segunda-feira, setembro 18, 2006

TRABALHO VILARREGENSE


Oportunidade para os jovens da terra

Em Vila de Rei mora uma equipa que não é candidata aos lugares de todo mas que tem, independentemente de vir a ganhar muitos ou poucos jogos, um grande mérito: houve uma aposta muito clara na juventude da terra e na manutenção de grande parte do plantel que o ano passado disputou a 2ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco.
O técnico chama-se Alfredo Nunes, tem como seu adjunto Carlos Oliveira, e trabalha com um grupo de 23 jogadores em que apenas 4 são entradas para a época que agora começou: Telmo, Luís Carlos e Bicas que vieram do Alcaravela e David que se inscreve pela 1ª vez como praticante federado de futebol.
De resto completam o grupo seis elementos que ainda o ano passado actuavam nos juniores: Diogo Dias, Zé Pedro, Diogo Silva, André Luís, Carlos Tereso e Barra, e ainda Pedro Cotrim e Carlos Firmino que, apesar de idade ainda júnior, vão este ano trabalhar já com o plantel dos mais velhos.
Com este cenário, o Vilarregense não parte como favorito aos primeiros lugares, até porque perdeu alguns jogadores importantes da última temporada, e apresenta-se na divisão única por força das circunstâncias, uma vez que era uma das equipas que estava preparada para disputar a extinta 2ª divisão. Mas para já uma coisa é certa, a grande aposta nos jovens e o facto de continuar a dar futebol a uma sede de concelho merece grande relevo.

Alfredo Nunes, Treinador do Vilarregense

“Sabemos que temos muito trabalho pela frente”

Tribuna Desportiva- Esta divisão única do Distrital de Castelo Branco é positiva ou negativa para o Vilarregense?
Alfredo Nunes- É positivo por um lado e negativo por outro. É positivo porque vamos entrar num campeonato com equipas de outro calibre, com mais qualidade, mas visto de outra forma é negativo porque vai tornar-se mais difícil ao Vilarregense alcançar os seus objectivos.
TD- Tem um plantel com 22 jogadores muito jovens…
AN- Temos uma equipa que está em fase de construção baseada nas camadas jovens. Temos uma média de idades de 22 anos, sabemos que temos muito trabalho pela frente mas vamos ver o que podemos revelar neste campeonato.
TD- Até onde pode chegar esta equipa?
AN- O objectivo principal é ficar para cima do meio da tabela. Se isso não for possível… paciência, mas faremos todos os possíveis para lá chegar.
TD- Este pode ser um campeonato com poucos objectivos para aquelas equipas que não vão lutar pelo título, no caso de não haver 2ª Divisão Distrital na próxima temporada…
AN- Eu penso que na questão da subida há bastantes candidatos. Há equipas que têm já um curriculum positivo no Distrito e que lutam sempre pelos primeiros lugares, como são os casos do Sernache, do Fundão ou do Alcains. São equipas poderosas, com outro tipo de plantel e com jogadores mais caros. Este clube tem uma política baseada nas pessoas da terra e a nível de remuneração trata-se apenas de um estímulo para que eles venham aos treinos.
TD- No seu entender pode haver um campeonato divido em dois, o dos candidatos e o dos outros?AN- Talvez… Provavelmente haverá sete ou oito equipas a lutar pelos primeiros lugares e as restantes a lutar por dar o seu melhor e chegar ao meio da tabela.

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