segunda-feira, dezembro 17, 2007

PEDRÓGÃO SP- 3 VITÓRIA DE SERNACHE- 4


Vitória da eficácia do costume…

Campo Tenente Manuel Morais, em Pedrógão de São Pedro
Árbitro- Bruno Nave, auxiliado por Hélder Ferreira e Flávio Nunes
Pedrógão SP- Pedro Raposo, Filipe, Roque, Paulinho, João Filipe, Fábio Portugal, Velho, Mário Pina, Mikael, Gonçalo e Carronda
Treinador- Xana
Vitória de Sernache- Belmiro, Tomás, Paulo Lopes, Filipe Amaro, Rui Domingues, Fredy, Fernando Miguel, Dany, Miguel Farinha, Nuno Alves e Filipe Santos
Treinador- António Joaquim
Substituições- Carronda por Vítor aos 57 e João Filipe por Manuel aos 76; Rui Domingues por Hugo Louro aos 82, Filipe Santos por Dário aos 87 e Fredy por Décio aos 90
Disciplina- Amarelos a Fábio Portugal aos 79 e Manuel aos 81; Fredy aos 49, Tomás aos 66, Rui Domingues aos 68, Fernando Miguel aos 72 e Miguel Farinha aos 90+2
Marcadores- João Filipe aos 44, Gonçalo aos 73 e Vítor aos 77; Nuno Alves aos 19, 63 e 70 e Fredy aos 41

O Pedrógão SP- Uma equipa joga sempre em função do que a outra deixa jogar e, a forma de actuar do Vitória não facilitou em nada que o Pedrógão jogasse como gosta. Pelos flancos nem sempre foi fácil, mas os jogadores de nada podem ser acusados porque lutaram, correram muito, e andaram sempre atrás do prejuízo, mesmo quando estavam com 3 golos de desvantagem. Foi no sector mais recuado que se começou por desenhar a eliminação da equipa de Xana.

O Vitória de Sernache- O plantel é limitado, Maçaroco cumpriu castigo, e António Joaquim põe a equipa a jogar da maneira que pode. Quando não se pode jogar olhos nos olhos tapam-se os caminhos dos adversários e tira-se proveito das capacidades de mobilidade dos jogadores da frente. Se juntarmos a isto a eficácia, que continua em alta, aí está a receita para uma vitória que acabou por ser mais sofrida do que se pensou a certa altura.

Quem não tem cão caça com gato! Pode ser uma forma de resumir o jogo, olhando na perspectiva do Vitória. Pelo lado do Pedrógão, foram os erros defensivos somados ao escasso aproveitamento das oportunidades criadas, que acabaram por estar na base desta eliminação da Taça.
O jogo não começou bonito, as equipas demoraram mais que o habitual a encaixar uma na outra e, mesmo sendo o Pedrógão a ter o domínio do jogo, faltando saber se por mérito ou porque o Vitória assim o preferiu, a bola parava pouco no chão, ou até mesmo dentro do campo. Umas vezes porque os da casa não conseguiam descobrir o melhor caminho para chegar à área adversária, outras porque o Vitória fechava-se muito bem dentro do seu meio campo, dando poucos espaços ao adversário para jogar, especialmente pelos corredores laterais.
Só que os vitorianos, que já tinham sido actores principais num filme muito parecido com este na última semana em Valverde, voltaram a repetir algumas cenas e fizeram do elevado índice de aproveitamento a sua arma secreta.
Aos 19 minutos Nuno Alves ganhou em velocidade ao adversário que o acompanhou pelo corredor esquerdo do seu ataque, e que falhou o corte quando tinha tudo para o fazer e, já dentro da área, rematou cruzado para o fundo das redes de Pedro Raposo. Era a primeira vez que a equipa de António Joaquim descia à área adversária e conseguiu, logo à primeira, o que o Pedrógão não tinha conseguido até então.
A toada não se alterou, porque o Pedrógão nem mostrou ter acusado o golo sofrido e porque o Vitória, tivesse ou não marcado, não iria alterar a sua forma de jogar. E pouco depois dos 40 minutos, um lance muito parecido com o que deu o golo de Nuno Alves, voltou a ser desenhado pelo mesmo flanco. Só que desta vez, o 31 de Sernache cruzou tenso para cima da linha de golo onde estava Fredy à espera para empurrar. Era um aproveitamento de 100% e um duro revés para o Pedrógão que, mesmo assim, reagiu de imediato com um grande golo de João Filipe, a mais de 30 metros da baliza, num lance em que Belmiro acabou por ter algumas responsabilidades.
Com este golo mesmo ao cair do pano, os da casa animaram, e entraram para a segunda metade a mostrar muita vontade de dar a volta aos acontecimentos. Os jogadores lutavam por cada posse de bola, corriam muito, mas jogavam por vezes mais com o coração do que com a cabeça na tentativa de rapidamente inverter o rumo dos acontecimentos, mas entre os 15 e os 25 minutos da segunda parte Nuno Alves voltou a fazer das suas ao aproveitar mais dois brindes adversários para, pensava-se, decidir tudo ali. O Pedrógão mais uma vez, e agora com um resultado já pesado, voltou a correr atrás do prejuízo, e os golos de Gonçalo aos 73 minutos e de Vítor aos 77 acabaram por relançar um jogo que parecia acabado.
Nos últimos 15 minutos o Pedrógão carregou, tentou tudo, mas o Vitória mostrou que também sabe defender bem, e conseguiu mesmo segurar a vantagem mínima até ao final.
Uma vitória que vale pela eficácia, porque os que contam são mesmo os que entram.

A arbitragem- Só nos últimos minutos o seu trabalho merece alguns reparos. É certo que o jogo estava propício a muitos contactos físicos, mas acabou por usar em demasia o apito e exibir alguns amarelos que não se justificavam.

Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Fizemos um jogo como se deve ver muito pouco. Foi um jogo excelente. Quem não esteve hoje aqui, vai ter muitas dificuldades em perceber o que aqui se passou. A equipa do Sernache foi quatro vezes à nossa baliza, mas quatro vezes mal! Nós tivemos várias situações de golo, fizemos uns primeiros 25 minutos excelentes. O resultado foi 4-3 para o Sernache mas, mesmo dando estas abébias, o resultado deveria ter sido 9-4 a nosso favor”.

Discurso directo- Nuno Alves, jogador do Vitória de Sernache- “Depois de ter passado uma fase má, em que estive um mês sem treinar devido a um problema de saúde, felizmente já regressei e voltei aos golos. Isso consegue-se com trabalho e com a ajuda de toda a equipa. A vitória vale pelo conjunto que nós temos, fomos mais fortes, e merecemos a vitória. Agora, nas meias-finais, só peço um jogo em casa e, venha quem vier, porque nós jogamos sempre para ganhar”.

BOA ESPERANÇA- 3 SANTA SUSANA E POBRAL- 0


Boa Esperança continua embalada!

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- José Soares e Nuno Branco, de Aveiro
Boa Esperança- Hugo Nunes, Ricardo Machado, Nuno Martins, Daniel Ascensão, Bruno Neves, Marco Borronha, Valter Borronha, Francisco Fernandes, João Roque e Vasco Antunes
Treinador- José Robalo
Santa Susana e Pobral- Artur, Bruno Fidalgo, Nuno Machião, Nuno Gomes, João Ruivo, Jorge Namorado, João Paiva, Diogo Silva, Pedro Alves, Quim e Vítor Hugo
Treinador- Vasco Azenha
Disciplina- Amarelos a Bruno Neves aos 37 e Daniel Ascensão aos 38; Nuno Gomes aos 6 e 33, Quim aos 24, Nuno Machião aos 35 e Pedro Alves aos 39. Vermelho por acumulação de amarelos a Nuno Gomes aos 33
Marcadores- Vítor Hugo aos 4 (pb), Daniel Ascensão aos 11 e Marco Borronha aos 29

E vão três! Duas vitória consecutivas e três jogos sem perder, com 7 pontos conquistados em 9 possíveis! Seria difícil exigir mais a José Robalo no ano de estreia como treinador principal da Boa Esperança, isto depois de ocupar o lugar deixado em aberto por Humberto Cadete.
O técnico da casa, conhecedor das muitas limitações do curto plantel que tem à sua disposição, sabe perfeitamente que não pode jogar um futsal bonito e muito menos jogar olhos nos olhos com qualquer adversário, mesmo que seja o último classificado como foi o caso do jogo de sábado.
Os laranjas optaram por “oferecer” aos forasteiros as despesas do jogo, controlar o jogo no seu meio campo e, sempre que possível, e tirando partido da forma rápida como principalmente Marco Borronha e Daniel Ascensão se movimentam, explorar os desequilíbrios defensivos de uma equipa que está “obrigada” a atacar.
E diga-se que esta foi uma táctica que resultou em pleno, porque o Santa Susana, apesar de ter mais tempo de posse de bola e de dispor de mais oportunidades, foi uma equipa que não conseguiu materializar, ser eficaz, ao contrário da Boa Esperança que, primeiro contou com um auto-golo de um adversário e depois com Daniel Ascensão para construir, ainda na primeira parte, uma almofada confortável para encarar os segundos 20 minutos.
Mesmo assim via-se que, caso o Santa Susana conseguisse um golo, a estrutura podia “abanar”, mas Marco Borronha aos 29 minutos acabou por matar o jogo, garantindo 3 pontos importantíssimos para a equipa de Castelo Branco que, com 10 pontos, já está no meio da tabela.
Vitória da eficácia num jogo em que a dupla de árbitros de Aveiro apenas cometeu o exagero de expulsar Nuno Gomes com o segundo amarelo e consequente vermelho.

Discurso directo- José Robalo, técnico da Boa Esperança- O treinador albicastrense, no final do jogo, era um homem naturalmente feliz pelo resultado, mas lamentou o facto de “neste momento não podermos jogar um futsal mais bonito. Estamos muito limitados e temos que jogar desta maneira porque os jogadores estão obrigados a jogar quase todo o jogo, por falta de soluções”. Recorde-se que a equipa de Castelo Branco, depois da chicotada psicológica que aconteceu há 3 jornadas, ainda não perdeu e tem subido, semana após semana, na classificação. A este respeito José Robalo afirmou ter “certeza de que, não só não descemos de divisão, como vamos terminar o campeonato na primeira metade da tabela classificativa”.

Discurso directo- Vasco Azenha, técnico do Santa Susana e Pobral- Depois de somar mais uma derrota no campeonato nacional da 2ª divisão de futsal, Vasco Azenha mostrava-se, apesar de tudo, um treinador conformado isto porque “foi um resultado injusto mas, mais uma vez, a equipa falhou onde não podia falhar”, e resumindo “esta foi uma história já vista”. Numa análise mais pormenorizada, o técnico referiu que “na 2ª divisão não se pode dar a bola, e os golos ao adversário, e hoje, defensivamente estivemos muito mal”. Vasco Azenha relembrou ainda que “esta é uma equipa toda nova, construída com base em muita juventude, em jogadores que o ano passado eram juniores e, quando faltam quatro jogadores mais experientes, como foi o caso de hoje, isso nota-se”. Sobre o futuro, o treinador do Santa Susana e Pobral refere que “faz falta um bom resultado mas, de qualquer forma, a equipa tem trabalhado bem e não é por falta de aplicação que estamos no lugar em que estamos”.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

VALVERDE- 1 VITÓRIA DE SERNACHE- 4


Valverde antecipa ofertas de Natal

Campo de Jogos de Valverde
Árbitro- João Brás (2), auxiliado por Pedro Ribeiro e José Bicho
Valverde- Trabocas (3), Sérgio Forte (3), André Reis (2), David Almeida (2), Denis Gonçalves (3), Hugo Gigante (2), Pedro Martins (1), Gonçalo (2), Nuno (2), Zé Luís (2) e Pina (2)
Treinador- Micas
Vitória de Sernache- Ricardo (3), Tomás (3), Paulo Lopes (4), Rui Domingues (3), Rogério (3), Nuno Alves (4), Fernando Miguel (4), Maçaroco (2), Dany (4), Miguel Farinha (3) e Filipe Santos (2)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Gonçalo por Dário Amaral (2) aos 56, Nuno por João Lázaro (2) aos 62 e David Almeida por Janílson (1) aos 75; Filipe Santos por Dário (3) aos 56 e Rogério por Fredy (3) aos 65
Disciplina- Amarelos a Hugo Gigante aos 62, David Almeida aos 72 e Pina aos 83; Maçaroco aos 36 e 90+1, Paulo Lopes aos 79 e Ricardo aos 89. Vermelho por acumulação de amarelos a Maçaroco aos 90+1. Vermelho directo a Pedro Martins aos 80
Marcadores- Pedro Martins aos 60; Nuno Alves aos 1 e 73, Fredy aos 84 e Dany aos 90+2

A figura do jogo- Nuno Alves (Vitória de Sernache)- É indiscutivelmente um dos melhores pontas-de-lança do nosso distrital e talvez o que tem mais faro pelo golo. A demonstrar essa apetência pela baliza adversária estão os dois golos que marcou. O primeiro porque acreditou que os adversários iam falhar, e o segundo porque estava no sítio certo para cabecear fora do alcance de Trabocas.

O Valverde- Será que as ausências dos gémeos Alves servem para justificar as auto-estradas que se abriram no seu sector mais recuado? Uma equipa que sofre dois golos em nove jogos e que depois, em 90 minutos, sofre quatro não pode estar bem. Foram facilidades a mais contra um adversário que agradeceu.

O Vitória de Sernache- Entrou a ganhar e, mesmo sofrendo o empate já na segunda metade, acreditou sempre que era possível sair de Valverde com os 3 pontos. Marcou 4 golos, alguns mais consentidos que outros, mas todos plenos de oportunidade, e ainda dispôs de mais duas ocasiões flagrantes para marcar.

O que mais se pode pedir a uma equipa joga fora de casa, frente a um adversário que está melhor classificado, e que entra praticamente a ganhar? Foi logo no primeiro minuto que se começou a construir o filme do jogo, quando a perspicácia de Nuno Alves foi determinante para adivinhar, e aproveitar, a falta de comunicação entre Trabocas e Nuno Gigante.
A perder, o Valverde, mesmo jogando em casa, mas tendo o vento muito forte pela frente, demorou muito a conseguir pelo menos tentar assentar o seu jogo e conseguir chamar a si o domínio da partida. E mesmo tendo conseguido jogar mais dentro do meio campo adversário e passar a ter mais tempo de posse de bola, a verdade é que a equipa de Micas não conseguia levar perigo à baliza de Ricardo e, cá atrás, mostrava fragilidades nunca antes vistas. Tanto assim que, aos 28 minutos, noutra oferta da defensiva local, Dany quase que aproveitava para fazer o 2-0, mas desta vez a bola passou a rasar o poste direito do Valverde. Na defesa, o Vitória estava com a confiança em alta e não tinha qualquer problema em ceder cantos, já que Tomás e Fernando Miguel dominavam o espaço aéreo não dando chances aos adversários.
O 0-1 ao intervalo aceitava-se, tanto pelo que o Valverde não conseguiu fazer como pela forma como os vitorianos encararam o jogo e entraram no ritmo certo depois de marcar logo no primeiro minuto.
Na segunda parte passou a ser o Valverde a jogar a favor do vento, e Micas tinha percebido que era preciso, primeiro não facilitar defensivamente, e só depois pensar em chegar a outro resultado. Mas curiosamente logo aos 47 minutos Nuno Alves, já dentro da pequena área, com tudo para fazer o 2-0, acabou por enviar a bola por cima da baliza. Até que em cima da hora de jogo foi Pedro Martins que decidiu marcar o golo mais bonito da tarde. Num pontapé a mais de 30 metros da baliza, a bola saiu a uma velocidade impressionante só parando para restabelecer o empate.
Podia ser o princípio da história da cambalhota no marcador mas, da forma como o jogo estava, os 3 pontos podiam cair para qualquer um dos lados. Até que aos 73 minutos, na sequência de um livre de Maçaroco do lado direito, a defesa da casa voltou a facilitar a vida a Nuno Alves, que só teve que encostar de cabeça ao segundo poste. Depois, Pedro Martins, que elogiamos pelo grande golo apontado, acabou por prejudicar o seu colectivo quando, depois de uma falta duríssima sobre Paulo Lopes, viu vermelho directo. Pouco depois Fredy, em lance de puro contra-ataque decidiu o jogo e, já depois da hora, e também já depois da expulsão de Maçaroco, mas ainda com o lateral direito dentro do terreno de jogo, coube a Dany, de livre directo fechar as contas.
Vitória justa da equipa que melhor soube tirar proveito dos erros do adversário e das armas de que dispõe.

A arbitragem- No regresso depois da lesão, João Brás quase que conseguia um trabalho perfeito, mas os últimos minutos estragaram tudo. Se esteve bem no vermelho directo a Pedro Martins, a expulsão por acumulação de amarelos a Maçaroco foi exagerada e depois nunca podia ter autorizado o batimento de um livre com o jogador que tinha acabado de ser expulso ainda dentro do campo. Foi praticamente obrigado a terminar o jogo dois minutos antes de terminar a compensação para evitar males maiores…

Discurso directo- Micas, técnico do Valverde- “Hoje foi uma tarde para esquecer. Quando uma equipa tem cinco jogadores fundamentais ausentes está tudo dito. Entramos a perder, fomos atrás do prejuízo, fizemos um grande golo, mas depois penso que os meus jogadores não estiveram concentrados. A equipa quis atacar e não defendeu. O Sernache tem jogadores muito rápidos e acabamos por perder. Faltou concentração e experiência a uma equipa muito jovem. O árbitro cometeu o erro grave de autorizar a marcação do livre quando o jogador expulso ainda não estava fora do campo mas, não foi por isso que perdemos o jogo”.

Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Nós já merecíamos uma vitória fora porque, mesmo nos jogos que perdemos, estivemos sempre na frente do marcador até determinada altura dos jogos. O Valverde tem feito um excelente campeonato, tem apresentado uma grande eficácia a nível defensivo, mas nós também sabemos do nosso valor e sabíamos que podíamos chegar aqui e impor o nosso jogo. Foi isso que fizemos e penso que não há contestação em relação à nossa vitória. O jogo foi limpo, disputado, mas com correcção, como todos os jogos do Vitória. Em relação ao que se passou no fim, não vou comentar porque não percebi a expulsão do Maçaroco, e penso que essa situação é o acender do rastilho para o que se passou a seguir. De qualquer forma, o jogo aos 93 minutos está decidido”.

domingo, dezembro 02, 2007

ATALAIA DO CAMPO- 3 VILARREGENSE- 0


Líder cumpre, mesmo sem jogar bem

Campo 23 de Maio, Atalaia do Campo
Árbitro- Carlos Silva (3), auxiliado por João Diogo e João Brás
Atalaia do Campo- Hugo Pereira (3), Sérgio Garcia (3), Nuno Antunes (3), Brito (3), Bruno (3), Pedro Dias (4), Ednilson (3), Spranger (3), Filipe Mouro (3), Carvalheira (3) e Hélder Morais (2)
Treinador- Paulo Serra
Vilarregense- Diogo Dias (3), David Ferreira (3), Chalita (3), China (3), Álvaro (3), Gonçalo (3), Luís Dias (3), Nélson (2), Rui Duque (2), Topa (3) e Amunike (3)
Treinador- Pedro Sampaio
Substituições- Hélder Morais por David Nogueira (2), Nuno Antunes por Gelson (3) aos 56 e Carvalheira por João Mateus (2) aos 61; Nélson por Nuno Bocas (2) aos 57, Rui Duque por Paulo César (2) aos 68 e Luís Dias por André Santos (1) aos 77
Disciplina- Amarelos a Nuno Antunes aos 32, Sérgio Garcia aos 58 e David Nogueira aos 73; Chalita aos 26 e Gonçalo aos 28
Marcadores- Ednilson aos 21, Brito aos 27 e Nuno Antunes aos 40

A figura do jogo- Pedro Dias (Atalaia do Campo)- É o patrão da defesa mas também é muito mais que isso. Comanda a equipa e, com os seus passes desde a linha defensiva, e tirando proveito das reduzidas dimensões do terreno, consegue lançar muito bem os colegas do ataque.

A Atalaia do Campo- Muito melhor na primeira metade, altura em que dominou e marcou os seus golos, do que na etapa complementar. Aproveitou bem as oportunidades que construiu para segurar a liderança, mas nos derradeiros 45 minutos parecia outra equipa. Alturas houve em que foi o adversário a dominar e a Atalaia a jogar em contra-ataque.

O Vilarregense- Deu 45 minutos de avanço ao adversário e perdeu o jogo. É certo que há muitas diferenças entre os dois plantéis, mas a equipa do Pinhal conseguiu, em alguns momentos da segunda parte, mandar no jogo e obrigar a Atalaia a defender atrás da linha da bola.

Depois de 15 minutos em que houve muito empenho e muita luta, mas as duas equipas não conseguiram criar grandes situações de golo, foi a Atalaia do Campo que conseguiu materializar em golo praticamente a primeira oportunidade de golo de que dispôs. Depois de um bom trabalho de Bruno Torres pela direita, que culminou com um cruzamento tenso para dentro da pequena área, foi Ednilson que apareceu mais rápido que toda a defensiva contrária a empurrar para o 1-0.
O líder estava na frente do marcador e voltaria a marcar poucos minutos depois, desta vez na transformação de um castigo máximo a punir falta dentro da área de rigor do capitão Chalita. Brito, chamado a converter, atirou sem hipóteses para Diogo Dias.
Com 2-0, a equipa de Paulo Serra entrou então no seu melhor período do jogo. A Atalaia empurrou autenticamente o Vilarregense para dentro do seu meio campo, e os da casa dominavam a seu belo prazer, tirando também partido da forma evidente como os visitantes acusaram em demasia os dois golos sofridos num curto espaço de tempo.
E foi com relativa naturalidade que chegou o 3-0 ainda antes do intervalo. Na sequência de um livre bem levantado do lado esquerdo do ataque dos da casa, foi Nuno Antunes que apareceu a pentear e a aumentar a contagem.
Com 3-0 ao intervalo e já com o jogo resolvido, competia à Atalaia, como equipa superior que é, gerir, guardar a bola, e atacar pela certa, na tentativa de fazer mais golos.
Só que isso não aconteceu. Porque os jogadores da Atalaia nunca conseguiram a tal circulação de bola, e também porque Pedro Sampaio, com o jogo perdido, mexeu na equipa, deixando menos um defesa lá atrás, o que fez com que o conjunto passasse a ter outra força nas transições da defesa para o ataque. Na etapa complementar, o conjunto de Pedro Sampaio conseguiu mesmo, em alguns períodos, ser melhor que a Atalaia e obrigar os da casa a jogarem atrás da linha da bola, deixando à frente apenas Bruno Torres. Só que, mesmo tendo um ligeiro ascendente, o Vilarregense também nunca conseguiu criar grandes situações para marcar, pelo que, o resultado acaba por se aceitar, principalmente pelo que o líder do distrital de Castelo Branco fez nos primeiros 45 minutos.
Nota final para a estreia do atacante David Nogueira na Atalaia. O ex-ADEP entrou aos 39 minutos e, mesmo sem ter tido grandes oportunidades para se mostrar, é mais um jogador com que Paulo Serra pode contar para a frente de ataque da sua equipa.

A arbitragem- Se tecnicamente não tem erros muito significativos, teve duas descoordenações com os auxiliares e foi demasiado brando no capítulo disciplinar, com mais prejuízo para o Vilarregense.

Discurso directo- Paulo Serra, técnico da Atalaia do Campo- “Entrámos fortes na 1ª parte, fizemos 3 golos, eu ao intervalo pedi aos jogadores para controlarem o jogo e fazerem posse de bola, mas isso não aconteceu. A equipa partiu-se um bocado, não sei se devido ao resultado de 3-0, mas fizemos uma má segunda parte, provavelmente do pior que já fizemos este ano. Isto às vezes acontece, e o importante foi ter ganho o jogo. O Carlos Silva é um dos bons árbitros que temos no distrital. Apitou-nos em Oleiros, fez um grande trabalho, e hoje aqui tornou a fazer uma boa arbitragem”.

Discurso directo- Pedro Sampaio, técnico do Vilarregense- “Infelizmente só conseguimos ter Vilarregense na 2ª parte, isso também fruto de termos arriscado mais. Jogámos os segundos 45 minutos com menos um jogador na defensiva, mas com 3-0 o jogo praticamente estava perdido. Não entrámos bem, não conseguimos fazer as circulações tácticas que temos previstas e, quando assim é, as coisas tornam-se mais difíceis”.

DESPORTIVO CB- 4 ELÉCTRICO- 2


Mas deu trabalho!!!

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- Rui Tavares, auxiliado por Paulo Carramanho e Assis Marques (Coimbra)
Desportivo CB- Fábio Ramalho, Fábio Grácio, Daniel Gonçalves, Nuno Martins, Cristiano Silva, Gonçalo Goulão, Leonardo Cardoso, Ruben Moreira, José António, André Castilho e Marco Martins
Treinador- Chico Lopes
Eléctrico- Gui, João Pedro, Canha, Pedro, Filipe, Ruben, Marco, Guilherme, Alberto, Matos e Paeco
Treinador- António Bragança
Substituições- Leonardo Cardoso por Tiago Gomes aos 20, José António por Marco Silveiro aos 25, André Castilho por Eduardo Passos aos 25, Cristiano Silva por João Henriques aos 47 e Ruben Moreira por Miguel Marcelo aos 70+2; Filipe por Nélson aos 60
Disciplina- Cartão amarelo a Fábio Grácio aos 43, Marco Silveiro aos 70+3 e João Henriques aos 70+4; Pedro aos 56 e Marco aos 70+4
Marcadores- Ruben Moreira aos 40, Fábio Grácio aos 54 e 69 e Gonçalo Goulão aos 70+4; Canha aos 5 e Guilherme aos 43

Para defrontar o último classificado, os técnicos Chico Lopes e João Laia escolheram um onze algo diferente do que é habitual, e a verdade é que as coisas começaram por não correr bem logo de início. Para além do golo sofrido logo aos 5 minutos, a equipa não conseguia jogar aquilo que lhe é habitual, e o transporte de bola da defesa para o ataque não era feito pelo chão, como a equipa gosta, inviabilizando a construção de jogo ofensivo. Com estes problemas visíveis a olho nu, os técnicos viram-se obrigados a corrigir alguns aspectos da equipa muito cedo, fazendo 3 alterações até aos 25 minutos. Mas nem com Tiago Gomes, Marco Silveiro e Eduardo Passos no onze o jogo melhorou de qualidade e nem a produção da equipa aumentou. O Eléctrico, que apenas tinha 2 pontos conquistados, curiosamente um deles frente aos albicastrenses no jogo da primeira volta, controlavam o jogo quase sem querer, uma vez que o Desportivo não os obrigava a grandes esforços. O 0-1 ao intervalo aceitava-se e via-se que muita coisa tinha que mudar no conjunto da casa para conseguir inverter o rumo dos acontecimentos.
E para a etapa complementar a equipa apresentou-se com outra vontade, e o empate que chegou logo aos 5 minutos, fazia antever a reviravolta no marcador. Só que estranhamente a equipa voltou a cair no mesmo marasmo de ideias e o sabor do empate só durou 3 minutos, porque Guilherme, aos 43 minutos, voltou a adiantar os alentejanos, agora na transformação de um castigo máximo.
Era uma das exibições menos conseguida por uma equipa que está a fazer um campeonato muito agradável. O golo de Fábio Grácio aos 54 minutos, quando um centro do lado direito acabou no fundo das redes contrárias, voltava a dar esperanças. O lateral direito redimiu-se do penalty escusado que cometeu e que deu o 2-1 aos da Ponte de Sôr.
O caudal de jogo ofensivo aumentou, por parte dos da casa, mas era um jogo muito forçado, notava-se que a equipa não desbobinava o seu futebol, mas foi nos últimos minutos que foram alcançados os 3 pontos. Primeiro foi Fábio Grácio que bisou, a um minuto do final do tempo regulamentar, e depois, já no último minuto das compensações, foi o capitão Gonçalo Goulão que bateu um livre directo imaculado sem hipóteses para Gui. Uma vitória arrancada a ferros por uma equipa que vale mais do que o que mostrou no último domingo.O trio de arbitragem que veio de Coimbra cometeu alguns erros, sem influência no resultado, e acaba por merecer o benefício da dúvida no castigo máximo que assinalou contra o Desportivo, uma vez que Fábio Grácio cometeu a ingenuidade de esticar o braço em direcção a um adversário quando este caminhava de costas para a baliza e sem possibilidade de criar perigo. Nestas circunstâncias era de evitar meter o braço, para não dar azo a possíveis erros do árbitro. A tal questão da intensidade…

BOA ESPERANÇA- 4 AMSAC- 4


Dois pontos perdidos…

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Fernando Serras e João Barracas, de Portalegre
Boa Esperança- Hugo Nunes, Ricardo Machado, Nuno Martins, Daniel Ascensão, Bruno Neves, Marco Borronha, Theres Oliveira, Valter Borronha, João Pires, Vasco Antunes, José Pereira e Francisco Fernandes
Treinador- José Robalo
AMSAC- Nuno Rodrigues, Hugo Martins, Hugo Flávio, João Pereira, Ruben Correia, Rubilson Baldé, João Abrantes, Luís Miguel, Rui Godinho, Carlos Zacaria, Luís Semedo e Rui Tristão
Treinador- Rui Teixeira
Disciplina- Amarelo a Valter Borronha
Marcadores- Daniel Ascensão (2) e Marco Borronha (2); Rubilson Baldé (2), Luís Miguel (1) e Rui Tristão (1)

Depois de chegar ao 3-0, tudo parecia indicar que a Boa Esperança iria regressar, frente à equipa de Santo António dos Cavaleiros, às vitórias. Só que desconcentrações inoportunas acabaram por permitir aos visitantes reduzir para 3-2 ainda antes do descanso.
No reatamento os visitantes ainda chegaram ao empate, mas a equipa agora treinada por José Robalo, ainda voltaria à vantagem, mas um pontapé de canto a 14 segundos do final acabou por ditar o resultado final.
Um jogo em que a Boa Esperança acabou por pagar com dois pontos algumas faltas de concentração que acabaram por ser decisivas e que contribuíram para o resultado final.Numa partida correcta e sem problemas disciplinares, a dupla de Portalegre esteve à altura do jogo.