segunda-feira, janeiro 22, 2007

CD ALCAINS- 1 AD FUNDÃO- 1


Só no fim houve alguma emoção…

Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Francisco Bizarro (5), auxiliado por Jorge Cruz e Alexandre Rato
CD Alcains- Daniel Mendonça (2), Nuno Gonçalo (3), Samuel (4), Rui Cerdeira (3), Óscar (1), Quinzinho (3), Ivo Gonçalves (3), Ricardo Trindade (3), Carlos Filipe (3), David André (3) e Rui Paulo (4)
Treinador- João Daniel
AD Fundão- Tiago Ramos (3), André Cunha (3), Carlos Miguel (3), Luciano (3), Óscar Menino (4), Ricardo Fonseca (3), Jorge Pina (3), Ricardo Morais (3), Daniel Vaz Alves (3), Nuno Batista (3) e João Mateus (3)
Treinador- Sérgio Salgueiro
Substituições- Óscar por João Paulo (2) aos 28, João Paulo por Nuno Vicente (4) aos 79 e Ivo Gonçalves por Luís Ramalho (3) aos 79; Daniel Vaz Alves por João Morais (3) aos 51, Carlos Miguel por Luzio (2) aos 61 e Jorge Pina por Filipe Santos (2) aos 76
Disciplina- Amarelos a Rui Paulo aos 32, Ivo Gonçalves aos 32, David André aos 67 e Nuno Vicente aos 78; Luciano aos 32
Marcadores- Nuno Vicente aos 85; Óscar Menino aos 90+2

A figura do jogo- Óscar Menino (AD Fundão)- Foi dos mais inconformados numa equipa que pareceu muitas vezes afectada por uma estranha apatia. Lutou sempre, acreditou até ao fim, e foi compensado com o golo do empate nos descontos.

O CD Alcains- Foi uma equipa adulta, serena, mas que nem sempre conseguiu jogar a bola rente ao solo como gosta e sabe. Construiu poucas oportunidades de golo, marcou a cinco minutos do fim mas não pode sofrer um golo num livre directo em períodos de compensações a mais de 30 metros da baliza.

A AD Fundão- Começou por prometer muito mas gradualmente foi baixando de rendimento até ao ponto de não se notar que é o líder do nosso distrital. Na segunda parte Sérgio Salgueiro mexeu com intenções de abanar a equipa mas as alterações pouco ou nada se notaram. Salvou a equipa o forcing nos descontos que lhe valeu um ponto.

O jogo prometia antes de começar, teve 10 minutos com um nível agradável, mas depois acabou por cair num marasmo que só terminou nos últimos 5 minutos quando apareceram os golos.
A Desportiva do Fundão entrou melhor no jogo e parecia querer puxar pelos galões de líder, ao forçar o Alcains a ficar no seu meio campo e tapar todos os caminhos para que a equipa adversária entrasse no seu sector mais recuado. Apesar deste início prometedor, também cedo se viu que não tinham passado de promessas e que o bom jogo em perspectiva se iria tornar num jogo banal em que nem parecia que estavam frente a frente duas das equipas do nosso Distrital que melhor futebol praticam.
E este decréscimo de emoção e de espectacularidade no jogo acabaram por coincidir com a subida de rendimento dos da casa e com um estranho recuo da equipa fundanense. Desta forma, se até aos 10 minutos ainda não tinha havido perigo junto de nenhuma das balizas, a partir dessa altura muito menos probabilidades passava a haver que esse perigo chegasse perto das redes de Daniel Mendonça e Tiago Ramos. Tanto um como outro eram meros espectadores de um jogo que se tornava enfadonho e que se limitava a ter muita luta pela posse de bola no meio campo. Por tudo isto, não foi nada de estranhar que o nulo permanecesse no placard no intervalo. Nem outra coisa seria de esperar, porque sem se criarem oportunidades, dificilmente se conseguem marcar golos.
Na segunda parte as coisas pouco se alteraram. Apenas um pouco mais de velocidade, que trazia mais vivacidade ao jogo, e com as equipas mais estendidas no terreno já conseguiam chegar mais perto da área adversária, mesmo assim sem conseguirem criar problemas aos dois números 1.
Nos bancos os treinadores mexiam nos onze, para tentar alterar qualquer coisa dentro do campo, mas apenas uma das substituições introduziu algo de novo no jogo. Quando Nuno Vicente entrou nos canarinhos aos 69 minutos notaram-se melhorias, isto porque a frente de ataque passou a ser mais alargada e Rui Paulo com Nuno Vicente já conseguiam causar mais preocupações à defesa fundanense. O Fundão tinha tentado por Ricardo Fonseca com um remate de muito longe que passou ao lado da baliza de Daniel Mendonça e aos 80 minutos Rui Paulo trabalhou muito bem na esquerda, cruzou com conta, peso e medida, mas a cabeça de Nuno Vicente enviou a bola por cima das redes contrárias.
E nos derradeiros minutos chegou finalmente a emoção. Aos 85 minutos Luís Ramalho, que tinha entrado 6 minutos antes, rasgou a defensiva contrária com um passe açucarado e Nuno Vicente concluiu com êxito. Só que os jogos têm 90 minutos mais as compensações, e nada fazia prever que num livre, aparentemente inofensivo, por ser a mais de 30 metros da baliza dos da casa, eis que Óscar Menino arrancou um pontapé fortíssimo que acabou por bater Daniel Mendonça, que não fica isento de culpas no golo do empate.
Um golo para cada lado, resultado que se aceita, num jogo que prometia mais.

A arbitragem- Um fora de jogo mal tirado ao ataque do Alcains pelo auxiliar do lado do peão não chega para manchar uma arbitragem imaculada.

Discurso directo- João Daniel, técnico do CD Alcains- “É um facto que, tirando o jogo de hoje, não conseguimos pontuar com as equipas que estão acima de nós, mas os jogos todos valem 3 pontos. A equipa esteve muito bem, organizada, e controlámos sempre o jogo. Tivemos alguma vantagem no final do jogo e depois custa sofrer o empate nos descontos. Estou satisfeito com a 1ª volta que fizemos e tenho a certeza que ainda vamos melhorar”.

Discurso directo- Sérgio Salgueiro, técnico da AD Fundão- “Foi um jogo muito incaracterístico da minha equipa que não conseguiu ter o controlo do jogo e acabou por falhar muitos passes. Isso não consigo explicar… Embora seja um resultado justo, porque as ocasiões de golo foram escassas, acabámos por ser felizes e o empate acaba por ser um mal menor. Acabámos a 1ª volta em 1º lugar e agora seria hipócrita da minha parte não assumir que somos candidatos a subir. Não comento as arbitragens”.

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