segunda-feira, setembro 11, 2006

BENFICA CB- 0 MARINHENSE- 0


Faltaram os golos e um Espadinha isento

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Carlos Espadinha, auxiliado por José Pereira e Sérgio Pita
Benfica CB- Hélder Cruz (3), Cascavél (3), Zé Luís (3), Miguel Vaz (3), João Peixe (3), Ricardo Viola (3), Renato (3), Milton (4), Telmo (4), Ricardo António (3) e Alex (4)
Treinador- António Marques
Marinhense- Marco, Brás, Fábio Reis, Baresi, Leandro, Marco Aurélio, Antero, Falé, Filipe Jorge, Rogério e Filipe Ruivo
Treinador- José Petana
Substituições- Cascavél por Prata (2) aos 45 e Zé Luís por João Paulo (2) aos 77; Leandro por Fábio Santos aos 76 e Falé por Dárcio aos 82
Disciplina- Amarelos a Ricardo António aos 75, Prata aos 81 e Miguel Vaz aos 90+1; Baresi aos 35, Falé aos 52, Fábio Reis aos 72 e Rogério aos 90+1

A figura do jogo- Alex – Pode parecer estranho num jogo em que só o Benfica atacou ser um central a figura do jogo. Mas como tudo, também esta escolha tem uma justificação. O jovem central não cometeu um único erro na sua posição e ainda subiu por diversas vezes para criar desequilíbrios, e em duas ocasiões esteve mesmo muito perto de marcar.

O Benfica CB- Esteve bem em todos os capítulos do jogo menos naquele que, porventura é o mais importante… a finalização. Este empate não é motivo para preocupações, até porque a equipa construiu lances mais que suficientes para ficar com os três pontos mas a verdade é que em nenhuma dessas várias ocasiões conseguiu marcar.

É difícil num jogo de estreia de campeonato fazer mais que o que fez o Benfica e Castelo Branco. A equipa jogou bem, teve controlo e domínio absoluto do jogo mas faltou o golo que tantas vezes esteve perto.
Depois de um período inicial de estudo mútuo em que a bola andou sempre na zona central do terreno, foi a partir dos 10 minutos que o Benfica pegou no jogo e começou a criar sucessivos lances de perigo junto da baliza de Marco.
Logo aos 11 minutos, caso o juiz Carlos Espadinha tivesse assinalado a grande penalidade cometida sobre Ricardo Viola, os encarnados podiam ter aproveitado essa ocasião soberana para se adiantar no marcador e, quem sabe, ter um resto de jogo mais tranquilo e com certeza com mais golos porque deixava de haver a pressão de chegar rapidamente à vantagem.
Mesmo tendo já motivos de queixa da arbitragem, o Benfica continuou a jogar da mesma forma e João Peixe em duas ocasiões, Milton noutras duas e Miguel Vaz na sequência de um livre superiormente executado mas a que Marco correspondeu com a defesa da tarde, estiveram muito perto do golo.
Nesta altura o Marinhense sentia que o adversário lhe era superior e por isso, nas poucas vezes que tinha a posse de bola, trocava-a de jogador para jogador mas sempre dentro do seu meio campo.
E aos 35 minutos surge mais um lance em que podia muito bem ter sido marcado penalty. João Peixe parece ter sido puxado pela camisola no momento em que tentava a impulsão para chegar de cabeça a um cruzamento, mas novamente o Sr. Espadinha preferiu nada assinalar. Já vimos grandes penalidades serem marcadas por muito menos…
Ao intervalo o nulo era um castigo demasiado severo para uma equipa que tinha feito tudo menos o golo para estar em vantagem.
Na segunda parte a toada manteve-se e torna-se desnecessário estar a repetir a história do que já se tinha visto. Mas mesmo assim vale a pena registar alguns lances em que só por muito azar a bola não parou no fundo das redes dos marinhenses. Aos 71 minutos Miguel Vaz bate um livre tenso e à boca da baliza Ricardo Viola, João Peixe e depois já em desespero Alex não conseguem o toque fatal. No minuto seguinte novamente o central Alex a dispor de excelente oportunidade para dar vantagem à sua equipa, e no minuto 78 mais duas oportunidades flagrantes. Na primeira Ricardo António cabeceia de cima para baixo, como mandam as regras, mas a bola sai caprichosamente por cima, e segundos depois um grande lance individual de Telmo que, depois de ultrapassar cinco adversários, e já dentro da grande área não conseguiu atirar com sucesso.
No último minuto das compensações repetiu-se a história do livre de Miguel Vaz que cruzou toda a pequena área sem ninguém aparecer a meter o pé que podia valer 3 pontos.
Para terminar, falta falar de Hélder Cruz. O keeper encarnado esteve em campo mas em 99% do tempo só mesmo para fazer número. Se tocou meia dúzia de vezes na bola foi muito e pensamos mesmo que nem sujou o equipamento… Está tudo dito!

A arbitragem- À primeira jornada… Portalegre. Parece sina, mas a verdade é que os árbitros de Portalegre, vá-se lá saber porquê, não se dão bem com os ares de Castelo Branco, mas pior que isso ainda é o facto de prejudicarem sempre a equipa encarnada. Na primeira parte há um lance claríssimo de grande penalidade sobre Ricardo Viola que não foi assinalado e um puxão muito duvidoso sobre João Peixe que podia ter o mesmo desfecho. Para além disso, faltas e mais faltas contra o Benfica que só o Sr. Espadinha viu…
Discurso directo- António Marques, treinador do Benfica CB- “Nós temos feito bons jogos mas não conseguimos marcar. Hoje fomos claramente superiores ao nosso adversário mas não conseguimos fazer golos… Não temos tido a sorte pelo nosso lado. Eu costumo dizer que a sorte dá muito trabalho mas nós temos trabalhado bem. Estamos todos tristes e insatisfeitos com este resultado. Não sei qual foi o critério do árbitro mas apitou muitas faltas contra nós… não sei se vai encontrar muitas equipas mais correctas e mais disciplinadas que a nossa. Sobre os lances dentro da área do Marinhense deixo para a Comunicação Social analisar”.

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