segunda-feira, março 20, 2006
ASSEMBLEIA GERAL DO BENFICA CB
Contas aprovadas sem haver sucessor para José Manuel Vaz
O Benfica e Castelo Branco aprovou em Assembleia-Geral, que decorreu na última sexta-feira na sede do clube, o relatório e contas referentes ao ano de 2005. Com menos de 3 dezenas de sócios presentes, os números finais do último ano foram aprovados com 27 votos favoráveis e uma abstenção. O clube albicastrense chegou ao último dia do mês de Dezembro com um “passivo real de 89.600 euros”, números que sobem um pouco em relação ao ano anterior devido à aquisição de duas viaturas.
Mas estes números vão ainda baixar para valores inferiores, uma vez que o Benfica tem ainda por receber uma verba referente ao aluguer de um terreno situado na zona industrial. O clube recebeu na última semana 5 mil euros e vai durante esta semana receber o valor restante em 3 cheques pré-datados.
No que toca a contas o panorama não é, por tanto, muito complicado, isto se tivermos em atenção a grave crise financeira que se vive actualmente na esmagadora maioria dos clubes desportivos.
Quanto ao segundo ponto da ordem de trabalhos – Eleições dos novos corpos sociais – aí é que está tudo mais difícil. É que não apareceu nenhuma lista a sufrágio e, sendo assim, os actuais elementos que compõem os órgãos sociais do clube, entram em gestão corrente, uma vez que o seu mandato terminou na pretérita sexta-feira.
Sobre este ponto o presidente cessante referiu que “o nosso mandato termina hoje. Esta Direcção fez o melhor possível e agora está na hora de vir gente nova. Não vou continuar à frente do clube, mas estão reunidas todas as condições para as actividades que temos continuarem, e estamos dispostos a colaborar com quem vier até Abril, altura em que os campeonatos terminam”. Se até lá nenhuma lista aparecer as coisas podem ficar mais complicadas, uma vez que “é preciso preparar a próxima época e assumir compromissos. E nesse sentido nós não daremos nenhum passo que vincule o clube”, refere José Manuel Vaz. Isto equivale a dizer que, numa situação extrema, pode estar em causa a inscrição das diversas equipas nos campeonatos da próxima temporada.
Na reunião magna dos encarnados foi ainda divulgado um projecto que a direcção cessante iniciou mas que terá que ter continuidade pelos dirigentes vindouros. Trata-se de um intercâmbio entre clubes portugueses e espanhóis e que, para já, integra o Benfica e Castelo Branco, o Desportivo de Chaves e o Ponte Vedra, podendo estender-se, por exemplo, a Cáceres. O objectivo é que os jogadores portugueses sejam observados em Espanha e vice-versa.
Quanto ao actual momento desportivo da equipa, foi o chefe de departamento de futebol que fez o ponto da situação. Ricas referiu que “a aposta do clube tem que ser cada vez mais na formação. Apesar das dificuldades acredito que vamos conseguir a manutenção porque temos um balneário unido. No mercado de Inverno acabámos por fazer os ajustes possíveis. Nós podíamos ter contratado mais jogadores mas no final com certeza que a dívida seria ainda maior”.Com o único objectivo de eleger os novos corpos sociais ficou marcada nova AG para o dia 7 de Abril.
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