segunda-feira, fevereiro 20, 2006

BENFICA CB- 1 PORTOMOSENSE- 0


Benfica salva-se em compensações

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Augusto Costa, auxiliado por António Costa e Manuel Garcia (Aveiro)
Benfica CB- Carlos Soares (3), Ricardo Pinto (3), Gervásio (3), Daniel Matos (3), Miguel Vaz (2), Andy (2), Telmo (3), Cláudio (2), Prata (2), Ricardo António (3) e Trindade (2)
Treinador- Quim Manuel
Portomosense- Sérgio, Hugo Almeida, Ricardo Cunha, Millá, Emanuel, Miranda, Morgado, Oziel, Fred, Quim Quim e Bruno Filipe
Treinador- Nuno Presume
Substituições- Gervásio por José Luís (1) aos 60 e Prata por Daniel Fernandes (1) aos 77; Quim Quim por Corte Real aos 65 e Millá por Maquemba aos 81
Disciplina- Amarelos a Andy aos 28, Miguel Vaz aos 50, Prata aos 75, Daniel Matos aos 80, Ricardo António aos 84 e Ricardo Pinto aos 90+3; Emanuel aos 16, Hugo Almeida aos 42, Ricardo Cunha aos 45, Quim Quim aos 49 e Corte Real aos 87
Marcador- Daniel Matos aos 90+2

A figura do jogo- Carlos Soares – Num jogo em que os jogadores tiveram exibições muito iguais e niveladas por baixo, o guarda-redes dos albicastrenses evitou, na 2ª parte, que o Portomosense se adiantasse no marcador em duas ocasiões com outras tantas defesas de grande nível. Determinante.

O Benfica CB- Não realizou uma grande exibição, quer por culpa própria, quer pelo adversário que teve pela frente, quer também pelo estado muito pesado do relvado. Podia ter ido para o descanso em vantagem mas o auxiliar do lado da bancada invalidou incorrectamente um lance em que Ricardo Pinto acabou por marcar. Na 2ª parte viu o adversário ser mais perigoso mas acabou por conseguir uma vitória feliz já em tempo de compensação.

Era mais uma final, das muitas que o Benfica e Castelo Branco ainda tem que disputar até final do campeonato. Esta, porém, com a agravante de também ser um jogo importantíssimo para o adversário dos encarnados, uma vez que o Portomosense só tinha mais um ponto na tabela classificativa.
E a verdade é que as equipas acusaram em demasia o facto de ambas estarem obrigadas a não perder, com o Benfica, por jogar em casa, estar praticamente obrigado a somar os três pontos para conseguir ultrapassar o seu adversário na tabela classificativa e assim ganhar mais um balão de oxigénio para enfrentar as próximas jornadas.
Com um terreno pesado que não permitia grandes pormenores técnicos, foram os encarnados que dispuseram da primeira oportunidade. Ainda só estava jogado o primeiros minuto e já Andy tinha nos pés a melhor oportunidade da sua equipa para atirar para golo, mas o remate, ou coisa parecida, acabou por nem sair…
Dois minutos depois e Millá também teve a sua oportunidade para marcar. O jogo prometia mas não passaria mesmo de promessas… é que a partir desse momento a toada morna instalou-se de tal forma que o perigo nunca mais andou perto de nenhuma das balizas. As forças estavam muito concentradas a meio campo e aquilo que tinha ameaçado vir a ser um bom espectáculo de futebol acabou por se transformar num autêntico marasmo de ideias com as duas equipas a acusarem em demasia a responsabilidade do jogo e a actuarem mais com o coração do que propriamente com a cabeça.
Mesmo assim a melhor oportunidade desses primeiros 45 minutos pertenceu ao conjunto de Quim Manuel. Na sequência de um cruzamento do lado direito do ataque dos encarnados tirado para o segundo poste, Ricardo Pinto apareceu vindo de trás e fez o golo. O problema é que Ricardo António já lá estava em posição irregular e o auxiliar já estava com a bandeira levantada para assinalar a infracção. Um lance mal ajuizado por António Costa que penalizava os encarnados ao intervalo.
Na segunda parte o espectáculo foi ainda mais pobre. O Benfica não conseguia levar perigo junto das redes de Sérgio, porque o meio campo da equipa de Porto de Mós era mais forte, e porque o trio mais ofensivo dos encarnados não funcionava, especialmente Andy que se mostra ainda muito deslocado nesta equipa.
Do outro lado, Carlos Soares teve então oportunidade para brilhar. Em duas ocasiões o keeper encarnado negou autenticamente o golo ao ataque dos forasteiros, e já em períodos de compensações, e quando todos já esperavam pelo final, eis que surge o golpe de sorte para os albicastrenses. José Luís levanta do lado direito e Daniel Matos, no sítio certo, atira de cabeça para o fundo das redes de Sérgio. Uma cabeçada que valeu três pontos conseguidos com sorte, é certo, mas que compensam outros perdidos quando a sorte nada quis com a equipa.

A arbitragem- Distribuiu amarelos ao desbarato, alguns perfeitamente desnecessários, e acabou por anular mal uma jogada que deu golo do Benfica, ainda na 1ª parte. A certa altura parecia embalado para um trabalho desastroso, mas acabou por se recompor. De qualquer forma só não teve influência no resultado porque os da casa marcaram quando já poucos esperavam.
Discurso directo- Quim Manuel, treinador do Benfica CB- “A equipa está ansiosa e isso nota-se, mas também é precioso realçar que a outra equipa defendeu-se muito bem. A equipa joga mais que o que fez hoje, mas devido à classificação acontecem exibições destas. Foi uma vitória arrancada a ferros. Tem havido muitas contrariedades e nunca se consegue manter a mesma equipa. Os reforços vieram das mais força ao ataque. O Andy é um jovem que precisa de treinar muito para conhecer bem a equipa. O árbitro não teve influência, mas é preciso referir que o jogo também foi difícil de dirigir. O lance do golo do Ricardo Pinto foi mal anulado porque não era ele que estava em posição de fora de jogo”.

BENFICA CB- 4 UNIÃO DE SANTARÉM- 1


Enquanto há vida… há esperança!

Complexo Desportivo da Zona de Lazer, Castelo Branco
Árbitro- Nuno Roque, auxiliado por Fernando Cabelo e Nuno Pereira (Coimbra)
Benfica CB- Sérgio, Mateus, Gelson, Jójó, Luisinho, Torres, Tomás, Alves, Kiko, Quinzinho e Chiquinho
Treinador- Setúbal
União de Santarém- Sérgio, Francisco, Ivo, Diogo, João Vasco, Bruno, Miguel, Hélio, Petrov, Sibuca e João Nuno
Treinador- Hélder Verdugo
Substituições- Torres por Salavessa aos 68, Chiquinho por Agostinho aos 79 e Kiko por Esquiva aos 83; Diogo por Bola aos 45, Miguel por João Cláudio aos 45 e Petrov por Bruno aos 62
Disciplina- Amarelos a Torres aos 52 e Chiquinho aos 77; Sérgio (U Santarém) aos 76
Marcadores- Tomás aos 5 e 45, Chiquinho aos 73 e Esquiva aos 90; Bruno aos 70

Na antepenúltima jornada desta primeira fase do nacional da 2ª divisão de juniores, o Benfica e Castelo Branco regressou às vitórias e ultrapassou o União de Santarém na tabela classificativa. Três pontos que mantêm acesa a luz da esperança de manutenção na 2ª divisão nacional.
Frente aos escalabitanos, os encarnados dominaram o jogo integralmente. Foram 90 minutos disputados sob muita chuva, vento e frio, adversidades que não impediram a equipa agora treinada por Setúbal de se exibir a um nível agradável e onde a grande diferença em relação a jogos anteriores disputados em casa foi mesmo o número de oportunidades concretizadas.
O jogo começou de feição ao Benfica e Castelo Branco que logo aos 5 minutos inaugurou o marcador por intermédio de Tomás. Este golo serviu para acalmar uma equipa que anda visivelmente desmoralizada com os muitos resultados negativos que vem acumulando. E até ao intervalo, apesar das oportunidades criadas e de nunca ter visto perigo junto das suas redes, o Benfica só voltou a marcar no último minuto, e de novo por Tomás.
O 2-0 ao intervalo deixava já meio caminho andado rumo à vitória, e nem o 2-1 que surgiu a 20 minutos do fim incomodou uma equipa que estava determinada em segurar os três pontos. Curiosamente, o golo dos forasteiros acontece na sequência de um dos poucos remates do União à baliza de Sérgio, e foi de longe que aconteceu o tento de honra dos ribatejanos. Mas 3 minutos volvidos e Chiquinho repunha a diferença com o golo mais bonito da tarde.
O resultado final foi fechado sobre o minuto final por intermédio de Esquiva, ele que tinha entrado 7 minutos antes.
Números justos numa vitória que prova acima de tudo, que o Benfica tem uma equipa que não merece andar no fundo da tabela.
Excelente trabalho do trio de arbitragem que viajou de Coimbra.
Discurso directo- Setúbal, treinador do Benfica CB- “Dominámos o jogo do princípio até ao fim e por isso ganhámos bem. Tal como no último jogo em Portalegre voltámos a ter uma boa atitude. Quero agradecer aos jogadores pelo jogo que fizeram. O árbitro esteve bem”.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

TORNEIO INTERNACIONAL SUB-18 AFCB


Bélgica empurra Portugal para terceiro

Acabou por sair um vencedor surpresa no Torneio Internacional sub-18 de Castelo Branco. Portugal, Dinamarca, Bélgica e Roménia estiveram na última semana em Castelo Branco onde disputaram um Torneio amigável organizado pela Associação de Futebol de Castelo Branco, com o apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco e com a supervisão da Federação Portuguesa de Futebol.
Pelos diversos campos utilizados nos 3 dias de prova passaram vários jogadores que estão nesta altura a aparecer no panorama futebolístico e que são já o garante do dia de amanhã. O que ninguém esperaria era que o vencedor deste quadrangular acabasse por ser… a Bélgica. A surpresa deu o primeiro sinal logo no jogo de abertura, quando Portugal enfrentou os Belgas no Complexo Desportivo do Valongo e acabou por perder já em tempo de compensações. No jogo de quinta-feira Portugal rubricou uma exibição pobre, muito abaixo do seu real valor, e disso se aproveitaram os belgas para, com alguma sorte baterem a equipa das quinas por 2-1. No mesmo dia e à mesma hora Dinamarca e Roménia empatavam sem golos no Municipal de Castelo Branco.

Complexo Desportivo do Bairro do Valongo, Castelo Branco
Árbitros- Pavel Cristian Balaj (Roménia), auxiliado por Vítor Silva e Sérgio Pedro (Portugal)
Portugal- Rui Patrício, André Santos, Daniel Carriço, Carlos Alves, André Castro, Rui Pedro, Pereirinha, Jorge Monteiro, Marcelo Santiago, Lino Gonçalves e Yago Fernandez
Treinador- Edgar Borges
Bélgica- Simon Mignolet, Cedric De Troetsel, Bart Biemans, Jelle De Bock, Bastiaan Gheysen, Yanis Papassarantis, Vittorio Villano, Elio Balbi, Ritchie Kitoko, David Pollet e Jelle Cherlet
Treinador- Mark Van Geersom
Substituições- Lino Gonçalves por Daniel Candeias aos 44, Jorge Monteiro por Fábio Paim aos 46, Carlos Alves por João Martins aos 62, Rui Pedro por Fábio Pereira aos 81 e Marcelo Santiago por Carlos Freitas aos 87; David Pollet por Joachim Mununga aos 46, Bastiaan Gheysen por Jeremy Brougriez aos 64 e Jelle Cherlet por Simon Donche aos 77
Disciplina- Amarelos a Fábio Paim aos 87; Bastiaan Gheysen aos 58 e Ritchie Kitoko aos 72
Marcadores- Marcelo Santiago aos 60; Jelle Cherlet aos 13 e Bastiaan Gheysen aos 90+2

Na sexta-feira, frente à Dinamarca, apenas a vitória interessava ao seleccionado luso para continuar a manter aspirações à vitória no Torneio de Castelo Branco. Mas agora no Trigueiros de Aragão, e perante uma casa bem composta, a equipa de Edgar Borges voltou a decepcionar, registando no entanto algumas melhoras nos processos de jogo em relação ao jogo da véspera. Em Alcains, o jogo foi praticamente de sentido único e Portugal, sem ter criado muitas situações de golo, conseguiu as necessárias para somar os três pontos, mas as dificuldades principais residiam no ataque onde os jovens mais avançados não mostravam estar de pontaria acertada. Portugal mais uma vez não vencia e restava apenas esperar que a Bélgica não vencesse a Roménia no outro jogo que se realizou em Idanha-a-Nova. Só que a equipa onde joga o luso-belga Mário Matos voltou a repetir os números que aplicou a Portugal e ao segundo dia já tinham assegurado a vitória no Torneio, deixando para domingo apenas a questão do segundo lugar, que ainda podia ser alcançado por Portugal, Dinamarca e Roménia.

Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitros- Jerome Efong Nzolo (Bélgica), auxiliado por Paulo Carrilho e Vítor Silva (Portugal)
Portugal- Hugo Guedes, André Santos, Simão Coutinho, Daniel Carriço, Carlos Freitas, João Martins, André Castro, Pereirinha, Fábio Paim, Daniel Candeias e Fábio Pereira
Treinador- Edgar Borges
Dinamarca- Jesper Christensen, Kristian Andersen, Andreas Bjelland, Frederik Krabbe, Niels Kristensen, Michael Lumb, Nicki Nielsen, Theis Pedersen, Christian Sivebaek, Joakim Steiness e Mike Jensen
Treinador- Per Andersen
Substituições- Fábio Pereira por Marcelo Santiago aos 45, Fábio Paim por Lino Gonçalves aos 68, André Castro por Rui Pedro aos 73 e Pereirinha por Jorge Monteiro aos 84; Mike Jensen por Matti Nielsen aos 55, Andreas Bjelland por Alexander Vorobjov aos 77 e Nicki Nielsen por Casper Johansen aos 89
Disciplina- Amarelos a Simão Coutinho aos 54 e Jorge Monteiro aos 90; Kristian Andersen aos 51 e Theis Pedersen aos 60
Marcadores- -

E apesar de já não poder sair vencedor deste Torneio foi bonito de ver o Municipal de Castelo Branco com uma moldura humana que há muito não se via. As bandeiras eram muitas, os incentivos de apoio aos nossos sub-18 também, e desta vez os miúdos dentro de campo retribuíram com a melhor exibição dos três jogos que realizaram. Com dois golos na primeira parte e outros dois na segunda Portugal despachou os romenos com 4 golos sem resposta, que foram, no entanto insuficientes para chegar ao segundo lugar, uma vez que no Complexo Desportivo do Valongo a Bélgica cedeu diante da Dinamarca por 2-1.
Com estes resultados, os nórdicos fecharam o quadrangular imediatamente atrás da Bélgica, deixando Portugal no 3º lugar, tendo os romenos que se contentar com a última posição. Apesar de tudo fica o destaque para o capitão luso Daniel Carriço, eleito o melhor jogador do Torneio, para Rui Pedro, o melhor marcador, e para a Taça Fair-Play que também ficou em Portugal. Simon Mignolet, guarda-redes da Bélgica, foi considerado o melhor da prova.
Quatro dias em grande numa excelente organização da Associação de Futebol de Castelo Branco com a colaboração da Câmara Municipal albicastrense.

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Lars Christoffersen (Dinamarca), auxiliado por Vítor Silva e Sérgio Pedro (Portugal)
Portugal- Hugo Guedes, André Santos, Simão Coutinho, Daniel Carriço, Carlos Freitas, João Martins, Fábio Paim, André Castro, Pereirinha, Fábio Pereira e Marcelo Santiago
Treinador- Edgar Borges
Roménia- Costin Oginciuc, Armando Mihai, Catalins Paun, Raul Crisan, Ionut Mihai, Liviu Mihai, Alexandru Popovici, Georgian Marcu, Cristian Iancu, Liviu Ganea e Cristian Cristea
Treinador- Florin Cheran
Substituições- André Castro por Daniel Candeias aos 45, Fábio Pereira por Rui Pedro aos 45, Fábio Paim por Lino Gonçalves, Marcelo Santiago por Jorge Monteiro aos 74 e Carlos Freitas por Carlos Alves aos 83; Liviu Mihai por Andrei Mutulescu aos 43, Raul Crisan por George Negura aos 43, Alexandru Popovici por Dan Bozedan aos 56, Georgian Marcu por Rares Sagau aos 56 e Cristian Cristea por Florin Neagu aos 72
Disciplina- Amarelos a Andrei Mutulescu aos 54 e Armando Mihai aos 60
Marcadores- André Castro aos 15, Fábio Pereira aos 33 e Rui Pedro aos 78 e 90+3

Luciano de Almeida, Secretário-geral da AFCB

“Foi uma excelente propaganda para o distrito”

Tribuna Desportiva- Uma organização que correu muito bem, apenas com o senão de Portugal ter ficado na 3ª posição…?
Luciano de Almeida- Houve uma grande preocupação nossa na organização deste Torneio em que tivemos a colaboração da Federação Portuguesa de Futebol. Quero salientar o apoio dado pela Câmara Municipal de Castelo Branco, porque sem ele não seria possível organizar este evento. As coisas correram bem porque foram planeadas a tempo e horas.
TD- Apesar de não parecer este é um Torneio que envolve muita logística…
LA- Evidentemente. Quem está por fora nem se apercebe do envolvimento duma coisa destas. As pessoas que envolve, o material… os meios humanos que é necessário reunir para que se consiga o êxito alcançado. Eu penso que foi uma excelente propaganda para o futebol nacional e para o futebol do nosso distrito. Penso que saímos dignificados com a organização que a Federação nos confiou.
TD- E no último jogo de Portugal estava uma moldura humana excelente…
LA- Nós tudo fizemos para que isso acontecesse, muito embora no primeiro jogo no Valongo também tenha estado bastante público, apesar de ser num dia de semana e da parte da tarde, o que é sempre mais complicado. Em Alcains também esteve muito público, e no domingo já prevíamos esta enchente.
TD- Esta é a primeira de outras edições deste Torneio?
LA- Penso que sim. Nós já referimos diversas vezes o excelente relacionamento que temos com a Federação Portuguesa de Futebol que nos proporciona a organização de eventos destes. Por vezes, com as infra-estruturas de que dispomos, não conseguimos ultrapassar determinadas exigências que nos são feitas pela FPF e pela UEFA, mas tudo faremos para trazer eventos desta envergadura para o nosso distrito.
TD- A nível financeiro, este é um Torneio pesado para a AFCB?
LA- É, e como eu já referi, se não fosse o apoio da Câmara Municipal era-nos impossível organizar um Torneio destes.
TD- Está pensada mais alguma candidatura a curto prazo?
LA- Vamos tentar trazer o Torneio Inter-Associações de sub-13 que vai ser feito por fases. Isto é uma ideia minha, ainda não está falado em Direcção, mas tudo farei para que uma dessas fases venha para a nossa zona. Este Torneio envolve verbas que a Federação habitualmente disponibiliza, este ano houve algumas dificuldades nesse aspecto, mas estamos à espera que a FPF decida o apoio a dar às Associações para preparar esse Torneio.

Edgar Borges, treinador de Portugal

“Demos provas que somos uma equipa forte”

“As ideias que não conseguimos implementar com a Bélgica e com a Dinamarca, tiveram haver com a consistência defensiva do adversário e com o pouco atrevimento ofensivo, e nós não conseguimos ultrapassar essas barreiras. Em termos de saldo global, só a 1ª parte do jogo com a Bélgica é que me desgostou bastante, de resto, a equipa, apesar de jogar mal nesse jogo, até teve oportunidades para o ganhar. Fomos conversando, e frente à Roménia penso que demos uma prova que somos uma equipa a ter em conta. Temos que ser mais regulares em termos de prestação colectiva porque não podemos estar a sofrer golos da maneira que sofremos. Mas também tenho que ser honesto e dizer que, apesar de termos ganho 4-0 à Roménia, isto parece um contra-censo, mostrámos muita ineficácia na finalização, porque podiam ser 9 ou 10. Mas estou satisfeito com o comportamento destes jovens, porque foram subindo e assimilando as ideias que lhes foram passadas. Terminamos bem, e estando num processo de formação é importante ver que as mensagens que lhes passamos vão sendo assimiladas e que a equipa vai evoluindo. Esperamos que no Torneio de apuramento para o Campeonato da Europa na Noruega, já estejamos no nível que nós queremos para darmos mais uma alegria ao povo português e a todos que gostam de futebol”.

Mário Matos, guarda-redes da Bélgica

“O grande sonho é representar Portugal”

Mário de Matos é um alentejano, nascido em Seda (Portalegre), que desde muito novo vive na Bélgica, onde mora com os pais. Apesar de ser Português, o jovem guarda-redes foi chamado para representar a selecção da Bélgica, uma vez que também tem nacionalidade belga. No final do torneio estava naturalmente feliz mas confidenciou à nossa reportagem que “o grande sonho é representar Portugal, porque foi aqui que eu nasci”. Por agora diz que está “bem, mas não escondo que o objectivo é jogar com a camisola de Portugal”.Um português que veio da Bélgica para conquistar o Torneio Internacional sub-18 de Castelo Branco.

FINAL DA TAÇA DA LIGA DE ANDEBOL


Belenenses ganha Taça na Raia

A Taça da Liga de Andebol animou a última semana na vila de Idanha-a-Nova. Com todas as equipas da Liga Portuguesa presentes, e depois das eliminatórias de quinta e sexta-feira, chegou-se a sábado, dia da realização das meias-finais. No jogo da manhã, transmitido em directo pela Sport TV, o Belenenses bateu o ABC pela margem mínima, 19-18, e garantiu um lugar no jogo decisivo. No embate entre FC Porto e Águas Santas foi necessário recorrer ao prolongamento para se apurar o outro finalista, e depois do empate no tempo regulamentar, a equipa Maiata foi mais forte e superou os dragões por dois golos de vantagem.
Na tarde de domingo, e novamente com transmissão em directo do canal de desporto, o Pavilhão da Escola José Silvestre Ribeiro encheu para o jogo decisivo e o resultado acabou por ser sempre uma incógnita, já que a frente do marcador ia alternando entre uma e outra equipa e era impossível fazer uma previsão do vencedor.
Na primeira parte o Belenenses chegou a dispor de uma vantagem de três golos, mas ao intervalo eram os nortenhos que comandavam o marcador (10-12).
Nos segundos 30 minutos foi o Águas Santas que dispôs da mesma diferença no marcador, 3 golos, mas no final dos 60 minutos registava-se um empate a 22 o que obrigava a um prolongamento para encontrar o vencedor.
Nos 10 minutos suplementares acabou por ser mais forte o líder da Liga que conquistou a 3ª edição da Taça da Liga (as primeiras duas edições foram ganhas pelo FC Porto), por um tangencial 25-24.
Na retina fica, para além dos excelentes espectáculos de andebol, mais uma grande organização da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.

Pavilhão da Escola José Silvestre Ribeiro, Idanha-a-Nova
Árbitros- Rui Tomás e Fernando Branquinho
Belenenses- Humberto Gomes, Nuno Roque, Diogo Pinheiro, Bruno Moreira, José Costa, Pedro Spínola, Tiago Silva, Pedro Matias, Nélson Pina, Vladimiro Pinto, Tiago Moreira, João Pinto, Tiago Fonseca e Francisco Bacalhau
Treinador- José Tomás
Águas Santas- Sérgio Morgado, Armando Pinto, Eduardo Ferreira, Jorge Carvalho, Hugo Rocha, Joel Rodrigues, Pedro Cruz, Miguel Solha, Pedro Solha, André Pires, Juan Couto, Vasco Nogueira, Manuel Guedes e Hugo Reis
Resultado ao intervalo- 10-12
Resultado no final- 22-22
Resultado após prolongamento- 25-24

Álvaro Rocha, presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova

“Valeu a pena aceitar o desafio da Liga”

“Valeu a pena aceitarmos este desafio que nos foi colocado pela Liga de Andebol porque se enquadra naquela política que nós seguimos que é a de conseguir a organização de todos os eventos desportivos e não só, para que possamos divulgar o concelho. A minha meta foi sempre a de lançar o turismo, e por isso, tudo o que seja organizações desta natureza, com transmissões pela televisão e com os órgãos de Comunicação Social em cima do acontecimento são proveitosas. Na 5ª e 6ª feira tivemos uma inter-acção dos craques do andebol com os miúdos das Escolas. É importante envolver a parte escolar nestas coisas. E depois através do desporto podemos divulgar o concelho de forma constante porque tivemos os directos da Sport TV e as pessoas que vivem fora da Idanha têm-nos dito que tiveram muito gosto em ver o nome de Idanha-a-Nova nos ecrãs. Penso que foi uma jornada dignificante, desportivamente também correu muito bem e houve muita competição. Estamos de parabéns. Nós, porque ajudámos a organizar, e a Liga porque escolheu uma região do interior que precisa de ser valorizada. É com estes acontecimentos que nós podemos dizer ao Litoral que no Interior também se consegue organizar”.

José Tomás, treinador do Belenenses

“Ganhámos o jogo na defesa”
“O jogo foi muito equilibrado e penso que nós acusámos alguma coisa que não devíamos acusar. Uma equipa que quer ganhar tem que ter tranquilidade, tem que saber o que é que pode fazer e acusámos muito a responsabilidade. Na 1ª parte perdemos algumas bolas que deram hipótese ao Águas Santas de entrar no jogo. Estivemos a ganhar por 3, mas o jogo é isto. Os jogadores queriam muito ganhar e isso notou-se no jogo da equipa. Entre equipas deste nível há poucas diferenças, mas penso que foi novamente a defesa o ponto forte do Belenenses”.

ESCALOS DE BAIXO- 0 OLEIROS- 2


Tão natural como a diferença entre as duas equipas

Campo Neves Lopes, Escalos de Baixo
Árbitro- Luís Carlos Cruz (3), auxiliado por Bruno Duarte e Hugo Gomes
Escalos de Baixo- David (3), Daniel (2), Norberto (2), Cunha (3), Cláudio Fazenda (3), Fábio (2), Vítor Hugo (2), Roberto (2), Barata (2), Josué (2) e Luís (2)
Treinador- João Andrade
Oleiros- Nuno (3), David (3), Chico Lopes (4), Carlitos (4), Paulo (3), João André (3), Trindade (3), Meira (3), Naves (4), Ludovico (3) e Zé Bernardo (3)
Treinador- Hélio e Chico Lopes
Substituições- Gameiro por Luís por Roger (2) aos 45; João André por Hélio (3) aos 62, Trindade por Canário (1) aos 62 e Zé Bernardo por Quim Garcia (2) aos 62
Disciplina- Amarelos a Cláudio Fazenda aos 21, Cunha aos 27 e Roberto aos 42
Marcadores- Naves aos 18 e Ludovico aos 28

A figura do jogo- Naves (Oleiros)- Um miúdo com 17 anos que já joga como gente grande. Não se intimida no um para um e abriu caminho para a vitória da sua equipa com um golo pleno de oportunismo. É possuidor de uma boa técnica individual e de uma rapidez incomodativa para quem o marca.

O Escalos de Baixo- Defendeu melhor do que em outros encontros mas continua a revelar dificuldades extremas em sair para o ataque. Como se não bastassem todas as dificuldades que são conhecidas, João Andrade, para este jogo, tinha um único suplente…

O Oleiros- Apagou a má imagem deixada no jogo da Taça em Pedrógão de São Pedro, mas, com os jogadores que possui no plantel tem que valer mais que o que mostrou frente aos Escalos. Dois golos são muito pouco para bater uma equipa que vive uma época penosa.

O Oleiros aproveitou a deslocação ao terreno do Escalos de Baixo para limpar a má imagem deixada na última semana na deslocação a Pedrógão de São Pedro para a Taça de Honra José Farromba.
Com algumas alterações do onze inicial, a equipa de Hélio e Chico Lopes desde cedo tomou conta do jogo. Apenas nos primeiros cinco minutos o Escalos de Baixo tentou dar um ar da sua graça, mas nada que pudesse pôr em perigo a estrutura defensiva da equipa do Pinhal. Depois disso os oleirenses pegaram definitivamente no jogo e comandaram a seu belo prazer, mas sem nunca deslumbrar ou tendo muitos momentos de bom futebol. Com o meio campo seguro, e ganho pela diferença de valores entre os jogadores das duas equipas que povoavam aquela zona do terreno, o Oleiros tinha muito mais tempo de posse de bola que o adversário e passava grande parte desse tempo dentro do meio campo defensivo adversário, e apesar de revelar, por vezes, dificuldades em ultrapassar a linha defensiva da equipa de João Andrade conseguiu chegar ao golo logo aos 18 minutos por intermédio de Naves, um júnior que já passa despercebido entre os seniores. O capitão Carlitos levantou um livre do lado direito do seu ataque e Naves, pleno de oportunismo, ganhou as costas da defesa do Escalos para, de cabeça, bater o keeper David. Poder-se-ia pensar que estava feito o mais difícil, mas este golo não aqueceu nem arrefeceu a produção das duas equipas, porque o jogo continuou exactamente da mesma forma, com um Oleiros a jogar q.b. para continuar a dominar o seu antagonista e com um Escalos de Baixo que se limitava a defender e a tentar sair em jogadas de contra-ataque.
Até que novo lance de bola parada trás o resultado que haveria de ser o final. Ludovico bate um livre em posição frontal, a bola desvia na barreira e trai o guarda-redes escalense. Acabava por ser um golo com sorte mas que o Oleiros tinha feito por merecer.
Até ao intervalo e em todos os 45 minutos da segunda parte o jogo continuou sempre a mostrar a mesma ideia. O Oleiros mais dominador, a jogar sem deslumbrar, mas a ter um jogo que serviu essencialmente para que os jogadores recuperassem alguma da confiança perdida, até porque está aí um derby com o vizinho Águias do Moradal. O Escalos de Baixo voltava a mostrar as lacunas que exibe praticamente desde o início do campeonato. A muita juventude e inexperiência dos jogadores continua a pagar-se com resultados. A ver vamos se esta época para esquecer vai servir no futuro para que estes jogadores ainda possam vir a mostrar o seu potencial.
Em suma, um resultado que se aceita perfeitamente e com uma diferença de golos a condizer.

A arbitragem- Estreou-se na 1ª Distrital e merece nota positiva. Teve falhanços, como todos têm, mas não complicou numa fase em que o jogo podia ter endurecido em demasia. Nessa altura usou com propósito o cartão amarelo mas ainda deixou alguns por mostrar. Desejamos-lhe sorte.

Discurso directo- João Andrade, técnico do Escalos de Baixo- “Eu sabia que era difícil porque estávamos muito condicionados. Mas com os cinco jogadores habituais titulares que hoje não jogaram, o Oleiros via-se e desejava-se para ganhar o jogo. Perdemos com dois golos ingénuos por falta de maturidade da minha equipa. Este árbitro esteve muito bem, é jovem e eu disse-lhe no final para continuar assim porque é destes árbitros que o futebol precisa”.
Discurso directo- Hélio, técnico do Oleiros- “Ainda falhámos em aspectos fundamentais do jogo. Houve muita intranquilidade na definição das jogadas, as marcações não são as mais correctas, mas vamos ver… Agora temos um jogo motivante frente ao Estreito e vamos ver se este jogo serviu para os jogadores recuperarem a confiança. Quanto ao árbitro, os cartões amarelos são para se mostrar e ele teve o cuidado de não mostrar dois amarelos ao mesmo jogador do Escalos, porque houve entradas muito duras durante o jogo”.

BOA ESPERANÇA- 2 ODIVELAS- 1


Jogo perfeito

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Carlos Ferreira e Acácio Ferreira (Coimbra)
Boa Esperança- Francisco Fernandes e Gonçalo, Ricardo Machado, Nuno Infante, Theres, Valter Borronha, Marco Borronha, André Martins, Serginho, Hugo Silvweira, André Gonçalves e Cunha
Treinador- Humberto Cadete
Odivelas- Feijão, André, China, Sandro, Samba, Assifo, Vítor, Nuno, Sérgio, Raposo e Alemão
Treinador- Jorge Moura
Disciplina- Cartão amarelo a Valter Borronha aos 14 e Serginho aos 19; Nuno aos 13 e 26, Vítor aos 26 e Raposo aos 26. Vermelho por acumulação a Nuno aos 26
Marcadores- Serginho aos 12 e Valter Borronha aos 22; Vítor aos 28

Frente ao 3º classificado da Série C da 3ª Divisão Nacional de Futsal a Boa Esperança fez um jogo cheio de rigor táctico e em que controlou durante 2/3 dos 40 minutos.
A equipa de Humberto Cadete, que jogou durante 27 minutos com o mesmo cinco, Francisco Fernandes, André Gonçalves, Valter Borronha, Marco Borronha e Serginho, entrou muito pressionante e desde muito cedo deu mostras de estar a jogar para ganhar. As combinações ofensivas nem sempre saíam bem, mas era só a Boa Esperança que criava situações perigosas, já que durante a 1ª parte Francisco Fernandes não foi chamado a intervir uma única vez. Na frente Serginho e Marco Borronha iam dando que fazer ao último reduto adversário mas curiosamente seria num lance casual que Serginho viria a inaugurar o marcador. Marco Borronha trabalhou bem pela esquerda, rematou mas a bola, que não levava a direcção da baliza, acabou por bater acidentalmente no corpo de Serginho e entrar na baliza. Estava feito o 1-0 que se viria a manter até ao descanso.
Esta vantagem mínima dos albicastrenses era mais que justa, pode até dizer-se que pecava por escassa tal era a superioridade dos da casa.
Na 2ª parte a toada manteve-se, e a Boa aproveitou para aumentar a vantagem logo aos 22 minutos por intermédio de Valter Borronha. Era um golo que transmitia mais serenidade à equipa, mesmo sabendo-se que em futsal dois golos podem não significar grande coisa. Mas neste jogo significou e isto porque só nos últimos 10 minutos, quando o técnico forasteiro lançou no jogo o guarda-redes Alemão, que passava a funcionar autenticamente como jogador de campo para tentar desequilibrar a defesa da Boa Esperança.
Mas só numa ocasião isso aconteceu e estávamos a pouco mais de um minuto do final quando Vítor fez o tento de honra dos homens de Odivelas.
Até final esteve sempre mais perto de acontecer o 3-1 do que o empate, pelo que a vitória do conjunto de Castelo Branco é inquestionável.A dupla de árbitros de Coimbra rubricou um mau trabalho, revelando extrema dificuldade em distinguir uma falta de uma outra coisa qualquer. Prejudicou mais a equipa da casa mas não teve influência no resultado.

AD ALBICASTRENSE- 27 BOA HORA- 27


Soube a pouco…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Manuel Conceição e Domingos Evangel (Lisboa)
AD Albicastrense- José Pereira e Pedro Mendes, Martin Gomes, Luís Gama (6), Jonatas Valente (1), Luís Robalo (1), Sérgio Silva (2), João Fialho (6), Bruno Roberto (2), Filipe Félix (3), António Mata (2), Maximiano Ribeiro (4), Luís Mateus e João Romão
Treinador- José Curto
Boa Hora- Paulo Barbosa, Tiago Cardoso e Mário Fonseca, João Duarte (2), Bruno Coelho (2), André Bravo (2), João Palmela (2), Rodolfo Lopes (3), Bruno Clemente (1), Manuel Lama (3), Tiago Oliveira (10) e Luís Cordeiro (2)
Treinador- Fernando Tavares
Marcador ao intervalo- 15-13

Num jogo que não se adivinhava nada fácil, já que o Boa Hora é um dos candidatos a subir de divisão, a equipa da Associação Desportiva Albicastrense entrou muito bem e comandou sempre o marcador, com a excepção do 4-5 que foi mesmo o único momento em que os lisboetas estiveram na frente do placard.
Pelo que se viu nos primeiros 30 minutos, altura em que os azuis venciam por 15-13, estávamos a presenciar a melhor Albicastrense dos jogos disputados este ano na condição de visitada só que na 2ª parte o espectáculo decaiu muito de qualidade por culpa exclusivamente da dupla de árbitros lisboeta.
Como o jogo estava vivo e bem disputado, Manuel Conceição e Domingos Evangel resolveram chamar a si o protagonismo esquecendo que a máximo da arbitragem é passar despercebida. As decisões erradas aconteceram em catadupa e só o grande equilíbrio no marcador fazia, por vezes, esquecer que estávamos perante um péssimo trabalho dos árbitros.Quando o marcador registava 17-17 aconteceu uma situação que, não sendo inédita, não é muito habitual acontecer em andebol. De um momento para o outro a equipa forasteira viu quatro (!!!!) jogadores excluídos por dois minutos e um outro admoestado com o vermelho directo. Só restavam em campo o guarda-redes e um (!!!) jogador de campo. Nesse período a ADA aproveitou para levar o resultado para um 25-21 que fazia pensar que o jogo estava ganho. Puro engano. Depois de voltar à igualdade numérica dentro de campo, o Boa Hora foi obrigado a puxar dos galões para chegar ao 25-25. Depois os azuis ainda conseguiram o 27-25, mas o Boa Hora voltaria a empatar, e sobre o apito final eis que surge o caso do jogo. Filipe Félix remata, faz golo e entretanto chega ao fim o jogo. Estranhamente a dupla de árbitros não considera o golo de Filipe como dentro do tempo de jogo, golo esse que daria a vitória que a ADA merecia. Uma coisa é certa: a bola já estava no ar quando soou o fim do jogo e entrou na baliza em simultâneo com a sirene. Erro crasso da equipa de arbitragem lisboeta que brindou os presentes no Municipal de Castelo Branco com um chorrilho de asneiras que acabaram por ter influência no resultado final.

CASA DO BENFICA CB- 38 PASSOS MANUEL- 17


Os extremos tocaram-se

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Luís Batista e César Serrote (Portalegre)
Casa do Benfica CB- Filomena Abrantes, Sofia Santos e Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (7), Neidja Lima (4), Marta Monteiro (3), Paula Rodrigues (3), Carla Mendes (3), Vera Gorjão (3), Sónia Mota (9), Leia Valente (4), Patrícia Santos (1) e Mariana Ivanova (1)
Treinador- Paula Espírito Santo
Passos Manuel- Ana Gonçalves, Susana Pratel, Catarina Pereira, Carla Monteiro, Rita Duarte, Cátia Santos (8), Carla Martins (6), Fátima Fernandes (1), Paula Castro, Joana Lourenço e Ana Espataneira (2)
Treinador- Pedro Rodrigues
Marcador ao intervalo-19-7

Desta vez foi o lanterna vermelho que saiu de Castelo Branco vergado a uma derrota clara e que mantém a equipa da Casa do Benfica na liderança da Zona Sul do Nacional da 2ª Divisão de Andebol Feminino.
O resultado de 19-7 ao intervalo já dizia bem das diferenças entre as duas equipas que estão em pontas opostas da tabela classificativa num jogo que acabou por ser mais um treino para as meninas de Paula Espírito Santo antes de entrar nas decisivas cinco últimas jornadas desta primeira fase da prova.A equipa albicastrense volta agora a jogar apenas no dia 4 de Março quando o Assomada visitar o Municipal de Castelo Branco, isto porque o jogo no terreno do Colégio João de Barros, que deveria ser disputado no próximo domingo, foi adiado para o dia 18 do próximo mês.

ELEIÇÕES NA AR BOA ESPERANÇA

César Amaro troca com Jorge Serra

As eleições do próximo dia 24 na Associação Recreativa da Boa Esperança podem trazer uma troca entre os actuais presidentes da Direcção e da Assembleia-geral. Segundo apurámos, Jorge Serra, o homem que comanda a direcção do clube albicastrense há já alguns anos deverá ser substituído por César Amaro, dirigente que preside à AG há oito anos. Esta é a alteração mais significativa de uma lista já formada e que deverá ser submetida a sufrágio já no dia 24 de Fevereiro. A acompanhar César Amaro na direcção estarão seis vice-presidentes, entre os quais estão os nomes de Rui Martins, para a área desportiva, Carlos Trindade, para a área administrativa, e ainda Teodoro Caetano, Edmundo Caetano e António Silva. Nesta lista Jorge Serra passa a ser o presidente da Assembleia-geral e António José continuará como presidente do Conselho Fiscal.

PLANTEL OLEIRENSE MAIS CURTO


Sena e Ramos deixam Oleiros

O plantel do Oleiros está mais curto desde a última semana. Sena e Ramos, dois jogadores contratados no início desta temporada, deixaram o clube do Pinhal e já não representaram a equipa na deslocação de domingo aos Escalos de Baixo.Paulo Rodrigues, presidente do emblema de Oleiros, referiu que estas duas saídas “se integram numa política de contenção de despesas do clube”.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

FINAL-FOUR TAÇA PRESIDENTE DA REPÚBLICA



Açoreanos confirmam favoritismo numa boa jornada de promoção do andebol e da região

Associação Desportiva Albicastrense, Sporting da Horta, Académico de Leiria e Sport Lisboa e Benfica proporcionaram no último fim-de-semana aos amantes da modalidade, dois dias de emoções intensas com 3 jogos de bom nível e, no final, com um vencedor já esperado.
A jornada começou na tarde de sábado com o jogo que mais dizia aos albicastrenses. A ADA escrevia uma das páginas mais bonitas do seu historial ao conseguir estar presente numa Final-four da Taça Presidente da Republica, a 3ª prova mais importante do calendário federativo.
No jogo frente ao Sporting da Horta, actual líder da Divisão de Elite, a Associação Desportiva Albicastrense deu a réplica possível e deu para desenganar aqueles que pensavam que ia ser um jogo com o campo inclinado para um dos lados. Ao intervalo o resultado de 17-13 para os açoreanos até era enganador já que o jogo tinha sido inteiramente disputado numa toada de grande equilíbrio com a ADA a chegar por duas ocasiões à diferença de um golo de desvantagem, 6-7 e 7-8. E mesmo estando a perder por 4 golos ficam na retina alguns erros não forçados da ADA que impediam que a diferença fosse mais reduzida.
Na segunda metade veio ao de cima a maior valia individual da equipa do Sporting da Horta e a quebra física do conjunto da casa que aconteceu por volta dos 20 minutos. Até esse momento os insulares nunca se conseguiram afastar no marcador, bem pelo contrário, já que os azuis até conseguiram estar a 3 golos de diferença, mas o cansaço acumulado acabou por levar os números para os 34-25 finais.

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Mário Coutinho e Ramiro Silva
Sporting da Horta- Telmo Ferreira, Mane Lavrnic (3), Gustavo Castro (4), Bruno Azevedo (1), Albano Lopes (3), Davide Castro (1), Tiago Rodrigues (3), Bruno Goulart, Bruno Castro (3), Pedro Graça (5), Alberto Basto (2), Milan Vucicevic (7), David Graça (2) e João Freitas
Treinador- Konstantin Dolgov
AD Albicastrense- Pedro Mendes, Martin Gomes, Luís Gama (8), Luís Robalo, Jonatas Valente (2), Sérgio Silva (1), João Fialho (8), Bruno Roberto, Luís Mateus (1), António Mata (2), Maximiano Ribeiro (3), José Pereira, Filipe Félix e João Romão
Treinador- José Curto
Resultado ao intervalo- 17-13
No final- 34-25

No outro jogo das meias-finais, o Benfica acabou por levar a melhor sobre o Académico de Leiria por 34-28. Num jogo que acabou por ser decidido na segunda parte onde a equipa de Aleksander Donner mostrou a sua superioridade apurando-se para a final onde iria encontrar o líder do campeonato que também disputa e onde ocupa o 4º lugar.
E no domingo foi o dia da tão esperada final entre o Sporting da Horta e o Sport Lisboa e Benfica. Mas se a final já era a esperada o resultado também acabou por ser. A equipa dos Açores comandou sempre o marcador, mostrando-se sempre muito agressiva no processo defensivo e ao intervalo já vencia por 15-12.
Nos segundos 30 minutos a diferença foi aumentando principalmente porque o Benfica cada vez sentia mais dificuldades em penetrar na bem escalonada defesa dos insulares e por isso foi com naturalidade que se chegou ao 29-22 final.

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- António Marreiros e Dario Ramos
Sporting da Horta- Telmo Ferreira, Mane Lavrnic (4), Gustavo Castro (3), Bruno Azevedo (2), Albano Lopes (1), Davide Castro, Tiago Rodrigues, Bruno Goulart, Bruno Castro, Pedro Graça (5), Alberto Basto (1), Milan Vucicevic (7), David Graça (6) e João Freitas
Treinador- Konstantin Dolgov
SL Benfica- Daniel Queluz, Jorge Menezes, Edgar Madureira (1), Danilo Drobnajakovic (9), Pedro Brigantim, Ruben Pereira (1), Cláudio Pedroso (2), Bojan Ljubisic, Luís Garret (3), Jorge Teixeira, João Lino, Pedro Garcia (5), Milandin Ostojic (1) e Júlio Sá
Treinador- Aleksander Donner
Resultado ao intervalo- 15-12
No final- 29-22

A festa em Castelo Branco foi feita pela equipa dos Açores numa Final-four que apenas teve um senão. O público albicastrense, que tantas vezes critica a falta de iniciativas na cidade, não compareceu no número esperado no Municipal de Castelo Branco. Esta festa do andebol merecia umas bancadas mais compostas. Nota também para a excelente organização da Associação de Andebol de Castelo Branco, Associação Desportiva Albicastrense e Câmara Municipal de Castelo Branco que não desperdiçou esta excelente oportunidade de continuar a pôr a cidade e o distrito na rota das grandes competições.

Joaquim Morão, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco

“Temos instalações e capacidade organizativa”

Tribuna Desportiva- O que é que representa para a cidade trazer esta Final-four da Taça Presidente da República em andebol?
Joaquim Morão- A final-four da Taça Presidente da República 2006 que se está aqui a concretizar é um acontecimento desportivo dentro do âmbito daquelas actividades que a Câmara Municipal tenta trazer para a cidade. Temos aqui boas equipas, a ADA é uma delas, importante no panorama nacional e regional, fomentamos o desporto, chamamos a atenção da cidade de que existe capacidade desportiva em Castelo Branco e ao mesmo tempo divulgamos a própria cidade com iniciativas como esta. Mas é bom que se diga que temos hoje capacidade para organizar, temos equipas que também sabem organizar e temos instalações à altura para receber estes acontecimentos.
TD- O apoio dado pela autarquia tem alguma relação com o facto da Associação Desportiva Albicastrense ser uma das equipas presentes?
JM- Pesou o facto da ADA ser uma das equipas presentes, mas nós também temos apoiado o andebol e temos realizado muitas iniciativas desta modalidade ao longo destes anos. Tem havido vários acontecimentos desportivos de âmbito nacional em Castelo Branco. Este foi mais um, mas é evidente que pesou a ADA estar presente.
TD- E agora vem aí o Torneio Internacional de Futebol…
JM- Esse é outro grande acontecimento desportivo porque trazemos aqui equipas internacionais e também se movimenta desportivamente a cidade de Castelo Branco. Isso acontece porque também temos equipamentos desportivos, nomeadamente relvados para acolher este tipo de iniciativas. Nós podemos dizer hoje que Castelo Branco está apetrechado convenientemente de todos os equipamentos e instrumentos para receber este tipo de eventos. E depois temos a nível local quem organize e tenha iniciativa. Hoje foi a Associação Desportiva Albicastrense, na próxima semana é a Associação de Futebol e a Câmara Municipal disponibiliza as condições financeiras para que estes acontecimentos se possam aqui realizar. Há aqui uma conjugação de esforços, por um lado a autarquia tem feito os equipamentos para se realizarem estas provas, e que disponibiliza as condições financeiras, e depois temos as Associações que também têm capacidade de iniciativa. Também aproveito para referir outro grande acontecimento que decorreu este fim-de-semana no pavilhão da Escola Superior de Educação, que é o Torneio de Ténis de Mesa organizado pela Associação “As Palmeiras”.
TD- A equipa A de futebol de Portugal, em princípio vai estagiar em Évora antes de partir para o Mundial. A selecção vem ao interior mas Castelo Branco fica fora da corrida…
JM- Nós temos tudo. Isso é repartido pelo país e todas essas coisas têm custos. Descentraliza-se mas tem custos para as organizações. Não vamos ter essa mas vamos ter outras. Acolheremos certamente outros eventos para os quais seja solicitado o apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco.

José Curto, treinador da ADA

“Foi um prémio para esta equipa”

“Tivemos uma prestação dentro do nosso normal. Enquanto tivemos pernas o jogo foi equilibrado depois… Mas nós encarámos esta participação na Final-four da Taça Presidente da República como um prémio para esta equipa, só tenho pena que o público não ajude a dignificar uma organização deste género. Fico triste por não ter defrontado o Benfica, não só porque teríamos mais hipóteses de discutir o resultado mas também porque jogar contra uma equipa com o nome do Benfica é diferente. Mas nós já sabíamos que nos tinha calhado a fava no sorteio”.

António Mata, presidente e jogador da ADA

“Excedemos as expectativas”
“Esperava mais do público, porque uma jornada como esta merecia mais gente. Mas a maioria dos albicastrenses são assim. Criticam muito mas depois ficam em casa, não vêm. Mas isto não se passa só no desporto. Mas é sempre bom organizar eventos destes. Estão aqui jogadores de top e nós acabamos por exceder as expectativas. É preciso não esquecermos que jogamos contra uma equipa que eliminou o Belenenses e o Águas Santas. Nós não esperávamos ganhar nem sequer fazer o jogo que fizemos”.

PEDRÓGÃO SP- 5 OLEIROS- 0


Pedrógão meteu Oleiros no bolso

Campo Tenente Manuel Morais, em Pedrógão de São Pedro
Árbitro- Mário Rui, auxiliado por Sérgio Correia e Gonçalo Carreira
Pedrógão SP- Tiago, Ricardo Silva, Vasco Guerra, Óscar, Flávio Cruz, Flávio Cunha, Brígida, Chico, Mário Pina, Filipe e Ricardo Constantino
Treinador- Xana
Oleiros- Nuno, Norberto, Tiago, Meira, Paulo, Quim Garcia, Carlitos, João André, Sena, Ludovico e Canário
Treinador- Hélio e Chico Lopes
Substituições- Ricardo Silva por Manuel aos 68, Brígida por Mateus aos 76 e Flávio Cruz por Caronho aos 86; Paulo por Naves aos 28, Carlitos por Trindade aos 43 e João André por Zé Bernardo aos 57
Disciplina- Amarelos a Brígida aos 51 e Óscar aos 65; João André aos 37
Marcadores- Flávio Cruz aos 10, Brígida aos 31, Chico aos 34, Filipe aos 67 e Vasco Guerra aos 75

O Pedrógão SP- Em muitos períodos do jogo fez o que quis de um adversário que mostrou pouca vontade jogar. Parecia que uns jogavam a 100 e outros a 10. Mostrou que, quando o adversário deixa jogar, como foi o caso, que trata bem a bola já que dispõe de excelentes executantes. Fez uma mão cheia de golos mas ainda sobrou mais outra mão… cheia de oportunidades.

O Oleiros- Nunca foi a equipa que, mesmo esta temporada, já mostrou noutras partidas. Alguns jogadores estiveram totalmente ausentes, passaram ao lado do jogo e mostraram pouca vontade e ambição. É certo que o adversário é mais forte mas podiam-lhe ter dificuldade um pouco mais a tarefa. O que se passa no Oleiros?

Pedrógão de São Pedro e Oleiros voltavam a encontrar-se, desta vez em Pedrógão e em jogo a contar para os quartos de final da Taça de Honra José Farromba. Depois de há 15 dias o Oleiros ter estado a vencer acabando por perder por 1-3, no jogo de domingo a história foi completamente diferente e por dois motivos essenciais: porque o Oleiros nunca conseguiu ser aquela equipa que jogou a 1ª parte do jogo do campeonato e porque o Pedrógão de São Pedro foi neste jogo uma equipa com uma exibição constante que nunca permitiu grandes aventuras ao seu adversário.
Depois de ter sido o Oleiros a dar o primeiro sinal de perigo com um remate de Paulo, foi mesmo o Pedrógão que chegou à vantagem logo aos 10 minutos com um pontapé forte de Flávio Cruz. Daí até ao golo de Brígida aos 31 minutos a história resume-se a um domínio intenso dos da casa com um Oleiros apático, sem ideias, muito mais lento que o adversário e com extremas dificuldades em sair com a bola jogável do seu meio campo. Não foi, por isso, de estranhar que Brígida aumentasse para 2-0 novamente com um remate potente e colocado de fora da área.
E 3 minutos volvidos o placard volta a mexer. A defesa do Oleiros andou completamente aos papéis e Chico aproveitou bem um cruzamento que chegou do lado direito para, em salto de peixe, atirar para o fundo das redes do desamparado Nuno.
O 3-0 ao intervalo deixava no ar um cheiro intenso a goleada, principalmente pelo que os oleirenses não tinham feito nos primeiros 45 minutos.
Com a eliminatória mais do que decidida, e com margem confortável no marcador, a equipa de Xana deixou que passasse a ser o adversário a ter a iniciativa de jogo, mas o mais estranho é que o Oleiros não conseguia ter o controlo do jogo. Ficava à vista de todos que os pedroguenses eram sempre mais rápidos sobre a bola e mostravam mais alegria de jogar. É certo que nenhuma equipa pode mostrar grande alegria a perder por 3-0, mas o Oleiros nunca se conseguiu mostrar como uma equipa ambiciosa, mesmo quando os números ainda não eram tão desequilibrados.
A equipa de Hélio e Chico Lopes tentava jogar dentro do meio campo adversário mas nunca conseguia chegar com perigo junto das redes de Tiago.
Do outro lado, e agora quase sempre em rápidos lances de ataque, o Pedrógão criava várias situações para dar forma à goleada e Filipe aos 67 minutos faz o quarto da sua equipa sem surpresa para ninguém. O Oleiros desejava o fim do jogo o mais rápido possível porque este era já um jogo mais que perdido e, mais que isso, uma partida onde a equipa se mostrou sempre muito distante e que, por isso, correu mal desde início até final.
Mas o jogo não terminaria sem o habitual golo de Vasco Guerra. Todos já devem saber como se movimenta o gigante central, mas a verdade é que o deixam fazer aquilo que ele tanto gosta, marcar. Na sequência de um canto que Ricardo Constantino levantou do lado direito, Vasco apareceu ao segundo poste com marcação de Canário mas nem precisou de saltar. Estava selada uma goleada que acaba por ser escassa para tanta produção ofensiva do Pedrógão. O Oleiros sai bem castigado já que dispôs apenas de uma situação real de golo por intermédio de Ludovico já na parte final do jogo.

A arbitragem- Actuação regular apenas manchada por um desentendimento entre árbitro e assistente do lado dos bancos e por um ou outro cartão que podia ter sido mostrado e não o foi, mas registe-se que o jogo também foi sempre correcto.

Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Encontrámos algumas facilidades mas nós também estivemos bem porque tentámos diminuir o futebol da equipa adversária e elevar mais o nosso. Chegamos ao intervalo a vencer por 3-0 e depois preocupamo-nos em continuar a jogar bem e principalmente em não sofrer golos. Estamos de parabéns e agora não escondo que o objectivo é vencer a Taça José Farromba, mas vamos pensar jogo a jogo. Não comento a arbitragem”.
Discurso directo- Hélio, técnico do Oleiros- “Quem viu o jogo, viu a equipa do Pedrógão marcar 5 golos e falhar mais 5 ou 6. O Pedrógão foi muito melhor que nós e desejo-lhes boa sorte na Taça. Hoje correu tudo mal, do início ao fim. Os jogadores não entraram bem no jogo e sofreram um golo muito cedo. Uma equipa jogou muito à bola porque a outra também deixou jogar. Hoje qualquer árbitro dirigia este jogo”.

BENFICA CB- 1 MARINHENSE- 3


Mais do mesmo…

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- Carlos Alexandre, auxiliado por Bruno Silva e Pedro Lourenço (Portalegre)
Benfica CB- Tiago, Mateus, Jorge, Chiquinho, Salavessa, Alveirinho, Tomás, Alves, Kiko, Quinzinho e Luisinho
Treinador- Paulo Silva
Marinhense- Cláudio, Macaco, João Carlos, Batista, Quarteira, Hugo Filipe, Mesquita, Tiago Neves, Videira, Iuroslav e Fabinho
Treinador- Tiago Vicente
Substituições- Chiquinho por Vasco aos 50, Quinzinho por Torres aos 63 e Salavessa por Esquiva aos 85
Disciplina- Amarelo a Chiquinho aos 36. Vermelho directo a Alveirinho aos 58
Marcadores- Kiko aos 82; Mesquita aos 43, Fabinho aos 52 e Videira aos 76

A tarefa do Benfica e Castelo Branco não se adivinhava fácil porque pela frente tinha uma equipa que está nos primeiros lugares da série C da 2ª Divisão mas, pelo que se viu logo de início, e apesar do Marinhense tentar ser a equipa dominadora e com sinal mais, o Benfica controlava a situação no seu meio campo, mas revelava muitas dificuldades em sair com a bola controlada para a sua zona ofensiva. Não só porque os visitantes faziam uma pressão alta, mas também por culpa do forte vento que se fazia sentir e que jogava a favor da equipa da Marinha Grande.
E durante os primeiros 45 minutos as oportunidades de golo não foram muitas e os dois guarda-redes não foram obrigados a grandes intervenções. É certo que o keeper albicastrense teve sempre mais trabalho mas nada fazia prever que o Benfica fosse em desvantagem para o descanso.
Foi aos 43 minutos num lance muito confuso dentro da área encarnada, em que nos pareceu haver forte influência do vento que o Marinhense conseguiu o golo que lhe dava a vantagem após a 1ª parte.
Pelo que se tinha visto o Benfica não podia estar convencido com este resultado porque ele tinha surgido num lance de sorte, e para a 2ª parte tudo estava em aberto, até porque agora seriam os pupilos de Paulo Silva a beneficiarem da acção do vento.
A verdade é que uma falha de marcação logo aos 52 minutos originou mais um golo. Na sequência de um cruzamento do lado direito Fabinho concluiu de cabeça, livre de marcação.
As coisas estavam mais complicadas, e pior ficaram depois da expulsão de Alveirinho aos 58 minutos. É certo que a entrada é faltosa mas o jogador do Marinhense não estava em posição de se isolar. O critério do árbitro alentejano foi demasiado apertado e o Benfica passava a jogar com 10.
Já pouco havia a fazer, até porque aos 76 minutos Videira ampliou para 3-0 com um excelente remate de fora da área. Kiko ainda fez o tento de honra dos albicastrenses mas estava consumada mais uma derrota.
Sem querer criticar em demasia o trio de arbitragem que viajou do Alentejo, deixamos apenas uma questão: que critérios são usados quando se nomeia um árbitro de Portalegre sabendo-se que na próxima jornada há um Portalegrense-Benfica e Castelo Branco? Responda quem souber…

Discurso directo- Paulo Silva, treinador do Benfica CB- “Foi uma derrota que não estava nos nossos planos, apesar de sabermos que o nosso adversário está no topo da tabela. Nós sabíamos que o Marinhense era uma equipa que jogava muito bem em contra-ataque mas não estivemos bem. Na 1ª parte sofremos um golo mesmo no final em que o vento acabou por ter interferência e depois, logo no início da 2ª metade aconteceu o 2-0 num lance em que houve falta de marcação. Depois da expulsão do Alveirinho tudo ficou mais complicado. Estranho muito ser nomeado um árbitro de Portalegre para dirigir o nosso jogo quando se sabe que o nosso próximo adversário é precisamente o Portalegrense. Não percebo o critério…”.

CASA DO BENFICA CB- 26 EMPREGADOS DO COMÉRCIO- 9


Nem deu para aquecer…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Pedro Ventura e Gonçalo Camejo (Castelo Branco)
Casa do Benfica CB- Filomena Abrantes, Sofia Santos e Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (1), Neidja Lima, Marta Monteiro (1), Paula Rodrigues (3), Carla Mendes (5), Vera Gorjão (1), Sónia Mota (8), Leia Valente (3) e Mariana Ivanova (4)
Treinador- Paula Espírito Santo
Empregados do Comércio- Sónia e Inês Fernandes, Patrícia Teixeira (1), Andreia Henriques, Isabel Vieira (3), Marta Lopes (3), Maria Inês, Joana Pernas, Rita Lapa (2) e Célia Araújo
Treinador- Fernando Lucas
Marcador ao intervalo-11-2

Não é fácil escrever sobre um jogo que foi sempre disputado sob o signo de grande desequilíbrio. Para ilustrar a abismal diferença entre uma equipa que luta para chegar ao convívio das melhores do andebol feminino português e outra que ocupa o penúltimo lugar da 2ª divisão nacional basta referir o resultado ao intervalo: 11-2. E era este o placard porque a Casa do Benfica teve alguns períodos de menor acerto no jogo ofensivo, enquanto que na zona defensiva qualquer erro era completamente ofuscado pela ineficácia de uma equipa que não tem nível para disputar o 2º escalão, só se compreendendo devido ao facto de não haver nenhuma divisão inferior. E, se olharmos à classificação ficamos também a saber um feito fantástico, é que esta equipa de Santarém que marcou dois golos à Casa do Benfica em meia hora já venceu dois jogos… provavelmente ao Passos Manuel, que é o último…
Quanto à segunda parte, foi aproveitada por Paula Espírito Santo para rodar as atletas menos utilizadas, caso de Natalina Nascimento, e para assinalar o regresso à competição de Leia Valente. De resto, foi um treino com fraca oposição e que rendeu mais 15 golos marcados e 7 sofridos.
No próximo domingo as meninas da Casa recebem precisamente o último classificado, o Passos Manuel e no fim-de-semana seguinte folgam, isto porque o jogo entre o Colégio João de Barros e a Casa do Benfica foi adiado para o próximo dia 18 de Março. Uma partida que poderá, e deverá, definir a classificação final desta 1ª fase do campeonato.A dupla de arbitragem albicastrense cometeu alguns erros mas não podia ter qualquer influência no resultado final.