segunda-feira, janeiro 08, 2007

CD ALCAINS- 2 PÓVOA RM- 1


Bom derby a abrir 2007

Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Rui Dias (3), auxiliado por Jorge Fernandes e Ricardo Fontes
CD Alcains- Daniel Mendonça (3), Nuno Gonçalo (3), Samuel (3), Jorge Dinis (3), Óscar (2), Quinzinho (3), Ivo Gonçalves (3), João Paulo (3), Carlos Filipe (3), David André (3) e Rui Paulo (4)
Treinador- João Daniel
Póvoa RM- Oleh Prokopets (4), Jeremias (2), Bernardino (2), Mata (3), Jorge Mota (3), Gustavo (3), Carlitos (3), David (2), João Silva (3), Hugo Inácio (3) e Carlos Bento (3)
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Substituições- Óscar por Nuno Vicente (4) aos 45, Ivo Gonçalves por Nogueira (2) aos 63 e Jorge Dinis por Luís Ramalho (1) aos 76; David por Hugo Louro (2) aos 57, Jeremias por Paulo Cardosa (1) aos 65 e Gustavo por Amaral (-) aos 89
Disciplina- Amarelos a João Paulo aos 78 e Luís Ramalho aos 90; João Silva aos 18, Bernardino aos 43 e Mata aos 70
Marcadores- Rui Paulo aos 65 e Nuno Vicente aos 88; Jorge Mota aos 73

A figura do jogo- Oleh Prokopets (Póvoa RM)- É, de facto, um guarda-redes a cima da média do nosso distrital. Tem uma elasticidade impressionante, excelente a sair nos cruzamentos e muito seguro, por isso não admira que comece a ser marcado em cima por equipas mais cotadas.

O CD Alcains- Teve sempre mais tempo de posse de bola, mais domínio mas, especialmente na primeira parte, sentiu muitas dificuldades em chegar à zona de finalização. Na etapa complementar marcou mas consentiu o empate pouco tempo depois, passando aí pelo seu pior período do jogo. Quando já poucos acreditavam foi Nuno Vicente que deu os três pontos aos canarinhos.

A Póvoa RM- Sabia que estava perante um adversário com outro potencial mas nunca perdeu o controlo do jogo, mesmo jogando mais dentro do seu meio campo. O golo que sofreu serviu de tónico para chegar ao empate e até para andar perto do 2-1. Quando já estava a contar não perder, o golo sofrido a 2 minutos do final foi como que um balde de gelo.

O ano de 2007 começava com um derby entre vizinhos. A rivalidade de outros tempos foi esbatida pelos anos em que as equipas estiveram em escalões diferentes, mas no domingo a chama reacendeu-se e os Desportivos, de Alcains e da Póvoa de Rio de Moinhos, proporcionaram ao público presente um espectáculo interessante com o jogo a ser decidido já na recta final.
Desde cedo que os da casa deram mostras de estar interessados apenas e só na vitória, mas depois de uns minutos iniciais em que o perigo andou arredado das duas balizas, o primeiro sinal de verdadeiro perigo foi dado pela Póvoa quando Gustavo rematou forte obrigando Daniel Mendonça a desviar para canto. Os canarinhos eram uma equipa dominadora mas sem arranjar a fórmula certa para entrar dentro da estrutura defensiva da equipa de Rui Melo e João Zarro. Mas aos 32 minutos o marcador podia ter sido inaugurado não fosse Óscar, já dentro da pequena área, não ter dado o melhor seguimento a uma grande jogada de Rui Paulo que culminou com um cruzamento açucarado vindo da esquerda.
Três minutos depois foi David André que, mais ou menos no mesmo local, sem marcação, atirou de cabeça muito por cima da baliza de Oleh.
O nulo no descanso era o resultado prático das escassas oportunidades de golo construídas pelas duas equipas.
Ao intervalo João Daniel trocou o lateral esquerdo Óscar pelo avançado Nuno Vicente. Com uma frente de ataque mais alargada o Alcains entrou mais pressionante e o recém entrado Nuno Vicente imitou David André, ao cabecear muito por cima da baliza, e aos 53 minutos rematou à meia volta levando a bola a passar ao lado das redes poveiras.
O guarda-redes ucraniano via então o perigo de uma forma mais frequente perto da sua baliza e aos 63 minutos foi obrigado à sua primeira grande defesa depois de um remate forte de João Paulo. O Alcains estava mais determinado e obrigava o seu adversário a jogar mais recuado, até que, aos 65 minutos, Rui Paulo acabou por dar a merecida vantagem à sua equipa. Mas este golo acabou por servir de tónico para a Póvoa que reagiu bem e chegou mesmo ao empate 8 minutos depois. Um grande pontapé de Jorge Mota, de muito longe, mas indefensável para Daniel Mendonça. Voltava o empate a subir ao marcador. E a verdade é que os da casa acusaram o golo e seguiram-se então os melhores momentos da Póvoa que sentia que era possível algo mais que o empate. A situação mais perigosa aconteceu aos 77 minutos quando um remate perigoso de Hugo Inácio não saiu enquadrado com a baliza.
E foi nos últimos 10 minutos que o Alcains voltou a despertar para tentar chegar aos 3 pontos. A boa ponta final canarinha teve início com um grande remate de Luís Ramalho a que Oleh respondeu com outra magnífica intervenção. Nesta altura a Póvoa já estava a dever o empate ao seu guarda-redes, mas haveria de ser numa altura em que já poucos esperavam que chegou o golo pelo homem que fez mudar o jogo do Alcains. Nuno Vicente tinha entrado ao intervalo e ofereceu os 3 pontos à sua equipa quando fugiu à marcação pelo lado esquerdo do seu ataque e, à saída do guarda-redes contrário, rematou cruzado para uma vitória arrancada a ferros.

A arbitragem- Tem um lance difícil dentro de cada uma das áreas e em ambos os casos entendeu não haver motivos para grande penalidade, e pareceu-nos que decidiu bem. Na primeira parte deixou algumas faltas por marcar, nomeadamente três cargas claras sobre Mata, mas não foi por ele que uma equipa ganhou e a outra perdeu.

Discurso directo- João Daniel, técnico do CD Alcains- “Não entrámos muito bem mas controlámos sempre o jogo, sem no entanto conseguir criar situações de golo. Na 2ª parte melhorámos e conseguimos marcar. Tivemos seis oportunidades claras de golo e concretizámos duas. O resultado é completamente justo. O árbitro teve um ou outro erro no capítulo disciplinar”.
Discurso directo- João Paulo, vice-presidente da Póvoa RM- “Assistimos a um bom espectáculo com um jogo muito repartido. Sabíamos que o Desportivo de Alcains é superior mas viemos fazer o jogo com as armas que temos. Este não é um resultado justo, especialmente pelo que nós fizemos e pelo que obrigámos o adversário a trabalhar. Quanto à arbitragem, nós continuamos a ser pequeninos e, na dúvida, nunca somos beneficiados”.

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