segunda-feira, dezembro 19, 2005

AD FUNDÃO- 2 SERTANENSE- 1


A diferença esteve nos números

Estádio Municipal do Fundão
Árbitro- Luís Brás, auxiliado por Marco Pinto e André Silva (Guarda)
AD Fundão- Nuno Morais (4), André Cunha (3), Rui Reis (3), Pedro Ferreira (3), Óscar Menino (3), Ricardo Morais (3), Luciano (3), Ricardo Ramos (3), Bruno Nogueira (4), Carlos Miguel (3) e Kalló (4)
Treinador- Joca
Sertanense- Jorge )3), Ruben (3), Marco Chaves (3), Salgueiro (3), Paulo Vaz (3), Tita (3), Pira (3), Sarmento (3), Marquitos (4), Manoel (4) e Giuliano (4)
Treinador- Valter Costa
Substituições- Ricardo Morais por Vaz Alves (2) aos 75, Óscar Menino por Nuno Batista (2) e Kalló por Luís Pedro (-)
Disciplina- Amarelos a Kalló aos 55, Rui Reis aos 68, Carlos Miguel aos 71, Óscar Menino aos 77 e Luciano aos 81; Paulo Vaz aos 13, Tita aos 44, Ruben aos 54, Marquitos aos 60 e Marco Chaves aos 67
Marcadores- Kalló no 1º minuto e aos 41; Marquitos aos 72

A figura do jogo- Nuno Morais (AD Fundão) – Esteve sempre muito atento e foi enorme a defesa que fez já na recta final. O remate de Giuliano levava fogo mas Nuno Morais teve uns reflexos fantásticos para se conseguir estirar até ao poste esquerdo e evitar um golo certo. Decisivo na vitória da sua equipa.

A AD Fundão- Não fez um grande jogo mas acabou por conseguir o mais importante: os 3 pontos. Entrou praticamente a ganhar e isso serviu-lhe de almofada para o resto do jogo. Marcou em alturas oportunas e depois defendeu com unhas e dentes a vantagem. Saiu-lhe o brinde do bolo-rei.

O Sertanense- Merecia mais. Depois de uma primeira parte de maior domínio da equipa da casa em que sofreu dois golos, dominou na íntegra os segundos 45 minutos mas só conseguiu marcar um golo. Saiu-lhe a fava…

Desportiva do Fundão e Sertanense disputaram no último domingo um derby distrital que, apesar de nem sempre ter sido bem jogado, foi emotivo e com resultado imprevisível até ao último instante.
Apesar dos da casa inaugurarem o marcador na primeira vez que chegaram perto da baliza adversária, esse golo não condicionou os restantes 89 minutos, porque o Fundão não abdicou nunca de atacar, ou de contra-atacar, conforme as circunstâncias, e porque o Sertanense não sentiu o golo de Kalló, porque os jogadores sabiam que ainda havia muito tempo para recuperar deste percalço inicial.
E durante os primeiros 20 minutos foi mesmo a Desportiva que dominou e controlou o jogo, justificando nesse período o golo madrugador. Nessa fase a defesa do Sertanense sentiu muitos problemas para bloquear o ataque adversário, isto porque principalmente Bruno Nogueira e Kalló eram uma autêntica tormenta para Salgueiro e companhia. Os sertaginenses, a actuarem com uma defesa em linha, arriscavam bastante porque do outro lado estavam jogadores que fazem da velocidade a sua arma, e em três ocasiões que a linha falhou o Fundão levou perigo até às redes de Jorge.
Passados esses 20 minutos a toada de equilíbrio instalou-se e antes de novo golo de Kalló apenas se registaram dois lances de perigo em que o Sertanense esteve muito perto do empate. Até que aos 41 minutos, aí sim, veio o balde água fria para o Sertanense provocado pelo desacerto do seu último reduto. Bruno Nogueira remata forte depois de um excelente trabalho pelo lado esquerdo, Jorge defende para a frente e Kalló foi ágil a passar pelo meio de Marco Chaves e Salgueiro para chegar ao 2-0.
A vantagem por duas bolas da Desportiva ao intervalo era um prémio para a eficácia, especialmente de Kalló.
Na segunda metade os princípios de jogo alteraram-se profundamente. O Sertanense surgiu com muita vontade de dominar para anular a desvantagem o que obrigou o Fundão a um posicionamento mais defensivo, mas sem nunca descurar as rápidas saídas para o ataque, até porque tem jogadores fortíssimos nesse capítulo.
Só que o maior domínio dos visitantes esbarrava sempre no acerto defensivo da equipa de Joca. Aliás, o Sertanense viria a marcar num dos poucos lances em que a defesa da casa falhou. Ruben executa um lançamento lateral, Giuliano penteia para trás e Marquitos remata sem hipóteses para Nuno Morais.
O mesmo Nuno Morais viria a presentear os presentes com uma defesa simplesmente soberba. É daquelas que vale tanto como um golo marcado. Giuliano remata fortíssimo e Nuno Morais, com um voo fantástico segurou os três pontos.
Pelo domínio repartido, e até pelas ocasiões criadas pelos dois conjuntos, o empate era o resultado mais certo mas o que conta é o número de vezes que cada equipa consegue introduzir a bola dentro das redes adversárias. Nesse aspecto esteve melhor o Fundão.

A arbitragem- Este trio da Guarda, que já tínhamos visto esta temporada, assinou um trabalho seguro e positivo. Apenas dois reparos: Ruben poderia ter visto o segundo amarelo quando se desentendeu com Carlos Miguel e no último minuto vimos uma camisola do Sertanense a ser puxada dentro da área do Fundão. Daqueles lances que acontecem muito ao longo dos 90 minutos e que os árbitros raramente punem.

Discurso directo- Joca, técnico da AD Fundão- “O nosso objectivo era a conquista dos 3 pontos e estamos felizes por tê-los conseguido contra um adversário muito forte. Esta vitória é toda mérito dos jogadores que estão de parabéns. O Sertanense na segunda parte arriscou tudo e obrigou-nos a recuar. Quando recuámos é porque o adversário nos obrigou a isso. Penso que pela 1ª parte que fizemos o resultado é inteiramente justo. O árbitro não teve qualquer influência no resultado”.
Discurso directo- Ruben, jogador do Sertanense- “O resultado é injusto porque nós fomos a melhor equipa no terreno. A 1ª parte não foi muito conseguida, também porque não estamos habituados a jogar em sintéticos. Nós tivemos 3 ou 4 oportunidades de golo mesmo no final mas não conseguimos concretizar. A arbitragem foi tendenciosa mas nós não nos podemos desculpar com as arbitragens”.

BENFICA CB- 1 TORREENSE- 1


Do melhor que se viu esta época

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Luís Ramos, auxiliado por Jorge Ramos e António Coimbra (Viseu)
Benfica CB- Sérgio, Mateus, Gelson, Alveirinho, Salavessa, Quelhas, Jójó, Alves, Quinzinho, Tomás e Luisinho
Treinador- Paulo Silva
Torreense- Dário, Tiago, Hugo, João, André João, Caetano, Nuno, Bessa, Rui, Passos e Manú
Treinador- Mário Oliveira
Substituições- Mateus por Cabaço aos 55, Quelhas por Rui aos 67 e Jójó por Torres aos 81; André João por Pedro aos 58
Disciplina- Amarelos a Quinzinho aos 9, Mateus aos 19 e Quelhas aos 51
Marcadores- Quinzinho aos 9; Bessa aos 37

Contra uma equipa que luta pelos primeiros lugares, o Benfica e Castelo Branco arrancou no último sábado uma grande exibição, jogando sempre de igual para igual com um Torreense que não se mostrou tão superior aos encarnados como a tabela faz parecer.
Os albicastrenses entraram dominadores no jogo e o fruto da pressão inicial surgiu logo aos 9 minutos quando Quelhas levantou um livre do lado direito do ataque da sua equipa e Quinzinho, em bom estilo, atirou em remate acrobático para o 1-0. Logo depois, o mesmo Quinzinho aproveitou um erro da defensiva dos torrejanos para se isolar mas, desta vez, rematou à figura de Dário. O Benfica perdia uma excelente oportunidade para dilatar vantagem e, nesta fase, o Torreense sentia muitas dificuldades para conseguir reagir ao golo sofrido. Só na sequência de cruzamentos das laterais conseguia levar algum perigo junto das redes do Benfica, tentando tirar proveito da baixa estatura de Sérgio.
E foi precisamente na sequência de um canto que o Torreense chegou à igualdade. Bessa saltou mais alto que o seu marcador directo e cabeceou para o empate.
Na segunda metade o Torreense teve mais tempo de posse de bola mas nunca conseguiu criar grandes situações de perigo e o Benfica e Castelo Branco, em lances de contra-ataque rápidos manteve sempre o adversário de sobreaviso. E num desses contra-ataques Luisinho apareceu isolado pela esquerda mas não conseguiu desfeitear Dário, que se mostrou sempre muito atento.
Um jogo sempre jogado a um ritmo muito elevado e que podia ter valido os três pontos para a equipa de Paulo Silva, se bem que o empate também seja um resultado que se aceita.
O árbitro que viajou da cidade de Viriato usou sempre um critério que não foi igual para as duas equipas. Disciplinarmente, em faltas iguais, o cartão não saiu para os de Torres Vedras e assinalou faltas e faltinhas que só ele viu. Nos instantes finais mandou seguir o jogo num lance duvidoso dentro da área encarnada.
Discurso directo- Paulo Silva, treinador do Benfica CB- “Foi um bom jogo, onde demonstrámos muita atitude e por isso foi dos melhores jogos que fizemos esta temporada. Jogámos contra uma boa equipa e não se notaram as diferenças. Sofremos um golo contra a corrente do jogo, mas o empate é um bom resultado. Continuamos a jogar para conseguirmos a manutenção, até porque vai haver uma 2ª fase onde as equipas partem com metade dos pontos conquistados. As arbitragens eu não comento. Queria aproveitar a oportunidade para desejar aos jogadores e famílias, aos directores e a todos em geral, incluindo Comunicação Social, um Natal com muita paz e saúde e um bom ano de 2006”.

CASA DO BENFICA CB- 34 1º DE MAIO- 17

Fácil, fácil, fácil…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Pedro Ventura e Gonçalo Camejo
Casa do Benfica CB- Filomena Abrantes, Sofia Santos e Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (7), Neidja Lima (4), Marta Monteiro, Paula Rodrigues, Carla Mendes (7), Vera Gorjão (2), Sónia Mota (7), e Mariana Ivanova (7)
Treinador- Paula Espírito Santo
1º de Maio- Ana Domingues e Joana Rodrigues, Telma Alves (2), Mónica Fidalgo (1), Inês Carlos (1), Sandra Brites (3), Ana Rodrigues (2) e Ana Ferreira (8)
Treinador- Pedro Dinis
Marcador ao intervalo- 16-9

Depois de uma inesperada derrota no último fim-de-semana na deslocação ao terreno do Assomada, a Casa do Benfica em Castelo Branco regressou este domingo ás vitórias no nacional da 2ª divisão.
Frente ao 1º de Maio, a equipa de Paula Espírito Santo não encontrou qualquer dificuldade e o resultado final acaba por ser um espelho das diferenças entre as duas equipas. Se no final dos primeiros 30 minutos a diferença era de 7 golos, no final acabou por se cifrar em 17 o que permitiu às albicastrenses dobrarem as suas adversárias no marcador.
O campeonato sofre agora uma interrupção de duas semanas, regressando no dia 8 de Janeiro. Nesse dia a Casa do Benfica desloca-se a Alcobaça para defrontar o Cister.

ADA CONHECE ADVERSÁRIOS DA TAÇA PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Albicastrense vai a Viseu
A Associação Desportiva Albicastrense já conhece o adversário da 1ª eliminatória da Taça Presidente da República. Assim, e segundo ditou o sorteio, a ADA desloca-se no próximo dia 7 de Janeiro a Viseu para defrontar o Académico local. A equipa da cidade de Viriato ocupa nesta altura a 4ª posição na Zona Norte do Nacional da 1ª divisão. Caso consigam ultrapassar os academistas, os pupilos de José Curto recebem uma semana depois, a 14 ou 15 de Janeiro, o vencedor do jogo entre o 1º de Maio e o Sportivo de Loures, duas equipas que disputam a 2ª divisão, em jogo a contar para os 16/avos de final.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

JORGE DIOGO (1956-2005)


Batam-lhe palmas!

Perdi um amigo… Já todos sabíamos que este dia ia chegar, mais cedo ou mais tarde, mas mesmo assim não houve tempo para a mentalização, porque nenhum tempo chegaria para interiorizar a ideia de não mais ver aquele que fez parte do lote restrito a que posso chamar de “melhores amigos”. Mas o Jorge não era “só” um amigo. Era um colega, um companheiro, uma pessoa boa, que só não fazia pelos seus amigos aquilo que lhe era humanamente impossível. Muitas vezes me questionei, e mantenho essa dúvida para a qual provavelmente nunca vou encontrar resposta: porquê o Jorge? Que mal ele fez para merecer chegar ao fim tão cedo. Afinal com 49 anos ainda se está na flor da idade! Ele lutou. Lutou muito… Com ou sem forças a verdade é que sempre exteriorizou tê-las, se bem que soubesse que era impossível ele estar a sentir por dentro aquilo que nós víamos por fora. O Jorge merece cada lágrima que verto por ele, porque sei que ele também me considerava muito. Toda esta cumplicidade existente entre nós foi construída ao longo de 15 anos. Cada um com o seu feitio, com as suas ideias, mas era sempre fácil chegar a um consenso. Palmilhámos milhares de quilómetros juntos, sempre atrás da bola… Vivemos alegrias e tristezas mas agora, só eu estou triste… Também sei que “um dia” nos vamos encontrar. Não sei quando nem onde, mas eu quero voltar a conviver com ele. Perder um amigo custa muito, e um grande amigo ainda mais… Para a região ele era o “nosso” Jorge Perestrelo. Quis o destino que partissem quase juntos. As expressões que ele celebrizou nas transmissões desportivas, e que saíram da sua cabeça, nunca mais serão esquecidas, pelo menos por mim que me considero um seguidor do que aprendi com o Jorge. Na altura em que escrevo estas palavras sinto um misto de tristeza com “não sei o quê” a que não posso chamar alegria. Tristeza porque já não vou trabalhar mais por esses campos com a presença do Jorge, e um “não sei o quê” que se calhar até é uma alegria pequenina, porque acabou o seu sofrimento. O dele, o da família, o dos amigos e o meu. Despediu-se da vida no dia em que Portugal conheceu os adversários no Mundial. Tanto que ele gostaria de estar em frente de uma televisão a comentar o sorteio… Mas com poucas forças, ou quase nenhumas, ainda perguntou “quem marcou os golos do Benfica contra o Manchester?”. Era um viciado do desporto e quis partir informado… Partilhámos histórias e momentos fantásticos. Podia até lembrar aqui alguns. Mas não. Vou ser egoísta! Vou deixá-los entre mim e ele, “O Grande Chefe”, como ele se habituou que eu o tratasse. No próximo domingo todos o vão recordar porque consegui que se respeitasse um minuto de silêncio em todos os jogos organizados pela AFCB. Ele merece, e esteja onde estiver, vai gostar que se lembrem dele. Nesse minuto não façam silêncio. Batam palmas! Ele gosta mais de palmas do que de ver todos calados a olhar o chão.Adeus Amigo! Até um dia!

ESCALOS DE BAIXO- 0 ÁGUIAS DO MORADAL- 10


Um forte vendaval que veio da Serra do Moradal

Campo Neves Lopes, Escalos de Baixo
Árbitro- João Martinho (4), auxiliado por Carlos Santos e Cláudio Santos
Escalos de Baixo- Bruno (1), João Nuno (2), Norberto (1), Cláudio Fazenda (2), Nelo (2), Luís Oliveira (2), João Camilo (2), Roberto (1), Miguel (2), Paulo Rodrigues (2) e Barata (1)
Treinador- João Andrade
Águias do Moradal- Miguel Ângelo (3), Tiago Mota (3), Spranger (4), Tabarra (3), Tomás (2), David (4), Edmilson (3), Samuel (3), Paulo Rato (3), Valadas (5) e Aíldo (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Norberto por Santos (2) aos 33, Roberto por Vítor Hugo (1) aos 33 e Barata por Fábio (2) aos 54; Tomás por Joel (3) aos 45, Edmilson por Ivo Fazenda (3) aos 45 e Tabarra por Paulinho (4) aos 56
Disciplina- Amarelo a Cláudio Fazenda aos 40
Marcadores- David aos 8 e 90, Tabarra aos 27, Valadas aos 40, 48, 64 e 81, Paulinho aos 60 e 76 e Joel aos 88

A figura do jogo- Valadas (Águias do Moradal)- Quem marca quatro golos merece sempre destaque, mas Valadas não tem nota máxima e destaque de figura do jogo só pelos golos que marcou. É também pelas suas qualidades técnicas que possui que lhe permitiram marcar pelo menos um grande golo e porque, apesar de ser um finalizador nato, também sabe jogar para a equipa.

O Escalos de Baixo- Não teve força para suportar a fúria do Águias. Desde princípio que se mostrou muito frágil em todos os sectores, mas foi a defesa que deu mais nas vistas pela negativa pelo número de golos sofridos. Nunca conseguiu sair para o ataque porque o adversário se mostrou muito forte. É uma equipa recheada de juventude que já está a preparar a próxima época, tal como revelou João Andrade.

O Águias do Moradal- Marcou 10 e ainda teve oportunidades para conseguir mais. A sua defesa e guarda-redes apenas lá estiveram para recolher algumas bolas porque o meio campo e ataque estiveram mortíferos. O meio campo a recuperar bolas logo que o adversário tentava sair e a lançar os jogadores da frente e os avançados a criar inúmeras oportunidades de golo e a marcar 10 golos.

Não é nada fácil escrever sobre um jogo em que o desequilíbrio foi sempre a tónica dominante e onde os números finais não deixam grande margem para outras análises que não seja o próprio resultado.
A equipa do Águias do Moradal desde início que conseguiu impor o seu futebol e nem sentiu muitas dificuldades para isso, principalmente porque o Escalos de Baixo pareceu entrar em campo a temer muito o adversário e as coisas começaram por lhe correr mal logo desde o apito inicial do árbitro.
Ainda antes de ter surgido o primeiro golo apontado por David aos 8 minutos, já Tabarra tinha feito o primeiro aviso enviando a bola a rasar o poste na sequência de um remate cruzado que partiu da direita.
Aberto o activo, poderíamos pensar que aparecesse então uma reacção da equipa da casa, mas não… E não porque houve um misto de uns quererem e não conseguirem mas também porque o Águias do Moradal não baixou o ritmo, jogando sempre da mesma forma e mantendo sempre o adversário fechado dentro do seu meio campo, ou até em volta da sua área. Foi com naturalidade que chegou o 2-0 aos 27 minutos, apontado por Tabarra, e o 3-0 aos 40 minutos quando Valadas abriu a sua conta pessoal.
Na segunda parte as dificuldades provocadas pelo cansaço acumulado dos jogadores da casa acabaram por permitir que o resultado fosse tomando contornos de goleada até chegarmos a números que já não se usam. Apesar de tudo há que dar o mérito aos jovens jogadores dos Escalos de Baixo, porque mesmo percebendo desde muito cedo que não teriam qualquer hipóteses de discutir o resultado nunca baixaram os braços e também jogaram sempre o que puderam e o que o adversário permitiu. Tal como referiu no final do jogo João Andrade, nos Escalos de Baixo já se trabalha a pensar na próxima época porque tanto directores, como jogadores como o próprio treinador, sabem perfeitamente das diferenças existentes entre a sua equipa e as outras, especialmente aquelas que estão na primeira metade da tabela, como foi o caso do adversário de domingo.
O Águias do Moradal teve também o mérito de conseguir, até esta jornada, a maior goleada da 1ª divisão distrital desta temporada. Jogou bem, sempre num ritmo elevado e pressionante e construiu um resultado inteiramente justo e que vem dar moral à equipa para o próximo ano, uma vez que o Águias do Moradal vai folgar no próximo domingo, só voltando a jogar no dia 8 de Janeiro do ano que se avizinha.

A arbitragem- João Martinho teve o mérito de não complicar aquilo que era fácil. Teve alguns pequenos erros de análise mas o maior erro do seu trio foi cometido pelo auxiliar do lado dos bancos de suplentes que não assinalou fora de jogo a Tabarra no lance do 2º golo do Águias.

Discurso directo- João Andrade, técnico do Escalos de Baixo- “Eu já estava precavido para esta situação, ainda por cima faltou-nos o Cunha que é um jogador importante no jogo aéreo. Nós temos os pés bem assentes no chão e sabemos que não temos equipa nem capacidade para estar numa 1ª divisão e jogar com equipas poderosas como o Estreito. Temos que dignificar o clube e levar isto até ao fim. Para estes miúdos este resultado até serve de exemplo para verem a forma como devem encarar os jogos. As goleadas também servem para aprendermos. O árbitro fez um excelente trabalho”.
Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “As equipas não têm nada uma a ver com a outra. Uma está em processo de formação, outra possui bons valores e jogadores de grande nível. 10-0 são sempre 10-0, acho que jogámos bem, criámos muitas situações de golo e foram 10 mas podiam ter sido mais. Justificámos plenamente o resultado. O árbitro cometeu um erro ou dois mas fez uma excelente arbitragem”.

BOA ESPERANÇA- 4 NOVOS TALENTOS- 9


Exibição para esquecer

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Gaudêncio Lopes e Francisco Neves (Viseu)
Boa Esperança- César Bento e Gonçalo, Nuno Infante, Theres, Valter Borronha, Marco Borronha, André Martins, Serginho, Hugo Silveira, André Gonçalves, Fernando Inácio e Cunha
Treinador- Humberto Cadete
Novos Talentos- João, Tiago, Jonatão, Paulinha, Iury, Serginho, Magalhães, Bruno, Hugo, Pedro Dias e Miguel
Treinador- Paulo Monteiro
Disciplina- Cartão amarelo a André Gonçalves aos 18 e 32 e Theres aos 22; Tiago aos 18 e Serginho aos 31. Vermelho por acumulação a André Gonçalves aos 32
Marcadores- Valter Borronha aos 5, Serginho aos 25, Theres aos 26 e Fernando Inácio aos 38; Miguel aos 6, 9, 32, 38 e 39, Bruno aos 11 e 13, Tiago aos 19 e Iury aos 19

Foi daqueles dias em que tudo correu mal. Apesar de ter conseguido marcar primeiro, por Valter Borronha logo aos 5 minutos, a Boa Esperança acabou por levar para contar do que restou de 1ª parte. A equipa nunca se conseguiu encontrar e a desvantagem de 6-1 ao intervalo indiciava que as coisas não estavam a correr bem e que era preciso mudar muita coisa para evitar sofrer uma derrota caseira.
Na segunda metade os albicastrenses até entraram melhor e conseguiram reduzir para 6-3 mas, inesperadamente os maus momentos da 1ª parte voltaram e a exibição pálida também. Disso se aproveitou a equipa de Agualva, Cacém, para controlar o jogo e repor a diferença, sempre por intermédio de Miguel, que só à sua conta apontou cinco dos nove golos da sua equipa. O golo de Fernando Inácio a 2 minutos do final em nada alterou o destino da Boa que assim sofreu a segunda derrota no espaço de 4 dias, caindo alguns lugares na tabela classificativa.Os árbitros que viajaram de Viseu cometeram pequenos erros que não interferiram com o resultado final.

AD ALBICASTRENSE- 30 JUVE LIS- 35


ADA derrotada na 2ª parte

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Miguel Coutinho e Ramiro Silva (Aveiro)
AD Albicastrense- José Pereira e Pedro Mendes, Martin Gomes , Luís Gama (11), Luís Robalo, Jonatas Valente (4), Sérgio Silva (1), João Fialho (11), Bruno Roberto, António Mata (1), Maximiano Ribeiro (1), Filipe Félix (1) e João Romão
Treinador- José Curto
Juve Lis- Pedro Bento e Francisco Aguiar, Vítor Pereira, João Silva, André Ramos (1), André Gomes (5), André Afra (5), Aurélio Silva (5), Diogo Guedes (9), Nuno Valente, Armando Cardoso (3), Bruno Costa (2), Márcio Marques (5) e Adriano Cordeiro
Treinador- Pedro Teixeira
Marcador ao intervalo- 17-18

Depois de uma boa vitória conseguida no recinto do Passos Manuel na última semana a Associação Desportiva Albicastrense voltou a perder no seu reduto, desta vez a derrota aconteceu na recepção ao Juve Lis, uma equipa que estava exactamente uma posição acima dos azuis, com mais um ponto, e que, caso conseguisse vencer, permitiria a ultrapassagem na classificação e uma maior aproximação aos quatro da frente.
Frente aos leirienses a ADA nem começou mal, mantendo o resultado muito equilibrado durante toda a primeira parte. O Juve Lis tentava jogar em velocidade para surpreender uma equipa que não gosta de jogos com rapidez em demasia, mas a ADA respondia bem com uma boa eficácia no ataque, que lhe permitiu até, durante várias vezes, estar na frente do marcador, se bem que com apenas um golo de vantagem.
O resultado de 17-18 no descanso era precisamente o espelho de um jogo de grande equilíbrio com duas equipas com uma boa percentagem de concretização.
Na segunda parte o Juve Lis foi fugindo no marcador, as distâncias alargaram-se e a Albicastrense nunca mais conseguiu discutir o resultado. A equipa de Leiria conseguiu estar melhor defensivamente que a equipa de José Curto e esse factor acabou por ser determinante para que acontecesse mais uma derrota caseira para os de Castelo Branco.A dupla de arbitragem cometeu pequenos erros mas não interferiu com o resultado final.

BOA ESPERANÇA- 1 ACD LADOEIRO- 9


Diferenças abismais

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Teodoro Domingos e Carlos Baltazar
Boa Esperança- Marco Borronha, Tiago Paixão, Ruben Martins, Pedro Batista, Marco Correia, Flávio Barata, Rui Salvado e Leandro Conceição
Treinador- Manuel Barroso
ACD Ladoeiro- Pedro Santos e Vítor Rodrigues, Rui Parreiro, João Esteves, Tiago Mingacho, Vasco Castanho, Tiago Moreira, Francisco Beirão, Dário Rolo e Filipe Nunes
Treinador- João Marques
Disciplina- Cartão amarelo a Marco Borronha e Rui Salvado; Tiago Moreira e Dário Rolo. Vermelho directo a Flávio Barata e Tiago Paixão; Filipe Nunes
Marcadores- Ruben Martins; João Esteves, Tiago Mingacho (2), Tiago Moreira, Francisco Beirão, Dário Rolo (2), Filipe Nunes e Ruben Martins (pb)

Boa Esperança e Ladoeiro proporcionaram no último sábado um espectáculo agradável de futsal apenas com o senão de ter sido um jogo desequilibrado com claro ascendente em todos os momentos do jogo da equipa raiana e manchado por uma cena escusada de indisciplina.
Os albicastrenses podem queixar-se da ausência do seu habitual guarda-redes, João Poças, que se encontra a cumprir castigo associativo, o que obrigou o treinador Manuel Barroso a deslocar para aquele posto específico, Marco Borronha, um jogador que assinou uma exibição espectacular mas que acabou por fazer muita falta na sua habitual posição como jogador de campo, já que é um titular, e o jogador com mais experiência da equipa uma vez que também já actua pelos seniores no nacional da 3ª divisão.
Com estes condicionalismos, e se a tarefa já era difícil para a Boa Esperança, o jogo acabou por ser muito desequilibrado, com claro domínio do Ladoeiro a tempo inteiro.
Ao intervalo os pupilos de João Marques já venciam por 5-0, e neste período a Boa Esperança apenas teve dois lances perto da baliza de Pedro Santos em que podia ter marcado, e ambos protagonizados por Rui Salvado.
A segunda metade acabou por ser uma cópia da primeira apenas se registando, para além do avolumar do marcador, um incidente disciplinar perfeitamente evitável pelos protagonistas envolvidos. Filipe Nunes e Flávio Barata disputavam um lance mais duro e já depois do jogo interrompido Tiago Paixão resolveu tirar satisfações do jogador do Ladoeiro agredindo-o quando este ainda estava no chão. A dupla de árbitros resolveu, e bem, mostrar vermelho aos três intervenientes. Uma cena tão lamentável como evitável principalmente se tivermos em atenção que o jogo estava a ser disputado com extrema correcção pelas duas equipas.
Voltando ao jogo, no final registou-se um 9-1 que traduz bem as diferenças entre as duas equipas nesta partida do distrital de juniores.
Teodoro Domingos e Carlos Baltazar assinaram um trabalho com alguns erros mas sem interferência no resultado final.

Discurso directo- Manuel Barroso, treinador da Boa Esperança- “O Ladoeiro foi superior porque é uma equipa feita de há alguns anos, com o mesmo treinador, e com uma maneira de jogar diferente da nossa. Os nossos jogadores não aparecem aos treinos, não treinam o suficiente e isso reflecte-se depois nos jogos. No lance dos cartões vermelhos penso que os meus jogadores não podem perder a cabeça. Quanto à arbitragem, eles erraram, como eu errei, como todos erramos”.
Discurso directo- João Marques, treinador do Ladoeiro- “Foi um jogo extremamente fácil, com pouca oposição da Boa Esperança e os números finais acabam por expressar o que foi o jogo. Quanto aos três jogadores expulsos, penso que foram bem expulsos. Não comento a arbitragem”.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

ATALAIA DO CAMPO- 1 VITÓRIA DE SERNACHE- 4


A tarde dos golos espectáculo

Campo 23 de Maio, Atalaia do Campo
Árbitro- Ricardo Alexandre (4), auxiliado por Paulo Antunes e Délio Rolo
Atalaia do Campo- Rui Pedro (2), Sérgio (3), Dénis (3), Roque (3), Emanuel (3), Pina (3), Agostinho (3), Brito (3), Fábio (3), José Carlos (3) e Bruno (3)
Treinador- Mário Pereira
Vitória de Sernache- António Joaquim (4), Carlos Gil (3), Tomás (4), Fernando Miguel (3), Pedro Caldeira (3), Dany (4), Tiago (4), Leandro (3), Rogério (3), Paulo Lopes (4) e Nuno Alves (4)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Agostinho por Márcio (2) aos 55, Fábio por Filipe Mouro (2) aos 55 e José Carlos por Ednilson (-) aos 85; Rogério por M´Passo (2) aos 50, Paulo Lopes por Filipe Barata (2) aos 68 e Pedro Caldeira por Luís António (-) aos 80
Disciplina- Amarelos a Emanuel aos 60; Tiago aos 24 e Nuno Alves aos 42
Marcadores- José Carlos aos 25; Tiago aos 32, Paulo Lopes aos 43, Tomás aos 46 e Dany aos 47

A figura do jogo- Tomás (Vitória de Sernache)- Imaculado a defender e com muito sentido de oportunidade no golo que apontou logo aos 40 segundos da 2ª parte. Um central com lugar em qualquer equipa do nosso distrito, até mesmo naquelas que disputam campeonatos nacionais…
A Atalaia do Campo- Entrou muito bem no jogo e durante 20 minutos não deixou o Vitória de Sernache sair de dentro do seu meio campo. Adiantou-se no marcador na sequência de uma grande penalidade mas depois nada mais lhe correu bem. Acabou por perder por números muito pesados.
O Vitória de Sernache- Foi essencialmente uma equipa pragmática. Defendeu dentro do seu meio campo quando o domínio estava do lado do adversário e começou a sair para o ataque quando conseguiu equilibrar. Deu a volta ao marcador ainda antes do intervalo e depois matou o jogo com um início de segunda parte demolidor. Na parte final, quando a Atalaia já tentava o tudo por tudo, teve ainda duas oportunidades por Nuno Alves para engordar o marcador.

Era um jogo aguardado com alguma expectativa, não só para se saber como é que o Vitória de Sernache iria reagir à primeira derrota sofrida no campeonato, mas principalmente para se ver uma Atalaia do Campo que tem estado a fazer um campeonato abaixo daquilo que se esperava no início, e que tem estado longe do que foi apontado no arranque da temporada.
No domingo foi a equipa da casa que entrou melhor no jogo. Jogando em velocidade e sempre com a baliza de António Joaquim na mira, os pupilos de Mário Pereira entraram a dominar e sem dar grande tempo ao Vitória para respirar.
Os de Sernache de Bonjardim acabaram por ter que aceitar e suportar o domínio adversário, controlando o jogo dentro do seu meio campo evitando ao máximo que o perigo chegasse com muita frequência junto das suas redes.
Este figurino do jogo durou pouco mais de 20 minutos, mas a Atalaia, apesar de mais dominadora e com muito mais tempo de posse de bola, não conseguia daí tirar os devidos proveitos. E foi numa altura em que os vitorianos já tinham chegado ao equilíbrio que surgiu o primeiro golo do jogo. O único dos da casa. Ricardo Alexandre não teve qualquer dúvida em apontar para a marca de castigo máximo depois de Tiago ter derrubado um adversário dentro da sua área de rigor. José Carlos atirou para a direita de António Joaquim, o keeper do Sernache tinha optado por se atirar para o lado oposto.
Depois, e até ao final da primeira parte, o Vitória foi uma equipa pragmática, aproveitando ao máximo as oportunidades que criou. Primeiro foi Tiago com um pontapé espectacular que estabeleceu o empate, e a dois minutos do descanso foi o inevitável Paulo Lopes que aproveitou uma defesa para a frente de Rui Pedro para operar a reviravolta no marcador.
Com a cambalhota consumada, o pior para a equipa da casa estava ainda por vir. Se sofrer um golo a dois minutos do descanso não é nada animador, sofrer mais dois nos primeiros 90 segundos da 2ª parte pode deitar a moral de qualquer equipa abaixo. Não será com certeza inédito, mas o Vitória de Sernache definiu a questão dos três pontos em minuto e meio. Primeiro foi Tomás ao primeiro poste a desviar para dentro da baliza uma bola que veio da marcação de um canto do lado direito e onde Rui Pedro poderia ter feito mais, e depois foi Dany que, com um pontapé de mais de 30 metros, fez mais um golo fantástico.
O 4-1 deixava tudo definido, mas realce-se a boa resposta da Atalaia do Campo que, mesmo sem hipóteses de discutir o resultado, continuou a jogar de igual para igual frente a um Vitória de Sernache que ainda poderia ter feito mais um ou outro golo na sequência de lances de contra-ataque, o que já seria tremendamente injusto para uma equipa que até tinha entrado a ganhar mas que no espaço de poucos minutos se viu a ser goleada. Nuno Alves ainda proporcionou a defesa da tarde a Rui Pedro e numa outra ocasião, desviou a bola do alcance do guarda-redes mas esta viria a passar a escassos centímetros do poste.

A arbitragem- Ricardo Alexandre sai da Atalaia do Campo com um trabalho muito positivo. Apitou o que tinha que apitar, incluindo a grande penalidade que deu o golo da Atalaia, ficando-nos apenas dúvidas no lance já perto do final em que invalidou um golo a Bruno por suposto fora de jogo.
Discurso directo- Mário Pereira, técnico da Atalaia do Campo- “Quem não viu o jogo fica com a sensação que fomos cilindrados, mas não foi isso que aconteceu. A equipa teve uma boa postura, fez o 1-0 e o Sernache não fez nada na 1ª parte para merecer os dois golos que marcou. O 2º golo é precedido de uma falta sobre o nosso lateral direito. Depois levámos dois golos a frio, mas a equipa reagiu bem e jogámos muito bem. Não é fácil estar a perder por 4-1 e os jogadores manterem a mesma atitude. Depois não há explicação para o golo anulado ao Bruno. O árbitro no final disse-me que se equivocou, mas é com os equívocos que têm acontecido ao longo destas jornadas que os pontos vão ficando com o adversário. O Sernache não precisa dos favores de ninguém porque é uma belíssima equipa, que apostou para subir de divisão. Independentemente de quererem ou não que a Atalaia esteja na 1ª Divisão, vão ter que levar connosco até ao final”.Discurso directo- Nuno Alves, jogador do Vitória de Sernache- “Foi um jogo num campo muito difícil, contra uma bela equipa, só que o Sernache tem uma equipa excelente, com muito espírito de grupo. Conseguimos dar a volta ao marcador e ainda podíamos ter marcado mais no final em contra-ataque. O Ricardo Alexandre é um bom árbitro, há um penalty sobre mim que não marcou, mas ele também erra, como eu errei.”.

BENFICA CB- 2 DESPORTIVO CB- 0


Benfica consolida liderança

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- Rui Dias, auxiliado por Jorge Fernandes e Ricardo Fontes
Benfica CB- Ruben, Diogo, André, Valter, João Paulo, Tony, Fábio, Machado, Ricardo Lourinho, Flávio Santos e Dany
Treinador- Leonido Afonso
Desportivo CB- Martinho, João Ricardo, Nuno, Batista, Lourenço, Humberto, Valdemar, Diogo Fonseca, Caio, Francisco e Latado
Treinador- João Paulo Natário
Substituições- Tony, por Flávio Ramos aos 50, Machado por Tiago Santos aos 60 e Flávio Santos por João Cabaço aos 80; Humberto por Rodrigo aos 40, Diogo Fonseca por Miguel Lucas aos 40 e Valdemar por Cristiano Guerreiro aos 77
Disciplina- Amarelos a Flávio Santos aos 27, Valter aos 31 e Lourinho aos 78; Francisco no 1º minuto e Latado aos 35
Marcadores- Dany aos 21 e Flávio Santos aos 68

Era o derby da cidade de Castelo Branco onde se encontravam os dois primeiros classificados do Distrital de Juvenis e principais candidatos à subida ao nacional da categoria.
O Benfica e Castelo Branco chegava a este jogo contando por vitórias todas as partidas já disputadas, enquanto que o Desportivo tinha apenas cedido um empate.
E foi o Desportivo que melhor entrou no jogo obrigando logo nos minutos iniciais o guarda-redes encarnado, Ruben, a fazer uma excelente defesa evitando que o adversário adiantasse a sua equipa no marcador.
O Desportivo tinha o controlo por completo do meio campo e era a equipa que mais tempo tinha de posse de bola, bem aproveitado para se instalar dentro do meio campo dos encarnados.
E seria ainda antes do golo de Dany que Ruben viu de novo o perigo muito perto da sua baliza. Um remate de fora da área levava o selo de golo mas, primeiro um toque subtil de Ruben, e depois a trave acabaram por impedir o Desportivo de inaugurar o placard.
Até que chegou o fatídico minuto 21 para o Desportivo albicastrense. Na sequência de um canto do lado direito do ataque benfiquista, a defesa dos visitantes não foi lesta a aliviar a bola e Dany, mesmo no chão, teve oportunidade de rodar sentado e atirar para o fundo das redes de Martinho. Estava feito o golo que dava vantagem ao Benfica ao intervalo.
Na segunda metade as melhores oportunidades continuaram a pertencer ao Desportivo, mas a boa exibição do keeper Ruben e de novo a trave da sua baliza impediram que a equipa de João Paulo Natário conseguisse chegar ao empate.
Até que aos 68 minutos, num lance de puro contra-ataque, Fábio lança a corrida de Flávio Santos que à saída de Martinho atirou para o 2-0. Estava consumada uma vitória que provou que nem sempre é necessário jogar melhor que o adversário para somar os 3 pontos.Rui Dias e seus pares assinaram trabalho positivo, num jogo que foi durinho mas sempre disputado de forma correcta pelas duas equipas.

BOA ESPERANÇA- 5 MARINHAIS- 2


Vitória natural

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Carlos Ferreira e Acácio Pinão (Coimbra)
Boa Esperança- César Bento e Gonçalo, Nuno Infante, Pedro Araújo, Theres, Valter Borronha, Marco Borronha, André Martins, Serginho, Hugo Silveira, Fernando Inácio e Cunha
Treinador- Humberto Cadete
Marinhais- Pedro Ruas, Zé Silva, Jorge Caeiro, Diogo Padinha, Jacinto Guerreiro e Luís Monteiro
Treinador-
Disciplina- Nada a registar
Marcadores- Valter Borronha aos 8, Fernando Inácio aos 18, Serginho aos 19 e 23 e Hugo Silveira aos 37; Diogo Padinha aos 33 e 35

A Boa Esperança somou na última semana mais duas vitórias no Nacional da 3ª Divisão série C. Depois de no feriado de quinta-feira ter ido vencer ao terreno do Aldeia Velha, onde já tinha perdido para a Taça de Portugal, voltou a somar 3 pontos na tarde do último domingo na recepção ao Marinhais.
A Boa Esperança entrou no jogo mostrando desde cedo as suas intenções, revelando sempre mais atitude ofensiva que o adversário e, depois de algumas dificuldades iniciais, acabou por marcar o primeiro golo aos 8 minutos, golo este que tornou mais simples o jogo. Até ao intervalo apareceram naturalmente mais 2 golos, e o resultado de 3-0 ao intervalo era um espelho da superioridade dos albicastrenses.
Na 2ª parte o Marinhais entrou mais pressionante, criando algumas dificuldades à Boa Esperança na transição defesa-ataque. Foi nesse período que surgiu o 4-0 para a equipa da casa, mas o Marinhais viria ainda a reduzir para 4-2 transmitindo mais emoção ao jogo. Depois a Boa Esperança voltou ao comando do jogo e fez o 5-2, um resultado justo mas que acaba por ser escasso para a produção ofensiva da equipa de Humberto Cadete.A dupla de árbitros de Coimbra assinou um trabalho regular.

CASA DO BENFICA CB- 25 COLÉGIO JOÃO DE BARROS- 22


Casa do Benfica mais líder

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Jerónimo Jesus e Joaquim Nicau (Portalegre)
Casa do Benfica CB- Filomena Abrantes e Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (4), Neidja Lima, Marta Monteiro, Paula Rodrigues (3), Inês Martins, Catarina Mata, Vera Gorjão (1), Sónia Mota (5) e Mariana Ivanova (7)
Treinador- Paula Espírito Santo
Colégio João de Barros- Sandra Barbeiro (4), Céline Rodrigues, Carla Pereira (1), Nathalie Lopes (2), Carolina Morgado (1), Joana Ferraz, Ana Morgado, Andreia Neves, Letícia Moreira, Lara Correia, Joana Biel (2), Inês Catarino (8) e Eduarda Pinheiro (4)
Treinador- Paulo Félix
Marcador ao intervalo- 15-9

No jogo em que se cumpriu um minuto de silêncio em memória de Barata Aires, ex-árbitro internacional e presidente do Conselho de Arbitragem da Federação de Andebol de Portugal, falecido na última semana, encontraram-se no municipal as duas primeiras classificadas da Zona Sul do Nacional da 2ª Divisão de Andebol feminino.
Era um jogo chave, e a Casa do Benfica em Castelo Branco cedo deu mostras de não estar disposta a facilitar, entrando de forma convincente e rapidamente chegando a uma vantagem confortável que se cifrava ao intervalo nuns claros 15-9.
A segunda metade foi algo diferente da primeira, com o Colégio João de Barros a conseguir reduzir distância mas sem nunca pôr em perigo uma vitória anunciada das albicastrenses. Nesta fase de maior equilíbrio a grande pecha da Casa do Benfica foi o ataque, já que a equipa até chegava com facilidade à zona de ataque mas depois os erros sucediam-se, permitindo por isso a aproximação das adversárias.
O resultado de 25-22 é indiscutivelmente justo mas, depois do 15-9 no descanso, acaba por ser um pequeno castigo pelos erros cometidos na 2ª parte.Arbitragem regular.

NOTÍCIA CASA DO BENFICA EM CASTELO BRANCO

Casa do Benfica capta iniciadas

A Casa do Benfica em Castelo Branco está a levar a efeito treinos de captação para meninas entre os oito e os doze anos que queiram em iniciar a prática do andebol.
As interessadas devem deslocar-se nas quartas-feiras depois das 18 horas ao pavilhão da Escola João Roiz, e nos sábados depois das 10h30 ao Pavilhão Municipal de Castelo Branco.
Recorde-se que o novo clube de andebol feminino do distrito começou no último sábado a sua participação no Campeonato Regional de Iniciadas Femininas.

terça-feira, novembro 29, 2005

PEDRÓGÃO SP- 1 ÁGUIAS DO MORADAL- 0


Flávio Cunha aproveitou tamanha cerimónia

Campo Tenente Manuel Morais, em Pedrógão de São Pedro
Árbitro- Izaldo Barata (1), auxiliado por Cláudio Santos e Hugo Clara
Pedrógão SP- Canário (4), Pedro Costa (3), Ricardo (3), Vasco (3), Óscar (3), Mateus (4), Brígida (4), Mário Pina (3), Filipe (3), Capinha (3) e Ricardo Constantino (4)
Treinador- Xana
Águias do Moradal- Miguel Ângelo (3), Acácio (3), Luís Afonso (3), Tiago Mota (3), Tabarra (3), David (3), Kikas (3), Paulo Rato (3), Valadas (4), Aíldo (3) e Ivo Fazenda (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Capinha por Flávio Cunha (3) aos 57, Brígida por Caronho (-) aos 88 e Mateus por Caniço (-) aos 90; Kikas por Tomás (1) aos 64, Ivo Fazenda por Gil (-) aos 85 e Luís Afonso por Fonseca (-) aos 87
Disciplina- Amarelos a Ricardo Constantino aos 37, Filipe aos 58, Mário Pina aos 68 e Brígida aos 88; Paulo Rato aos 16, Ivo Fazenda aos 71, Tabarra aos 81 e Valadas aos 90
Marcador- Flávio Cunha aos 79

A figura do jogo- Canário (Pedrógão SP)- Não teve trabalho por aí além, mas nos momentos em que foi preciso, disse sempre presente mantendo a sua baliza inviolada. Foi determinante especialmente nos primeiros minutos da segunda parte quando foi obrigado a duas intervenções de grande nível evitando golos quase certos.

O Pedrógão SP- Não entrou bem no jogo e sofreu nos primeiros 15 minutos o domínio adversário. Depois equilibrou e até teve mais tempo de posse de bola até ao intervalo. Na 2ª parte voltou a não estar bem nos primeiros minutos mas foi novamente por volta do quarto de hora que equilibrou. A partir daí dispôs das melhores situações e viria a marcar um golo que valeu 3 pontos a pouco mais de 10 minutos do final.

O Águias do Moradal- Entrou mandão, tanto na primeira como na segunda parte, mas não retirou daí grande proveito. Valadas foi sempre o mais inconformado mas as suas intenções esbarraram sempre na bem organizada estrutura defensiva adversária. Depois foi de uma perda de bola e de um excesso de cerimónia da sua linha defensiva que acabou por nascer o golo com que saiu derrotado do Tenente Manuel Morais.

Não foi um grande espectáculo de futebol porque o estado do terreno também não permitia grandes primores técnicos, mas mesmo assim encontraram-se duas equipas de muita luta e ambas com vontade de vencer.
E quem mostrou primeiro essa vontade até foram os forasteiros, que entraram melhor no jogo e que dominaram o primeiro quarto de hora, sem no entanto conseguir criar, nesse período, grandes lances de perigo para a baliza de Canário.
Ultrapassados os primeiros 15 minutos o Pedrógão equilibrou a contenda e até teve alguns períodos de domínio, com constantes trocas de bola no meio campo que baralhavam as marcações adversárias.
Mateus, Brígida, Filipe e Mário Pina faziam um carrossel quase perfeito fazendo com que a bola estivesse quase sempre dentro do meio campo do Águias do Moradal.
Mas desse bom período do Pedrógão apenas resultou uma situação de golo. Mário Pina quase aproveitava um desentendimento entre Miguel Ângelo e Paulo Rato para abrir o activo. “Vais tu ou vou eu”, não foi ninguém, e Mário Pina intrometeu-se, fez o chapéu ao keeper do Estreito mas a bola acabou por esbarrar onde o poste se encontra com a barra. Foi a melhor, e quase única, oportunidade que se viu ao longo dos primeiros 45 minutos.
No reatamento voltou a ser o Águias do Moradal a primeiro mostrar vontade vencer. Os primeiros 15 minutos voltaram a pertencer aos do Estreito mas com uma diferença em relação à primeira parte: desta vez o domínio deu frutos, leia-se situações de perigo para as redes adversárias. Como estava difícil chegar ao interior da área com a bola pelo chão ou em cruzamento vindos dos flancos, foi de longe que o Águias do Moradal tentou acertar no alvo. Só que Canário mostrou enorme atenção, e com duas defesas de elevado grau de dificuldade, conseguiu manter a sua baliza inviolável.
Depois o equilíbrio voltou. Deixou de haver predominância de qualquer uma das equipas e estava claro que o golo só poderia surgir ou de um lance fortuito ou de uma jogada individual. E acabou por nascer de um misto das duas coisas. O Águias do Moradal perdeu infantilmente uma bola na esquerda do seu meio campo, rapidamente o Pedrógão a colocou nos pés de Flávio Cunha que esteve, sem exagero, 5 ou 6 segundos com ela, a redondinha, nos pés, sem saber muito bem o que lhe fazer. Teve tempo para pensar e para aproveitar a tremenda cerimónia que a defensiva da casa fez para lhe sair à marcação. O remate saiu rasteiro mas certeiro. Estava feito o único golo do jogo e que acabou por valer três pontos à equipa que aproveitou uma das oportunidades que criou.
Até final o Pedrógão, naturalmente, preocupou-se em defender os 3 pontos. Do outro lado o Águias do Moradal ainda tentou correr atrás do prejuízo mas já jogava mais com o coração que com a razão e o resultado final estava mesmo feito.

A arbitragem- Um trabalho para esquecer de Izaldo Barata. Salvaram-se os dois auxiliares e o facto de não ter influência no resultado. Num lance em que os homens de Pedrógão reclamam uma pretensa grande penalidade damos-lhe o benefício da dúvida porque estava muito em cima do lance. De resto, complicativo, assinalou faltas que só ele viu, deixou passar outras evidentes em claro e, desta forma, acabou por prejudicar o espectáculo e as duas equipas. Se quisesse ser mais rigoroso a cor do cartão para Mário Pina e Tabarra poderia ter sido outra.

Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Encontraram-se duas grandes equipas e tentámos, com muito trabalho e concentração, levar de vencido este adversário. Continuamos a dar mostras do valor que temos e pela forma como quisemos jogar futebol penso que fomos a melhor equipa e que a vitória nos assenta bem. Não comento a arbitragem”.
Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “O Pedrógão ganhou e não há nada a dizer. As equipas equivaleram-se, acho que são duas belíssimas equipas, e ganhou a equipa que marcou um golo e que teve mais sorte. Não vou comentar a arbitragem”.

AD ALBICASTRENSE- 22 ACADÉMICO DA AMADORA- 34


P´ra esquecer…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Daniel Figueiredo e Conceição Rufino
AD Albicastrense- José Pereira e Pedro Mendes, Martin Gomes, Luís Gama (4), Luís Robalo (1), Jonatas Valente (10), Luís Mateus, Bruno Roberto (2), António Mata, Maximiano Ribeiro (5), Filipe Félix e João Mateus
Treinador- José Curto
Académico da Amadora- João Neiva e Raul André, Tomás Faria, Jorge Varela (1), Tiago Machado (2), Bruno Lopes, Marcelo Figueiredo, Francisco Seco (8), Rui Correia (5), Joaquim Simão (4), Ricardo André (1), Pedro Costa (1), Ricardo Capela (10) e Ivo Ramos (2)
Treinador- João Florêncio
Marcador ao intervalo- 12-14

Depois de perder nas últimas duas jornadas frente ao líder e vice líder do campeonato, agora foi a vez do 3º classificado vir a Castelo Branco derrotar uma Albicastrense que esteve perfeitamente irreconhecível.
No jogo de sábado, os azuis apenas por uma vez estiveram em situação de vantagem, já que foram a equipa que inaugurou o marcador. A partir daí o Académico da Amadora tomou conta do jogo e foi dilatando a vantagem a seu belo prazer, beneficiando quer da ineficácia ofensiva da ADA, quer das autênticas crateras que se abriam no centro da defensiva adversária.
As ausências de Sérgio Silva e principalmente de João Fialho fizeram-se notar em demasia e o resultado ao intervalo já deixava antever muitas dificuldades para os segundos 30 minutos.
Na 2ª parte o descalabro foi ainda maior. A equipa de Castelo Branco nunca funcionou como um bloco e os amadorenses aproveitaram então para dilatar a sua vantagem até aos 15 golos de vantagem. Nessa altura estávamos ainda a meio da etapa complementar mas era facilmente observável que a ADA não mostrava argumentos para ainda conseguir discutir o resultado e o jogo.
A vantagem de 12 golos no final espelha as diferenças entre estas duas equipas neste jogo mas fica a sensação que, se a Albicastrense tivesse nos seus dias e pudesse contar com todos os jogadores o jogo teria, com certeza sido mais equilibrado.
A dupla de árbitros cometeu vários erros mas não teve influência na vitória forasteira.

Discurso directo- José Curto, treinador da AD Albicastrense- “Era um jogo teoricamente para ganhar porque jogávamos em casa. Hoje passou-se qualquer coisa anormal e sentimos muito a falta do Fialho e do Sérgio e quando a equipa não corre, nem para a frente nem para trás, é muito difícil ganhar. Vamos tentar amealhar o maior número de pontos possível para conseguirmos a manutenção. A equipa treina pouco e assim é muito complicado”.

terça-feira, novembro 22, 2005

IDANHENSE- 2 BIDOEIRENSE- 0


Idanhense volta a aproximar-se do topo

Estádio Municipal de Idanha-a-Nova
Árbitro- Luís Brás, auxiliado por Marco Pinto e André Silva (Guarda)
Idanhense- Hélder Cruz (3), Gil (3), Betinho (3), Nuno Marques (3), Horácio (3), Ricardo Viola (3), Cristophe (3), Maniche (3), Tó Jorge (3), Gilson (3) e João Fazenda (3)
Treinador- Nuno Fonseca
Bidoeirense- Nuno Viseu, Kikó, Russo, Milton, Estroga, Nuno, Testas, André Neves, Morais, Zeca e Borges
Treinador- Frederico Rasteiro
Substituições- Horácio por Pacheco (3) aos 77, Tó Jorge por Zezinho (-) aos 88 e Ricardo Viola por Tito (-) aos 90; Milton por Luís Cláudio aos 63
Disciplina- Amarelos a Nuno Marques aos 86; Russo aos 46 e André Neves aos 71
Marcadores- Cristophe aos 50 e Pacheco aos 85

A figura do jogo- João Fazenda – O Idanhense não jogou o que sabe e apesar de todos os jogadores terem estado ao mesmo nível destaca-se João Fazenda porque é uma autêntica formiguinha a jogar à frente da defesa. Faz um trabalho chamado invisível mas que é muito útil à equipa.

O Idanhense- Não rendeu o que lhe é habitual e, neste jogo, acabou por valer mais o resultado que a exibição. Teve várias chances para matar o jogo depois do 1-0 e sofreu escusadamente antes de Vítor Pacheco entrar para fazer o 2-0.

Não foi um bom espectáculo de futebol aquele que Idanhense e Bidoeirense proporcionaram no último domingo no Municipal de Idanha-a-Nova.
E não foi, por vários motivos: porque o Idanhense esteve uns furos abaixo daquilo que produziu noutras partidas, porque o Bidoeirense acabou por ser uma agradável surpresa, tendo em conta que ocupa o último lugar da tabela, e porque o relvado muito escorregadio também não era propício a grandes primores técnicos, e é sabido que os raianos têm no seu plantel jogadores que gostam de tratar bem a bola.
A primeira parte acaba mesmo por deixar poucas recordações. As oportunidades foram muito escassas, e o Idanhense, apesar de ter mais tempo de posse de bola que o adversário, nunca conseguiu arranjar a fórmula certa para conseguir ultrapassar a bem posicionada defesa do Bidoeirense. Os raianos tentaram chegar à baliza de Nuno Viseu com remates de fora da área, e através de lances pelos flancos que, no entanto, raramente chegavam com perigo à área adversária.
Ao invés, o Bidoeirense tentava tapar todos os caminhos para a sua baliza mas nunca descurava uma oportunidade para ensaiar o contra-ataque. Testas é o grande patrão da equipa da Bidoeira, mas sozinho… É claramente um jogador uns patamares acima dos seus colegas de equipa. Falta-lhe melhor companhia na frente de ataque. E os poucos lances em que o Bidoeirense conseguiu chegar junto da baliza de Hélder Cruz acabaram por nascer de atrapalhações defensivas dos da casa.
Pelo que se viu em 45 minutos o nulo era o resultado que melhor encaixava na produção das duas equipas, também ela quase nula.
Para a 2ª parte o Idanhense entrou com outras ideias. Não passaria pela cabeça de ninguém que, depois de perder no terreno do penúltimo classificado, o Idanhense poderia também perder pontos frente ao lanterna vermelha do campeonato.
E logo aos 5 minutos um grande pontapé de Cristophe ainda longe da área adversária só parou no fundo da baliza de Nuno Viseu. Um grande golo, na sequência de um grande remate que, no entanto, ainda nos pareceu sofrer um ligeiro toque num defensor do Bidoeirense.
Esperava-se que em vantagem as coisas caminhassem para a regularidade, mas a verdade é que entrámos num período do jogo em que o Idanhense até conseguiu criar uma mão cheia de boas ocasiões para matar o jogo, ora por Horácio, ora por Cristophe, mas não marcava. O Bidoeirense dava o tudo por tudo e tentava tirar partido de um estranho nervosismo que se apoderou do último reduto da casa. Foram vários os lances em que o perigo rondou a baliza de Hélder Cruz que também não ajudou nada com duas ou três reposições de bola deficientes.
Faltava claramente o 2-0 para que a equipa de Nuno Fonseca serenasse e foi, se calhar quando menos se esperava, que o descanso chegou, Aos 85 minutos Nuno Viseu fez a defesa tarde a um remate de meia distância, mas a bola acabou por cair na sua frente onde apareceu o recém entrado Vítor Pacheco a empurrar para o resultado final.
Uma vitória justa do Idanhense mas onde eram perfeitamente evitáveis alguns momentos difíceis pelos quais a equipa passou.

A arbitragem- Não esteve mal e não teve qualquer influência no resultado. O relvado muito escorregadio não ajudou ao seu trabalho mas soube quase sempre distinguir as entradas à margem da lei daquelas que eram provocadas pelo estado da relva.
Discurso directo- Nuno Fonseca, técnico do Idanhense- “A 1ª parte não foi boa, principalmente porque estivemos muito mal ao nível do último passe. No final sofremos um pouco, mas tivemos 3 ou 4 oportunidades que não concretizámos. Provou-se que já não há equipas fáceis. Na próxima jornada na Sertã vai ser um jogo muito complicado que se calhar pode ser prejudicado pelo mau estado do relvado. O Sertanense tem um bom 11, o Manoel já vai jogar, visto que estranhamente foi castigado apenas com um jogo de suspensão na sequência de um vermelho. Mas num derby tudo pode acontecer. No jogo de hoje o árbitro, em termos gerais, esteve bem”.

AD ALBICASTRENSE- 26 ALMADA- 34


Primeira parte deita tudo a perder

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Eurico Nicolau e Ivan Caçador
AD Albicastrense- José Pereira e Pedro Mendes, Martin Gomes (4), Luís Gama (8), Luís Robalo (1), Sérgio Silva (2), Luís Mateus (1), Jonatas Valente, Bruno Roberto, António Mata, Maximiano Ribeiro (4), Filipe Félix (5), João Mateus e João Romão (1)
Treinador- José Curto
Almada- Ricardo Sá e João Godinho, Ricardo Pires (2), Gonçalo Neves, Rui Vitória, Hugo Correia (7), Diogo Valongo, João Dores, Daniel Vink (2), João Melo (3), Rui Santos (5), Pedro Lázaro (8), João Lucas (7) e Bruno Neves
Treinador- Carlos Ferreira
Marcador ao intervalo- 9-18

Depois da derrota na última semana no terreno do Boa Hora, líder do campeonato, a Associação Desportiva Albicastrense somou novo desaire, desta vez em sua casa frente ao segundo classificado, Almada Andebol Clube.
A equipa de José Curto entrou muito mal no jogo e durante os primeiros 30 minutos assistiu-se a um sem número de remates falhados dos azuis. Ao invés, a equipa da Margem Sul atacava pela certa e raramente desperdiçava um lance ofensivo. O resultado de 9-18 ao intervalo mostrava exactamente aquilo que referimos e deixava tudo muito complicado para a segunda parte.
A ADA, que acusou demasiadamente a falta de João Fialho, que cumpriu castigo no sábado, ainda esboçou uma reacção na etapa complementar, chegando mesmo a conseguir reduzir a diferença, mas nunca de forma a relançar o jogo e entrar na discussão da vitória.
Apesar de uma exibição menos conseguida, a equipa de José Curto ainda conseguiu vencer a segunda parte com um parcial de 17-16, mas o avolumar do resultado da 1ª parte deixava praticamente a ADA arredada da possibilidade de evitar a derrota.
Arbitragem sem influência no resultado.
No próximo sábado inicia-se a 2ª volta da 1ª fase da 1ª Divisão com a Associação Desportiva Albicastrense a receber a visita da Académica da Amadora. Recorde-se que, na 1ª volta os amadorenses venceram com dois golos de vantagem.

BENFICA CB- 1 VIGOR E MOCIDADE- 1


Arbitragem infeliz

O Benfica e Castelo Branco esteve muito perto de conseguir a segunda vitória consecutiva em jogos em casa neste nacional de juniores da 2ª Divisão.
A equipa de Paulo Silva dominou integralmente a 1ª parte e, para além do golo obtido por Luisinho na transformação de uma grande penalidade aos 20 minutos, o conjunto albicastrense desperdiçou duas ou três boas ocasiões para chegar ao descanso com uma vantagem mais confortável.
Na segunda parte o treinador do Vigor e Mocidade mexeu na equipa com o propósito de inverter o rumo dos acontecimentos, mas o Benfica respondeu sempre bem e o jogo foi então mais equilibrado que nos primeiros 45 minutos.
Mas um falhanço dos centrais albicastrenses ao minuto 75 quase que deitava tudo a perder. O capitão visitante cruzou tenso, da esquerda, para as costas da defensiva encarnada onde apareceu o ponta-de-lança conimbricense a empurrar para o empate. O Benfica tinha o jogo controlado mas via-se agora a ganhar apenas um ponto.
Até que chega o minuto 86 que acaba por ser determinante. Alves bate um livre em posição frontal, o guarda-redes do Vigor defende para a frente onde apareceu Quinzinho a rematar para golo. Mas sem que ninguém perceba o porquê, o juiz de Portalegre decide anular um golo que foi limpo. Será que o árbitro viu uma falta, que não existiu, de Quinzinho sobre o guarda-redes adversário?
Já em compensações surgem duas expulsões para atletas da casa. Primeiro foi o keeper Tiago a ver vermelho directo em cima do minuto 90 e depois foi Jorge já em períodos de compensações. É verdade que os jovens do Benfica tiveram algumas atitudes menos bonitas mas não é menos verdade que tudo isto começou depois de um golo mal invalidado à sua equipa. É portanto fácil tirar a conclusão que o árbitro acabou por ter influência, tanto no resultado final como nas duas expulsões para o Benfica e Castelo Branco.
Na partida frente ao Vigor e Mocidade o Benfica e Castelo Branco alinhou com o seguinte onze: Tiago, Quelhas, Gelson, Chiquinho, Torres (Jójó), Luisinho, Quinzinho (Vasco), Alves, Kiko, Rui (Tomás) e Jorge. Luisinho fez o golo aos 20 minutos e Quelhas, Chiquinho, Torres, Quinzinho e Kiko viram amarelos. Tiago e Jorge foram expulsos com vermelho directo.
Na próxima jornada o Benfica e Castelo Branco desloca-se no sábado ao terreno da Naval 1º de Maio.

Discurso directo- Paulo Silva, treinador do Benfica CB- “Foi um bom jogo, agradável, apesar de disputado sob chuva e num relvado muito molhado. As duas equipas empenharam-se muito e nós só não ganhámos porque falhámos duas ou três boas situações de golo. Mesmo assim nota-se que a equipa evolui de jogo para jogo e que está unida. Vamos continuar a tentar chegar perto das equipas que estão à nossa frente. A arbitragem não comento”.

terça-feira, novembro 15, 2005

VALVERDE- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 3


Sem espinhas!

Campo de Valverde
Árbitro- Paulo Abrantes (5), auxiliado por Ângelo Correia e José Bicho
Valverde- Pedro Raposo (2), Tiago Dias (3), Bruno Cruz (2), Gilberto Chiquita (3), Flávio Leal (2), Hugo Lobo (3), David Catorze (2), Nuno Martins (2), Luís Neves (3), Denis Martins (2) e Ângelo Vicente (2)
Treinador- Micas
Vitória de Sernache- António Joaquim (3), Carlos (3), Tomás (4), Fernando Miguel (3), Sérgio (3), Velho (3), Tiago (4), Dany (2), M´Passo (4), Paulo Lopes (4) e Nuno Alves (4)
Treinador- António Joaquim
Substituições- David Catorze por Gonçalo Ferreira (2) aos 63, Flávio Leal por Gui Sousa (2) aos 65 e Bruno Cruz por Rui Ferraz (1) aos 72; Dany por Leandro (3) aos 51, M´Passo por Luís António (1) aos 81 e Velho por Filipe (-) aos 85
Disciplina- Amarelos a Tiago Dias aos 17; Tomás aos 73 e Filipe aos 90
Marcadores- Paulo Lopes aos 3 e 79 e Nuno Alves aos 62

A figura do jogo- Paulo Lopes (Vitória de Sernache)- Está a fazer um grande início de campeonato e é raro o jogo em que não marca. Abriu e fechou o marcador, ambos os golos de cabeça, mas para além disso têm que se destacar também as várias vezes que recuou à sua grande área para auxiliar a sua defesa.

O Valverde- Só conseguiu ter algum domínio depois do Vitória já estar em vantagem por 2-0, mas também foi um domínio mais consentido do que propriamente conseguido. É uma equipa lutadora, muito batalhadora, mas que, mesmo quando está instalada no meio campo adversário tem muitas dificuldades em criar lances de perigo, e os poucos que cria não consegue concretizar.

O Vitória de Sernache- Entrou praticamente a ganhar o que, naturalmente lhe deu algum conforto. Dominou os primeiros 62 minutos de jogo, altura em que chegou ao 2-0, e depois limitou-se a controlar o adversário. É muito forte a defender e tem um trio ofensivo muito dinâmico que aproveita muito bem as oportunidades que a equipa cria. Continua tranquilamente na liderança do campeonato. E não é candidato!

Frente a um adversário que podia ser incómodo, o Vitória de Sernache entrou, tal como noutros jogos, determinado em fazer um golo o mais cedo possível de modo, não só a transmitir serenidade à própria equipa, mas principalmente para enervar o adversário que jogava em casa, perante o seu público, e por isso com responsabilidades acrescentadas.
E foi precisamente no primeiro lance de perigo do jogo que os vitorianos inauguraram o marcador. Nuno Alves trabalho muito bem pelo lado direito, cruzou com precisão, a defesa do Valverde ficou a ver a bola passar, e o oportuno Paulo Lopes só teve que empurrar de cabeça para o fundo das redes do desamparado Pedro Raposo.
O jogo começava como António Joaquim desejava e, ao invés, da pior maneira para Micas.
Mas as más condições atmosféricas, particularmente o vento, não deixavam as equipas jogar a bola rente ao solo, e isso acabava por tirar beleza ao espectáculo e patrocinar um futebol mais directo que nunca deu grandes resultados e, numa tentativa de mudar de estratégia, ambas as equipas optaram por tentar trocar a bola de pé para pé, o que provocou um jogo muito disputado na zona central com o meio campo das duas equipas densamente povoado. Nesta primeira metade, onde as oportunidades de golo foram escassas, o Vitória teve mais predominância e por diversas vezes pôs à prova um Pedro Raposo que se mostrou sempre muito inseguro entre os postes, raramente conseguindo segurar uma bola à primeira.
Do lado oposto, foi de uma saída em falso de António Joaquim que acabou por nascer a melhor oportunidade do Valverde, mas os homens da casa que estavam na boca do golo não foram suficientemente rápidos para conseguir atirar para o empate.
Para a segunda parte o Vitória sabia que marcar o 2-0 o mais rápido possível podia resolver o jogo, mas o Valverde tinha duas preocupações: não deixar o adversário chegar ao golo e atacar de forma a conseguir o empate. Mas aos 62 minutos, e novamente fruto de um falhanço da defensiva caseira, Nuno Alves ampliou a vantagem. Isolado frente a Pedro Raposo ainda permitiu uma primeira intervenção do keeper da casa mas na recarga não perdoou. Estava conseguido o objectivo que os de Sernache de Bonjardim perseguiam e mais complicada a tarefa do Valverde.
Este golo também ajudou a definir o resto do jogo. O Valverde passou a ter o domínio de que o Vitória abdicou, mas manteve o jogo e o adversário sempre controlado. António Joaquim que tinha falhado na primeira parte teve então oportunidade de se redimir com duas intervenções nas jogadas mais perigosas do Valverde. Primeiro tirou para canto um remate de David Catorze que apareceu isolado pelo lado esquerdo, e depois também mandou para canto um centro remate traiçoeiro que veio igualmente da esquerda do ataque adversário.
O 3-0 chegou aos 79 minutos numa altura em que o Valverde já tentava tudo em desespero e Paulo Lopes aproveitou para dar o melhor seguimento, novamente de cabeça, a um canto que partiu do lado direito.
Estava sentenciado um jogo que teve um vencedor justo e que mostrou as diferenças existentes entre as duas equipas.

A arbitragem- Passou perfeitamente ao lado do jogo. Apitou o que devia, mostrou os cartões aos jogadores que os mereceram, não teve lances polémicos e merece a nota máxima também porque os jogadores nada fizeram para lhe complicar o trabalho.

Discurso directo- Micas, técnico do Valverde- “Sabia que o adversário era muito poderoso mas quando entramos dentro do campo já a perder é muito complicado. O resultado é pesado, podíamos ter feito o empate na 2ª parte, não o fizemos, e depois o Sernache fez o 2-0 e foi um justo vencedor. O Paulo Abrantes é o melhor árbitro do Distrital”.
Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Fizemos tudo para conseguir este resultado mas, apesar de tudo, foi um jogo difícil para nós porque estava muito vento e não dava para jogar o futebol apoiado que nós gostamos. Tivemos o jogo sempre controlado e o 3-0 não sofre a mínima contestação. O árbitro nem dei por ele”.

BOA ESPERANÇA- 7 ONZE UNIDOS- 4


Segunda parte determinante

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Rogério Dinis e Celso Luís (Coimbra)
Boa Esperança- César Bento e Gonçalo, Nuno Infante, Pedro Araújo, Theres, Marco Borronha, Fernando Inácio, Valter Borronha, André Martins, Serginho, Hugo Silveira e Cunha
Treinador- Humberto Cadete
Onze Unidos- Bruno Campos e André, Renato Barbosa, Mauro, Paulo Russo, Hugo Salgueiro, Bruno Arrojado, Cabral, Zézito e Hugo Sousa
Treinador- Pedro Nobre
Disciplina- Cartão amarelo a Serginho aos 15;Renato Barbosa aos 22 e 26, Paulo Russo aos 36 e 36 e Bruno Arrojado aos 36. Vermelho por acumulação a Renato Barbosa aos 26 e Paulo Russo aos 36
Marcadores- Cunha aos 7, 11 e 31, Theres aos 21, Valter Borronha aos 26, Fernando Inácio aos 29 e Marco Borronha aos 36; Bruno Arrojado aos 4 e 29, Zézito aos 13 e Paulo Russo aos 26

A Boa Esperança conseguiu no último sábado uma vitória que acabou por ser mais fácil do que a certa altura parecia, o que lhe permite continuar na senda das vitórias e colada aos primeiros na tabela classificativa.
Depois de uma primeira parte jogada de uma forma muito equilibrada em que até foi aos lisboetas que pertenceram as melhores oportunidades para marcar, a Boa Esperança ainda conseguiu dar a volta ao 1-0 que os forasteiros alcançaram logo aos 4 minutos, mas depois acabou por consentir nova cambalhota no marcador, chegando ao intervalo a perder por 3-2, um resultado que se aceitava, porque o Onze Unidos foi melhor e até porque acabou por desperdiçar uma boa mão cheia de oportunidades, revelando-se demasiado perdulário na hora de rematar à baliza de Gonçalo.
Para a segunda parte os albicastrenses trouxeram uma vontade e uma determinação totalmente diferentes que obrigou os visitantes a jogarem durante 10 minutos sempre dentro do seu meio campo, não conseguindo nem sair para o contra-ataque, tal era o domínio avassalador.
Foram 10 minutos sufocantes e que contribuíram de forma decisiva para os números finais. É que nos segundos 20 minutos a Boa Esperança conseguiu um parcial de 5-1, anulando qualquer intenção do adversário em levar pontos de Castelo Branco.
Depois do 4-4 que o Onze Unidos ainda conseguiu aos 26 minutos, os albicastrenses embalaram definitivamente para a vitória, com golos de Fernando Inácio aos 29, Cunha aos 31 e Marco Borronha aos 36.
Uma vitória justíssima, por números a condizer que premeiam a excelente segunda parte do conjunto de Humberto Cadete.A dupla de árbitros de Coimbra passou perfeitamente despercebida.

BENFICA CB- 7 CD ALCAINS- 1


Derby desequilibrado

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- Mário Rebelo, auxiliado por João Ventura e Tiago Rodrigues
Benfica CB- Ruben, Diogo, Valter, Luís Silva, João Paulo, André, Fábio, António Leitão, Ricardo Lourinho, Flávio Santos e Daniel Cabaço
Treinador- Leonido Afonso
CD Alcains- Rui Sanches, Fábio Mendonça, Luís Leão, João Gil, Rui, Fábio Riscado, Filipe, Carlos, Nuno, André Vicente e João Gonçalves
Treinador- João Daniel
Substituições- Fábio por João Marques aos 50, André por Tiago Taborda aos 65 e Flávio Santos por Micael aos 65; Carlos por João Tomás aos 61 e Fábio Mendonça por Armindo aos 73
Disciplina- Amarelo a André Vicente aos 37
Marcadores- João Paulo aos 21, Ricardo Lourinho aos 31 e 58, Daniel Cabaço aos 33, 36 e 50 e Fábio aos 51; Filipe aos 10

Benfica e Castelo Branco e Clube Desportivo de Alcains encontraram-se na fria manhã de domingo em partida a contar para a 3ª jornada do Distrital de Juvenis. Um derby concelhio que, como até já se podia prever antes mesmo do jogo começar, foi muito desequilibrado. Aos alcainenses faltaram alguns habituais jogadores da equipa juvenil que acabaram por ser substituídos por quatro elementos ainda do escalão de iniciados, o que naturalmente se notava dentro de campo. Mas curiosamente até foram os miúdos de João Daniel que se adiantaram no marcador por intermédio de Filipe. O Benfica não entrou bem no jogo e aos 10 minutos o Alcains, na primeira bola que levou junto da baliza adversária, acabou por inaugurar o marcador. Seria uma questão de tempo para o Benfica conseguir inverter o rumo dos acontecimentos, e a resistência canarinha acabou por durar até ao minuto 21, momento em que o capitão João Paulo repôs a igualdade.
Até ao intervalo os encarnados tiveram então tempo para impor o seu jogo e marcar mais 3 golos. O 4-1 ao intervalo já era um resultado natural mas, a meio do jogo, talvez demasiado pesado para os forasteiros, principalmente para o que tinham conseguido fazer nos primeiros 20 minutos.
A segunda metade foi praticamente dominada na íntegra pelo Benfica e Castelo Branco. O cansaço apoderou-se dos jovens de Alcains que começaram a revelar extremas dificuldades em sair com a bola jogável de dentro do seu meio campo defensivo.
Os encarnados nem precisaram de carregar muito para ampliar até aos 7-1, com destaque para o hat-trick de Daniel Cabaço concretizado logo aos 10 minutos da etapa complementar.
O resultado podia ainda ter sido mais dilatado mas, por vezes, os miúdos mais avançados da casa exageraram nas jogadas individuais perdendo várias oportunidades de alvejar as redes de Rui Sanches. Com mais esta vitória o Benfica albicastrense mantém o comando do distrital da categoria com 3 vitórias em outras tantas jornadas.Mário Rebelo e os seus auxiliares cometeram apenas pequenos erros que não influenciaram o desfecho do jogo.

terça-feira, novembro 08, 2005

BENFICA CB- 2 OLIVEIRA DO BAIRRO- 1


Vitória feliz com exibição cinzenta

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Rui Rodrigues, auxiliado por Pedro Ferreira e Paulo Rosa (Lisboa)
Benfica CB- Carlos Soares (3), Tiago Paulo (2), Ricardo Pinto (3), Ricardo António (4), Cascavel (3), Trindade (3), Daniel Matos (2), Miguel Vaz (4), José Luís (3), Hélder Monteiro (2) e João Paulo (2)
Treinador- Quim Manuel
Oliveira do Bairro- Mário Júlio, Jean, Carlos Miguel, Edgar, Paulo Costa, Roberto Carlos, Nélson Reis, Alexis, Braguinha, Gabriel e Leandro
Treinador- Rui França
Substituições- Tiago Paulo por Gonçalo Guerra (2) aos 45, João Paulo por Tiago Marques (2) aos 75 e Cascavel por Daniel Fernandes (2) aos 87; Leandro por Luís Barreto aos 45, Alexis por Dani aos 81 e Braguinha por David II aos 88
Disciplina- Amarelos a Daniel Matos aos 43 e Cascavel aos 89; Jean aos 39, Edgar aos 62 e 82 e Gabriel aos 71. Vermelho por acumulação de amarelos a Edgar aos 82
Marcadores- Ricardo António aos 51 e 90; Braguinha aos 52

A figura do jogo- Ricardo António – A decisão tem que recair no central goleador do Benfica e Castelo Branco porque, mais uma vez, os seus golos valeram pontos para a equipa encarnada. Marcou na sequência de um canto de Miguel Vaz logo no início da 2ª parte e deu os três pontos à sua equipa já em tempo de compensações depois de um centro de Daniel Fernandes. Decisivo.

O Benfica CB- Uma exibição muito pálida que acabou por ser premiada com uma vitória que nem fez muito por merecer. É certo que se pode queixar do trabalho do árbitro que não viu um golo clarinho aos 32 minutos, mas só isso não pode explicar a tremenda desinspiração mostrada. Acordou nos últimos 15 minutos, altura em que empurrou o Oliveira do Bairro para a sua zona defensiva e teve o prémio aos 93 minutos.

É dos tais jogos que valeu mais o resultado que a exibição. A jogar em casa, frente ao seu público, o Benfica e Castelo Branco não conseguiu entrar da forma pressionante que fez noutras partidas para rapidamente conseguir o domínio do jogo.
As intenções de Quim Manuel até pareciam boas de início com um sistema de 4-3-3 que por vezes até parecia um 4-2-4, mas o problema do Benfica, cedo se viu, residia no meio campo. Aliás, as duas equipas apresentaram uma maneira de jogar muito semelhante, com um futebol muito directo, fazendo passar muitas bolas directamente da defensiva para os homens mais adiantados, sem fazer uso do meio campo. Isso partiu as equipas em dois. Tanto Benfica e Castelo Branco como Oliveira do Bairro defendiam e atacavam com o mesmo número de jogadores e, por isso, o jogo tornou-se muito equilibrado registando-se poucos lances de perigo junto das duas balizas. Mesmo assim, nos primeiros 45 minutos foram os forasteiros que dispuseram das melhores ocasiões. Carlos Soares fez apenas uma defesa, mas viu por duas vezes o ferro da sua baliza devolver dois remates adversários. Na outra baliza Mário Júlio assistiu a dois cabeceamentos de Hélder Monteiro para fora e viu também Miguel Vaz fazer um golo olímpico mas que o árbitro não validou. Estávamos no minuto 32 quando na sequência de um canto do lado direito do ataque encarnado, Miguel Vaz bateu com o pé esquerdo directamente para dentro da baliza. A bola acabou por bater num dos ferros no interior da baliza que sustenta a rede e ser devolvida para fora. Falta de atenção do auxiliar do lado da bancada e do próprio árbitro que não viram a bola claramente dentro da baliza. Estamos em crer que devem ter sido os únicos no estádio a não ver, porque até os jogadores do Oliveira do Bairro pararam à espera do apito do árbitro.
Ao intervalo o 0-0 era justo porque as melhores oportunidades tinham pertencido aos visitantes, mas o Benfica já tinha marcado um golo que acabou por não contar…
Para a 2ª parte os albicastrenses pareciam trazer outra disposição, e logo aos 6 minutos, precisamente na sequência de um canto batido de forma semelhante por Miguel Vaz, apareceu a cabeça de Ricardo António ao 2º poste a desviar para o fundo das redes.
Mas nem houve tempo para grandes festejos, porque no minuto seguinte Braguinha, o melhor da equipa de Rui França, restabeleceu o empate, num lance em que a defesa encarnada podia ter feito mais.
A equipa sentiu o golo e o jogo entrou então num período de muito equilíbrio, com poucas ocasiões de golo e com o empate a afigurar-se cada vez como resultado mais provável.
E foi na altura em que o Benfica já dava o tudo por tudo para chegar aos 3 pontos que Edgar viu o segundo amarelo e consequente vermelho. A jogar com menos um o Oliveira do Bairro passou a jogar para o pontinho e o Benfica sentiu ainda mais que ainda era possível ganhar, mesmo sem jogar bem. E desta vez a sorte, que outras vezes tem estado ausente, acabou mesmo por estar com a equipa de Quim Manuel que chegou ao golo da vitória precisamente em cima do apito do árbitro. Miguel Vaz inicia um lance de ataque na sua linha defensiva, Daniel Fernandes recebe no meio campo e descobre Ricardo António sozinho no interior da área. O cruzamento saiu bem e o remate do central ainda melhor. Depois disso a bola foi ao meio campo e o jogo terminou. Ficou provado que há jogos em que a sorte dá sempre jeito…

A arbitragem- Um lance ao minuto 32 que mancha todo um trabalho que até estava a ser positivo. Um canto directo de Miguel Vaz bateu por dentro da baliza no ferro que sustenta a rede… todos viram menos o auxiliar e o árbitro. A consciência do auxiliar ficou de tal forma pesada que, na 2ª parte, assinalou uma mão cheia de foras de jogo ao Oliveira do Bairro que não existiram, transformou dois cantos em pontapés de baliza e ainda teve tempo de assinalar faltas que também ninguém viu. Claras compensações de quem sabe que errou…
Discurso directo- Quim Manuel, treinador do Benfica CB- “Tivemos uma tarde feliz porque acabámos por ganhar sem o merecer. Não estivemos ao nosso nível mas também por culpa do adversário. Foi importantíssimo ganhar este jogo mas é preciso referir que nós já defrontámos os primeiros 4 classificados da nossa série. Vamos pensar já no próximo jogo que é daqui por 15 dias em Fátima. O árbitro não validou um golo que marcámos na primeira parte num canto directo do Miguel Vaz”.

AD ALBICASTRENSE- 34 1º DE DEZEMBRO- 28


Começar mal e acabar bem

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Jorge Manuel e Nuno Francisco
AD Albicastrense- José Pereira e Pedro Mendes, Martin Gomes, Luís Gama (6), Luís Robalo (1), Sérgio Silva (1), Luís Mateus, João Fialho (10), Bruno Roberto, Filipe Félix (4), António Mata (1), Maximiano Ribeiro (7), João Mateus (1) e João Romão (3)
Treinador- José Curto
1º de Dezembro- João Fernandes e Luís Neves, Guilherme Cunha (3), Rodrigo Botelho, Igor Santos (2), Miguel Barata (3), David Plácido (3), Fernando Ramos (6), Luís Cruz (5), Bruno Lança, André Nave (1), Manuel Vilaça (4) e Manuel Pereira (1)
Treinador- Carlos Nunes
Marcador ao intervalo- 18-17

A Associação Desportiva Albicastrense somou no último sábado o 3º jogo consecutivo para o campeonato sem perder. Depois da vitória na última jornada caseira e do empate na deslocação ao terreno do Camões, desta vez aconteceu a vitória frente ao 1º de Dezembro por números que não deixam dúvidas mas que nem por isso reflectem as muitas dificuldades que os azuis sentiram, especialmente na primeira parte.
A equipa de Queijas entrou muito forte no jogo e com uma defesa de 3-3, marcando a 1ª e a 2ª linha da Albicastrense, conseguiu baralhar os pupilos de José Curto e arrancar para uns primeiros minutos em que rapidamente chegou à vantagem de 7-2, deixando antever uma tarefa muito complicada para a ADA.
Mas gradualmente o equilíbrio no marcador foi surgindo, porque os da casa se foram conseguindo impor, mas também porque, sem se perceber porquê, os visitantes abandonaram o sistema defensivo que estavam a adoptar e que tão bons resultados estava a dar.
Desta forma a primeira vantagem da ADA apareceu já nos minutos finais da 1ª parte e ao intervalo a vantagem mínima já permitia aos azuis respirar melhor.
Na segunda parte o 1º de Dezembro nunca mais se conseguiu encontrar e a Albicastrense foi construindo um resultado que acaba por parecer fácil mas que foi muito complicado, especialmente nos primeiros 30 minutos.
Destaque para as boas exibições de Filipe Félix e João Fialho, o primeiro porque foi o único que conseguiu contrariar o adversário na primeira parte e João Fialho pelos 10 golos que apontou, que foram decisivos na 2ª vitória da ADA no campeonato. Recorde-se que os albicastrenses vinham de uma derrota por 28-22 para a Taça de Portugal que tinha acontecido no feriado da última semana no terreno do Passos Manuel, equipa que já tinha ganho em Castelo Branco então em jogo a contar para o Nacional da 1ª divisão. Para o campeonato no próximo sábado a Albicastrense tem uma difícil deslocação ao terreno do Boa Hora.No jogo frente ao 1º de Dezembro a dupla de jovens árbitros passou perfeitamente ao lado do jogo.

TRABALHO APRESENTAÇÃO COJUTRA


Castelo Branco e Guarda querem mais proximidade com Castilla y Léon

O programa de Cooperação Juvenil Transfronteiriço, COJUTRA, foi apresentado na última sexta-feira na cidade de Castelo Branco.
Na ocasião, estiveram presentes Miguel Nascimento, Delegado Regional do IPJ de Castelo Branco, António Batista, que exerce as mesmas funções na Guarda, José Miguel Ortega San José, Jefe del Servicio de Emancipación y Participación Juvenil da Dirección General de Juventud da Junta de Castilla y León, Alejandro Velez, Concejal de Juventud del Ayuntamiento de Salamanca, Alfredo Martin, Diputado de Juventud de la Diputación de Salamanca e Maria Geraldes, Presidente da Comissão Executiva do Instituto Português da Juventude.
O COJUTRA prevê um investimento total de um milhão de euros, 200 mil do lado português e 800 mil dos vizinhos espanhóis e terá uma comparticipação de 75% do FEDER através do Programa Interreg III-A entre Portugal e Espanha, e tem como objectivos fomentar a cooperação transfronteiriça e as relações de cooperação entre agentes públicos e privados, aumentar o conhecimento mútuo dos responsáveis políticos e administrativos, facilitar a informação e o encontro entre os principais actores das políticas de juventude (associações juvenis e jovens) e promover o desenvolvimento de actividades de cooperação, como sejam, intercâmbios, formação e itinerários culturais entre outros.
Neste projecto cooperativo que em breve vai dispor de uma página WEB, participam, para além das delegações regionais do IPJ de Castelo Branco e Guarda, a Junta de Castilla y León, através da Consejeria de Família e Igualdad de Oportunidades – Dirección General de Juventud.
Destinado a jovens entre os 12 e os 30 anos, dirigentes associativos e técnicos de juventude, o COJUTRA termina no dia 31 de Dezembro do próximo ano e tem como actividades previstas, Formações, Feiras e Congressos de Juventude/Associativismo, Festivais (cinema, teatro…), Itinerários Culturais e vários Intercâmbios.
Entretanto, e no âmbito da cooperação transfronteiriça, recorde-se que vai decorrer em Salamanca nos próximos dias 15, 16 e 17 de Novembro o 1º Encontro Transfronteiriço de Informadores Juvenis entre Castilla y León e Portugal.

ATLETAS DO VALONGO VOLTAM A TREINAR NO SL BENFICA



André Rocha regressa à Luz, João Martins estreia-se

Depois de ter estado presente nos treinos de captação do Sport Lisboa e Benfica no último dia 5 de Outubro, o guarda-redes da equipa de infantis A da Associação Recreativa e Cultural do Bairro do Valongo, André Rocha voltou a ser chamado para comparecer nos sintéticos do Estádio da Luz no último dia 1 de Novembro. Mas desta vez, o jovem keeper levou a companhia do defesa João Martins, atleta do mesmo clube mas na categoria de iniciados.
O convite a André Rocha e João Martins voltou a partir do clube encarnado, e os dois jovens atletas albicastrenses tiveram a oportunidade de se mostrar durante uma hora aos responsáveis pelos escalões de formação do Benfica.
No final, tanto André como João Martins foram informados que vão continuar a ser acompanhados no seu clube de origem pelo Departamento de Formação das águias e que mais tarde voltarão a ser chamados para novos treinos e para participar em torneios pela equipa do SL Benfica.

segunda-feira, outubro 31, 2005

BENFICA CB- 3 PORTALEGRENSE- 0


Até q’enfim!

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Renato Gonçalves, auxiliado por Paulo Dias e Marco Vieira (Guarda)
Benfica CB- Tiago, Quelhas, Gelson, Salavessa, Luisinho, Jójó, Torres, Alves, Kiko, Tomás e Jorge
Treinador- Paulo Silva
Portalegrense- Mário, Calado, Jorge, Paralta, Milheiro, Franja, Cabim, Cabrinhas, João Sousa, João Rosa e Conchinhas
Treinador- João Landeiro
Substituições- Luisinho por Chiquinho aos 62, Jójó por Mateus aos 84 e Kiko por Vasco aos 90; Calado por Bruno Batista aos 57, Bruno Batista por Tiago Ruivo aos 77 e Paralta por Serra aos 84
Disciplina- Amarelos a Salavessa aos 45, Kiko aos 67, Jójó aos 72 e Torres aos 79; Paralta aos 50, João Rosa aos 74 e Jorge aos 80
Marcadores- Kiko aos 45 e Tomás aos 77 e 88

Foi à oitava jornada que o Benfica e Castelo Branco se estreou a pontuar no nacional da 2ª divisão de juniores e logo com uma vitória clara sobre um fraco Portalegrense que estava colocado imediatamente acima dos albicastrenses na tabela classificativa com dois pontos, resultantes de outros tantos empates.
A equipa de Paulo Silva conseguiu finalmente a vitória que há muito perseguia e que algumas vezes esteve perto de conseguir e logo por números que acabam por condizer com a exibição. Para se ter uma ideia das dificuldades dos encarnados neste início de campeonato destaque-se que, neste jogo, marcaram mais golos (3), do que nas sete anteriores partidas (2).
Apesar deste ser praticamente o jogo do tudo ou nada, isto apesar de ainda só estarmos na jornada 8, o Benfica entrou algo nervoso, fruto do lugar que ocupa na classificação, e começou por dar demasiado espaço ao seu opositor para praticar o futebol que mais lhe convinha, que era evitar ao máximo que a bola se aproximasse da sua baliza.
Mas como nem sempre se pode ter azar, o Benfica e Castelo Branco acabou por ter a estrelinha que tantas vezes faltou ao conseguir abrir o activo quando já todos se preparavam para ir para o descanso com o nulo no marcador. Kiko aproveitou bem uma confusão na área adversária para dar a vantagem à sua equipa.
No início da segunda parte o jogo parecia outro. A equipa da casa notava-se muito mais tranquila e tinha agora todas as condições para mostrar o seu real valor. E foi o que aconteceu. O Portalegrense, durante todos os segundos 45 minutos, apenas numa ocasião se acercou com perigo da baliza encarnada, proporcionando na circunstância uma excelente defesa ao guarda-redes Tiago que veio até à linha limite da sua grande área evitar o empate.
A partir daí o jogo foi inteiramente dominado pela equipa de Paulo Silva. O Benfica praticou um futebol agradável, marcou mais dois golos, ambos por Tomás, o primeiro em que contou com a colaboração de Paralta e o segundo com um grande tiro de fora da área sem dar hipóteses ao guarda-redes adversário, e ainda deixou alguns por marcar, já que aliado há boa exibição conseguiu também criar um bom número de ocasiões de golo.
Pode ter sido esta a exibição e o resultado que faltavam ao conjunto albicastrense para embalar para o resto de um bom campeonato na tentativa de evitar a fuga aos últimos quatro lugares que dão a descida de divisão. A equipa tem valor para se manter nesta 2ª divisão e agora tem também toda a moral que transmite um resultado de 3-0.
A equipa de arbitragem teve alguns erros e quase sempre em prejuízo do Benfica, deixando mesmo por marcar uma grande penalidade sobre Vasco já no último minuto de compensações.

Discurso directo- Paulo Silva, treinador do Benfica CB- “Era um jogo de grande ansiedade porque este tínhamos que o ganhar. A equipa entrou nervosa, mas pelo que fizemos, principalmente na 2ª parte, acho que merecemos inteiramente a vitória. O nosso objectivo é desde o início a manutenção e esperemos agora embalar para a conseguir. Vamos agora apanhar algumas equipas do nosso nível e esperamos que esta vitória nos tenha relançado no campeonato, pois tem-nos faltado sorte e isso tem influenciado a parte anímica dos jogadores, porque nós quando sofremos um golo, por norma, acusamo-lo muito. Hoje jogámos pela 1ª vez no Estádio Municipal mas isso só é uma vantagem se cá treinarmos, que foi o que aconteceu esta semana. Vamos também jogar aqui os próximos dois jogos e por isso também vamos cá treinar. Quero aproveitar para deixar um agradecimento aos jogadores e às suas famílias que já há muito que esperavam um resultado destes”.

ACD LADOEIRO- 4 GD MATA- 3


Lance polémico decide nos instantes finais

Pavilhão Municipal do Ladoeiro
Árbitros- Hugo Clara e Délio Rolo
ACD Ladoeiro- Jorge Taborda, Francisco Marques, Renato Rodrigues, Nuno Aleluia, Ruben Martins, Rogério Marques, Ruben Amaral, João Fonseca, Carlos Barata e David Silva
Treinador- João Marques
GD Mata- Gonçalo, Luís, Tiago, Diogo, Nuno, Ângelo, David, Pedro, Vasco, Miguel, Henrique e Flávio
Treinador- José Mendes
Disciplina- Cartão amarelo a Francisco Marques; Nuno e Luís. Vermelho por acumulação de amarelos a Nuno e vermelho directo a Gonçalo e Pedro
Marcadores- Francisco Marques (2), Renato e Nuno Aleluia; Pedro, Miguel e Diogo

Os dois principais candidatos ao título distrital de juvenis encontraram-se na tarde de domingo e, pode escrever-se, acabaram por proporcionar um excelente espectáculo de futsal, com oportunidades de golo e jogado, em certos períodos, a um ritmo alucinante.
Na primeira parte esteve melhor a equipa da casa, que entrou mais dominadora e garantindo desde logo mais tempo de posse de bola, que, no entanto, nem sempre foi bem gerido. A Mata, por seu turno, aceitou o domínio adversário mas nunca perdeu a oportunidade de espreitar o contra-ataque, obrigando a que o último reduto do Ladoeiro estivesse sempre atento. Fruto desse domínio dos raianos foi até com alguma naturalidade que chegou o primeiro golo, obra do capitão Francisco Marques.
Estávamos perante duas equipas muito diferentes das da última temporada, já que alguns dos seus melhores valores subiram de escalão e participam agora no distrital de juniores. Notava-se que havia muito nervosismo e alguma inexperiência de ambos os lados, mas os covilhanenses não acusaram o golo sofrido e chegaram ao 1-1, por intermédio de Pedro.
Até ao final da primeira parte o panorama não se alterou, o resultado do jogo manteve-se e a disposição das duas equipas em campo também.
Na segunda meia hora, porque nos distritais jogam-se 30 minutos corridos, ao contrário dos nacionais onde se jogam 15 minutos de tempo útil, o jogo endureceu, passou a ser para miúdos de barba rija, mas nunca houve maldade ou intenção de nenhum dos intervenientes pôr em causa a integridade física adversária. Apenas muita luta e um pouco mais de contacto físico.
Logo no minuto inicial os serranos adiantaram-se pela primeira vez no marcador através do golo de Miguel, mas o Ladoeiro respondeu bem e em apenas um minuto deu a volta ao marcador. Francisco Marques bisou no 2-2 e depois fez a jogada mais bonita do jogo para Renato Rodrigues concluir para o 3-2. Mas notava-se que nada estava decidido. O Ladoeiro tinha mais a bola nos pés, mas falhava muito na hora do remate, e a Mata, mesmo rematando menos, também criava chances mas também estava difícil de acertar na baliza de David Silva. Era um jogo que fazia perfeitamente jus ao lema do futsal, “ataque e contra-ataque”. Bonito, durinho quando baste e com uma grande incerteza no marcador. Mas as contas dos golos não haveriam de ficar por aqui. O capitão Diogo restabeleceu a igualdade ainda antes do meio da 2ª parte e o equilíbrio levou-nos até ao último minuto, altura em que o guarda-redes Gonçalo saiu de entre os postes e chocou com um adversário já fora da sua grande área. A dupla de árbitros entendeu que havia motivo para marcação de falta, que seria a 6ª dos covilhanenses, e para expulsão do keeper que se vinha cotando com uma excelente actuação. No mesmo lance Pedro viu também o vermelho, provavelmente por palavras dirigidas ao árbitro. Deste lance, e porque é de difícil análise do local onde nos encontramos, fica-nos uma dúvida: houve ou não contacto entre os dois jogadores? Somos obrigados a dar o benefício da dúvida à jovem dupla de árbitros até porque se estavam a cotar com um bom trabalho até esse fatídico último minuto. No batimento do livre Nuno Aleluia saltou do banco e estabeleceu o resultado final pondo um ponto final na história do jogo.

Discurso directo- João Marques, treinador do Ladoeiro- “Foi um jogo muito difícil com uma equipa praticamente toda nova e que acusou muito nervosismo. Temos aqui muitos jogadores que nunca tinham jogado a nível federado. Apesar de tudo penso que foi uma vitória justa, embora a Mata seja sempre um adversário muito difícil. Não comento o trabalho das arbitragens”.

Discurso directo- José Mendes, treinador da Mata- “Quero dar os parabéns às duas equipas pelo jogo que disputaram. Estivemos aqui sem jogos treino e com vários jogadores que nunca tinham jogado futsal. Penso que o campeão distrital vai sair de entre estas duas equipas. A arbitragem cometeu alguns pequenos erros mas penso que no lance que decide o jogo o meu guarda-redes é mal expulso”.