segunda-feira, março 20, 2006

ADE PENAMACOR- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 0


Só faltaram os golos…

Estádio Municipal de Penamacor
Árbitro- Ângelo Correia (2), auxiliado por Diogo Venâncio e José Bicho
ADE Penamacor- Manuel Silva (2), Bruno Vieira (3), Marco (3), Sérgio (3), Hugo Andriaça (3), Ricardo Santos (3), Caronho (3), Renato (3), Pedro Silveiro (3), Picas (2) e David (3)
Treinador- Tó Real
Vitória de Sernache- António Joaquim (3), Carlos Gil (3), Tomás (3), Fernando Miguel (3), Sérgio (2), Dany (3), Tiago Farinha (3), Leandro (3), Filipe Barata (3), Paulo Lopes (3) e Nuno Alves (2)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Picas por Ricardo Costa (1) aos 54, Hugo Andriaça por Ruben (2) aos 56 e Ricardo Santos por Hélder Correia (1) aos 72; Paulo Lopes por M´Passo (1) aos 76, Dany por Luís António (-) aos 85 e Nuno Alves por Pedro Canhoto (-) aos 90+2
Disciplina- Amarelos a Sérgio aos 50 e David aos 84; Tomás aos 37 e Tiago Farinha aos 58 e 90+3. Vermelho por acumulação a Tiago Farinha aos 90+3

A figura do jogo- Tiago Farinha (Vitória de Sernache)- É um jogador com uma força impressionante! Como se não bastasse foi do seu pé direito que saiu um remate a quase 40 metros da baliza que levou a bola a esbarrar na trave. Foi expulso por acumulação, mas o 2º amarelo pareceu-nos exagerado.

A ADE Penamacor- Conseguiu 20 minutos de grande domínio durante a 1ª parte mas não conseguiu marcar nas oportunidades criadas, a mais flagrante das quais desperdiçada por David. Na 2ª parte só ameaçou num cabeceamento de Ricardo Costa já perto do final. Lutou muito, mas vale mais que o que mostrou no domingo.

O Vitória de Sernache- Defendeu muito e bem quando a isso foi obrigado e contra-atacou sempre com muito propósito. Sai do terreno do líder com a divisão de pontos mas dispôs das melhores ocasiões para marcar. Deu mais um passo para segurar o 2º lugar.

Num jogo bem disputado e com alguns momentos de bom futebol, o empate final assenta bem ao futebol produzido pelas duas equipas, se bem que, se a divisão de pontos tivesse acontecido com golos estava mais de acordo com as boas oportunidades que uma e outra equipa conseguiram criar ao longo dos 90 minutos.
Mas o jogo não começou da melhor forma, em termos de espectáculo oferecido pelas duas equipas. Durante os primeiros 15 minutos, aqueles que habitualmente são designados de estudo mútuo, o jogo foi muito disputado na zona do meio campo com o perigo a estar completamente ausente da proximidade das duas balizas.
Foi depois do quarto de hora inicial que a ADEP pegou no jogo e empurrou então o Vitória de Sernache para muito próximo da sua área. Nessa altura, a equipa do Pinhal ia-se defendendo como podia, uma vez que o caudal ofensivo dos da casa era muito intenso, sem no entanto conseguir levar grandes situações de perigo à baliza de António Joaquim. Nesse período de ascendente do Penamacorense, que durou até sensivelmente aos 35 minutos, a melhor situação de golo surgiu na sequência de um cruzamento de Ricardo Santos do lado direito que acabou nos pés de David depois do túnel de Picas. Incrivelmente, o 19 da ADEP, e só com o keeper vitoriano pela frente, acabou por atirar muito por cima das redes adversárias.
Depois o domínio passou para o outro lado. Dos 35 minutos até ao descanso foi o Vitória a dispor das melhores oportunidades. Aos 36 minutos uma bomba de mais de 30 metros de Tiago Farinha esbarrou na trave da baliza de Manuel Silva, aos 37 foi Nuno Alves que não aproveitou da melhor forma uma saída extemporânea do guarda-redes adversário e aos 45 foi novamente Nuno Alves que, de cabeça, e só com o Manuel Silva pela frente, ofereceu a bola ao seu opositor.
Pelo maior tempo de domínio da ADEP e pelas melhores ocasiões do Vitória o empate ao intervalo aceitava-se, mas já aqui justificava golos.
Na 2ª metade o jogo acabou por ser muito prejudicado pela forte chuvada que se abateu sobre Penamacor. Mesmo assim, as equipas continuaram sempre muito empenhadas e lutaram até à exaustão pelo resultado. Em 45 minutos registou-se uma boa oportunidade para cada um dos lados.
Aos 66 Nuno Alves não conseguiu endossar o esférico a Paulo Lopes, que estava sozinho na boca do golo, e aos 69 foi Ricardo Costa o autor do cabeceamento que levou maior perigo às redes de António Joaquim.
Na recta final ficou a sensação que o Vitória estava mesmo apostado em vencer, mas o terreno muito pesado provocou uma sobrecarga física que impediu os jogadores de fazerem mais e melhor.
Com este resultado a cabeça da classificação mantém-se da mesma forma. A diferença pontual entre primeiro e segundo continua a ser de 7 pontos e o Penamacor continua, por isso, em situação privilegiada para fazer a festa da subida, mais jornada, menos jornada. O Vitória vai continuar a lutar pelo vice-campeonato tendo que se defender de Águias do Moradal e Pedrógão de São Pedro.

A arbitragem- Foi muito contestado pelos da casa e numa dessas vezes tem razão o Penamacor. Aos 30 minutos, Sérgio (Vitória de Sernache) jogou a bola com a mão no interior da sua grande área. Ângelo Correia não assinalou o penalty que, de facto existiu. Na segunda parte analisou mal algumas faltas a meio campo, aí com maior prejuízo para os vitorianos.

Discurso directo- Tó Real, técnico da ADE Penamacor- “Foi o jogo em que se notaram as diferenças entre uma equipa que tem a pressão de ganhar, a nossa, e outra que anda no campeonato descontraída, o Sernache. Um empate justo, embora, e pelas oportunidades repartidas, devesse haver golos. Nos lances que protestamos, se o árbitro não marcou nada é porque não houve penalty”.
Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Foi um bom jogo entre duas boas equipas. As falhas de concretização continuam a ser a nossa pecha. Se concretizássemos as oportunidades criadas podíamos ter ganho o jogo. De qualquer maneira é preciso realçar que defrontamos uma boa equipa, a que está melhor apetrechada. Apesar da ADEP ainda não ter subido matematicamente aproveito para lhes desejar sorte na 3ª divisão. Esta arbitragem foi a melhor que vi nos nossos jogos”.

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