sexta-feira, março 10, 2006

PÓVOA RM- 2 ESCALOS DE CIMA- 1


Derby estragado pelo árbitro

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- Teodoro Domingos, auxiliado por Carlos Pequito e Mário Rebelo
Póvoa RM- Oleh Prokopets, Bento, Hélio, Barra, Mata, Mota, Nuno Eusébio, Berto, Amaral, João Silva e Bernardino
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Escalos de Cima- Rui Ferreira, Lucas, Robalo, Ricardo, Pinheiro, Nicha, Carlitos, Tiago, Fábio, Gonçalo e Paulo Sousa
Treinador- Paulo Macedo
Substituições- Nuno Eusébio por Casal aos 45 e Hélio por Álvaro aos 65; Pinheiro por Hélio aos 65 e Nicha por Ramalhinho aos 83
Disciplina- Amarelos a Mota aos 34 e 70 e Amaral aos 77; Robalo aos 12, Rui Ferreira aos 22, Ricardo aos 30 e 80, Carlitos aos 36, Tiago aos 39 e 90+2, Gonçalo aos 74 e Paulo Sousa aos 77. Vermelhos por acumulação a Mota aos 70; Ricardo aos 80 e Tiago aos 90. Vermelho directo a Hélio aos 83
Marcadores- Barra aos 13 e Mata aos 81; Carlitos aos 34

O Póvoa RM- Teve muitas dificuldades em jogar contra o vento durante os primeiros 45 minutos mas acabou por marcar na 1ª vez que levou a bola à baliza adversária. Na 2ª parte controlou a quase totalidade do tempo e criou mais situações de perigo que o seu opositor. Acabou por ser feliz porque marcou na sequência de um penalty inexistente mas mereceu ter a sorte do jogo.

O Escalos de Cima- Não tirou proveito do factor vento na 1ª parte, isto apesar de ter dominado na íntegra os 45 minutos iniciais. Na etapa complementar a equipa foi completamente partida pelas expulsões e pelo golo que sofreu na sequência de um castigo máximo que só Teodoro Domingos viu.

O forte vento que se fazia sentir na tarde de domingo acabou por ser determinante para decidir o controlo do jogo, especialmente na 1ª parte, em que o Escalos de Cima, a actuar com o vento pelas costas aproveitou desde início para se instalar dentro do meio campo adversário. Nessa altura a Póvoa de Rio de Moinhos apenas se defendeu mas o perigo só rondou a baliza do ucraniano Oleh Prokopets quando Paulo Sousa se isolou pela direita mas depois rematou muito por cima da baliza dos da casa.
Só que na 1ª vez que a Póvoa chegou perto da área adversária acabou por chegar ao golo. Num livre directo praticamente em posição frontal à baliza visitante, Barra rematou com a melhor direcção mas Rui Ferreira acaba por não ficar nada bem na fotografia já que a bola estava ao seu alcance mas acabou por fugir para dentro da baliza. Era um golo que a equipa de Rui Melo e João Zarro não tinha feito por merecer e que penalizava, naquela altura, a equipa que mais atacava.
A partir daqui a intenção dos da casa era resguardarem-se no seu meio campo para tentar explorar o contra-ataque, e em simultâneo defenderem uma vantagem preciosa quando actuavam com o vento pela frente. Era importante chegar em vantagem ao descanso já que depois seriam eles a beneficiar do vento.
Só que aos 34 minutos Carlitos bateu muito bem um canto do lado esquerdo e conseguiu ele tirar proveito do vento. A bola vai directa para dentro da baliza, mas também aqui o keeper ucraniano podia ter feito melhor, uma vez que a bola acaba por lhe passar por cima. Pinheiro ainda apareceu a confirmar, mas Carlitos já tinha conseguido um canto directo.
Até ao intervalo o Escalos tudo fez para ainda atingir a vantagem mas o empate aceitava-se, porque o Escalos tinha atacado mais, mas nem sempre bem, e a Póvoa tinha-se defendido bem, do adversário e do vento.
Na 2ª parte, tal como se previa, voltou a ser o vento a definir a equipa dominadora. Os da casa jogavam um futebol agradável, tinham mais posse de bola e era agora o Escalos que sentia na pele o vento de frente. Só que os segundos 45 minutos acabaram por ser estragados aos 70 minutos. Mota carrega pelas costas um adversário e, como já tinha um amarelo, Teodoro Domingos mostra-lhe o segundo e o consequente vermelho. Até aqui tudo bem, só que a arbitragem alterou radicalmente a sua forma de actuar a partir daqui. Começa por inventar um penalty aos 80 minutos que deu o 2º golo da Póvoa e expulsa Ricardo com 2º amarelo, quando este nem estava no lance… Os ânimos aqueceram e a desorientação do árbitro aumentava a cada minuto. Em duas ocasiões foi visto com os cartões na mão sem saber a quem os mostrar. Resultado: Hélio foi expulso com vermelho directo sem se saber porquê e Tiago também acabou por ir tomar banho mais cedo… Com esta actuação saem penalizadas as duas equipas que até estavam a disputar o jogo de forma muito correcta e o público que passou a assistir a outra coisa qualquer a que não podemos chamar futebol. No meio de tantas asneiras acabou por vencer a equipa que mais e melhores oportunidades criou, especialmente na 2ª parte, embora o jogo tivesse sido diferente se em vez de acabar 10 contra 8 tivesse acabado com os 22 jogadores em campo.

A arbitragem- Menos mal na 1ª parte, embora com um critério disciplinar muito penalizador para o Escalos de Cima, e completamente desorientado na 2ª metade. Um penalty que só o árbitro viu, amarelos mostrados a jogadores errados (Robalo só viu um amarelo mas foi trocado por dois colegas noutras tantas ocasiões!!!), mandou alterar o sentido de uma falta por indicação do seu auxiliar quando já tinha decorrido muito tempo de jogo e… enfim, um chorrilho de asneiras que estragaram um jogo que estava a ser muito bem disputado por duas equipas que estavam a jogar duro, é certo, mas nunca com a violência que o boletim disciplinar deixa transparecer.

Discurso directo- Hélio, capitão da Póvoa RM- “Sabíamos que ia ser um jogo difícil mas pela nossa ponta final penso que conseguimos uma vitória justa. A equipa de arbitragem nem sempre ajuizou bem, mas damos-lhe o benefício da dúvida. Penso que a expulsão do Mota é exagerada e, a partir daí o árbitro desorientou-se. O penalty que originou o nosso segundo golo também deixa algumas dúvidas”.
Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Perder desta maneira custa muito. Quando as duas equipas são dignas e depois acontecem situações que são uma vergonha causa revolta. Se eu dissesse tudo o que me vai na alma se calhar era irradiado. A Associação tem que pensar bem nas nomeações porque estamos numa fase que vai decidir a subida de divisão. Há um penalty a nosso favor que não é marcado e depois marca um contra nós e expulsa-nos 3 jogadores… É um resultado injusto”.

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