terça-feira, novembro 08, 2005

BENFICA CB- 2 OLIVEIRA DO BAIRRO- 1


Vitória feliz com exibição cinzenta

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Rui Rodrigues, auxiliado por Pedro Ferreira e Paulo Rosa (Lisboa)
Benfica CB- Carlos Soares (3), Tiago Paulo (2), Ricardo Pinto (3), Ricardo António (4), Cascavel (3), Trindade (3), Daniel Matos (2), Miguel Vaz (4), José Luís (3), Hélder Monteiro (2) e João Paulo (2)
Treinador- Quim Manuel
Oliveira do Bairro- Mário Júlio, Jean, Carlos Miguel, Edgar, Paulo Costa, Roberto Carlos, Nélson Reis, Alexis, Braguinha, Gabriel e Leandro
Treinador- Rui França
Substituições- Tiago Paulo por Gonçalo Guerra (2) aos 45, João Paulo por Tiago Marques (2) aos 75 e Cascavel por Daniel Fernandes (2) aos 87; Leandro por Luís Barreto aos 45, Alexis por Dani aos 81 e Braguinha por David II aos 88
Disciplina- Amarelos a Daniel Matos aos 43 e Cascavel aos 89; Jean aos 39, Edgar aos 62 e 82 e Gabriel aos 71. Vermelho por acumulação de amarelos a Edgar aos 82
Marcadores- Ricardo António aos 51 e 90; Braguinha aos 52

A figura do jogo- Ricardo António – A decisão tem que recair no central goleador do Benfica e Castelo Branco porque, mais uma vez, os seus golos valeram pontos para a equipa encarnada. Marcou na sequência de um canto de Miguel Vaz logo no início da 2ª parte e deu os três pontos à sua equipa já em tempo de compensações depois de um centro de Daniel Fernandes. Decisivo.

O Benfica CB- Uma exibição muito pálida que acabou por ser premiada com uma vitória que nem fez muito por merecer. É certo que se pode queixar do trabalho do árbitro que não viu um golo clarinho aos 32 minutos, mas só isso não pode explicar a tremenda desinspiração mostrada. Acordou nos últimos 15 minutos, altura em que empurrou o Oliveira do Bairro para a sua zona defensiva e teve o prémio aos 93 minutos.

É dos tais jogos que valeu mais o resultado que a exibição. A jogar em casa, frente ao seu público, o Benfica e Castelo Branco não conseguiu entrar da forma pressionante que fez noutras partidas para rapidamente conseguir o domínio do jogo.
As intenções de Quim Manuel até pareciam boas de início com um sistema de 4-3-3 que por vezes até parecia um 4-2-4, mas o problema do Benfica, cedo se viu, residia no meio campo. Aliás, as duas equipas apresentaram uma maneira de jogar muito semelhante, com um futebol muito directo, fazendo passar muitas bolas directamente da defensiva para os homens mais adiantados, sem fazer uso do meio campo. Isso partiu as equipas em dois. Tanto Benfica e Castelo Branco como Oliveira do Bairro defendiam e atacavam com o mesmo número de jogadores e, por isso, o jogo tornou-se muito equilibrado registando-se poucos lances de perigo junto das duas balizas. Mesmo assim, nos primeiros 45 minutos foram os forasteiros que dispuseram das melhores ocasiões. Carlos Soares fez apenas uma defesa, mas viu por duas vezes o ferro da sua baliza devolver dois remates adversários. Na outra baliza Mário Júlio assistiu a dois cabeceamentos de Hélder Monteiro para fora e viu também Miguel Vaz fazer um golo olímpico mas que o árbitro não validou. Estávamos no minuto 32 quando na sequência de um canto do lado direito do ataque encarnado, Miguel Vaz bateu com o pé esquerdo directamente para dentro da baliza. A bola acabou por bater num dos ferros no interior da baliza que sustenta a rede e ser devolvida para fora. Falta de atenção do auxiliar do lado da bancada e do próprio árbitro que não viram a bola claramente dentro da baliza. Estamos em crer que devem ter sido os únicos no estádio a não ver, porque até os jogadores do Oliveira do Bairro pararam à espera do apito do árbitro.
Ao intervalo o 0-0 era justo porque as melhores oportunidades tinham pertencido aos visitantes, mas o Benfica já tinha marcado um golo que acabou por não contar…
Para a 2ª parte os albicastrenses pareciam trazer outra disposição, e logo aos 6 minutos, precisamente na sequência de um canto batido de forma semelhante por Miguel Vaz, apareceu a cabeça de Ricardo António ao 2º poste a desviar para o fundo das redes.
Mas nem houve tempo para grandes festejos, porque no minuto seguinte Braguinha, o melhor da equipa de Rui França, restabeleceu o empate, num lance em que a defesa encarnada podia ter feito mais.
A equipa sentiu o golo e o jogo entrou então num período de muito equilíbrio, com poucas ocasiões de golo e com o empate a afigurar-se cada vez como resultado mais provável.
E foi na altura em que o Benfica já dava o tudo por tudo para chegar aos 3 pontos que Edgar viu o segundo amarelo e consequente vermelho. A jogar com menos um o Oliveira do Bairro passou a jogar para o pontinho e o Benfica sentiu ainda mais que ainda era possível ganhar, mesmo sem jogar bem. E desta vez a sorte, que outras vezes tem estado ausente, acabou mesmo por estar com a equipa de Quim Manuel que chegou ao golo da vitória precisamente em cima do apito do árbitro. Miguel Vaz inicia um lance de ataque na sua linha defensiva, Daniel Fernandes recebe no meio campo e descobre Ricardo António sozinho no interior da área. O cruzamento saiu bem e o remate do central ainda melhor. Depois disso a bola foi ao meio campo e o jogo terminou. Ficou provado que há jogos em que a sorte dá sempre jeito…

A arbitragem- Um lance ao minuto 32 que mancha todo um trabalho que até estava a ser positivo. Um canto directo de Miguel Vaz bateu por dentro da baliza no ferro que sustenta a rede… todos viram menos o auxiliar e o árbitro. A consciência do auxiliar ficou de tal forma pesada que, na 2ª parte, assinalou uma mão cheia de foras de jogo ao Oliveira do Bairro que não existiram, transformou dois cantos em pontapés de baliza e ainda teve tempo de assinalar faltas que também ninguém viu. Claras compensações de quem sabe que errou…
Discurso directo- Quim Manuel, treinador do Benfica CB- “Tivemos uma tarde feliz porque acabámos por ganhar sem o merecer. Não estivemos ao nosso nível mas também por culpa do adversário. Foi importantíssimo ganhar este jogo mas é preciso referir que nós já defrontámos os primeiros 4 classificados da nossa série. Vamos pensar já no próximo jogo que é daqui por 15 dias em Fátima. O árbitro não validou um golo que marcámos na primeira parte num canto directo do Miguel Vaz”.

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