segunda-feira, novembro 13, 2006

ESCOLAS DO DESPORTIVO DE CASTELO BRANCO


Os campeões merecem as faixas

Os campeões distritais de escolas da temporada 2005/06 receberam no último sábado as respectivas faixas de campeões bem como o troféu correspondente a este título. O jogo a contar para o distrital de infantis frente aos colegas do Desportivo A foi aproveitado para fazer a justa homenagem e distinção. Na ocasião estiveram presentes, para além dos 17 jovens campeões e respectivas famílias e amigos, o Presidente do emblema albicastrense, António Marcelo, o Secretário Adjunto da Direcção da Associação de Futebol de Castelo Branco, Carlos Almeida e, naturalmente, Filipe Roque, o jovem treinador que esteve com estes miúdos desde que começaram a competir até à época do título distrital e que agora desempenha as funções de seleccionador distrital de futebol juvenil na AFCB. No jogo, os distinguidos acabaram por sair derrotados por 4-1 mas, para a história ficam os nomes dos campeões distritais de escolas época 2005/06: Daniel Grácio, Renato Martins, Tiago Almeida, Miguel Ângelo, José João, André Mesquita, Rui Francisco, João Bargão, João Rente, Pedro Fonseca, José Ricardo, Francisco Matias, Miguel Garcia, Tiago Ildefonso, David Roque, Diogo Pereira e Emanuel Gonçalves. Conquistado o título no escalão de escolas, o objectivo destes campeões é repetir o feito na próxima temporada na categoria de infantis. Parabéns, e boa sorte!

Filipe Roque, treinador campeão de Escolas pelo Desportivo CB 2005/06

“Foram três anos de trabalho,
paciência e dedicação”

Tribuna Desportiva- Apesar de já não estar no Desportivo CB hoje vem aqui colher o fruto daquilo que semeou durante 3 anos…
Filipe Roque- Foram 3 anos de trabalho, com muita paciência e dedicação, e agora é o reconhecimento de tudo o que fizemos ao longo dos últimos 3 anos.
TD- Quando pegou nesta equipa, com miúdos de 8 anos, já podia pensar que ia lutar pelo título 3 anos depois?
FR- Não. Nestas idades um indicador de que os miúdos poderão vir a ser bons atletas é o nível da coordenação, da velocidade, mas nessa altura ainda é muito cedo, porque há todo um trabalho pela frente para fazer, principalmente ao nível do conhecimento do futebol. Isso vai-se vendo ao longo dos anos com o passar do tempo e do trabalho.
TD- Mas depois quando passam a B e depois a A aí já permite pensar que é possível lutar pelo campeonato…
FR- Sim, aí já se começam a ver as potencialidades dos jogadores, não só a nível físico, mas psicológico, a própria assiduidade aos treinos também influencia para que um jogador seja de um determinado nível.
TD- Hoje fala-se muito em jogadores que nasceram para jogar futebol. Há, de facto jogadores predestinados, ou mesmo aquele que não demonstra no início grandes potencialidades pode evoluir?
FR- Eu sou de opinião que, para se ser jogador de futebol também é inato, porque há determinadas características e capacidades que, se não as tiver, nunca poderá ser um grande jogador. A coordenação e a agilidade são inatas. É evidente que, com o trabalho e com o tempo também evoluem, mas há capacidades que, se uma criança não as tiver, nunca poderá atingir um bom nível.
TD- Como é que foi a transição do Desportivo de Castelo Branco para a Associação de Futebol de Castelo Branco?
FR- É o mesmo ramo, é aquilo que eu gosto, apesar de, estando na Associação até estamos menos no campo, e o que nós gostamos é de estar no campo, mas envolve todo um trabalho de organização e secretaria.
TD- No seu sector na AFCB como é que encontrou a casa? Arrumada?
FR- Sim. Ao longo destes anos, houve um grande trabalho de todo o Gabinete Técnico e isso todos reconhecemos. Sei que tenho um grande desafio pela frente, que é continuar com a casa arrumada e, se possível trazer mais novidades para o futebol de formação do nosso distrito.
TD- Vai continuar o trabalho que foi desenvolvido pelo professor João Paulo nos últimos anos…
FR- Sim. O trabalho é reconhecido, eu vou dar continuidade e tentar trazer novas ideias e novas apostas, nomeadamente ao nível dos dirigentes e dos próprios treinadores. Temos que tentar fazer sempre mais e melhor.
TD- Uma tentativa de aproximar o futebol jovem do interior do litoral e das ilhas…FR- Eu acho que já estamos a trabalhar mais e melhor, mas há um factor que nunca podemos esquecer, que é o número de atletas praticantes. No litoral há muito mais atletas, dá para formar equipas mais fortes o que permite uma maior evolução.

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