segunda-feira, janeiro 15, 2007

PÓVOA RM- 0 PROENÇA-A-NOVA- 1


Proença justifica na última meia hora

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- Marco Lopes (3), auxiliado por André Nunes e Nuno Farinha
Póvoa RM- Oleh Prokopets (4), Jeremias (3), Tó Zé (3), Bernardino (3), Mata (3), Hugo Inácio (3), Jorge Mota (4), Gustavo (3), Carlitos (3), David (3) e Bento (3)
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Proença-a-Nova- Almeida (3), Filipe Nunes (3), Pedro Bernardo (3), Big (3), Marco (3), Pequito (3), Carlitos (3), Esteves (4), Tiago Marques (3), Zé Tó (3) e Fábio Martins (3)
Treinador- José Esteves
Substituições- Jeremias por Hugo Louro (2) aos 60, David por Paulo Cardosa (2) aos 64 e Gustavo por Cláudio (-) aos 89; Tiago Marques por Bomba (3) aos 45, Bomba por Verganista (-) aos 89 e Fábio Martins por Pedro Mendes (-) aos 90+3
Disciplina- Amarelos a Jeremias aos 49, Bento aos 52, Jorge Mota aos 66 e Bernardino aos 74; Filipe Nunes aos 40 e Bomba aos 61
Marcador- Esteves aos 58

A figura do jogo- Esteves (Proença-a-Nova)- É claramente uma das revelações deste campeonato. É a figura do jogo pelo que jogou, pelo que fez jogar, e claro, pelo golo que marcou que acabou por render 3 pontos à sua equipa.

O Póvoa RM- Teve uma hora de jogo de igual para igual com o adversário mas continuam a faltar-lhe as referências ofensivas. Não tem nenhum matador e, por vezes, até dá pena ver Jorge Mota a jogar e não ter mais ninguém à sua frente. É uma equipa aguerrida, muito lutadora, que nunca se dá por vencida e que joga com as armas que tem.

O Proença-a-Nova- Marcou o golo que lhe valeu a vitória precisamente na altura em que começava a acentuar o seu domínio. Na 1ª parte não conseguiu situações para marcar, mas o golo de Esteves embalou a equipa para uns bons 30 minutos finais que justificaram plenamente a vitória.

Durante uma hora de jogo vimos uma reedição do jogo da Taça de Honra José Farromba que as duas equipas tinham disputado no mesmo palco em finais do último mês de Novembro. Um jogo morno, com escassíssimas oportunidades de golo e muito equilibrado a meio campo. Mas depois do golo que acabaria por valer os 3 pontos à equipa do Pinhal, tudo mudou… para melhor.
Esteve quase a acontecer mais do mesmo. Durante os primeiros 45 minutos as equipas encaixaram logo desde o início, e o sobrepovoamento da zona central do terreno não deixava grandes espaços para que, quer os criativos, quer os flancos de ambos os lados funcionassem e alimentassem os homens mais avançados das duas equipas. O melhor que se conseguiu ver, isto é, os lances em que a bola andou mais perto das balizas de Oleh e Almeida, acabaram por nascer de remates de muito longe. Primeiro foi Carlitos (Póvoa RM) que testou o seu pontapé num livre directo mas em que a bola saiu ligeiramente ao lado das redes contrárias. Depois foi Esteves que deu o ar da sua graça em 3 ocasiões. Aos 12 minutos rematou de longe mas por cima, aos 35, e depois de passar pelo meio dos centrais contrários, falhou o alvo e 5 minutos depois concluiu um bom trabalho com um remate sem direcção. Antes do descanso foi a vez de Hugo Inácio também trabalhar bem mas a não conseguir enquadrar o remate entre os postes.
O nulo ao intervalo assentava que nem uma luva à falta de ideias das duas equipas.
Para a segunda parte José Esteves lançou Bomba no lugar de Tiago Marques e o jogo abriu mais, com o Proença a conseguir jogar mais pelos flancos, recorrendo com maior frequência aos cruzamentos para dentro da área, e foi num desses lances que surgiu o único golo do jogo. Bomba correu muito bem pelo lado esquerdo, cruzou tenso e rasteiro, e Esteves oportuníssimo, e mais rápido que todos os adversários, empurrou para o fundo das redes.
Cabia agora à Póvoa fazer mais qualquer coisa para alterar o rumo dos acontecimentos, só que as soluções escasseiam, e a perder, ainda se nota mais a falta de pontas de lança na equipa. Rui Melo e João Zarro bem mexem na equipa, mas Jorge Mota continua a ser a referência mais marcante no ataque da sua equipa, quando se sabe que ele não é um finalizador nato. Por vezes Mota, que joga muito bem na protecção da bola e é bom tecnicamente, quando levanta a cabeça vê poucos jogadores com as suas cores, e é este o problema que justifica o escasso número de golos marcados pela equipa poveira. Os azuis e amarelos têm os seus períodos de domínio do jogo, mas sentem muitas dificuldades em concretizar as oportunidades que criam.
Naturalmente que a equipa da casa, a perder, se expôs mais em busca do empate e isso acabou por permitir ao adversário criar mais e melhores situações para matar o jogo, a melhor delas foi Fábio Martins que a teve nos pés, quando isolado frente a Oleh permitiu mais uma excelente intervenção o keeper ucraniano.
Vitória justa da equipa do Proença por ser a equipa que conseguiu criar as melhores situações e concretizar uma delas.

A arbitragem- Não teve nenhuma influência no resultado mas tem alguns erros que podia ter evitado. Por duas vezes transformou cantos para o Proença em pontapés de baliza para a Póvoa, não mostrou o amarelo a Big, quando antes o tinha feito a um homem da casa por falta semelhante, e o auxiliar do lado peão assinalou um fora de jogo a Esteves que não lembra a ninguém.

Discurso directo- João Zarro, técnico da Póvoa RM- “O Proença-a-Nova mereceu a vitória porque depois de marcar o golo não nos deixou jogar. Foi uma equipa mais agressiva e por isso ganhou. Até aí tinha sido um jogo equilibrado, com poucas oportunidades de golos, mas depois do 1-0 o Proença ainda teve mais duas oportunidades e levou a vitória com justiça. O árbitro errou para os dois lados e não perdemos por causa dele”.
Discurso directo- José Esteves, técnico do Proença-a-Nova- “Disse aos meus jogadores que esta era a última oportunidade de conseguir uma vitória fora de casa na 1ª volta e penso que hoje jogámos como equipa e fizemos por merecer o resultado. O árbitro errou para os dois lados mas são jovens e nós temos que compreender que também eles estão a aprender. Este também não foi um jogo fácil de arbitrar e também, por isso, lhes dou os parabéns”.

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