segunda-feira, maio 07, 2007

ESCALOS DE CIMA- 2 PROENÇA-A-NOVA- 0


Escalos resolve na 1ª parte

Campo Viscondessa do Alcaide, Escalos de Cima
Árbitro- Sérgio Correia (4), auxiliado por Nuno Silva e Tiago Gonçalves
Escalos de Cima- Tiago Fazenda (3), Carronda (3), Robalo (3), Luís Afonso (3), Paulinho (3), Valdemar (3), Beirão (3), Carlitos (3), Cláudio Fazenda (3), Cunha (3) e Hugo Duarte (3)
Treinador- Paulo Macedo
Proença-a-Nova- Almeida (3), Marco (2), Norberto (2), Filipe (2), Verganista (2), Pequito (3), Tiago Martins (3), Esteves (2), Tiago Marques (2), Zé Tó (3) e Fábio Martins (3)
Treinador- José Esteves
Substituições- Carlitos por Cláudio Soares (2) aos 67, Hugo Duarte por Hélio (3) aos 67 e Beirão por Miguel (-) aos 90; Tiago Marques por Bomba (2) aos 61, Fábio Martins por João Pires (-) aos 84 e Esteves por Miguel (-) aos 90+2
Disciplina- Amarelos a Hélio aos 68; Verganista aos 18 e 64 e Filipe aos 73. Vermelho por acumulação de amarelos a Verganista aos 64
Marcador- Beirão aos 10 e Paulinho aos 19

A figura do jogo- Beirão (Escalos de Cima)- Num jogo em que todos os jogadores do Escalos assinaram actuações muito iguais, destacamos Beirão, não só pelo golo que abriu o caminho para a vitória, mas também pela forma como jogou e fez jogar os seus colegas da zona ofensiva.

O Escalos de Cima- Aproveitou bem a falta dos habituais centrais do adversário, marcou dois golos na 1ª parte e depois soube controlar, construindo mesmo as melhores situações de golo.

O Proença-a-Nova- Esteve muito distante de outros jogos, mas a verdade é que as muitas ausências, e outras exibições menos conseguidas, acabaram por contribuir para uma tarde negativa.

Debaixo de uma temperatura normal para a época, mas já a fazer lembrar o Verão, o Escalos de Cima acabou por saber aproveitar as primeiras duas oportunidades que teve para decidir o jogo, para depois gerir bem o cansaço e as tentativas do Proença inverter o rumo dos acontecimentos.
O Escalos de Cima sabia que ia encontrar um Proença-a-Nova com muitas mexidas no onze inicial, e aproveitar a ausência de alguns titulares, especialmente a habitual dupla de centrais, era mesmo o primeiro objectivo de Paulo Macedo. E a verdade é que as coisas começaram por correr bem ao conjunto da casa, que nas primeiras duas oportunidades que construiu acabou por marcar dois golos, que no final acabaram por fazer toda a diferença.
Logo aos 10 minutos Beirão, à entrada da área pelo lado direito, desferiu um remate potente com o peito do pé levando a bola a descrever um arco por cima de Almeida e a entrar com violência na baliza. Um lance em que o mérito vai inteirinho para o número 11 da casa, que apesar de tudo não foi bem acompanhado pelo lateral esquerdo contrário que o devia ter acompanhado mais de perto. Nove minutos depois foi Paulinho que aproveitou a demora da defesa do Pinhal em tirar a bola da zona de perigo para fazer o segundo golo. Se as coisas já se tinha visto que não tinham começado bem em termos exibicionais para a equipa de José Esteves, que não conseguia impor o seu futebol, mais complicadas se tornavam agora com a desvantagem de dois golos.
O Escalos tinha feito o mais difícil, que seria marcar, até porque defensivamente a equipa mostrava muito acerto, isto embora o Proença também não conseguisse criar situações que pudessem pôr em perigo as redes de Tiago Fazenda. Ao Escalos bastava agora gerir o físico e o jogo e espreitar a oportunidade de, em contra-ataque, voltar a baralhar a defensiva adversária. Foi isso que aconteceu no que restava da primeira parte, pelo que o resultado ao intervalo se aceitava mais pelo que o Escalos fez e o Proença não conseguiu fazer.
Na etapa complementar o Proença ainda tentou pegar no jogo, pôr a bola no chão e jogar pelas alas, mas rapidamente se viu que, a tarde não era de acerto, e que numa equipa muito “remendada”, também os habituais desequilibradores, caso de Esteves, não estavam em tarde particularmente inspirada. Quase nada saía bem e mesmo os remates efectuados raramente saíram com a devida direcção. Apenas em duas ocasiões Tiago Fazenda foi obrigado a empregar-se a fundo para manter as suas redes invioláveis.
Do outro lado, o Escalos mostrava alguma facilidade em fazer a ligação entre os diferentes sectores, mas depois havia sempre muita cerimónia, e alguma falta de pontaria, na hora de visar a baliza de Almeida. Valdemar, por exemplo, que é um habitual matador, não se cansou de rematar e de tentar, mas foram muito raras as bolas que lhe saíram dos pés que levaram a direcção certa.
Vitória certíssima daquela que foi a melhor equipa na tarde do último domingo num jogo sem grandes primores técnicos.

A arbitragem- Num jogo fácil de dirigir, e em que não teve que tomar decisões difíceis, apenas o reparo para o segundo amarelo a Verganista que podia ter evitado, uma vez que o jogador do Proença cometeu a falta que lhe valeu o segundo amarelo na zona de meio campo e não usou violência para travar Cláudio Fazenda.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Fizemos uma excelente primeira parte, marcamos dois golos e penso que até podíamos ter feito mais. Sabíamos que o adversário vinha sem a sua habitual dupla de centrais, explorámos bem esse aspecto e ganhámos bem a uma equipa que tem jovens que sabem o que estão a fazer dentro de campo. O árbitro fez um trabalho positivo”.

Discurso directo- José Esteves, técnico do Proença-a-Nova- “Quando num plantel de 23, temos apenas 14 jogadores é evidente que isso tem que se notar. Houve aqui jogadores que se estrearam hoje, o último que entrou é o guarda-redes suplente, e tudo isso tem influência. Parabéns aos Escalos, mas penso que nós também podíamos ter feito um ou dois golos e, na minha perspectiva, o empate também era um resultado justo. O árbitro teve erros, mas não vou dizer que teve influência no resultado, porque ele não é culpado pela nossa derrota”.

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