domingo, janeiro 27, 2008

AD FUNDÃO- 2 ÁGUIAS DO MORADAL- 1


Felicidade no último suspiro

Estádio Municipal do Fundão
Árbitro- Ricardo Alexandre (3), auxiliado por Luís Gabriel e Nuno Barroso
AD Fundão- Nuno Tiago (3), André Cunha (3), Luciano (3), Pedro Costa (3), Ricardo Fonseca (3), Rui Paulo (3), Ricardo Morais (4), Cristiano (3), Gonçalo (3), Nuno Batista (4) e Óscar Menino (4)
Treinador- João Laia
Águias do Moradal- Rui Pedro (3), Rui Reis (3), Emanuel (4), Acácio (3), David (4), Hélder Mário (3), Zé Tó (3), Aíldo (3), Edmilson (2), Rui Paulo (3) e Paulo Rato (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Cristiano por João Morais (2) aos 65, Ricardo Fonseca por Nuno Salcedas (1) aos 78 e Rui Paulo por David Barbosa (-) aos 87; Acácio por Valadas (2) aos 61, Rui Paulo por Tomás (1) aos 65 e Aíldo por Pira (1) aos 69
Disciplina- Amarelos a Rui Paulo aos 12, Ricardo Morais aos 25, Ricardo Fonseca aos 42 e David Barbosa aos 90+1; Paulo Rato aos 30, Rui Paulo aos 44, Edmilson aos 58 e 89, Zé Tó aos 62 e Valadas aos 63. Vermelho por acumulação de amarelos a Edmilson aos 89
Marcadores- Ricardo Morais aos 50 e Nuno Batista aos 90+5; Zé Tó aos 87

A figura do jogo- Emanuel (Águias do Moradal)- Não foi por ele que a equipa do Estreito não levou pontos do Fundão. Começou como lateral direito e terminou na esquerda, mas sempre com muito pendor ofensivo. Lutou até à exaustão, deixando o que tinha e o que não tinha dentro de campo.

A AD Fundão- Começou por ser uma equipa trapalhona a querer dominar para mostrar serviço ao novo técnico. Na segunda parte melhorou de produção e marcou logo no início, conseguindo depois gerir o resultado até que, ao minuto 87, sofreu o empate, num lance sempre muito ingrato para o guarda-redes. Acabou por ter a felicidade do jogo em cima do último apito quando aproveitou bem uma descompensação da defensiva contrária para chegar ao 2-1.

O Águias do Moradal- Provavelmente fez o mais difícil depois de se ver em desvantagem desde o minuto 50. Acreditou sempre, fez por merecer o golo, e acabou por chegar ao empate a 3 minutos do final. Quando já ninguém contava ver mais golos acabou por facilitar na defensiva convidando a Desportiva a ganhar o jogo.

Era o jogo da jornada e quase que um “mata-mata”. Quem perdesse, ou as duas equipas em caso de empate, ficaria praticamente fora da corrida pelo título distrital. É certo que ainda falta muito campeonato, mas o Desportivo de Alcains começa a fugir de uma forma que será difícil alcançar, especialmente para o conjunto do Estreito que está agora a 9 pontos da liderança.
Foram os fundanenses quem primeiro quis pegar no jogo e ter a iniciativa. Como que a querer mostrar serviço a João Laia, os jogadores da casa queriam fazer depressa e bem e, como se sabe, não é essa a melhor maneira de conseguir dominar um jogo. Aos repelões, e por vezes com os jogadores a correrem mais que a bola, a Desportiva tinha um comando ilusório das operações. Depois de uns primeiros 15 minutos muito trapalhões, as equipas assentaram o jogo e, até ao intervalo apenas se registaram 3 lances de perigo. David atirou de cabeça ao lado da baliza de Nuno Tiago, aos 18 minutos, e pouco depois conseguiu isolar-se pela esquerda mas aí não conseguiu ultrapassar o guarda-redes adversário. Entre estes dois lances foi Cristiano, na outra baliza, que não conseguiu dar o melhor seguimento, ao segundo poste, a um pontapé de canto do lado esquerdo levantado por Ricardo Morais.
Ao intervalo o nulo era um castigo para o futebol que se esperava das duas equipas mas que não se tinha visto no Municipal.
Na segunda parte a história do jogo foi alterada porque quando o pequenino Ricardo Morais conseguiu saltar mais alto que os centrais do Estreito e abriu a contagem, o guião teve que ser alterado. Especialmente por parte de António Belo que sabia bem da importância deste jogo em termos de futuro. No espaço de 8 minutos o técnico visitante lança Valadas, Tomás e Pira e tira do jogo Acácio, Rui Paulo e Aíldo. A equipa passou a ter mais unidades na frente, jogando com 3 atacantes bem abertos, mas o problema parecia agora residir em fazer chegar-lhes jogo. Do outro lado o Fundão limitava-se a controlar e, em duas ou três ocasiões esteve mesmo perto de segurar a vitória. O golo de Zé Tó aos 87 minutos, num livre lateral que não tocou em ninguém e que acabou por iludir Nuno Tiago, foi, ainda que por pouco tempo, um prémio para a astúcia de António Belo.
O que o técnico do Pinhal não contava era que a equipa pensasse que a derrota estava evitada e que permitisse ao Fundão uma jogada de 5 para 2 que acabou com outro golo de outro pequeno adversário. Desta vez foi o capitão Nuno Batista que nem precisou saltar para agarrar os 3 pontos.
Vitória feliz dos fundanenses num jogo em que o empate seria mesmo o resultado mais justo.

A arbitragem- Quase impecável no capítulo técnico mas com alguma indefinição no critério disciplinar. Começou por deixar jogar mas, devido a alguns excessos por parte dos jogadores, arrepiou caminho e segurou o jogo com amarelos a partir dos 12 minutos. Depois apertou em demasia nas permissões e nos primeiros 20 minutos da segunda parte distribuiu alguns cartões perfeitamente desnecessários, com maiores razões de queixa para os visitantes.

Discurso directo- João Laia, técnico da AD Fundão- “A equipa não entrou bem no jogo. Não começaram por fazer o que temos vindo a fazer nos treinos mas depois acabamos por conseguir uma vitória feliz, porque me parece que o empate também não seria um resultado injusto pelo que o Águias fez ao longo do jogo. A direcção pediu-me para fazer o melhor que fosse possível, mas é óbvio que o treinador pensa em conseguir o título e a subida de divisão, porque a Desportiva é um clube com condições e com história”.

Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “Ainda bem que este jogo teve um vencedor que é para não haver equipas a fazer a festa antes mesmo de terminar o campeonato. Sabíamos que quem perdesse hoje ficaria praticamente arredado do título e o Fundão acabou por conseguir a vitória num falhanço colectivo da nossa equipa, pois aparecem 5 jogadores do Fundão para 2 nossos… A arbitragem não vou comentar, vou deixar isso para quem faz as nomeações”.

DESPORTIVO CB- 1 MARINHENSE- 0


Miguel Marcelo resolveu cedo

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- Hugo Geraldes, auxiliado por Norberto Alves e Vítor Robalo (Guarda)
Desportivo CB- André Caio, Fábio Grácio, Daniel Gonçalves, Tiago Gomes, Nuno Martins, Gonçalo Goulão, Eduardo Passos, Ruben Moreira, João Henriques, Tiago Barata e Miguel Marcelo
Treinador- Chico Lopes
Marinhense- André, João, Dani, Diogo Morgado, Guga, Paulo, Mica, Diogo Oliveira, Cláudio, Nuno e Jean
Treinador- Leonel Leal
Substituições- Ruben Moreira por Marco Silveiro aos 43 e Miguel Marcelo por José António aos 58; Cláudio por Ruben aos 35, Jean por Abílio aos 51 e Diogo Oliveira por Rui Febra aos 56
Disciplina- Cartão amarelo a Nuno aos 48
Marcador- Miguel Marcelo aos 2

Frente a um adversário que ainda luta pela manutenção, o Desportivo de Castelo Branco, com a permanência já assegurada, começou o jogo da melhor maneira, quando, aos dois minutos, Miguel Marcelo, apareceu muito bem com um toque subtil a desviar para o fundo das redes de André.
Se o jogo já se adivinhava tranquilo, porque já não existe a pressão e a necessidade de pontuar, as coisas ficaram ainda melhores, já que a ganhar, o conjunto albicastrense tinha tudo para gerir e vir a explorar os riscos que o Marinhense teria que correr se não quisesse sair de Castelo Branco de mãos a abanar.
Nos minutos que se seguiram até ao intervalo, o jogo foi equilibrado, mas foi sempre o Desportivo que conseguiu criar mais e melhores ocasiões de golo que, não sendo aproveitadas, permitiam ao Marinhense continuar a ter esperanças em conseguir evitar a derrota.
Nos segundos 35 minutos o Marinhense tentou carregar mais, conseguia boas trocas de bola, mas os da casa mostraram-se sempre muito concentrados, e a verdade é que os visitantes não conseguiram criar uma única situação de aperto para a baliza de André Caio.
Do outro lado, as oportunidades de golo também foram escassas, mesmo assim sempre com mais frequência e perigosas que as criadas pelos miúdos da capital do vidro.
Vitória justa da equipa de Chico Lopes, que teve chances para vencer com mais à vontade, mas conseguiu o mais importante: somar mais 3 pontos ao seu pecúlio.Arbitragem regular de Hugo Geraldes e seus pares.

BOA ESPERANÇA- 8 RIO DE MOURO- 3


Saber matar na altura certa!

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Alberto Pereira e Leandro Siopa, de Leiria
Boa Esperança- Hugo Nunes, Ricardo Machado, Nuno Martins, Daniel Ascensão, Bruno Neves, Marco Borronha, Bruno Esteves, Valter Borronha, João Pires, Francisco Fernandes, João Roque e Vasco Antunes
Treinador- José Robalo
Rio de Mouro- Ricardo, Pestana, Marco Reis, Pina, Nuno Barata, Chiquinho, Nuno Silva, Nuno Coelho, Fábio, Tiago, Hélder e Diogo
Treinador- João Rodrigues
Disciplina- Amarelos a Nuno Martins aos 15, Ricardo Machado aos 21 e Bruno Neves aos 27 e 33; Nuno Coelho aos 10 e 39. Vermelho por acumulação de amarelos a Bruno Neves aos 33; Nuno Coelho aos 39
Marcadores- Marco Borronha aos 1, 12, 35 e 38, Nuno Martins aos 19, João Pires aos 33 e Valter Borronha aos 38 e 39; Nuno Silva aos 4 e 34, Tiago aos 21

A Boa Esperança regressou no último sábado às vitórias, ao receber o Rio de Mouro, equipa que estava com mais um ponto na classificação.
O conjunto de Castelo Branco entrou no jogo da melhor forma, marcando ainda no decorrer do primeiro minuto por intermédio de um dos homens da tarde, Marco Borronha. Mas o empate chegou pouco depois, através do capitão Nuno Silva, entrando-se depois no período menos interessante do jogo, que se prolongou até ao final da primeira dúzia de minutos, com as equipas a jogarem um futsal desgarrado e pouco atractivo à vista dos poucos espectadores presentes na bancada.
Até que aos 13 minutos, Marco Borronha, que já tinha aberto a contagem, voltou a adiantar a sua equipa no marcador, e daí até final da primeira parte o Rio de Mouro não conseguiu mais assentar o seu jogo, acusando em demasia o golo sofrido, e permitindo mesmo aos albicastrenses irem para o descanso com uma vantagem mais dilatada, já que no último minuto, uma excelente jogada que começou com um toque de habilidade de Marco Borronha, passou pelo capitão Ricardo Machado e Nuno Martins, em cima da linha, apenas teve o trabalho de empurrar.
Para a segunda parte o Rio de Mouro trouxe outra atitude, obrigando a Boa a jogar recolhida dentro do seu meio campo, e reduziu logo nos primeiros segundos, desta vez por Tiago. Parecia que o jogo ia virar, e foi então que Hugo Nunes, mais uma vez, teve várias oportunidades de mostrar todas as suas qualidades, até ao ponto de já ser ele o responsável pela sua equipa ainda estar na frente do marcador. O keeper da Boa Esperança foi um autêntico gigante entre os postes, defendeu tudo o que lhe era humanamente possível defender, e evitou aquilo que parecia certo. Era por causa de Hugo Nunes que o Rio de Mouro não conseguia o que já merecia, e o 4-2 sofrido aos 33 minutos, em contra-ataque puro e com alguma sorte à mistura, acabou por ser o princípio de uma nova fase do jogo, já que a Boa Esperança tranquilizou, pois passava a ter dois golos de vantagem e, ao invés, os forasteiros quase que atiraram a toalha ao tapete. Mesmo reduzindo por intermédio de Nuno Silva, este golo acabou por não alterar em nada o rumo do jogo, isto porque Marco Borronha completaria o seu poker com mais dois golos no espaço de 4 minutos.
Do acumular de faltas cometidas pela equipa de Sintra ao longo dos segundos 20 minutos acabariam ainda por resultar três livres de 10 metros praticamente consecutivos, dois dos quais foram bem aproveitados por Valter Borronha para fechar a contagem.
Vitória da eficácia que relança os albicastrenses na busca pela permanência.Arbitragem com erros, mas sem influência no resultado final.

CASA DO BENFICA CB- 25 PASSOS MANUEL- 26


Albicastrenses fora da luta pela subida

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Eurico Nicolau e Ivan Caçador (Leiria)
Casa do Benfica CB- Sofia Santos, Catarina Martins, Diana Rodrigues (7), Patrícia Teixeira (7), Eunice Costa, Carla Mendes (1), Filomena Abrantes (5), Liliana Duarte, Ana Vieira (1), Leia Valente (3), Ana Salavessa, Sara Nunes, Inês Poças e Mariana Ivanova (1)
Treinador- Paula Espírito Santo
Passos Manuel- Cristina Paulo, Ana Gonçalves, Andreia Barata, Cátia Santos (5), Fátima Fernandes, Inês Almeida (1), Vânia Henriques (1), Andreia Paulo (5), Joana Lourenço, Carla Martins (4), Carolina Santos (5), Ana Espadaneira (1), Maria Suaré (4) e Marta Furtado
Treinador- Fernando Pereira
Marcador ao intervalo- 13-14

A necessitar de uma vitória por “apenas” um golo de vantagem para passar à fase final e poder continuar a alimentar o sonho da subida à divisão maior do andebol feminino português, a Casa do Benfica e Castelo Branco acabou por ser derrotada em casa pela diferença mínima pondo, desta forma, um ponto final nas esperanças de subida.
Apesar de ser um jogo em que estava em questão praticamente uma época inteira para as duas equipas, uma vez que só um dos dois conjuntos iria seguir em frente, foi a Casa do Benfica albicastrense que mais acusou a responsabilidade e acabou por perder diante de uma equipa jovem, que luta e corre muito, mas que não é superior ao grupo de Paula Espírito Santo.
Prova desse nervoso miudinho é o parcial aos 7 minutos de jogo. Nessa altura as forasteiras tinham aproveitado os muitos erros, quer defensivos quer ofensivos da Casa, para chegarem com facilidade ao 5-1.
Só depois da dúzia de minutos a equipa da Casa conseguiu reagir e transformar um 3-8 num 8-10 que parecia indicar que estavam no bom caminho. Até porque era neste período que o Passos Manuel revelava alguns problemas, mas com seis minutos sem golos, e com diversas situações de golo desperdiçadas as encarnadas “só” conseguiram chegar ao 13-14 antes do intervalo.
E quando se esperava uma entrada em força para virar o jogo, acabou por ser novamente a turma lisboeta a entrar melhor conseguindo, no curto espaço de 5 minutos, elevar a contagem para 14-18. Depois sim, veio a tão esperada reacção. A primeira situação de empate aconteceu aos 18-18 e pouco depois a única vantagem no jogo com 20-19.
O jogo estava renhido e a via-se que a vitória iria sorrir por escassa margem para qualquer um dos lados. Acabou por ser o Passos Manuel a conseguir o resultado que servia as pretensões da Casa ao vencer por 26-25.Depois de não atingido o objectivo da subida, resta ao emblema de Castelo Branco esperar pela Taça de Portugal que este ano vai ser disputada em moldes diferentes por forma a prolongar mais o calendário desportivo do andebol feminino.

domingo, janeiro 20, 2008

ESCALOS DE CIMA- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 1


Vitorianos isolam-se no 2º lugar

Campo Viscondessa do Alcaide, Escalos de Cima
Árbitro- Gonçalo Carreira (3), auxiliado por Hélder Ferreira e Tiago Gonçalves
Escalos de Cima- Beirão II (3), Cláudio (3), Gonza (3), Paulinho (3), Chico (3), Capinha (3), Luís Afonso (3), Carlitos (3), Jójó (3), Cunha (3) e Beirão I (3)
Treinador- Paulo Macedo
Vitória de Sernache- Belmiro (3), Tomás (3), Paulo Lopes (3), Rui Domingues (3), Fredy (3), Fernando Miguel (3), Maçaroco (3), Dany (4), Miguel Farinha (4), Diogo (4) e M’Passo (4)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Jójó por Valdemar (2) aos 73, Beirão I por Sérgio (1) aos 78 e Luís Afonso por Nélson (-) aos 90; Rui Domingues por Filipe Amaro (4) aos 52, Fredy por Dário (2) aos 80 e Miguel Farinha por Décio (-) aos 90+3
Disciplina- Amarelos a Luís Afonso aos 57 e Capinha aos 83; Diogo aos 40, Belmiro aos 77 e Maçaroco aos 90+6
Marcador- Dany aos 64

A figura do jogo- Dany (Vitória de Sernache)- Teve vários colegas que se exibiram ao mesmo nível, mas o centro-campista merece o destaque de figura do jogo porque, à exibição bem conseguida, juntou o golo que acabou por valer três pontos para a sua equipa.

O Escalos de Cima- Depois de um início pouco prometedor conseguiu equilibrar, jogar de igual para igual, mas usou e abusou das tentativas de meter bolas em profundidade para explorar a velocidade dos seus jogadores da frente. Quando se viu a perder fez o que era possível para evitar a derrota, mas nessa altura encontrou os caminhos para a baliza de Belmiro todos tapados.

O Vitória de Sernache- Dominou o primeiros 10 minutos, entrou pressionante, mas acabou por deixar o adversário subir no terreno e equilibrar a contenda. Aproveitou bem, por Dany, uma bola que a defesa escalense não aliviou, e depois controlou as tentativas do adversário para chegar ao empate, dispondo ainda de três oportunidades para matar o jogo.

Num jogo entre duas equipas que estão a atravessar um bom momento no campeonato, e com o tempo a condizer, estava montado o cenário para se poder assistir a um bom jogo de futebol. E não desiludiu.
Os vitorianos entraram melhor, a querer intimidar o adversário e a fazer com que o Escalos montasse a sua estrutura muito atrás mas, depois dos dez minutos, o equilíbrio passou a ser a nota dominante, com muita luta pela posse de bola mas com lances perigosos a acontecerem perto das duas balizas.
Durante os primeiros 45 minutos destaque para duas situações, uma junto de cada baliza, em que o golo esteve muito perto de acontecer. Primeiro foi M’Passo, que depois de um bom trabalho individual, conseguiu rematar fora do alcance de Beirão, levando a bola a tirar tinta do poste direito da baliza contrária.
Do outro lado, Belmiro teve que se aplicar a fundo para evitar que um cabeceamento de Beirão I desse origem ao primeiro golo do jogo.
Ao intervalo o empate era o resultado mais justo, num jogo em que as duas equipas jogavam sem receios e em busca dos 3 pontos.
Na segunda metade o Vitória voltou a dar o primeiro sinal de que queria mesmo vencer o jogo e o Escalos, tal como já tinha acontecido na primeira parte, continuava a usar e abusar das tentativas de saídas rápidas para o ataque, com muitas bolas lançadas em profundidade para a corrida dos 3 homens mais adiantados mas que, na maioria das vezes, iam parar às mãos de Belmiro.
Até que aos 64 minutos apareceu o lance que decidiu o jogo e que acabou por abrir “as portas” para uns últimos 25 minutos totalmente diferentes. Na sequência de um pontapé de canto do lado direito do seu ataque, o Vitória aproveitou para chegar ao golo por Dany, que aproveitou da melhor forma uma bola perdida que podia, e devia, ter sido aliviada pela defensiva da casa.
A partir daqui os cenários mudaram. Porque o Escalos passou a correr mais riscos, chegando a jogar com 3 unidades na sua defesa, e porque ao Vitória começaram a aparecer mais espaços para jogar como tanto gosta, em contra-ataque. Nesse período, Rui Domingues numa ocasião e M’Passo em duas podiam ter resolvido o jogo. Não o fazendo, o Escalos manteve acesa a luz da esperança até final, mas o discernimento na hora do toque final nunca foi o melhor, e a baliza de Belmiro nunca chegou a estar realmente em perigo, porque o desacerto dos escalenses era grande.
Pelo que se viu, embora o Escalos tenha dado uma boa resposta, o Vitória sai do Viscondessa do Alcaide com 3 pontos merecidos, porque, para além de ter conseguido marcar, também soube defender bem quando o Escalos partiu atrás do golo do empate.

A arbitragem- Para além de um fora de jogo muito mal tirado ao ataque do Vitória na segunda metade, não mostrou o segundo amarelo a Belmiro quando este veio fora da sua área de rigor rasteirar um adversário. É certo que o primeiro amarelo ao guarda-redes vitoriano não teve razão de ser, mas naquela situação teria que exibir o segundo amarelo. Teve um trabalho muito aceitável até ao único golo do jogo mas depois teve algumas decisões erradas.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Dispusemos das melhores oportunidades para marcar, não o conseguimos e acabamos por sofrer. O Vitória também teve algumas boas situações mas foi só depois de marcar, quando nós já estávamos a jogar com 3 homens atrás. Não percebo porque é que o árbitro nos anulou um golo, o guarda-redes adversário tinha que ser expulso, e o árbitro puniu uma agressão sem bola, ainda na primeira parte, apenas com amarelo… Esta equipa está a trabalhar muito bem e vamos continuar a tentar ficar na primeira metade da tabela classificativa”.

Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Foi uma vitória importante num campo muito difícil. Mas foi difícil porque depois do nosso golo fomos empurrados para trás. Eram faltas e faltinhas que acabaram por tornar o jogo complicado. Eu tenho andado calado mas agora vou começar a falar. Não me interessa o estar em 2º lugar, mas a verdade é que estamos a incomodar muita gente. Tal como já fizeram muitos outros clubes, também eu peço ao Conselho de Arbitragem que tenha atenção nas nomeações”.

DESPORTIVO CB- 0 NAVAL 1º DE MAIO- 2


Acidente de percurso

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- João Roque, auxiliado por Luís Carrilho e Carlos Alexandre (Portalegre)
Desportivo CB- Fábio Ramalho, Fábio Grácio, Daniel Gonçalves, Tiago Gomes, Nuno Martins, Gonçalo Goulão, Eduardo Passos, Ruben Moreira, João Henriques, Tiago Barata e Marco Silveiro
Treinador- Chico Lopes
Naval 1º de Maio- Thierry, Diogo, Julião, Moita, Alberto, Filipe, Rafa, Fábio, Cristiano, André e Ivo
Treinador- Vítor Pina
Substituições- João Henriques por José António aos 35, Eduardo Passos por Marco Martins aos 35 e Ruben Moreira por Roberto Pereira aos 65; Alberto por Amadu aos 65 e Ivo por João Diogo aos 65
Disciplina- Nada a registar
Marcadores- Cristiano aos 10 e Filipe aos 51

Desta vez, numa manhã em que as condições atmosféricas eram excelentes para se assistir a um bom jogo de futebol entre duas equipas que se encontram a meio da tabela separadas por apenas um ponto, a equipa orientada por Chico Lopes e João Laia não conseguiu impor o futebol que vem demonstrando ao longo deste campeonato. De recordar que o Desportivo ainda não tinha conhecido o sabor da derrota nos jogos realizados em casa, contabilizando 3 vitórias e 4 empates.
A equipa da Naval apresentou-se em campo com uma organização excelente tanto no capítulo defensivo como a atacar, não permitindo aos albicastrenses impor o seu jogo, tanto a nível técnico, como físico e táctico.
Os figueirenses conseguiram o seu golo logo aos 10 minutos, o que ainda veio a dificultar mais a vida ao Desportivo. Até final da primeira parte praticamente não houve mais situações de golo, sendo que a Naval encostou o Desportivo no seu meio campo não dando hipótese de se chegar à sua baliza.
Com as alterações efectuadas durante o intervalo esperava-se um Desportivo mais afoito, mas a Naval continuou a dominar a partida e acabou com as aspirações do Desportivo quando marcou o 2º golo aos 16 minutos por intermédio de Filipe, embora neste golo ficasse a dúvida se, quando a bola foi centrada, esta ainda se encontrava dentro das quatro linhas. Até final do jogo apenas se pode registar um remate de José António ao lado da baliza contrária.
Foi uma exibição menos conseguida destes miúdos do Desportivo, mas também porque a Naval não os deixou jogar mais, porque trazia a lição bem estudada e sabia que tinha de explanar um bom futebol para vencer estes jovens atletas que estão a fazer um campeonato brilhante.
Recorde-se que o Desportivo já garantiu a presença no próximo Campeonato Nacional de Iniciados depois dos bons resultados conseguidos nas jornadas anteriores.
A arbitragem, outra vez de Portalegre, deixou muito a desejar. Apetece-nos deixar o recado, a quem de direito, para que haja mais respeito pelos clubes do interior que lutam com as dificuldades no seu dia a dia e que gostariam de ser vistos como os outros clubes chamados grandes.
O Desportivo volta a jogar no próximo Domingo às 11 horas, desta vez frente ao Marinhense, equipa que nesta jornada foi a sensação ao derrotar a Académica de Coimbra.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

BENFICA CB- 2 TORREENSE- 1


Melhor jogo em casa vale 3 pontos

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Hélder Lamas, auxiliado por Luís Castainça e Sérgio Sousa, do Porto
Benfica CB- Hélder Cruz (3), Ivo Vale (3), Nuno Marques (4), Miguel Vaz (4), Ricardo Viola (4), Trindade (4), Tiago Marques (4), Bá (4), Ricardo António (4), Célio (4) e Piojo (3)
Treinador- António Jesus
Torreense- Dário, André Santos, João Afonso, Élio, Passos, Catarino, Lionn, Paulinho, Coça, Marlon e Miguel Paixão
Treinador- Henrique Gregório
Substituições- Ivo Vale por Milton (3) aos 62, Piojo por Cristophe (3) aos 62 e Tiago Marques por Joni (2) aos 70; Passos por Castro aos 31, Miguel Paixão por Pedro Neves aos 65 e Élio por Flávio Júnior aos 81
Disciplina- Amarelos a Piojo aos 34; Paulinho aos 38 e 76 e Pedro Neves aos 84. Vermelho por acumulação de amarelos a Paulinho aos 76
Marcadores- Célio aos 3 e Miguel Vaz aos 77; Catarino aos 42

A figura do jogo- Nuno Marques – Num jogo em que a equipa esteve globalmente bem, Nuno Marques destacou-se pela força e garra até ao último segundo. Vastas vezes mostrou que é um lateral com muito pendor ofensivo e que combinou muito bem quer com Viola quer com Tiago Marques, ou mesmo com Célio. Exibição muito convincente, ainda por cima com o terreno muito pesado.

O Benfica CB- Fez o melhor jogo da época no Municipal, especialmente nos segundos 45 minutos, e não é por ter ganho que o escrevemos. Mesmo que os três pontos não ficassem em Castelo Branco esta seria sempre a melhor exibição. Pena é que não consiga manter regularidade no nível exibicional.

Foi numa tarde fria e chuvosa de Inverno que o Benfica e Castelo Branco arrancou a sua melhor exibição da temporada em jogos no Municipal. Com algumas alterações no onze inicial, por comparação com o domingo anterior, António Jesus programou de forma perfeita a recepção ao Torreense, merecendo especial destaque a aparição do capitão Ricardo António a jogar como trinco, colocando-se entre a defesa e o meio campo.
Depois da vitória conseguida na 1ª volta em Torres Vedras e da inesperada derrota em casa frente ao Anadia, o Benfica e Castelo Branco estava praticamente obrigado a somar os três pontos, não só para não perder de vista a luta pelo 6º lugar, mas também para não cair em posições demasiado afundadas na classificação.
Também se sabia que o valor dos visitantes era de longe superior ao do Anadia, e daí que o grau de dificuldade deste jogo fosse elevado. António Jesus preparou o jogo para entrar com um 4x2x3x1, com Ricardo António fixo como trinco, mas com Miguel Vaz mais volante a fazer deslizar a estrutura por diversas vezes para um 4x1x4x1, que tornava a equipa mais compacta no meio campo e lhe dava mais possibilidades nas transições para o ataque.
A forma como o Torreense se apresentou em Castelo Branco, mesmo que com um meio campo muito reforçado, também permitiu ao Benfica jogar de outra forma, porque uma coisa é jogar contra equipas que se trancam no seu meio campo, outra é enfrentar conjuntos que também gostam de correr alguns riscos para correrem atrás dos 3 pontos. Sabendo-se que os encarnados não têm unidades com capacidade para poder assumir o jogo e jogar em ataque continuado, estava pois montado o esquema ideal para explorar os ataques rápidos.
Logo aos 3 minutos uma bomba relógio de Célio, com um pontapé colocadíssimo de mais de 30 metros, estourou nas redes de Dário. Este golo madrugador ainda mais obrigou o Torreense a correr e a deixar espaços nas costas. A toada era equilibrada mas aos 26 minutos Piojo responde de cabeça com um remate que apanhou o guarda-redes em movimento contrário e levou a bola a passar ao lado da baliza, mas pouco antes do intervalo foi o Torreense que empatou na primeira vez que conseguiu levar a bola com efectivo perigo à área encarnada. O cruzamento foi feito da direita e Catarino, nas alturas, atirou sem hipóteses para Hélder Cruz. Na fotografia do empate ficou pior Ivo Vale que acabou por permitir a cabeçada do adversário não conseguindo nem estorvar o veterano ponta de lança do oeste.
Este golo ao cair do pano podia ser sentido pelos albicastrenses mas, curiosamente, acabou por servir de vitamina para uma excelente 2ª parte.
O jogo na segunda parte foi quase que integralmente dominado pelo Benfica, mas a bola andou sempre de forma muito rápida de um lado para o outro do campo.
Os lances de perigo aconteciam sempre muito mais perto da baliza de Dário, até porque Hélder Cruz acabou por ter uma tarde tranquila, já que sofreu um golo mas não fez uma única defesa apertada…
E aos 72 minutos parecia começar um filme já visto em jogos anteriores… Cristophe é claramente agarrado dentro da área. Hélder Lamas manda jogar mas ficou uma grande penalidade por assinalar. Sorte para ele que cinco minutos depois teve mesmo que marcar um castigo máximo que Miguel Vaz converteu e que acabou por valer 3 pontos justíssimos e que permitem continuar a acalentar esperanças de vir a lutar pelo 6º lugar. A este Benfica falta claramente conseguir manter este nível exibicional, já que a equipa é muito inconstante, tanto sai de um jogo mau para depois fazer um bom, como o inverso também acontece. Agora é preciso manter esta bitola para poder sonhar…

A arbitragem- Tem qualidade, é jovem mas, como todos, comete erros. Acaba por não ter interferência no resultado final porque os encarnados ganharam porque, minutos antes do penalty que assinalou, deixou passar em claro uma falta nítida sobre Cristophe, dentro da área do Torreense e que também valia uma grande penalidade.

Discurso directo- António Jesus, treinador do Benfica CB- “Conseguimos uma exibição consistente, especialmente na 2ª parte. Depois de uma primeira parte mais equilibrada, em que se viu que o Torreense tem muita qualidade, conseguimos fazer uma das melhores segundas partes deste campeonato e ganhamos com justiça. Este jogo era muito importante para nós para não deixarmos alargar o fosso. Sabemos que é difícil chegar ao 6º lugar mas o próximo jogo em Abrantes pode ser determinante. Poderemos jogar aí a cartada decisiva em relação ao nosso futuro e, por isso vamos ver o Abrantes jogar em Paços de Ferreira no próximo fim-de-semana. Esta pausa não vem em boa altura, mas já estava prevista… O árbitro, excepção feita ao penalty que deixou por marcar, pareceu-me ser um bom árbitro, jovem, que subiu na última época, mas que demonstrou capacidades”.

TEIXOSENSE- 3 DESPORTIVO CB (C)- 0


Jogo intenso e bem disputado

Campo Maia Campos, no Teixoso
Árbitro- Jorge Pinto
Teixosense- Paulo Eusébio, Nuno Fonseca, António Garrett, Alexandre Veríssimo, Kevin Vital, Manuel Pouso, Henrique Mendes, André Pereira, André Pais, Guilherme Colnaghi e Ruben Amaro
Treinador- Carlos Carloto
Desportivo CB (C)- João Negrão, João Roque, João Ricardo, João Pedro Saraiva, Jaime Bento, Alexandre Lobo, Bruno Santiago, Dinis Pereira, Bernardo Natário, André Maia, João Duarte e João Pedro Roque
Treinador- Paulo Santos
Disciplina- Nada a registar
Marcadores- Ruben Amaro (2) e André Pereira

Numa manhã fria mas ensolarada, os miúdos do Teixosense e do Desportivo de Castelo Branco encontraram-se no Maia Campos em partida da 2ª jornada da fase final do Distrital de Escolas, nível B.
Os da casa, mais possantes fisicamente, e habituados ao seu pelado, dominaram o início da partida, acabando por conseguir dois importantes golos, ambos apontados por Ruben Amaro, ainda durante o período inicial de 12 minutos. O primeiro nasceu da marcação de um pontapé de canto, aparecendo o número 13 da casa, ao segundo poste, sem marcação, a empurrar para o 1-0.
Minutos depois, o mesmo Ruben Amaro aproveitou bem uma defesa incompleta de João Negrão para aumentar para 2-0. O guarda-redes defende bem um primeiro remate da entrada da área, mas depois não apareceu ninguém para aliviar a bola que acabou por sobrar para Ruben Amaro que voltou a não perdoar.
A vencer por 2-0 a equipa de Carlos Carloto deixou de carregar tanto e, em alguns períodos, os miúdos de Castelo Branco conseguiram boas trocas de bola e, mesmo revelando algumas dificuldades em chegar à baliza de Paulo Eusébio, dispuseram de algumas oportunidades para reduzir que acabaram por não ser aproveitadas.
No último período, Paulo Santos, como que dizendo perdido por 2, perdido por 3 ou por 4, deixou apenas João Ricardo mais recuado, apostando tudo para tentar, pelo menos, marcar o golo de honra.
Só que uma sequência de pontapés de baliza mal batidos por parte dos albicastrenses acabou por ser aproveitada em uma ocasião por André Pereira para bater o guarda-redes Dinis Pereira.Resultado justo, que reflecte especialmente as diferenças entre as duas equipas no capítulo físico.

AD ALBICASTRENSE- 34 BATALHA- 29


Batalha complica no início

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Joaquim Nicau e Luís Batista (Portalegre)
AD Albicastrense- Ricardo Sousa, Pedro Mendes, Luís Gama (5), João Melo (7), Fernando Ferreirinho, João Fialho (8), Bruno Roberto, Luís Robalo (1), Filipe Pereira (3), Maximiano Ribeiro (2), Pedro Sanches (8), Daniel Pereira, João Romão e João Poças
Treinador- José Curto
Batalha- Michael Marcelino, Hugo Louro, Bruno Perfeito (4), Rui Cerejo (2), David Pinheiro (1), Emanuel Antunes, Luís Ezequiel (6), Gonçalo Costa, Pedro Borges (5), Gonçalo Reis (1) e Fábio Cipriano (10)
Treinador- António Silva
Marcador ao intervalo- 17-14

Depois de um início muito complicado, pela forma como os visitantes corriam e lutavam por cada posse de bola, a ADA acabou por embalar para uma exibição consistente que lhe permitiu chegar ao intervalo já em vantagem no marcador, por 3 golos, e gerir e aumentar mais a distância durante os segundos 30 minutos.
Talvez tenha sido pelo facto da equipa da Batalha ser mais jovem, que lhe possibilitava correr mais e cansar-se menos, que os visitantes conseguiram inclusivamente, durante alguns períodos da primeira parte, ter vantagem no marcador, assustando a Albicastrense que, via-se, tinha mais andebol e era superior, mas o factor físico e idade fez alguma diferença na etapa inicial.
Depois de ultrapassada esta fase, e de passar a jogar o andebol que praticamente joga de olhos fechados, o conjunto de José Curto tomou o comando do marcador de forma definitiva, chegando ao descanso com a vantagem curta de 3 golos.
Na segunda parte, ao contrário do que tem acontecido em muitos jogos, a Albicastrense não permitiu que o adversário ainda pensasse em dar a volta ao jogo, e a forma como o jogo foi evoluindo permitiu que a diferença fosse aumentada para uma margem de segurança que acabou por garantir os 3 pontos.
Na próxima ronda a ADA folga, voltando a jogar na Marinha Grande, frente ao SIR 1º de Maio, no próximo dia 9 de Fevereiro. O regresso ao Municipal vai acontecer apenas a 16 do próximo mês para receber a visita do lanterna vermelha, a Académica de Coimbra.No jogo de sábado a dupla de árbitros de Portalegre não teve interferência no desenrolar do jogo.

CASA DO BENFICA CB- 27 CDC ALBUFEIRA- 14


Não foi preciso forçar andamento

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Joaquim Nicau e Luís Batista (Portalegre)
Casa do Benfica CB- Catarina Martins e Sofia Santos, Diana Rodrigues (3), Patrícia Teixeira (4), Ana Lourenço (1), Inês Martins (2), Carla Mendes (5), Filomena Abrantes (1), Liliana Duarte (1), Inês Poças, Leia Valente (8), Ana Salavessa, Sara Nunes e Mariana Ivanova (2)
Treinador- Paula Espírito Santo
CDC Albufeira- Odete Pedrosa, Heloneide Novo, Patrícia Cabral (8), Fabíola Silva, Filipa Freitas (1), Sandra Coelho (4) e Thana Fernandes (2)
Treinador- Joaquim Barroso
Marcador ao intervalo- 15-7

Quando se olha para a ficha de jogo e se vê que o CDC de Albufeira trouxe apenas 7 jogadoras para disputar o jogo em Castelo Branco podemos de imediato tirar algumas conclusões em relação ao estado do andebol, especialmente o feminino, em Portugal. É no mínimo estranho que um clube faça deslocar um mini-autocarro cerca de 500 quilómetros com apenas 7 atletas que estão obrigadas a jogar 60 minutos sem direito a descanso… Joaquim Barroso, treinador algarvio, que é natural de Portalegre e que, curiosamente, foi jogador do Benfica e Castelo Branco, nos tempos em que o emblema da águia ainda tinha andebol, e que viveu a transição e a formação da Associação Desportiva Albicastrense, referiu-nos mesmo no início que a equipa algarvia só se deslocou “para não fazer falta de comparência”. E acrescentou que “o clube debate-se com lesões e outros problemas…”. Sintomático de como está a ser a curva descendente do andebol ao nível federativo. E outro problema é que o Albufeira já fez uma falta de comparência nesta temporada. Na segunda jornada o clube não fez deslocar a equipa ao terreno do Passos Manuel, sendo-lhe aplicada, para além da sanção desportiva de derrota por 15-0, uma multa em dinheiro. Segundo os regulamentos, se acontecer uma segunda falta de comparência, as multas e sanções são agravadas, podendo inclusivamente vir a “mexer” com outros escalões do mesmo clube. Talvez aqui esteja a explicação da vinda à capital da Beira Baixa com apenas 7 atletas.
Do jogo pouco há a dizer… A Casa do Benfica em Castelo Branco aproveitou para fazer um treino em competição, não fazendo um grande jogo, mas jogando mais que o suficiente para bater uma equipa onde se destacou Patrícia Cabral que, para além de ter apontado 8 golos, mostrou claramente que destoa numa equipa de fraco nível que ainda não pontuou nesta temporada.
Ao intervalo o resultado apresentava uma diferença de 8 golos mas, pelo cansaço acumulado das adversárias, foi sendo gradualmente aumentado, especialmente nos últimos 10 minutos de jogo, até chegar a um natural 27-14.Arbitragem regular.

domingo, janeiro 06, 2008

BENFICA CB- 0 ANADIA- 2


Derrota que complica

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Humberto Teixeira, auxiliado por Fernando Pinto e Manuel Soares (Porto)
Benfica CB- Hélder Cruz (3), Ivo Vale (2), Nuno Marques (2), Jony (1), Miguel Vaz (3), Ricardo Viola (2), Trindade (3), Chiquinho (2), Cristophe (2), Bá (3) e Ricardo António (2)
Treinador- António Jesus
Anadia- Marco, Roxo, Miguel Afonso, Ruben, Fábio, Fausto, Telmo, Nélson Reis, Cerejo, Gilmar e Machado
Treinador- Fernando Niza
Substituições- Chiquinho por Célio (1) aos 45, Jony por Piojo (1) aos 45 e Ivo Vale por Tiago Marques (1) aos 58; Cerejo por Tiago Borges aos 52, Telmo por Rui Paulo aos 74 e Fábio por Luís André aos 90+1
Disciplina- Amarelos a Ricardo António aos 12, Bá aos 54, Miguel Vaz aos 67, Célio aos 70, Hélder Cruz aos 81 e Trindade aos 81; Cerejo aos 31, Fábio aos 37, Nélson Reis aos 45+3, Ruben aos 73 e 84, Gilmar aos 75 e Roxo aos 86. Vermelho por acumulação de amarelos a Ruben aos 84. Vermelho directo a Tarzan (suplente do Benfica CB) aos 81
Marcadores- Fábio aos 56 e Miguel Afonso aos 81

A figura do jogo- Bá – Começou por jogar à frente da defesa, passou para central depois da saída de Ivo Vale, e acabou, tal como Ricardo António, a jogar na frente de ataque. Um jogador muito possante fisicamente, que tenta passar sempre a bola jogável, e que deve ser seguido com atenção.

O Benfica CB- Mais uma vez não conseguiu fazer um bom jogo. Revelou algumas dificuldades na primeira parte, altura em que o Anadia chegou a ter o comando do jogo, mas acabou por sofrer o golo na sequência de uma grande penalidade cometida por Ricardo António, quando dominava claramente e parecia estar próximo do golo. Depois perdeu o discernimento e acabou por sofrer o 2-0 num lance claramente precedido de falta sobre o mesmo Ricardo António.

Num jogo em que havia quase a obrigatoriedade de vencer, o Benfica e Castelo Branco, já sem João Peixe e Prata, mas com Piojo, um argentino que joga na frente de ataque e que começou o jogo no banco de suplentes, até começou melhor o jogo, criando perigo logo aos 7 minutos quando Cristophe atirou por cima, depois de uma insistência de Bá, e aos 10 com o remate de Ivo Vale a passar rente ao poste esquerdo da baliza de Marco.
Mas aos 25 minutos Miguel Vaz, na sequência de um livre do lado esquerdo rematou mais em jeito que em força, a bola ainda raspou na cabeça de um homem da barreira e acabou por tocar na trave antes de sair do campo.
E aos 33 minutos surgiu a resposta dos visitantes em dois lances consecutivos. Primeiro com Trindade a tirar em cima da linha de golo uma bola que tinha sido rematada por Cerejo, e no minuto seguinte foi Ivo Vale a fazer exactamente a mesma coisa, quando Fausto, já depois de passar por Hélder Cruz, rematou para golo.
Já nos descontos, antes do intervalo, Miguel Vaz, outra vez ele, e novamente na sequência de um livre, desta vez na direita, rematou forte e colocado, obrigando Marco a uma intervenção a meias com o seu poste esquerdo.
Para a segunda parte o Benfica voltou com a firme disposição de embalar para ganhar. Os encarnados entraram bem no jogo, a dominar e a empurrar os homens da Bairrada para perto da sua área, e logo aos 47 minutos uma cabeçada de Cristophe levou a bola a beijar o poste direito da baliza adversária e a passear-se por cima da linha de golo. Era a melhor fase do Benfica. Aos 51 minutos um remate forte de Célio de fora da área obrigou Marco a outra grande defesa, mas foi quando os albicastrenses estavam claramente por cima eis que surgiu o imprevisível. Num cruzamento para o interior da área do Benfica, Machado falhou o remate de primeira e depois foi tocado por Ricardo António que já vinha de carrinho. Falta para castigo máximo, em que Humberto Teixeira deixou por mostrar o amarelo ao central do Benfica, que seria o segundo e daria origem a expulsão.
Depois desse tremendo “soco no estômago” a equipa nunca mais voltou a ser a mesma, e mesmo abdicando de Ivo Vale para dar mais força à equipa do meio campo para a frente, António Jesus não conseguiu que a sua equipa reagisse, e acabaria mesmo por sofrer um segundo golo, ferido de ilegalidade, uma vez que, Miguel Afonso, antes de cabecear para o fundo das redes de Hélder Cruz, empurrou pelas costas Ricardo António que se aprestava para fazer o corte.
Derrota difícil de digerir que afasta o Benfica ainda mais da luta pelos seis primeiros.

A arbitragem- A arbitragem de Humberto Teixeira foi quase sempre “comandada” pelo veterano auxiliar Fernando Pinto. Se nos pareceu ter estado bem ao assinalar grande penalidade no lance que envolveu Ricardo António e Machado, o mesmo não podemos dizer da validação do 2º golo do Anadia. Miguel Afonso empurrou claramente o central albicastrense antes de cabecear para golo. Quanto ao tal auxiliar “muito experiente”, foi o responsável pela expulsão do massagista do Benfica e Castelo Branco e também de Tarzan, que acabou por apanhar por tabela, quando a expulsão teria sido pensada para Ivo Vale… Um trio do norte, mas com uma tarde perfeitamente desnorteada.

Discurso directo- António Jesus, treinador do Benfica CB- “Este era um jogo que precisávamos de ganhar. Na primeira parte tivemos uma bola na trave e outra no poste, mas o Anadia também teve duas excelentes oportunidades que acabaram por ser salvas em cima da linha. No lance do penalty na 2ª parte, ficou-me a sensação que não houve falta, e no segundo golo há claramente falta sobre o Ricardo. O árbitro deixou o adversário fazer o que queria, e isso prejudicou-nos. Nós não temos falado, temos andado calados, mesmo quando somos prejudicados, mas hoje foi mau demais para ser verdade! Por curiosidade, nós somos a equipa que mais penalties tem contra. Eu não faço o discurso do coitadinho, mas o clube merece respeito! Hoje chegou-se ao ponto de expulsar um jogador do banco por entender que ele meteu duas bolas dentro do campo… Foi a pior arbitragem do ano mas vamos continuar a trabalhar com a mesma ambição. Mas fico triste porque é assim que acabam com o futebol nos clubes mais pequenos. Quanto ao plantel, o Piojo só veio porque aconteceu a saída do Peixe. Vamos continuar a contar com os juniores do clube e, se for preciso continuar a jogar com os chiquinhos e com os tiagos marques, é com esses que vamos contar”.

BOA ESPERANÇA- 4 FONTAINHAS- 12


Começar mal e acabar pior…

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Filipa Santos e Vítor Rocha, do Porto
Boa Esperança- Hugo Nunes, Ricardo Machado, Nuno Martins, Daniel Ascensão, Bruno Neves, João Roque, Marco Borronha, Valter Borronha, Francisco Fernandes, Pedro Inácio, João Pires e Vasco Antunes
Treinador- José Robalo
Fontainhas- Pepinho, Pedrinho, Zezão, Cabeças, Mateus, Maio, Padilha, Fanga, Loia, Jean e Mica
Treinador- Rosa Coutinho
Disciplina- Amarelos a Daniel Ascensão aos 10 e 23, Bruno Neves aos 33, Ricardo Machado aos 33 e Valter Borronha aos 37; Mateus aos 31. Vermelho por acumulação de amarelos a Daniel Ascensão aos 23
Marcadores- Valter Borronha aos 14, João Roque aos 21 e 38 e Ricardo Machado aos 39; Cabeças aos 1, 37 e 37, Zezão aos 4, 16, 19, 23, 32 e 34, Mica aos 9, Padilha aos 17 e Pedrinho aos 39

Na entrada em 2008, já depois de esquecida a derrota volumosa em Coimbra, mas ainda a atravessar momentos conturbados, tanto em termos de lesões, caso por exemplo de André, e de saídas da equipa, Theres, que rumou ao futebol de 11 do Pedrógão de São Pedro, é o exemplo mais significativo, a Boa Esperança parecia ter reunidas todas as condições para voltar aos bons resultados e à recuperação na tabela classificativa. Não só porque jogava perante os seus adeptos, mas, e principalmente, porque defrontava um adversário que ocupa praticamente o mesmo espaço na classificação e que, em princípio, deverá ser uma das equipas que está na mesma luta pela manutenção.
Só que as coisas não começaram nada bem para os laranjas, e logo no minuto inicial Cabeças aproveitou a primeira desatenção defensiva dos da casa para adiantar os algarvios no marcador.
Só que um mal nunca vem só, e os forasteiros dominavam o jogo a seu belo prazer, sem que a equipa de José Robalo conseguisse fazer alguma coisa para evitar aquilo que parecia inevitável. Se os falhanços no capítulo da finalização podem custar caro, as falhas de marcação na zona defensiva custam mesmo golos, e os homens de Albufeira, até aos 9 minutos, conseguiram tirar partido das fragilidades defensivas dos albicastrenses e marcar ainda mais dois golos. O golo de Valter Borronha à passagem dos 14 minutos não serviu para mais do que para “picar” o Fontainhas que, entre os 16 e os 19 minutos, fez mais 3 golos, chegando ao intervalo com 6-1 no placard e com o jogo praticamente resolvido. Não que uma diferença de 5 golos seja irrecuperável em 20 minutos, no futsal, mas principalmente porque as diferenças de argumentos eram enormes.
Os de Albufeira tinham 7 ou 8 jogadores todos ao mesmo nível, sempre a rodar, enquanto que José Robalo, para além de ter poucos, conta com muita inexperiência no plantel, e nem a tentativa de jogar com cinco jogadores de campo, testada por volta dos 10 minutos da 2ª metade, e repetida mais tarde, acabou por surtir algum efeito. Os golos foram surgindo com naturalidade e o desequilíbrio no resultado foi-se acentuando. O 12-4 final acaba por ser um resultado que ilustra bem as diferenças entre duas equipas que, com objectivos iguais, têm armas bem diferentes.A dupla de árbitros lisboeta cometeu erros que, no entanto, não tiveram qualquer influência na decisão do jogo.