano está a conseguir aliar as boas exibições aos golos. Mais uma tarde muito positiva do canhoto albicastrense que somou mais dois golos na sua conta pessoal.

O Benfica CB- Entrou bem, marcou logo aos 8 minutos, no minuto seguinte passou a jogar contra 10, e antes da meia hora já vencia por 3-0. Que mais se pode pedir? De repente tornou-se fácil, aquilo que poderia parecer complicado antes do jogo começar. Apenas não gostámos dos primeiros 20 minutos da segunda parte. Muita displicência, provavelmente provocada pelo resultado confortável.

Marcar cedo e cedo resolver, resulta e vale três pontos! Foi mais ou menos o que aconteceu ao Benfica e Castelo Branco numa recepção ao Sport Lisboa e Nelas que se adivinhava difícil mas que acabou por se tornar fácil com as diversas incidências na primeira meia hora de jogo.
O jogo ainda nem tinha assentado e já o Benfica e Castelo Branco se apanhava em vantagem. Cristophe aproveitou bem uma bola perdida dentro da grande área adversária para empurrar para o 1-0, dando vantagem aos encarnados logo no minuto 8.
O minuto seguinte também contribuiu, e muito, para o resto do filme. Oliveira tem uma entrada muito dura pelas costas a um adversário e é punido com vermelho directo, que nem levantou dúvidas, uma vez que nem os encarnados de Nelas esboçaram qualquer protesto, tão evidente foi a entrada demasiado agressiva.
Com 1-0 e mais um homem em campo, a equipa de António Jesus passou então a dominar o jogo. O Nelas só esporadicamente se acercava com perigo das redes de Hélder Cruz e o Benfica, mesmo sem fazer das exibições mais convincentes da época, chegou aos 2-0 aos 16 minutos na sequência de um pontapé fantástico de Miguel Vaz, de pé esquerdo claro, a mais de 25 metros da baliza e que levava, logo na origem, o selo de golo. A tranquilidade aumentava ainda mais, e o regresso às vitórias, 5 jogos depois, estava cada vez mais perto de acontecer.
Quem não quis passar ao lado da festa do Benfica e participar também de forma directa num golo, foi o guarda-redes Armando, que aos 27 minutos, transformou um remate quase inofensivo de Miguel Vaz no terceiro golo albicastrense. Um “piu-piu” que acabou por elevar o marcador para 3-0.
Até ao descanso nada se alterou e via-se que os 3 pontos estavam assegurados, faltando apenas saber quais seriam os números finais.
Só que, se por um lado um resultado destes transmite confiança a quem o tem do seu lado, por outro também pode funcionar como força de descompressão fazendo com que a equipa não seja obrigada a correr atrás de coisa nenhuma, uma vez que o resultado está conseguido. Foi assim durante os primeiros 20, 25 minutos da segunda parte. O Nelas, mesmo com menos uma unidade passou a ter mais tracção à frente, mais por culpa da maneira displicente como o Benfica regressou dos balneários do que por mérito, mas a verdade é que passou a mandar no jogo, a ter mais tempo de posse de bola e a jogar mais tempo dentro do meio campo adversário.
Foi preciso um golo do Nelas para que a normalidade do jogo voltasse a ser reposta. Aos 60 minutos Gilmar marcou na sequência de uma penalidade que nos deixou, no mínimo, muitas dúvidas, mas que serviu, em simultâneo para acordar a equipa do Benfica e voltar a pô-la nos trilhos do que tinha feito, principalmente na primeira meia hora de jogo. Os encarnados voltaram a estar por cima no jogo e passaram então a criar lances quase sucessivos de perigo, o maior dos quais desperdiçado por Tiago Marques depois de Armando ter defendido para a frente um cabeceamento quase mortal de João Peixe.
Até final os encarnados dominaram, e controlaram, e estiveram sempre mais perto de fazer o 4-1 do que o Nelas de reduzir para 3-2. Com esta vitória, a meta do 6º lugar volta a estar mesmo ali mas, é preciso ter em atenção que, para além dos muitos jogos que ainda faltam disputar, há muitas equipas na mesma luta. Com 13 pontos, tal como os encarnados, estão também o Caldas, o Tourizense, o Nelas e o Pampilhosa… sintomático no que toca ao equilíbrio.

A arbitragem- Sem erros de grande monta, que pudessem ter influência no resultado, apenas o lance do penalty de que resultou o golo do Nelas pode deixar algumas dúvidas. Num primeiro momento, quando apitou, ficou-nos a nítida sensação que iria mostrar amarelo ao jogador visitante por tentar iludi-lo. Depois, sem que nada o fizesse prever, acabou por apontar para a marca de castigo máximo…

Discurso directo- António Jesus, treinador do Benfica CB- “Conseguimos uma boa vitória que podia ter sido por números mais expressivos. É certo que beneficiámos de superioridade numérica desde muito cedo, mas o objectivo principal foi conseguido, a vitória. No início da segunda parte os jogadores relaxaram em demasia, porque é complicado continuar a jogar da mesma forma estando a ganhar por 3-0 mas, depois do golo do Nelas, voltámos ao nosso normal e gerimos o jogo muito bem, dispondo ainda de boas situações para ampliar o resultado. A arbitragem esteve bem, deixando-me apenas dúvidas o lance da grande penalidade porque, se há penalty, então há muitos desses em todos os jogos. Em relação à atitude da equipa, a minha conversa com a equipa no intervalo do jogo na Ponte de Sôr, teve efeitos logo na 2ª parte desse jogo, e hoje mantivemos a postura que eu quero”.

Discurso directo- Mazola, treinador do SL Nelas- “Fizemos uma primeira parte ridícula! Sofremos golos ridículos, tivemos um jogador expulso de forma ridícula… enfim, nem nos iniciados estas situações acontecem! Nós estávamos avisados para todas estas situações… Foi uma exibição totalmente absurda. A perder 3-0 ao intervalo, e com um jogador a menos, não há milagres nem táctica que resista! Louvo apenas a 2ª parte, onde acabámos por marcar um golo, que não chegou. A arbitragem não comento”.

AD ALBICASTRENSE- 32 ACD MONTE- 31


Como gostam de complicar…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Joaquim Diogo e João Baleiza (Portalegre)
AD Albicastrense- Pedro Mendes, Ricardo Sousa e João Poças, Luís Gama (5), João Melo (6), Nuno Leitão, Edmundo Dias, João Fialho (6), Bruno Roberto, Filipe Pereira (3), Maximiano Ribeiro (5), Pedro Sanches (6), Daniel Pereira (1) e João Romão
Treinador- José Curto
ACD Monte- Daniel Barraqueiro, Bruno Chaves (3), Miguel Cunha (1), Filipe Barraqueiro (1), António Lagoncha, Hélder Vieira (2), António Ruela (5), Carlos Abreu (10), João Marques, Carlos Ruela, Horácio Venâncio, Carlos Barroqueiro (1) e Ricardo Carvalho (8)
Treinador- José Marques
Marcador ao intervalo- 16-14

Depois de um bom início de jogo, em que rapidamente a Albicastrense chegou ao 6-2 logo aos 8 minutos, a equipa da Murtosa só depois de ultrapassada a primeira metade da etapa inicial (9-5) começou a reagir, conseguindo gradualmente encurtar distâncias até ao 16-14 ao intervalo, resultado que deixava tudo em aberto para os segundos 30 minutos, especialmente se tivermos em atenção que foram os forasteiros que acabaram melhor a primeira meia hora.
Após o descanso, aconteceu mesmo aquilo que se previa. A ACD Monte chegou por diversas vezes ao empate, a 21, depois a 23 e a quatro minutos do final a 30, mas o que valeu à Albicastrense é que os visitantes nunca conseguiram tomar a liderança do placard, e não foi por falta de oportunidades, porque o desacerto dos azuis, especialmente no ataque era de tal ordem, que tudo parecia encaminhado para uma reviravolta no resultado. A ADA chegou, em certos momentos, a parecer uma equipa masoquista porque não se distanciava no marcador de forma a garantir uma vitória que pudesse traduzir a maior qualidade dos seus jogadores e do seu conjunto. O velho ditado que diz que “quem não mata, morre” esteve iminente de acontecer, mas um roubo de bola de João Melo a poucos segundos do final, quando o resultado era de 31-30, permitiu aos albicastrenses segurarem uma vitória que foi difícil, mas muito por culpa própria, porque em condições normais a ACD Monte não sairia de Castelo Branco com um resultado tão equilibrado.
A dupla de arbitragem, novamente de Portalegre, cometeu alguns erros e foi muito contestada pelos jogadores da casa, no entanto, se é certo que algumas vezes apreciaram mal determinados lances, não é menos verdade que essa situação acabou por acontecer para os dois lados.No próximo sábado a ADA desloca-se até Ílhavo, para defrontar o último classificado que ainda não conheceu outro resultado que não fosse a derrota, regressando ao Municipal logo neste domingo para receber o SIR 1º de Maio em jogo a contar para a Taça Presidente da República. Recorde-se que a Albicastrense recebeu e venceu a equipa da Marinha Grande por 35-28 em jogo disputado no último dia 20 a contar para a zona centro do Campeonato Nacional da 2ª Divisão.

DESPORTIVO CB- 1 NS RIO MAIOR- 1


Cada equipa dominou uma parte

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- Hugo Geraldes, auxiliado por Norberto Alves e Vítor Robalo, da Guarda
Desportivo CB- Fábio Ramalho, Fábio Grácio, Daniel Gonçalves, Tiago Gomes, Nuno Martins, Gonçalo Goulão, Eduardo Passos, Miguel Marcelo, João Henriques, Tiago Barata e Marco Silveiro
Treinador- Chico Lopes
NS Rio Maior- Daniel Madeira, João Correia, Pedro Albino, Paulo Ferreira, João Simplício, Cristiano Lúcio, João Costa, Joaquim Ferreira, Filipe Nobre, Simão Ribeiro e Miguel Leopoldino
Treinador- João Tiago
Substituições- Miguel Marcelo por André Castilho aos 19, Marco Silveiro por Marco Martins aos 52 e André Castilho por Ruben Moreira aos 66; Pedro Albino por João Vasconcelos aos 35, Joaquim Ferreira por Pedro Afonso aos 35 e João Correia por André Justino aos 61
Disciplina- Nada a registar
Marcadores- Eduardo Passos aos 26; Miguel Leopoldino aos 61

Com excelentes condições atmosféricas e com duas equipas que vêm realizando um campeonato muito regular, estavam reunidas todas as condições para que se pudesse assistir a um bom espectáculo de futebol. E as expectativas não foram defraudadas.
A equipa de Chico Lopes entrou melhor no jogo, como que a querer mostrar o porquê de vir de três vitórias consecutivas, as duas últimas fora de casa, na Figueira da Foz, frente à Naval por 2-0, e na Marinha Grande por 1-0. Só que do lado oposto estava o Núcleo de Sportinguistas de Rio Maior, que também entrou bem no campeonato, e que apenas contava com menos dois pontos conquistados que o Desportivo.
E depois de duas ou três boas oportunidades criadas, mas não concretizadas, os albicastrenses chegaram à merecida vantagem aos 26 minutos, quando Eduardo Passos inaugurou o marcador. Da forma que o jogo estava a decorrer ainda havia tempo para tentar ampliar a vantagem antes do descanso, até porque o Rio Maior sentiu o golo sofrido, e uma vantagem de 2-0 ao intervalo permitia outra gestão, ou outra forma de encarar o jogo nos segundos 35 minutos.
Como isso não aconteceu, o Desportivo teve que “levar” com a reacção de uma equipa também ela recheada de bons valores, e que entrou para a etapa complementar demonstrando uma vontade enorme de inverter o rumo dos acontecimentos. E mesmo tendo mais tempo de posse de bola e trocando mais a bola dentro do meio campo do Desportivo, o Rio Maior não conseguia criar situações flagrantes de golo, mas acabaria por chegar ao empate a 9 minutos do final por intermédio de Miguel Leopoldino.
Era um resultado que já se aceitava e que acabou por chegar até ao final, traduzindo de forma justa o domínio repartido entre as duas equipas.
O trio de arbitragem que viajou da mais alta cidade de Portugal assinou um excelente trabalho, também por “culpa” dos intervenientes que não “obrigaram” Hugo Geraldes a actuar nem uma vez disciplinarmente.Depois de no último domingo ter jogado, e empatado a uma bola, em Santarém frente ao Académico local, o Desportivo de Castelo Branco regressa aos jogos em casa já no domingo então para receber do 2º classificado da série D do Campeonato Nacional de Iniciados, o Caldas, que nesta competição ainda não conheceu o amargo sabor da derrota.