terça-feira, novembro 29, 2005

PEDRÓGÃO SP- 1 ÁGUIAS DO MORADAL- 0


Flávio Cunha aproveitou tamanha cerimónia

Campo Tenente Manuel Morais, em Pedrógão de São Pedro
Árbitro- Izaldo Barata (1), auxiliado por Cláudio Santos e Hugo Clara
Pedrógão SP- Canário (4), Pedro Costa (3), Ricardo (3), Vasco (3), Óscar (3), Mateus (4), Brígida (4), Mário Pina (3), Filipe (3), Capinha (3) e Ricardo Constantino (4)
Treinador- Xana
Águias do Moradal- Miguel Ângelo (3), Acácio (3), Luís Afonso (3), Tiago Mota (3), Tabarra (3), David (3), Kikas (3), Paulo Rato (3), Valadas (4), Aíldo (3) e Ivo Fazenda (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Capinha por Flávio Cunha (3) aos 57, Brígida por Caronho (-) aos 88 e Mateus por Caniço (-) aos 90; Kikas por Tomás (1) aos 64, Ivo Fazenda por Gil (-) aos 85 e Luís Afonso por Fonseca (-) aos 87
Disciplina- Amarelos a Ricardo Constantino aos 37, Filipe aos 58, Mário Pina aos 68 e Brígida aos 88; Paulo Rato aos 16, Ivo Fazenda aos 71, Tabarra aos 81 e Valadas aos 90
Marcador- Flávio Cunha aos 79

A figura do jogo- Canário (Pedrógão SP)- Não teve trabalho por aí além, mas nos momentos em que foi preciso, disse sempre presente mantendo a sua baliza inviolada. Foi determinante especialmente nos primeiros minutos da segunda parte quando foi obrigado a duas intervenções de grande nível evitando golos quase certos.

O Pedrógão SP- Não entrou bem no jogo e sofreu nos primeiros 15 minutos o domínio adversário. Depois equilibrou e até teve mais tempo de posse de bola até ao intervalo. Na 2ª parte voltou a não estar bem nos primeiros minutos mas foi novamente por volta do quarto de hora que equilibrou. A partir daí dispôs das melhores situações e viria a marcar um golo que valeu 3 pontos a pouco mais de 10 minutos do final.

O Águias do Moradal- Entrou mandão, tanto na primeira como na segunda parte, mas não retirou daí grande proveito. Valadas foi sempre o mais inconformado mas as suas intenções esbarraram sempre na bem organizada estrutura defensiva adversária. Depois foi de uma perda de bola e de um excesso de cerimónia da sua linha defensiva que acabou por nascer o golo com que saiu derrotado do Tenente Manuel Morais.

Não foi um grande espectáculo de futebol porque o estado do terreno também não permitia grandes primores técnicos, mas mesmo assim encontraram-se duas equipas de muita luta e ambas com vontade de vencer.
E quem mostrou primeiro essa vontade até foram os forasteiros, que entraram melhor no jogo e que dominaram o primeiro quarto de hora, sem no entanto conseguir criar, nesse período, grandes lances de perigo para a baliza de Canário.
Ultrapassados os primeiros 15 minutos o Pedrógão equilibrou a contenda e até teve alguns períodos de domínio, com constantes trocas de bola no meio campo que baralhavam as marcações adversárias.
Mateus, Brígida, Filipe e Mário Pina faziam um carrossel quase perfeito fazendo com que a bola estivesse quase sempre dentro do meio campo do Águias do Moradal.
Mas desse bom período do Pedrógão apenas resultou uma situação de golo. Mário Pina quase aproveitava um desentendimento entre Miguel Ângelo e Paulo Rato para abrir o activo. “Vais tu ou vou eu”, não foi ninguém, e Mário Pina intrometeu-se, fez o chapéu ao keeper do Estreito mas a bola acabou por esbarrar onde o poste se encontra com a barra. Foi a melhor, e quase única, oportunidade que se viu ao longo dos primeiros 45 minutos.
No reatamento voltou a ser o Águias do Moradal a primeiro mostrar vontade vencer. Os primeiros 15 minutos voltaram a pertencer aos do Estreito mas com uma diferença em relação à primeira parte: desta vez o domínio deu frutos, leia-se situações de perigo para as redes adversárias. Como estava difícil chegar ao interior da área com a bola pelo chão ou em cruzamento vindos dos flancos, foi de longe que o Águias do Moradal tentou acertar no alvo. Só que Canário mostrou enorme atenção, e com duas defesas de elevado grau de dificuldade, conseguiu manter a sua baliza inviolável.
Depois o equilíbrio voltou. Deixou de haver predominância de qualquer uma das equipas e estava claro que o golo só poderia surgir ou de um lance fortuito ou de uma jogada individual. E acabou por nascer de um misto das duas coisas. O Águias do Moradal perdeu infantilmente uma bola na esquerda do seu meio campo, rapidamente o Pedrógão a colocou nos pés de Flávio Cunha que esteve, sem exagero, 5 ou 6 segundos com ela, a redondinha, nos pés, sem saber muito bem o que lhe fazer. Teve tempo para pensar e para aproveitar a tremenda cerimónia que a defensiva da casa fez para lhe sair à marcação. O remate saiu rasteiro mas certeiro. Estava feito o único golo do jogo e que acabou por valer três pontos à equipa que aproveitou uma das oportunidades que criou.
Até final o Pedrógão, naturalmente, preocupou-se em defender os 3 pontos. Do outro lado o Águias do Moradal ainda tentou correr atrás do prejuízo mas já jogava mais com o coração que com a razão e o resultado final estava mesmo feito.

A arbitragem- Um trabalho para esquecer de Izaldo Barata. Salvaram-se os dois auxiliares e o facto de não ter influência no resultado. Num lance em que os homens de Pedrógão reclamam uma pretensa grande penalidade damos-lhe o benefício da dúvida porque estava muito em cima do lance. De resto, complicativo, assinalou faltas que só ele viu, deixou passar outras evidentes em claro e, desta forma, acabou por prejudicar o espectáculo e as duas equipas. Se quisesse ser mais rigoroso a cor do cartão para Mário Pina e Tabarra poderia ter sido outra.

Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Encontraram-se duas grandes equipas e tentámos, com muito trabalho e concentração, levar de vencido este adversário. Continuamos a dar mostras do valor que temos e pela forma como quisemos jogar futebol penso que fomos a melhor equipa e que a vitória nos assenta bem. Não comento a arbitragem”.
Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “O Pedrógão ganhou e não há nada a dizer. As equipas equivaleram-se, acho que são duas belíssimas equipas, e ganhou a equipa que marcou um golo e que teve mais sorte. Não vou comentar a arbitragem”.

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