segunda-feira, maio 28, 2007

31º AUTOCROSS/CROSSCAR DE CASTELO BRANCO


Emoção q.b.

A 31ª edição do Autocross/Crosscar de Castelo Branco fica marcada pelo facto de, à hora do fecho da nossa edição (tarde de segunda-feira), não haver ainda classificações finais oficiais das provas a contar para o Campeonato Nacional de Crosscar, competição onde participou o piloto belmontino Mauro Reis, e do Troféu Wilkinson. Segundo nos foi possível apurar, a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting decidiu, ao final da tarde de domingo já depois das respectivas finais, mandar rebocar dois dos veículos participantes para serem inspeccionados no Porto. O que motivou esta tomada de posição não nos foi possível saber mas, certo é que as classificações finais oficiais estão suspensas e não foram ainda divulgadas.
Na prova a contar para o Campeonato Nacional de Autocross realizadas em Castelo Branco apenas na Divisão 2 o vencedor, Pedro Magalhães, com um Vauxhall Astra, venceu à vontade. O 1º classificado passou 6 segundos à frente de Olavo Ribeiro e 7 do piloto do nosso distrito Rui Raposo, ambos ao volante de um Opel Astra.
Na Divisão 1, Joaquim Santos, tripulando um Opel Astra OPC, ultrapassou logo na saída o BMW 4x4 de José Azevedo, mas no decorrer das 7 voltas, as posições inverteram-se, conseguindo José Azevedo uma vitória com pouco mais de um segundo de vantagem sobre Joaquim Santos. Não muito longe chegou Pedro Matos, num Mitsubishi Lancer, a apenas 3 segundos. Foi esta, sem dúvida uma das provas que mais agradou ao público que se deslocou ao Parque de Desportos Motorizados de Castelo Branco.
Outra prova muito emotiva e com grande espectáculo, apesar de apenas haver luta pelos dois primeiros lugares, aconteceu na Divisão 3. António Ferreira, com um Atmos Storm, travou uma luta interessante com Hélio Francisco, tripulante de um H Sport TT, mas nos protótipos voltou a ser mais forte António Ferreira com apenas dois décimos de segundo de vantagem. No último lugar do pódio ficou Paulo Cerdeira, com um Atmos Stonger.
Nas duas divisões integradas na Taça Nacional, saíram vencedores José Blanco (BMW IX), na Divisão 1, e Rui Cotrim (Renault Clio), na Divisão 2. Joaquim Frade (Lancia Delta), a 3 segundos, e Luís Fonseca (Mitsubishi Galant), com mais 24 segundos, terminaram em 2º e 3º respectivamente na Divisão 1, e Jorge Borges (Opel Astra), gastando mais 7 segundos, e Paulo Mousaco (Peugeot 309 GTI), a 10 segundos, ocuparam os restantes lugares do pódio na Divisão 2.As organizações Escuderia Castelo Branco regressam nos próximos dias 30 de Junho e 1 de Julho com a realização da 12ª edição do Rallycross de Castelo Branco, prova que vai decorrer igualmente no Parque de Desportos Motorizados da capital de Distrito.

BOA ESPERANÇA- 8 BEIRA-MAR- 5


Boa está na corrida!

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- José Gaspar e Nuno Oliveira, de Coimbra
Boa Esperança- Hugo Nunes e Francisco Fernandes, Ricardo Machado, Marco Borronha, Theres Oliveira, André Gonçalves, Francisco Aragonês, Bruno Barata, Alexandre Cardoso, Hugo Silveira, Bruno Neves e Daniel Ascensão
Treinador- Humberto Cadete
Beira-Mar- Gato, Bruno Vilarinho, Moreira, Catambas, Fred, Paulo Rosa, Paulito, Diogo, Zeca, Paulo Pires e Gil
Treinador- Jorge Neves
Disciplina- Cartão amarelo a Ricardo Machado aos 6, Theres Oliveira aos 8 e 9, Daniel Ascensão aos 9 e a Hugo Silveira aos 28 e 39; Diogo aos 11, Gato aos 28 e 33, Paulito aos 36 e a Moreira aos 37. Cartão vermelho por acumulação de amarelos a Theres Oliveira aos 9 e a Hugo Silveira aos 39; Gato aos 33
Marcadores- Marco Borronha aos 1, 17 e 23, Theres Oliveira aos 9, Daniel Ascensão aos 10 e 11, Hugo Silveira aos 30 e Francisco Aragonês aos 34; Gil aos 9 e 19, Bruno aos 25, Paulito aos 34 e Diogo aos 39

Depois da derrota pela margem mínima na jornada inaugural na deslocação ao terreno do Mogadouro, a Boa Esperança regressou a casa para defrontar a outra equipa que também não somou pontos na 1ª jornada, o Beira-Mar.
E no jogo que podia afastar quase que de forma definitiva a equipa que perdesse da luta pelo título nacional, entrou melhor a Boa Esperança que marcou por Marco Borronha logo aos 11 segundos.
Depois deste golo de certa forma inesperado para as duas equipas, foram os aveirenses que tomaram conta do jogo, passando a ter mais tempo de posse de bola e a jogar mais dentro do meio campo laranja. Os da casa, a vencer, ficaram na expectativa para, sempre que possível, espreitar o contra-ataque.
Apesar de ter mais tempo a bola, as oportunidades dos forasteiros não foram mais que as da Boa, equipa que aumentaria a sua vantagem por intermédio de Theres no minuto nove. Mas esse minuto fica também associado à expulsão do brasileiro e ao 2-1 marcado por Gil na transformação de um livre de 10 metros. É que a Boa Esperança chegou às 5 faltas muito cedo. Mas quando se poderia pensar que a falta de Theres seria acusada pela equipa, eis que surge Daniel Ascensão para, em dois minutos, aumentar para 4-1. Depois de algumas oportunidades claras de golo, apareceu finalmente o quinto golo, desta vez obra de Marco Borronha. Um novo livre de 10 metros permitiu a Gil reduzir para 5-2 ainda antes do descanso.
No reatamento a história foi diferente e não vai muito além dos golos apontados, no total 3 para cada lado, resultado que permitiu a Humberto Cadete somar os primeiros 3 pontos nesta fase final e colocar-se a apenas um ponto dos dois líderes que, no outro jogo da jornada, não foram além de um empate.
Nos segundos 20 minutos nota negativa para o comportamento de alguns jogadores que poderiam perfeitamente ter evitado algumas situações que roçaram a indisciplina.A dupla de árbitros de Coimbra, apesar de não ter influência no resultado final pareceu-nos não utilizar um critério uniforme a nível disciplinar, aqui com maiores razões de queixa para a Boa Esperança.

AD ALBICASTRENSE- 30 SANTA CRUZ- 28


Quase que acontecia surpresa…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Joaquim Diogo e João Baleiza, de Portalegre
AD Albicastrense- Pedro Mendes e João Poças, Martin Gomes, Pedro Sanches (6), Tiago Santos (11), João Fialho, Luís Robalo, Bruno Roberto (1), Filipe Pereira (7), Maximiano Ribeiro (4), João Romão e Daniel Pereira (1)
Treinador- José Curto
Santa Cruz- Pedro Martins, Edward Moniz, Arlindo Lemos (6), António Correia, Aldemar Andrade (6), Luís Casado (8), Luís Menez, Ricardo Fantucchi, Duarte Lemos (2), João Andrade (1), Nuno Fernandes (3) e Sandro Atilano (2)
Treinador- Fábio Teixeira
Marcador ao intervalo- 12-16

Depois de uma vitória na Madeira por 36-19, e com o Santa Cruz na última posição somando só derrotas, pareciam estar reunidos todos os condimentos para uma tarde tranquila em que José Curto poderia rodar todo o plantel, até porque Ricardo Sousa, Luís Gama e Carlos Gomes, por exemplo, não estiveram presentes, e João Fialho continua a braços com alguns problemas físicos que o impedem de dar o seu melhor, como de resto prova a ausência de golos marcados na tarde de sábado.
Só que as contas pareceram começar a sair trocadas logo desde o início. Aproveitando o mau início da Albicastrense, e com uma eficácia ofensiva muito perto dos 100%, os madeirenses chegaram ao 10-1 (!!!) pouco depois dos 10 minutos, e, por este caminho, se não fossem puxados os galões de favorita, a ADA estava claramente sujeita a uma humilhação no seu terreno frente a uma equipa que apenas mostrava muita vontade.
A partir dessa arrepiante diferença de 9 golos, os azuis começaram a arrepiar caminho, e aos 20 minutos a diferença estava reduzida para 7 golos (7-14), chegando ao intervalo 4 golos atrás do adversário mas com tudo em aberto para poder dar a volta ao jogo.
Na segunda metade a equipa de José Curto entrou com a vontade e determinação com que deveria ter começado o jogo, e com um parcial de 4-0, chegou à primeira situação de empate logo aos 3 minutos, para pouco tempo depois estar pela primeira vez na frente do marcador com um 18-17.
Depois disto, e mesmo sendo obrigada a jogar contra várias decisões erradas e por vezes provocatórias da dupla de arbitragem, a ADA já nunca mais permitiu ao adversário ir para o comando do placard. Até final só aconteceram mais duas situações de empate, mas os da casa, que estavam a actuar como visitantes, foram gerindo uma vantagem que nunca ultrapassou os dois golos, até ao 30-28 final.
Vitória da melhor equipa que, mesmo com as ausências importantes, e depois de um início comprometedor conseguiu operar a reviravolta e somar mais 3 pontos, mantendo o 5º lugar. Na próxima jornada, a Albicastrense recebe o Almada no Municipal, no próximo sábado às 18 horas. Uma excelente oportunidade de se aproximar ainda mais das equipas que seguem à sua frente na classificação.A dupla de árbitros de Portalegre, tal como nas outras ocasiões que se deslocou a Castelo Branco, voltou a não deixar saudades. Que implicância com o azul…

CENTRO-CAMPISTA DO VALONGO EM ALCOCHETE


Bruno Sousa treinou com iniciados do Sporting CP

Bruno Sousa, médio da equipa de Iniciados da Associação Recreativa e Cultural do Bairro do Valongo, deslocou-se na última quarta-feira, dia 23 de Maio, à Academia do Sporting, em Alcochete, onde prestou provas em situações de jogo durante cerca de uma hora e meia em conjunto com o plantel de iniciados do clube leonino.No final, o Departamento de Formação do Sporting Clube de Portugal informou o jovem atleta que vai continuar a acompanhar a sua evolução, e que brevemente vai voltar a ser chamado para participar em novos treinos.

segunda-feira, maio 21, 2007

BENFICA CB- 3 UNIÃO DE COIMBRA- 2


Foi preciso uma cambalhota para acabar bem

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Pedro Mansinho, auxiliado por José Rosado e Joaquim Rabasqueira (Évora)
Benfica CB- Sérgio (2), Cascavél (3), Salcedas (3), Miguel Vaz (3), João Peixe (4), Trindade (5), Renato (4), Ricardo Viola (4), Gervásio (3), Ricardo António (3) e Alex (3)
Treinador- António Jesus
União de Coimbra- Márcio, Paulo Soares, Reis, Lebres, Moita, Tiago, Pisco, Tavares, Luís Lopes, Alex e Carlos Luís
Treinador- Hermínio Moita
Substituições- Miguel Vaz por Edgar (2) aos 60, Gervásio por Prata (2) aos 60 e João Peixe por Tiago Marques (2) aos 75; Moita por Gonçalo aos 77, Tavares por Capim aos 86 e Carlos Luís por Gabi aos 88
Disciplina- Amarelos a Renato aos 45+1, Miguel Vaz aos 49 e Gervásio aos 51; Pisco aos 55, Carlos Luís aos 68 e Paulo Soares aos 84
Marcadores- Trindade aos 21, Renato aos 68 e João Peixe aos 74; Carlos Luís aos 13 e Lebres aos 28

A figura do jogo- Trindade – É o mais veterano da equipa mas também é dos que mais corre e dá um bom exemplo aos mais jovens. Apareceu variadíssimas vezes como um autêntico extremo esquerdo, e assim fez os passes de morte para o segundo e terceiro golo, e já tinha inaugurado o marcador com um golo pleno de oportunismo e com boa execução técnica. Fica mais uma temporada?

O Benfica CB- Estranhamente demorou muito a pegar no jogo, mesmo sabendo que o resultado já pouco ou nada interessava. Mas os jogadores não queriam despedir-se do seu público com uma derrota contra uma equipa que há muito baixou aos distritais e conseguiram uns últimos 25 minutos de boa qualidade, merecendo amplamente a vitória.

Sem nada estar em jogo, a não ser o dignificar das camisolas, o Benfica jogou diante do seu público frente a uma equipa há muito condenada aos distritais, mas depois de estar duas vezes em situação de desvantagem, acabou por corrigir o resultado com uns 25 minutos finais de muito bom nível.
Os albicastrenses começaram por mostrar os mesmos problemas e lacunas que apresentaram no jogo anterior na Bidoeira, com muita vontade de fazer rápido e bem, mas em que as coisas voltaram a não sair bem. A única diferença é que o União de Coimbra acabou por causar bem mais problemas defensivos do que aqueles que a equipa tinha sentido no jogo anterior.
Fruto disso, logo aos 13 minutos, Carlos Luís na transformação de um livre directo do lado direito do seu ataque, acabou por fazer a bola sobrevoar toda a linha defensiva encarnada e introduzir a bola directamente dentro da baliza de Sérgio, que também não ficou totalmente isento de culpas. O golo não foi sentido, até porque o Benfica sabia que ainda faltava muito tempo e que o União também tinha as suas fragilidades, e aos 21 minutos Ricardo Viola desmarcou bem Trindade que, à ponta de lança, executou um chapéu com as medidas perfeitas ao guarda-redes Márcio.
Podia pensar-se que estaria, nesta altura, feito o mais difícil mas, o União continuou a insistir no ataque e voltou a adiantar-se muito próximo da meia hora, quando Lebres aproveitou a atitude demasiado passiva da defesa encarnada para bater Sérgio. O guarda-redes que substituiu Hélder Cruz voltou a não ficar bem na fotografia ficando a clara sensação que podia ter feito mais.
A perder ao intervalo, e sem jogar bem, António Jesus sabia que tinha que pôr a equipa a fazer algo mais que faltou na etapa inicial. Apesar de estar em desvantagem, Jesus optou por proteger dois jogadores amarelados, Gervásio e Miguel Vaz, para lançar dois jovens da casa Prata e Edgar, e mais tarde Tiago Marques, isto apesar de ter a seu lado Senra e Pipocas. A ideia era permitir aos jovens encarnados que se mostrassem e que também eles entrassem na festa e curiosamente foi depois dos 65 minutos que o jogo mudou radicalmente. Foi mais ou menos por essa altura que os encarnados pegaram no jogo e embalaram, principalmente sob a batuta de Trindade, para a cambalhota no marcador. O veterano jogador encarnado vestiu autenticamente a pele de um extremo esquerdo e fabricou os dois golos que permitiram ao Benfica terminar a época em beleza. Primeiro quando centrou atrasado para Renato atirar um míssil para dentro da baliza de Márcio e seis minutos depois quando colocou a bola com conta, peso e medida na cabeça do inevitável João Peixe. Trindade a dizer que “velhos são os trapos” e a fazer aquilo que os mais novos não estavam a conseguir.
Até final pouco mais a acrescentar ao domínio encarnado, a não ser uma estranha reacção a roçar o excesso de agressividade por parte de alguns jogadores visitantes que também eles queriam terminar a época com uma vitória…

A arbitragem- Demorou muito a punir infracções duras com amarelos e quase perdia o controlo do jogo na 2ª parte. Tavares fez de tudo para ver amarelo(s), mas acabou por não conseguir porque o seu treinador apercebeu-se e tirou-o do jogo e Paulo Soares tinha que ver vermelho quando agarrou Tiago Marques pelo pescoço do lado de fora da área do União.

Discurso directo- António Jesus, treinador do Benfica CB- “Foi um jogo de festa, de final de época, tinha-lhes pedido para não se deixarem vencer nesta partida. Esta semana praticamente não treinámos, foi só festejar, e isso reflectiu-se um pouco. Além disso apanhámos uma equipa que veio para nos provocar mas acabou por ser um jogo mais ou menos agradável que valeu pela vitória”.

Domingos Farinha, Presidente do Benfica e Castelo Branco

“Só não quero voltar a descer”

Tribuna Desportiva- Como é que se sente hoje, depois de uma época com tantos problemas?
Domingos Farinha- Sinto-me uma pessoa feliz porque conseguimos atingir os objectivos, e agora temos que encarar o futuro com optimismo.
TD- Como é que vai ser o futuro? Uma vez que em princípio vai haver cortes orçamentais?
DF- Em princípio terá que haver, para podermos sair de cabeça erguida como saímos esta época. Os jogadores hoje saem daqui, e levam o dinheiro deles. Na próxima época não nos podemos exceder, e para isso tem que haver cortes no orçamento. Vamos ver até que ponto esses cortes vão ser feitos mas vamos ver, de acordo com as indicações do mister, o João Paulo é a pessoa que está directamente ligada aos jogadores e vai certamente trabalhar para termos uma equipa competitiva. O nosso objectivo para a próxima época será, se for possível, ficar acima do meio da tabela. Se não for possível, só não quero descer de divisão novamente, porque nós trabalhamos muito para organizar a equipa e, a partir de Novembro começamos a ver os frutos. Quero aproveitar para agradecer a todos, aos que estiveram antes e aos que estão agora.
TD- Financeiramente a venda do terreno também ajudo esta temporada mas, como disse o João Paulo na Bidoeira, para o ano não há mais terrenos para vender…
DF- Ajudou em parte, mas o dinheiro do terreno também serviu para pagar muitas coisas além do futebol. Não há mais terrenos para vender mas nós temos os pés bem assentes no chão e, para o ano, vamos saber conduzir o barco como conduzimos este ano. Não vamos fazer promessas, mas confiamos que a cidade nos vai ajudar.
TD- Hoje esteve aqui o presidente Joaquim Morão, esta subida também é uma maneira de cativar a Câmara…
DF- Sim, já falámos com o presidente sobre isso e agora vamos esperar para ver até onde ele nos pode ajudar.
TD- Mas já vos falou na redução dos subsídios?
DF- Não…
TD- Certamente também tem a noção que houve uma subida de divisão…
DF- Precisamente. O presidente Joaquim Morão sabe que o Benfica e Castelo Branco é a bandeira da cidade a nível de desporto e sabe que a 2ª divisão implica mais despesas que a 3ª. No entanto, nós vamos tentar manter um plantel competitivo e para isso contamos com o mister Jesus.

João Peixe, melhor marcador do Benfica e Castelo Branco

“Este emblema sempre me deu sorte”

Tribuna Desportiva- Termina hoje uma grande época com 19 golos apontados ao serviço do Benfica e Castelo Branco…
João Peixe- Sim, foi muito bom. Foi um trabalho árduo de toda a equipa técnica e de todo este grupo de trabalho. Os meus 19 golos foram o corolário de uma grande época minha, de toda a equipa, e de toda a estrutura do clube. Eu apenas estive na área para fazer aquilo que me compete, que é fazer golos. Se não fosse eu a fazê-los ficaria contente na mesma, mas é óbvio que gosto de juntar o útil ao agradável.
TD- Aos 31 anos, o Benfica reabilitou a sua carreira?
JP- Sim, sem sombra de dúvida! Foi a primeira vez que joguei na 3ª divisão, já tinha feito boas épocas na 2ª divisão, na II Liga e há já algum tempo na Super-Liga, mas já não fazia uma época a marcar tantos golos há dois ou três anos. Esta camisola e este emblema sempre me deram sorte, desde os tempos de miúdo. Vim encontrar aqui pessoas com muito querer e muita humildade que, numa altura que o clube estava na mó de baixo, puseram a sua vontade ao serviço do clube e da cidade e conseguiram reerguer um emblema com esta dimensão e este prestígio.
TD- Vai continuar a marcar golos na próxima época com este emblema?
JP- Não sei ainda. Não vou dizer que sim nem que não, porque já se sabe como é que é o futebol. A próxima semana vai ser decisiva…
TD- Mas há vontade?
JP- Há vontade mas, provavelmente, depois da época que fiz, se calhar vão aparecer propostas mais vantajosas. Mas se sair terá que ser mesmo uma proposta muito vantajosa, porque trocar por trocar, prefiro estar aqui junto dos meus amigos e destes sócios que tanto me acarinharam.
TD- O vinda do António Jesus no decorrer da época também foi claramente uma mais valia…
JP- Sem sombra de dúvida! O mister é um treinador com muita experiência, já tem algumas subidas de divisão, já conhecia alguns jogadores, outros foi-os conhecendo e fez um grande trabalho. Quando ele chegou estávamos muito pontos atrasados em relação aos lugares da subida e ele operou uma reviravolta inesquecível.

BENFICA E CASTELO BRANCO APOSTA NA CONTINUIDADE


António Jesus é o treinador para 07/08

António Jesus confirmou, no final do jogo frente ao União de Coimbra, que “já é certo que vou continuar no Benfica e Castelo Branco”. O acordo foi alcançado no decorrer da última semana depois de, na Bidoeira, o treinador ter deixado praticamente a garantia que iria ficar mais uma temporada. A vontade de António Jesus sempre foi ficar nos encarnados e, se somarmos a isto a ideia recíproca do clube, também manifestada por João Paulo Nunes, então rapidamente se retirava a conclusão que o acordo estaria iminente. Desta forma, clube e treinador já trabalham com vista à preparação da próxima temporada, com ideia de segurar os jogadores que interessam manter do plantel actual, e também estabelecer contactos com outros que Jesus já manifestou interesse em trazer para o clube albicastrense, versão 2007/08.

domingo, maio 20, 2007

MEDALHA DE MÉRITO DESPORTIVO ATRIBUÍDA EM… 1994


João Peixe distinguido… 13 anos depois

João Peixe, hoje o melhor marcador do Benfica e Castelo Branco com 19 golos, foi campeão da Europa de sub-18 no longínquo ano de 1994. Na altura, a nossa selecção e, naturalmente todos os jogadores e respectivo staff, foi distinguida pelo Governo da época com a Medalha de Mérito Desportivo. Até aqui nada de novo. O curioso é que a medalha de João Peixe só lhe foi entregue no último domingo. A cerimónia teve lugar antes do início do jogo e, na ocasião estiveram presentes Jorge Martins, vice-presidente da Associação de Futebol de Castelo Branco, e Joaquim Morão, presidente da Câmara Municipal da capital de distrito. E João Peixe só agora recebeu a medalha que é dele por direito porque, segundo conta o próprio jogador, “vim visitar os elementos da Federação Portuguesa de Futebol por ocasião do Torneio Internacional de sub-16 que aqui decorreu há algumas semanas, eles lembraram-se de mim, e também se lembraram que ainda lá estava a medalha para me oferecer”. Como diz Peixe “mais vale tarde do que nunca e assim juntámos o útil ao agradável”. Apesar de chegar com 13 anos de atraso o goleador aproveitou para “deixar um agradecimento à Federação por ter tido este gesto para comigo”.

AD ALBICASTRENSE- 22 BOA-HORA- 24


Faltaram forças nos últimos minutos…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- António Guilherme e Marco José, de Coimbra
AD Albicastrense- Ricardo Sousa, Pedro Mendes e João Poças, Martin Gomes, Pedro Sanches (2), Tiago Santos (9), Carlos Gomes, João Fialho (6), Bruno Roberto (1), Filipe Pereira, Maximiano Ribeiro (3), João Romão e Daniel Pereira (1)
Treinador- José Curto
Boa-Hora- André Bravo, Diogo Gonçalves (6), José Rua (6), Rodolfo Lopes (2), Marco Jacinto, Bruno Clemente, João Palmela (1), António Vasco, João Lopes (3), Luís Cordeiro (6), Mário Fonseca, Tiago Pinho e Manuel Vilaça
Treinador- José Manuel Pais
Marcador ao intervalo- 13-13

Frente ao líder desta fase final da 1ª Divisão, a Associação Desportiva Albicastrense regressou às derrotas no seu reduto. Apesar de terem sido os visitantes a inaugurar o marcador, a equipa de José Curto reagiu muito bem e acabou por embalar para uns primeiros 20 minutos de bom nível, conseguindo chegar aos 22 minutos com a máxima diferença no marcador, quando vencia por 10-7. Mesmo estando nesta altura em situação de desvantagem os lisboetas mostravam uma equipa muito mais possante fisicamente, mais alta e mais pesada, onde se destacava especialmente o papel do pivot Luís Cordeiro que dava água pela barba à defesa da casa. O Boa-Hora chegou ao empate a 11 a 2 minutos do final e no descanso registava-se nova igualdade, desta vez a 13 golos.
Na segunda metade, as situações de empate mantiveram-se durante largos minutos. A ADA estava bem no capítulo defensivo, mas era no ataque que, contrariamente ao que é habitual, residiam os principais problemas. Aos 15 minutos o Boa-Hora chega à primeira vantagem (19-20), e a partir daí não mais a ADA conseguiu estar na frente do marcador. A classe individual do líder foi vindo ao de cima e, se juntarmos a isso uma quebra física da ADA, especialmente por não poder contar com Luís Gama e sem um João Fialho no seu melhor nível, estavam reunidos os ingredientes para acontecer o resultado que aconteceu. Apesar do resultado negativo é de destacar a forma como os azuis se bateram frente a uma equipa que, apesar de tudo, não mostrou grande supremacia. Fica também a nota para outra excelente exibição de Tiago Santos, um ex-campeão nacional que voltou a ser o melhor marcador da sua equipa com 9 golos.
A arbitragem cometeu alguns erros mas acabou por não ter influência no resultado final.No próximo sábado a ADA actua na posição de visitante frente ao Santa Cruz, da Madeira, mas o jogo disputa-se no Municipal de Castelo Branco pelas 15.30. Recorde-se que, na primeira volta, a Albicastrense venceu na Madeira por 36-19.

DESPORTIVO CB COM NOVOS CORPOS SOCIAIS


António Marcelo quer que “2009 seja o ano zero”

A Comissão Administrativa que geria os destinos do Desportivo de Castelo Branco nos últimos meses deu lugar, na última sexta-feira, aos novos corpos sociais que vão ser empossados na próxima 5ª feira em cerimónia a decorrer na sede social do clube pelas 21 horas.
A lista única encabeçada por António Marcelo acabou por ser eleita por unanimidade pelos 26 sócios que estiveram presentes na Assembleia-geral. Depois de alguns avanços e recuos, António Marcelo decidiu-se mesmo por ir a votos mas isto só aconteceu porque “pude contar com o regresso do José Bernardino”. De resto, o surgimento do nome do ex-presidente no lugar de presidente da mesa da Assembleia-geral, que era ocupado por Carlos Vale, é mesmo a maior novidade de uma lista que integra todos os nomes que já acompanhavam Marcelo na CA. O novo presidente tem como vice Hermínio Meira, secretário-geral, José Pedroso, António Cruchinho e Manuel Henriques são os responsáveis pelo Departamento de futebol de 11 e José Estêvão e Henrique Ramalho pelo futebol de 7. São vogais os seguintes elementos: António Almeida, João Latado, José Roxo, João Paulo Leitão, Fernando Passos, João Vilela, Filipe Caldeira e Henrique Algarvio. O Conselho de Contas é presidido por Francisco Duarte, sendo Carlos Paixão e Henrique Mendes os vogais. Como já referimos José Bernardino é o novo presidente da AG, e tem como vice João Carmona e como secretários, Daniel Alves e Joaquim Branco.
Quanto ao futuro, o presidente eleito para o biénio 2007-08, “por saber que o clube é subsídio-dependente e que assim terá que continuar”, referiu que “a aposta vai continuar a ser na formação e não vamos falar além disso”. Nesta altura, o principal problema do clube é financeiro, mas a este respeito António Marcelo diz que “quero limpar o passivo no próximo ano e meio para que o ano de 2009 seja o ano zero”. A terminar o presidente eleito pediu ainda “a todos os directores que dêem ainda um pouco mais de si próprios em prol do clube”.
Nesta reunião magna foi ainda aprovado um voto de louvor a José Bernardino, proposto por António Marcelo, pelo ex-presidente ter tido a coragem de assumir juntamente com uma direcção uma dívida no valor de 100 mil euros, e a Carlos Vale, este proposto por José Bernardino que destacou o facto deste sócio fundador ter estado 14 anos como presidente da mesa da Assembleia-geral.
Parece assim estar de regresso a estabilidade directiva a um clube que este ano vai comemorar o 40º aniversário.

segunda-feira, maio 14, 2007

BIDOEIRENSE- 0 BENFICA CB- 1



No último minuto, pois então!!!

Campo Outeiro Agudo, na Bidoeira de Cima
Árbitro- Joaquim Gato, auxiliado por Nuno Croino e David Bruno (Évora)
Bidoeirense- Nuno Viseu, Borges, João, Beto, Dias, Rodolfo, Neto, Morais, David, Joel e Milton
Treinador- Frederico Rasteiro
Benfica CB- Hélder Cruz (3), Salcedas (3), Miguel Vaz (3), João Peixe (3), Ricardo Viola (3), Trindade (3), Renato (3), Gervásio (3), Ricardo António (3), Alex (3) e Pipocas (3)
Treinador- António Jesus
Substituições- Morais por André Neves aos 90+1; Pipocas por Senra (3) aos 59, Salcedas por Cascavél (3) aos 67 e Ricardo Viola por Sérgio (3) aos 75
Disciplina- Amarelos a Milton aos 29 e 79, Nuno Viseu aos 85 e André Neves aos 90+3; Ricardo Viola aos 75 e Ricardo António aos 75. Vermelho por acumulação de amarelos a Milton aos 79 e vermelho directo a Hélder Cruz aos 75
Marcador- Borges (pb) aos 90

A figura do jogo- Sérgio – É um jovem guarda-redes que, inesperadamente teve oportunidade de se estrear no campeonato devido à expulsão de Hélder Cruz. O destaque merece-o, não pelo muito trabalho que teve, mas porque aos 92 minutos fez uma defesa que acabou por valer a festa da subida. Não acusou nada a responsabilidade de ter que actuar pouco mais de 15 minutos quando certamente não estaria à espera.

O Benfica CB- Nunca conseguiu ser uma equipa esclarecida no jogo, talvez por querer muito ganhar, mas os jogadores todos mostraram uma enorme garra para poderem fazer a festa já na Bidoeira. Mostrou ser claramente a melhor equipa e acabou por voltar a festejar no último minuto.

Frente ao último classificado, o Benfica e Castelo Branco tinha a grande oportunidade de não deixar a resolução da questão da subida para a derradeira jornada. A equipa não jogou bem, mas a raça e o muito querer de todo o grupo acabaram por ser recompensados com um (auto) golo que caiu do céu no último minuto.
O Benfica não precisava estar com os ouvidos no que se ia passando no União de Coimbra-Monsanto, mas pela forma como o jogo se foi desenrolando, tudo parecia indicar que seria preciso esperar por esse resultado para os encarnados saberem se a festa da subida ficava, ou não, adiada para a última jornada.
Se a nível defensivo a tarde foi sempre tranquila, principalmente para Hélder Cruz que não tinha grande trabalho, do meio campo para a frente as coisas tendiam a complicar-se, e as maiores dificuldades apareciam no último terço do terreno, não só porque Frederico Rasteiro tinha o seu meio campo defensivo muito povoado, mas também porque os extremos encarnados e os municiadores do ataque não conseguiam “pôr” bolas jogáveis nos homens mais avançados. Pipocas, Salcedas, Miguel Vaz e até mesmo Trindade bem tentavam, mas João Peixe quase que entrava em desespero por não conseguir dispor de uma boa oportunidade para bater Nuno Viseu. Na 1ª parte, fica apenas o registo para um desvio de cabeça de Peixe que levou a bola a bater na barra, e uma grande penalidade evidente cometida pelo capitão da casa que o árbitro não sancionou. Borges andou autenticamente com a bola na mão, tipo bandeja, até que o seu guarda-redes se apercebeu e lhe pegou.
Na 2ª parte o cenário não se alterou muito, mesmo com as mexidas de António Jesus. A equipa continuava a demonstrar muito querer e muita vontade de fazer a festa, mas a fórmula utilizada não parecia ser a correcta. Mesmo sem jogar bem, o Benfica fazia o suficiente para ganhar, mas aos 75 minutos surgiu uma contrariedade que podia ter complicado. O árbitro não considera uma carga sobre Ricardo António à entrada da área dos da casa e na sequência do lance Hélder Cruz joga a bola com a mão fora da sua área. Vermelho evidente mas que surgiu de uma falta não assinalada. As coisas, em termos de futebol jogado, não estavam a sair como em jogos anteriores mas aos 83 minutos a bola andou dentro da baliza do Bidoeirense, mas Joaquim Gato voltou a fazer vista grossa, isto apesar do seu auxiliar ainda ter ensaiado uma corrida para o centro do terreno assinalando golo. Era caso para dizer que “aqui há Gato”.
Aos 88 minutos Peixe tentou com um remate cruzado que desta vez saiu ao lado e em cima do minuto 90 surge o auto-golo do capitão Borges que promoveu os albicastrenses à 2ª divisão.
No penúltimo minuto de compensações, o jovem guarda-redes Sérgio também teve a sua oportunidade de brilhar, e também ele contribuir de forma decisiva para a festa, ao tirar a bola dos pés de Joel que caminhava isolado para a baliza. Uma defesa daquelas que tem tanto valor como um golo marcado.
Um jogo que valeu mais pelo resultado do que pela exibição e que faz regressar o Benfica à 2ª Divisão Nacional.

A arbitragem- Um trio muito fraquinho que, caso o Benfica não tivesse ganho, teria influência directa no resultado. Para além de faltas e faltinhas que já não se usam, não assinalou uma grande penalidade aos 34 minutos quando Borges andou autenticamente com a bola na mão dentro da sua área, e não validou um golo, que o seu assistente começou por validar, quando aos 83 minutos a bola esteve dentro da baliza de Nuno Viseu. Fraquinho para um jogo que valia uma subida de divisão.

António Jesus, treinador do Benfica e Castelo Branco

“Passei 15 dias a unir o balneário”

Tribuna Desportiva- Uma vitória difícil, outra vez com um golo no último minuto…
António Jesus- Felizmente conseguimos os nossos objectivos e estamos imensamente felizes, porque sabíamos que é sempre difícil jogar quando tem que se decidir alguma coisa. Jogar à 15ª jornada ou à 20ª qualquer um joga! É nestes jogos que se vê quem são os verdadeiros jogadores. Ao intervalo disse-lhes isso, tentei mexer um bocado com o brio deles, e eles correram bastante, não correram tão bem como nos últimos jogos, mas hoje a exibição quase que fica um bocadinho para segundo plano, uma vez que conseguimos o essencial.
TD- Disse a certa altura da época que no início alguém tentou estragar o seu trabalho e que quando terminasse o campeonato iria revelar quem foi e o que se passou. O campeonato para o Benfica termina hoje…
AJ- Eu cheguei, a Castelo Branco, não conhecia ninguém, peguei numa equipa que tinha graves problemas no balneário, havia jogadores que não se queriam equipar no mesmo balneário que outros jogadores, e havia alguém dentro do meu grupo de trabalho que trazia cá para fora as conversas que o treinador tinha com eles. E depois houve alguém, penso que um Tó qualquer coisa, que se deu ao trabalho de fazer elevar o seu grau académico, que de facto é muito superior ao meu, para tentar denegrir o trabalho e as conversas que o treinador tinha, da forma como analisava as partidas, os trabalhos que eram feitos… E tive duas semanas de muito trabalho porque senti que o grupo era mau. Estava a trabalhar com um grupo que estava desmotivado, que tinha qualidade, mas que tinha muita desconfiança entre si. Eu joguei aberto com eles sobre a minha forma de estar e de trabalhar, e eles foram-se abrindo comigo, porque desde o Trindade como treinador, desde o Miguel Vaz que foi o formador, depois passou a ser o Telmo, depois o Cascavél… andámos nisto duas semanas, a tentar limpar o balneário. O jogador que eu penso que fez isto, arrepiou caminho e ficou connosco até ao fim, mas também houve alguém que aproveitou a ingenuidade desse jogador, apesar de já não ser nenhuma criança.
TD- Mas é claro que não houve aqui uma passagem de testemunho pacífica entre os dois treinadores…
AJ- Houve… eu até estive presente na transição a convite do anterior treinador, só que depois as coisas foram para um lado que eu não estava à espera, o que me deixou bastante triste. Eu não contava com aquilo, e muito honestamente eu era incapaz de fazer aquilo a qualquer treinador, ainda por cima com uma pessoa que eu não conhecia de lado nenhum, como era o caso. Até se aproveitaram da minha relação forte com o último minuto para dizer que o Benfica e Castelo Branco não jogava nada, estava era com a sorte que não tinha anteriormente. Tudo foi pretexto para denegrir o trabalho que estava a ser feito no Benfica. O certo é que hoje estamos a festejar uma subida quando, quando eu cheguei houve um ex-presidente do clube que me pediu para eu não deixar cair “isto” nos distritais, porque a cidade não merece isso. Eu tive a ousadia de dizer que ia tentar subir e felizmente foi o que aconteceu. É evidente que os jogadores têm uma enorme palavra neste êxito, mas a direcção também, porque nunca lhes faltou com nada e eles sabem que chega o fim do mês e têm o seu ordenado. Esta foi a grande arma para a nossa recuperação neste campeonato.
TD- Isto também é uma bofetada de luva branca para alguns…
AJ- É. Eu uma vez dediquei um triunfo no Bombarral à cidade de Castelo Branco e agora dedico esta subida às pessoas da cidade. O que me disseram é que este ano já houve mais gente nos jogos do que em anos anteriores, e eu espero que para o ano continuem a acreditar nas pessoas que estão à frente do clube e que se virem mais para o Benfica, porque é um clube que tem um historial rico, é um dos embaixadores da Beira, e eu gostava de ver o Benfica a disputar outros lugares na 2ª divisão.
TD- E sabemos também que já foi convidado a continuar…
AJ- Sim, o convite já foi feito há algum tempo, havia um objectivo principal que era a subida e agora temos tempo…
TD- Mas há vontade da sua parte?
AJ- Há vontade de ambas as partes e penso que para o ano estou, de novo, a treinar o Benfica e Castelo Branco.

João Paulo Nunes, vice-presidente para o futebol do Benfica e Castelo Branco

“Um ano atribulado com final feliz”

Tribuna Desportiva- Hoje é um dia de festa, não só para os jogadores, mas também para uma direcção que viveu um ano atribulado…
João Paulo Nunes- Sim, primeiro foi uma direcção, depois uma Comissão, depois de novo direcção, mas as vitórias assim também têm outro sabor. Passamos momentos conturbados, mas conseguimos atingir um objectivo que nos propusemos no início do campeonato. As coisas não começaram a correr bem, mas a partir do momento que chegou o mister Jesus, nunca lhe exigimos a subida, mas fomos jogando jogo a jogo e chegámos à subida na penúltima jornada.
TD- E agora na 2ª divisão? O que é que já se pode adiantar?
JPN- Não há grandes novidades… Se calhar temos que pensar reduzir o orçamento e fazer contas ao que temos, e ver o que a cidade nos pode dar. Há algumas coisas alinhavadas, queríamos ficar com o mister Jesus, mas temos consciência que vai ser difícil, porque, se calhar o Benfica não tem dinheiro para lhe pagar, porque não podemos entrar em grandes loucuras e há quem lhe possa dar mais…
TD- O Jesus praticamente confirmou hoje que vai continuar em Castelo Branco…
JPN- Ainda bem, fico muito satisfeito por ouvir isso, é sinal que também nos vai dar uma oportunidade, mas também tenho consciência que merece mais e melhor, mas o Benfica tem as suas limitações.
TD- É confirmado que o Carlos Soares vai regressar e que o Oleh Prokopets vai ser jogador do Benfica?
JPN- O Carlos Soares já assinou, tínhamos um pouco em segredo por uma questão de respeito pelo clube que ele ainda representa, o Oleh tem vindo a trabalhar connosco, temos vontade que venha para os quadros do Benfica e Castelo Branco, mas temos que nos sentar à mesa com a Póvoa porque sabemos que eles querem algum dinheiro e vamos ver quanto é que nos vão pedir.
TD- O que está em causa o pagamento do Certificado internacional dele?
JPN- Sim, o pagamento do Certificado e futuros direitos sobre ele numa eventual transferência.
TD- E em relação a outros jogadores?
JPN- Não há nada. Temos um pré-acordo com alguns jogadores do plantel.
TD- E já há saídas consumadas?
JPN- Não, mas pode haver jogadores que, se houver uma redução do orçamento, o Benfica não os possa suportar. Estamos num momento difícil, a venda do terreno ajudou-nos muito e, como eu costumo dizer, não há mais terrenos para vender para o ano.
TD- A direcção está magoada com o professor António Marques?
JPN- Não. Eu disse na altura que tive pena das coisas não lhe correrem bem, sou amigo pessoal do António Marques e só lhe desejo felicidades.
TD- E sobre o que se passou na mudança de treinadores?
JPN- Soubemos de algumas coisas que saíram de dentro para fora que não deviam ter saído, mas foi tudo resolvido, mas é lógico que o mister Jesus tenha ficado magoado porque apanhou um plantel na mó de baixo e sentiu que havia alguém que estava a tentar prejudicar o seu trabalho.

Ricardo António, capitão do Benfica e Castelo Branco

“Mister Jesus mudou a mentalidade”

Tribuna Desportiva- Uma subida muito saborosa…
Ricardo António- Foi. Se nós puxarmos a cassete um pouco atrás e virmos como nós começámos o campeonato, se calhar ninguém esperava. Houve uma mudança de mentalidade a partir da chegada do mister Jesus. Havia muitos jogadores que o mister já conhecia, e isso foi essencial. Eu penso que demos as mãos e, a partir dessa altura, foi uma carreira sensacional. Perdemos apenas o jogo com o Sertanense, subimos na penúltima jornada e antes do mister chegar, se calhar, ninguém sonhava que isso era possível.
TD- O Jesus conseguiu unir um plantel desunido?
RA- Isso é complicado. Claro que houve mudanças, houve outra mentalidade, mas penso que foi determinante o facto de haver 4 ou 5 jogadores no plantel que já tinham sido treinados pelo mister noutros clubes, porque quem já tinha trabalhado com ele foi dizendo aos outros, e a união foi essencial porque houve muitos jogos que nós ganhámos na raça porque não conseguíamos jogar bem. A mudança mexeu muito com a equipa.
TD- Tem vontade de ficar mais um ano no Benfica?



RA- Tenho, fui abordado superficialmente pela direcção, as coisas agora penso que pararam à espera que se concretizasse a subida, e que agora vamos falar. O que eu sei é que vou jogar no próximo ano e espero que seja no Benfica e Castelo Branco.

CORRECÇÃO DE ERRO


Fazemos mea culpa

Por lapso, no trabalho publicado na última edição de Tribuna Desportiva que dava conta da entrega dos troféus e faixas de campeões distritais aos infantis (05/06) e iniciados (06/07) do Desportivo de Castelo Branco, não referimos o nome de João Diogo Lopes (na foto com a taça de campeão), que, como se já não bastasse o esquecimento, é também um dos capitães da equipa campeã distrital de iniciados do clube Albicastrense.Impunha-se fazer a correcção bem como enviar um pedido de desculpas ao jovem atleta bem como a toda a família e clube. Para que não restem dúvidas, aqui ficam os nomes, agora de todos os campeões distritais de iniciados desta temporada: Nuno Martins, Tiago Gomes, Fábio Grácio, Gonçalo Goulão, João David, Roberto Pereira, João Henrique, Leonardo Cardoso, Hélder Rodrigues, Miguel Marcelo, Fábio Ramalho, Marco Martins, José António, Bruno Taborda, Pedro Amaro, Diogo Reixa, Rodrigo Jesus, Pedro Fonseca, Ricardo Pereira, José Carlos, João Diogo Lopes, Carlos Fatela, João Rodrigues, David Amaro e David Marques.

segunda-feira, maio 07, 2007

BENFICA CB- 4 SOURENSE- 1


Subida está a dois pontos…

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Valter Rufo, auxiliado por Rui Russo e Ricardo Ferreira (Évora)
Benfica CB- Hélder Cruz (3), Cascavél (4), Miguel Vaz (4), João Peixe (4), Ricardo Viola (4), Trindade (4), Renato (3), Milton (3), Prata (3), Gervásio (3) e Ricardo António (3)
Treinador- António Jesus
Sourense- João Carlos, Mauro, Mané, Gonçalo Lemos, Gonçalo Estanqueiro, Tiago Mota, Luís Mendes, Mounir, Guimar, Bruno e Marco Paiva
Treinador- Rui Carlos
Substituições- Renato por Pipocas (2) aos 58, Prata por Salcedas (3) aos 63 e Miguel Vaz por Tomás (1) aos 81; Tiago Mota por Ricardo Silva aos 37, Marco Paiva por Rafa aos 52 e Gonçalo Lemos por Gonçalo Fernandes aos 72
Disciplina- Amarelos a Renato aos 53 e Prata aos 54; Tiago Mota aos 20, Mané aos 46, Bruno aos 53, Mounir aos 66, Guimar aos 73, Luís Mendes aos 76, Gonçalo Estanqueiro aos 85 e Ricardo Silva aos 90+3
Marcadores- Miguel Vaz aos 12 e 61 e João Peixe aos 30 e 57; Gonçalo Estanqueiro aos 62

A figura do jogo- Miguel Vaz – Marcou dois golos, ambos na sequência de livres directos, e qualquer um deles de excelente execução, e correu quilómetros. Do seu pé esquerdo saem passes milimétricos e dá a sensação de estar a atravessar um dos melhores momentos da temporada.

O Benfica CB- Entrou claramente no jogo para ganhar e para manter os adversários à mesma distância. Dominou praticamente do primeiro ao último minuto, mas como o Monsanto também ganhou, teve que guardar os festejos para a próxima jornada.

Só a vitória interessava à equipa de António Jesus. Sabendo disso, os jogadores, mesmo não tendo entrado bem no jogo, particularmente nos primeiros 10 minutos, começaram a resolver logo aos 12 minutos e, ao intervalo, o 2-0 já tinha o jogo praticamente decidido.
Depois de ter deixado o seu adversário mais directo a 4 pontos de distância, o Benfica e Castelo Branco jogava frente ao Sourense, uma equipa que ainda há poucas jornadas também lutava por um lugar de acesso à 2ª divisão, a manutenção da vantagem em relação ao Monsanto, mas as coisas não começaram por correr da melhor forma, porque a equipa de António Jesus demorou algum tempo a acertar com as marcações no meio campo e o Sourense foi-se aproveitando para ter a bola em seu poder e tentar, de alguma forma, surpreender os encarnados, mas mesmo com mais tempo de posse de bola os visitantes não conseguiam chegar perto da zona de perigo e nem uma vez conseguiram incomodar Hélder Cruz que não passava de um mero espectador do jogo. Ultrapassada estava fase, o Benfica pegou no jogo e na 1ª oportunidade de que dispôs acabou por inaugurar o marcador. Miguel Vaz, na marcação de um livre do lado direito, praticamente encostado à linha lateral, acabou por fazer a bola sobrevoar toda a defensiva contrária, guarda-redes incluído, e introduzir a bola directamente dentro da baliza, quando todos, provavelmente, esperavam um cruzamento.
O Benfica aproveitava bem e subia claramente de produção impulsionado pelo golo e à passagem da meia hora João Peixe ampliou a vantagem dando o melhor seguimento a um livre do lado esquerdo batido com conta, peso e medida por Cascavél.
Com 2-0 no marcador e com um Sourense que pouco mostrava, isto se tivermos em atenção que até há bem pouco tempo também era um candidato a subir, ao intervalo tudo parecia estar decidido.
E estava. Na segunda metade o domínio dos encarnados foi ainda mais evidente e João Peixe aos 57 minutos e, de novo Miguel Vaz de livre directo mas agora em posição frontal, 4 minutos depois, deram tons de goleada a um jogo em que já não havia dúvidas quanto ao vencedor.
O Sourense acabou ainda por reduzir no minuto seguinte com um grande golo de Gonçalo Estanqueiro, mas este acabou por ser um golo que não trouxe nenhuma novidade ao jogo.
António Jesus protegeu Renato e Prata, que já tinham visto amarelo e não era necessário arriscar uma eventual expulsão, e fez sair Miguel Vaz para os aplausos do público que se deslocou ao Municipal.
Uma vitória inteiramente merecida com um resultado que mostra as muitas diferenças entre uma equipa com a moral em alta e que está prestes a alcançar a subida de divisão e outra que, deixando de estar perto do 2º lugar há 4 ou 5 jornadas, acaba agora por cair para lugares onde ainda se luta pela manutenção.
Cumprida a missão, e porque o Monsanto também ganhou com goleada, as garrafas de champanhe ficam a refrescar mais uma semana no frigorífico, para serem abertas, é quase certo, na próxima jornada na deslocação ao terreno do Bidoeirense.

A arbitragem- Pequenos erros que não interferiram com o jogo. Demorou a puxar pelo amarelo para punir cargas duras dos homens da Soure. Se o tivesse feito mais cedo, a acompanhar os 8 amarelos dos visitantes com certeza que também iam surgir expulsões.

Discurso directo- António Jesus, treinador do Benfica CB- “Sinceramente estava à espera de mais deste adversário, até porque é uma equipa que ainda não está totalmente livre da zona de perigo. Não queremos deixar a questão da subida para a última jornada, quando recebermos o União de Coimbra, e vamos resolver tudo já no próximo domingo na deslocação à Bidoeira”.

ESCALOS DE CIMA- 2 PROENÇA-A-NOVA- 0


Escalos resolve na 1ª parte

Campo Viscondessa do Alcaide, Escalos de Cima
Árbitro- Sérgio Correia (4), auxiliado por Nuno Silva e Tiago Gonçalves
Escalos de Cima- Tiago Fazenda (3), Carronda (3), Robalo (3), Luís Afonso (3), Paulinho (3), Valdemar (3), Beirão (3), Carlitos (3), Cláudio Fazenda (3), Cunha (3) e Hugo Duarte (3)
Treinador- Paulo Macedo
Proença-a-Nova- Almeida (3), Marco (2), Norberto (2), Filipe (2), Verganista (2), Pequito (3), Tiago Martins (3), Esteves (2), Tiago Marques (2), Zé Tó (3) e Fábio Martins (3)
Treinador- José Esteves
Substituições- Carlitos por Cláudio Soares (2) aos 67, Hugo Duarte por Hélio (3) aos 67 e Beirão por Miguel (-) aos 90; Tiago Marques por Bomba (2) aos 61, Fábio Martins por João Pires (-) aos 84 e Esteves por Miguel (-) aos 90+2
Disciplina- Amarelos a Hélio aos 68; Verganista aos 18 e 64 e Filipe aos 73. Vermelho por acumulação de amarelos a Verganista aos 64
Marcador- Beirão aos 10 e Paulinho aos 19

A figura do jogo- Beirão (Escalos de Cima)- Num jogo em que todos os jogadores do Escalos assinaram actuações muito iguais, destacamos Beirão, não só pelo golo que abriu o caminho para a vitória, mas também pela forma como jogou e fez jogar os seus colegas da zona ofensiva.

O Escalos de Cima- Aproveitou bem a falta dos habituais centrais do adversário, marcou dois golos na 1ª parte e depois soube controlar, construindo mesmo as melhores situações de golo.

O Proença-a-Nova- Esteve muito distante de outros jogos, mas a verdade é que as muitas ausências, e outras exibições menos conseguidas, acabaram por contribuir para uma tarde negativa.

Debaixo de uma temperatura normal para a época, mas já a fazer lembrar o Verão, o Escalos de Cima acabou por saber aproveitar as primeiras duas oportunidades que teve para decidir o jogo, para depois gerir bem o cansaço e as tentativas do Proença inverter o rumo dos acontecimentos.
O Escalos de Cima sabia que ia encontrar um Proença-a-Nova com muitas mexidas no onze inicial, e aproveitar a ausência de alguns titulares, especialmente a habitual dupla de centrais, era mesmo o primeiro objectivo de Paulo Macedo. E a verdade é que as coisas começaram por correr bem ao conjunto da casa, que nas primeiras duas oportunidades que construiu acabou por marcar dois golos, que no final acabaram por fazer toda a diferença.
Logo aos 10 minutos Beirão, à entrada da área pelo lado direito, desferiu um remate potente com o peito do pé levando a bola a descrever um arco por cima de Almeida e a entrar com violência na baliza. Um lance em que o mérito vai inteirinho para o número 11 da casa, que apesar de tudo não foi bem acompanhado pelo lateral esquerdo contrário que o devia ter acompanhado mais de perto. Nove minutos depois foi Paulinho que aproveitou a demora da defesa do Pinhal em tirar a bola da zona de perigo para fazer o segundo golo. Se as coisas já se tinha visto que não tinham começado bem em termos exibicionais para a equipa de José Esteves, que não conseguia impor o seu futebol, mais complicadas se tornavam agora com a desvantagem de dois golos.
O Escalos tinha feito o mais difícil, que seria marcar, até porque defensivamente a equipa mostrava muito acerto, isto embora o Proença também não conseguisse criar situações que pudessem pôr em perigo as redes de Tiago Fazenda. Ao Escalos bastava agora gerir o físico e o jogo e espreitar a oportunidade de, em contra-ataque, voltar a baralhar a defensiva adversária. Foi isso que aconteceu no que restava da primeira parte, pelo que o resultado ao intervalo se aceitava mais pelo que o Escalos fez e o Proença não conseguiu fazer.
Na etapa complementar o Proença ainda tentou pegar no jogo, pôr a bola no chão e jogar pelas alas, mas rapidamente se viu que, a tarde não era de acerto, e que numa equipa muito “remendada”, também os habituais desequilibradores, caso de Esteves, não estavam em tarde particularmente inspirada. Quase nada saía bem e mesmo os remates efectuados raramente saíram com a devida direcção. Apenas em duas ocasiões Tiago Fazenda foi obrigado a empregar-se a fundo para manter as suas redes invioláveis.
Do outro lado, o Escalos mostrava alguma facilidade em fazer a ligação entre os diferentes sectores, mas depois havia sempre muita cerimónia, e alguma falta de pontaria, na hora de visar a baliza de Almeida. Valdemar, por exemplo, que é um habitual matador, não se cansou de rematar e de tentar, mas foram muito raras as bolas que lhe saíram dos pés que levaram a direcção certa.
Vitória certíssima daquela que foi a melhor equipa na tarde do último domingo num jogo sem grandes primores técnicos.

A arbitragem- Num jogo fácil de dirigir, e em que não teve que tomar decisões difíceis, apenas o reparo para o segundo amarelo a Verganista que podia ter evitado, uma vez que o jogador do Proença cometeu a falta que lhe valeu o segundo amarelo na zona de meio campo e não usou violência para travar Cláudio Fazenda.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Fizemos uma excelente primeira parte, marcamos dois golos e penso que até podíamos ter feito mais. Sabíamos que o adversário vinha sem a sua habitual dupla de centrais, explorámos bem esse aspecto e ganhámos bem a uma equipa que tem jovens que sabem o que estão a fazer dentro de campo. O árbitro fez um trabalho positivo”.

Discurso directo- José Esteves, técnico do Proença-a-Nova- “Quando num plantel de 23, temos apenas 14 jogadores é evidente que isso tem que se notar. Houve aqui jogadores que se estrearam hoje, o último que entrou é o guarda-redes suplente, e tudo isso tem influência. Parabéns aos Escalos, mas penso que nós também podíamos ter feito um ou dois golos e, na minha perspectiva, o empate também era um resultado justo. O árbitro teve erros, mas não vou dizer que teve influência no resultado, porque ele não é culpado pela nossa derrota”.

MANHÃ DE DOMINGO DE FESTA PARA O DESPORTIVO CB


Morão entrega troféus aos jovens campeões

A Associação de Futebol de Castelo Branco aproveitou o último jogo da 1ª fase do Torneio de Encerramento na categoria de Iniciados para entregar ao Desportivo de Castelo Branco as taças referentes aos títulos de Campeão Distrital de Infantis da temporada 2005/06 e de Campeão Distrital de Iniciados da época que vai terminar nas próximas semanas. Na ocasião, estiveram presentes, o Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Joaquim Morão, o Presidente da CA do emblema albicastrense, António Marcelo e o Secretário Adjunto da Direcção da Associação de Futebol de Castelo Branco, Carlos Almeida. Os campeões distritais de iniciados desta temporada, que no próximo ano vão participar no campeonato nacional, foram ainda distinguidos pelo clube com a entrega das habituais faixas de campeões. Na cerimónia que antecedeu o jogo que os campeões distritais venceram o Desportivo de Alcains por 7-0 foram então distinguidos os seguintes jovens atletas: Infantis, época 2005/06: Fred, Nuno Martins, Tiago Gomes, Fábio Grácio, Gonçalo Goulão, João David, Roberto Pereira, João Henrique, Leonardo Cardoso, Hélder Rodrigues, Miguel Marcelo, Fábio Ramalho, Marco Martins, José António e Simão Lourenço, e naturalmente o treinador Luís Caetano. Quanto aos iniciados, os novos campeões distritais, para além de todos os infantis da última época, excepção feita a Fred e Simão Lourenço, que já não representam o clube, são: Bruno Taborda, Pedro Amaro, Diogo Reixa, Rodrigo Jesus, Pedro Fonseca, Ricardo Pereira, José Carlos, Carlos Fatela, João Rodrigues, David Amaro e David Marques e o técnico Chico Lopes. Estes últimos vão na próxima temporada subir à categoria de juvenis, enquanto que os primeiros nomes mencionados são iniciados de 1º ano e vão, na próxima época, ter a oportunidade de participar no campeonato nacional da categoria.
Resta acrescentar que, a equipa de iniciados do Desportivo vai jogar, nas meias-finais do Torneio de Encerramento da AFCB, frente ao Sporting da Covilhã, realizando-se o primeiro jogo na cidade serrana no próximo domingo, dia 13, e a 2ª mão em Castelo Branco no próximo dia 27.

Joaquim Morão, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco

“O Desportivo deve continuar
nesta linha de rumo”

Tribuna Desportiva- O Desportivo mais uma vez a demonstrar que está a fazer um bom trabalho na formação e hoje aqui a entregar os troféus referentes às suas últimas conquistas…
Joaquim Morão- O Desportivo, e eu tenho falado muitas vezes com o seu presidente, tem feito um trabalho muito interessante a favor dos jovens em Castelo Branco. É uma colectividade que se dedica só aos jovens e entendo que o Desportivo deve continuar nesta sua linha de rumo, formar jovens no futebol, e nós temos estado a apoiar o Desportivo para resolver os seus problemas, porque sabemos que o clube passou por algumas dificuldades. Da nossa parte tudo faremos para que estas colectividades que têm uma actividade importante na formação continuem, e certamente continuaremos a incentivá-los. Por outro lado, nós havemos de criar condições, em termos de infra-estruturas, e vamos criá-las cada vez melhores, vamos dar um impulso a esta Zona de Lazer para que haja condições para que os jovens possam evoluir cada vez melhor.
TD- A nova Lei das Finanças Locais pode ter influência no apoio dado pela autarquia?
JM- Hoje nos financiamentos das autarquias está tudo em evolução e é evidente que tem que ser tudo cada vez melhor visto e enquadrado, na medida em que não pode haver desperdícios. As Câmaras Municipais estão a passar por um momento difícil em termos de financiamento, principalmente a Câmara de Castelo Branco, mas até agora a Câmara ainda não teve qualquer dificuldade em financiar todas as colectividades com os programas de actividades que tinham. No futuro veremos, mas tentaremos tocar nesses apoios o menos possível porque achamos que sem eles estas colectividades não podem sobreviver.

António Marcelo, presidente do Desportivo de Castelo Branco

“O Desportivo é um clube saudável”

Tribuna Desportiva- Mais uma distinção para equipas do Desportivo de Castelo Branco, desta vez os infantis da última época e os iniciados da temporada que está a chegar ao fim…
António Marcelo- Esta época juntámos os dois actos porque tínhamos plena confiança nesta equipa. São os iniciados de 2º ano que na próxima época vão ser juvenis e os de 1º que para o ano vão disputar o campeonato nacional de iniciados.
TD- O facto do presidente Joaquim Morão estar presente também é uma prova de reconhecimento pelo trabalho que o Desportivo vem realizando…

AM- Eu penso que a presença do Sr. Presidente é apenas o demonstrar que está atento à formação, não só do Desportivo mas de todos os clubes da cidade. Para nós é um orgulho ele ter estado aqui, pois é gratificante saber que há interesse da parte da autarquia. Eu recordo que há dois anos se falava que o Desportivo ia acabar, mas neste momento o Desportivo continua com problemas financeiros, continua a lutar para que o passivo do clube daqui por ano e meio esteja anulado, mas é um clube saudável. A presença do Sr. Joaquim Morão também mostra a atenção que ele tem pela formação.

AD ALBICASTRENSE- 41 TORRENSE- 33


ADA soma 5º jogo sem perder

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Ricardo Freitas e Conceição Rufino, de Santarém
AD Albicastrense- Ricardo Sousa, Pedro Mendes e João Poças, Martin Gomes, Luís Gama (8), Tiago Santos (8), Nuno Leitão (1), João Fialho (11), Luís Robalo (1), Filipe Pereira (8), Pedro Sanches (3), João Romão e Daniel Pereira (1)
Treinador- José Curto
Torrense- Hugo Dinis, Nuno Carvalho (10), Luís Carrilho (3), Rui Martins, Samuel Cortegaça (4), Mauro Castro (1), Carlos Veríssimo (6), Alexandre Mação, Vasco Oliveira (5), Nuno Sampaio, David Cortegaça (4) e Marcelino Semedo
Treinador- António Silva e João Silva
Marcador ao intervalo- 20-17

Depois de entrar nesta fase final da 1ª divisão a somar 3 derrotas consecutivas, a Albicastrense está agora a atravessar um bom momento com 4 vitórias e um empate nas últimas 5 jornadas. Depois do empate na última jornada na deslocação ao terreno do Senhora da Hora, a equipa de José Curto regressou às vitórias frente ao Torrense, triunfo alicerçado numa exibição convincente em que mostrou claramente a sua superioridade em relação ao seu adversário.
Comandando o marcador desde o primeiro minuto, os azuis tentavam a vingança da derrota na Torre da Marinha na jornada inaugural onde tinham sido derrotados por 41-34. Estreando em casa o último reforço da equipa, Tiago Santos, a ADA voltou a demonstrar que é uma equipa com muito potencial ofensivo mas que, no sentido inverso, também “deixa” o adversário marcar muitos golos.
A maior diferença da 1ª parte aconteceu pouco depois dos 15 minutos, quando o marcador registou um 13-7. O resultado parecia não estar em dúvida mas o 20-17 no descanso ainda deixava uma margem de recuperação para os visitantes. Só que a entrada muito forte da Albicastrense, com um parcial de 10-4 nos primeiros 9 minutos, elevou o placard para um 30-21 que acabou por ser a maior diferença entre os dois conjuntos. O jogo estava ganho e deu para José Curto rodar todos os convocados, mas o destaque vai para Tiago Santos, porque foi o último a chegar, e porque depois de dois bons jogos nas duas últimas jornadas disputadas fora do Municipal teve agora a oportunidade de mostrar toda a sua qualidade aos adeptos da equipa. Acabou por apontar 8 golos e contribuir também ele para o 41-33 final que acaba por deixar a ADA em vantagem no confronto directo com a equipa da Torre da Marinha.
Vitória justa com boa arbitragem da dupla escalabitana.No próximo sábado a ADA desloca-se a Vizela para defrontar um Callidas que na 1ª volta ganhou em Castelo Branco e que ocupa o 2º lugar. O regresso ao Municipal está marcado para dia 19 para defrontar o líder Boa-Hora.

ALBICASTRENSE REFORÇA-SE


Tiago Santos para o lado direito

A Associação Desportiva Albicastrense contratou já no decorrer desta fase final da 1ª divisão o lateral direito Tiago Santos, um jogador de 32 anos e que já esta temporada representou o Ginásio do Sul.
José Curto, que já não contava com Pedro Neves, um reforço que também chegou com a época já em andamento mas que acabou por não render aquilo que dele se esperava, vê assim aumentar o leque de opções para o lado direito da equipa.Tiago Santos já representou os azuis nos últimos 3 jogos e tem deixado muito boas indicações, não só pelo que joga, mas também pelo número de golos que tem conseguido. No último sábado, frente ao Torrense o novo recruta azul apontou 8 golos.

ASSEMBEIA GERAL NO PRÓXIMO DIA 18

Marcelo lidera lista para 2007/08

O Desportivo de Castelo Branco reúne em Assembleia-geral no próximo dia 18 de Maio na sua sede social.
A reunião magna do clube albicastrense, prestes a completar a bonita idade de 40 anos, está marcada para as 20 horas, com uma hora de tolerância, e conta com 2 pontos na Ordem de Trabalhos:
1 – Eleição dos Corpos Gerentes para o biénio 2007/08;
2 – Outros assuntos de interesse para a colectividade.
Recorde-se que o emblema da capital de distrito está a ser comandado por uma Comissão Administrativa criada na última Assembleia realizada no último mês de Janeiro.Para as eleições da próxima semana é já certo que António Marcelo, o líder da actual CA, vai apresentar uma lista candidata, figurando o seu nome como presidente da Direcção e onde aparecem algumas novidades e/ou regressos. A maior das quais é certamente o regresso de José Bernardino, ex-presidente que se demitiu de funções em finais de 2006, e que agora surge como candidato a presidente da Assembleia-geral, ficando Francisco Duarte com a presidência do Conselho Fiscal.