domingo, dezembro 21, 2008
OLEIROS- 3 AD FUNDÃO- 0
Oleiros ofusca Desportiva
Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Rui Dias (4), auxiliado por Jorge Fernandes e Luís Gabriel
Oleiros- João Luís (3), Castanheira (3), Tiago Ventura (3), Gonçalo (3), Fiel (3), Quim Garcia (4), João André (4), Norberto (4), Cássio (4), Ludovico (4) e Joel (3)
Treinador- José Ramalho
AD Fundão- Tiago Ramos (3), Luciano (3), João Fiúza (3), João Lisboa (1), João Tapadas (3), João Lázaro (2), Yago Pereira (2), Óscar Menino (3), Ricardo Morais (2), Rui Paulo (2) e José Carlos (2)
Treinador- João Laia
Substituições- Gonçalo por Zé Bernardo (2) aos 56, Joel por Naves (2) aos 64 e Cássio por Custódio (-) aos 89; João Lázaro por Nuno Batista (1) aos 58, José Carlos por Pedro Martins (1) aos 66 e Ricardo Morais por Gustavo (-) aos 82
Disciplina- Amarelos a Cássio aos 16, Gonçalo aos 47, Tiago Ventura aos 51 e Quim Garcia aos 56; João Lisboa aos 23 e 79, João Tapadas aos 28, João Fiúza aos 89 e Luciano aos 90+2. Vermelho por acumulação a João Lisboa aos 79
Marcadores- Ludovico aos 11, João André aos 76 e Norberto aos 87
A figura do jogo- Ludovico (Oleiros)- É, sem sombra de dúvida, dos jogadores que melhor se movimenta na frente de ataque neste distrital. Abriu a contagem logo aos 11 minutos e, sempre muito interveniente nas jogadas ofensivas da sua equipa, fez o passe para o segundo golo.
O Oleiros- Confirmou que está em crescendo e, depois do empate alcançado em Alcains, bateu a Desportiva fundanense sem margem para dúvidas. Foi melhor ao longo dos 90 minutos e construiu um resultado muito sólido que fez por justificar.
A AD Fundão- Como disse o seu treinador, deu “45 minutos de avanço ao adversário”. Mas não foi “apenas” isso, porque os fundanenses nunca conseguiram mostrar o seu real valor. Faltou agressividade, como disse Laia, e faltou ser melhor que o Oleiros, acrescentamos nós.
Em Oleiros encontravam-se duas equipas que ocupam posições diferenciadas na tabela classificativa mas que têm um objectivo em comum: chegar ao fim da fase regular nos primeiros quatro classificados. A Desportiva nunca conseguiu ser a equipa que já mostrou noutras partidas e, ao invés, o Oleiros mostrou que não foi por acaso que empatou na jornada anterior no terreno do líder.
Marcar cedo era o principal objectivo de José Ramalho. Essa seria uma forma de tranquilizar os seus jogadores e, de forma inversa, enervar um adversário a quem não convinha nada perder pontos para não perder de vista os quatro da frente.
Só que logo aos 11 minutos, e já depois de um primeiro aviso, o Oleiros chegou mesmo à vantagem. Não foram precisos muitos centímetros a Ludovico para dar o melhor seguimento de cabeça a um canto levantado do lado direito do seu ataque. Bastou estar no sítio certo, livre de marcação.
A ganhar, José Ramalho tinha cumprido o primeiro grande objectivo, até porque depois do 1-0, continuou a ser a sua equipa a mandar no jogo, a dominar, fruto de uma maior velocidade sobre a bola e também de um meio campo que trabalhou muito a interceptar bolas adversárias e a lançar bem os homens mais avançados.
Nos primeiros 45 minutos a equipa de João Laia apenas num lance de bola corrida conseguiu chegar com perigo junto da baliza de João Luís, já que as outras duas vezes em que o keeper oleirense se assustou foram na sequência de duas bolas paradas, com remates fortes de longe, primeiro de Óscar Menino, que acertou na trave, e depois de Yago Pereira, que saiu por cima.
O 1-0 no descanso aceitava-se perfeitamente e, caso nada fosse alterado, seria sempre mais provável aparecer o 2-0 do que o empate.
E na segunda metade a tendência do jogo não sofreu grandes alterações. Os fundanenses, mesmo que mais tímidos do que é habitual, mostraram outra atitude, mas apenas durante 20, 25 minutos conseguiram manter a dúvida em relação ao resultado final. A lesão de Gonçalo, que obrigou José Ramalho a fazer recuar Cássio para o centro da defesa, tirou momentaneamente alguma força ao meio campo da casa, mas o golo de João André a 15 minutos do final veio repor a tranquilidade que, em certos momentos, parecia começar a faltar.
Se juntarmos a este golo a expulsão de João Lisboa 3 minutos depois, facilmente se explica porque é que o jogo, num instante, ficou fácil de gerir para os do Pinhal.
Resta referir, porque merece nota de destaque, o grande golo apontado por Norberto já na recta final. Um remate do meio da rua, mesmo com Tiago Ramos ainda a tocar na bola, levava o selo de golo e fechava uma vitória inteiramente justa da equipa da casa.
À Desportiva resta agora recuperar forças nesta quadra festiva para tentar evitar alguma inconstância exibicional que tem apresentado ao longo das jornadas já disputadas.
A arbitragem- Cometeu pequenos erros, sem importância relevante, e assinou um trabalho globalmente muito positivo.
Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Isto é o fruto de um trabalho que vem sendo realizado desde que aqui cheguei. Os jogadores estão a assimilar bem a maneira como eu quero que eles joguem, e os resultados começam a aparecer. Agora vamos seguir passo a passo. Na próxima jornada temos aqui mais um adversário directo (NR. Pedrógão SP), e vamos preparar-nos para ganhar esse jogo. Apontei para 7 pontos nas primeiras 3 jornadas da 2ª volta, agora faltam-nos 3. Mesmo sabendo que é muito difícil, vamos fazer tudo para chegar ao 4º lugar. Estamos no bom caminho, espero que esta época de festas não estrague o trabalho feito até agora. O árbitro esteve bem”.
Discurso directo- João Laia, técnico da Desportiva do Fundão- “Hoje a equipa não esteve como nos últimos jogos, praticamente nem apareceu o Fundão que temos visto nos últimos 5, 6 jogos. Não conseguimos fazer circulação de bola, tivemos pouca agressividade e assim as coisas tornam-se mais difíceis. Demos 45 minutos de avanço ao adversário, entrámos apáticos, e o Oleiros entrou bem. Na segunda parte melhoramos um pouco, tivemos uma ou duas boas situações para fazer a igualdade, não fizemos, e depois o 2-0 mata o jogo”.
domingo, dezembro 14, 2008
ESCALOS DE CIMA- 1 VITÓRIA DE SERNACHE- 0
Sorte de uns, azar de outros…
Campo Viscondessa do Alcaide, nos Escalos de Cima
Árbitro- João Brás (4), auxiliado por Pedro Ribeiro e Luís Ferreira
Escalos de Cima- Bruno Cardoso (4), Paulinho (3), Humberto (3), Mata (3), Gonza (3), Paulo Mendes (3), Chico (3), Capinha (3), Cláudio (3), Carlitos (3) e João Vítor (3)
Treinador- Paulo Macedo
Vitória de Sernache- Jorge Correia (3), Paulo Lopes (3), Dário (3), Fernando Miguel (3), João Gaspar (3), Filipe Barata (3), Diogo Simão (2), Tiago Farinha (3), João Loureiro (2), Likas (2) e Miguel Farinha (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Humberto por Alves (-) aos 85, João Vítor por Nélson (-) aos 88 e Carlitos por Alveirinho (-) aos 90+2; Diogo Simão por Ricardo André (3) aos 49, João Loureiro por Dani (3) aos 49 e Filipe Barata por Rui Domingues (2) aos 61
Disciplina- Amarelos a Carlitos aos 52, Humberto aos 63, João Vítor aos 88 e Bruno Cardoso aos 90; Fernando Miguel aos 82
Marcador- Chico aos 45+1
A figura do jogo- Bruno Cardoso (Escalos de Cima)- Com um punhado de excelentes intervenções contribuiu de forma decisiva para que a sua equipa somasse os três pontos.
O Escalos de Cima- Jogou a primeira parte taco a taco com o adversário e acabou por marcar, mesmo antes do descanso, num lance invulgar em que Chico aproveitou bem o erro do adversário. Na segunda parte soube sofrer e defender com unhas e dentes, e alguma sorte, a vantagem mínima.
O Vitória de Sernache- Melhorou claramente de produção depois das mexidas na equipa do técnico António Joaquim. Dominou na segunda parte e criou situações mais que suficientes para não sair dos Escalos com a derrota, mas foi daqueles jogos em que se aplica aquela frase feita que diz: “ainda agora podiam lá andar, que a bola não entraria…”.
Num jogo que até começou por prometer muito, porque as duas equipas entraram muito bem e com firme disposição de tentar chegar ao golo utilizando preferencialmente o bom futebol, venceu a equipa que foi mais eficaz, mesmo tendo sido a que menos oportunidades construiu, e que depois soube sofrer e defender, mesmo que em certos momentos com alguma sorte, a magra vantagem.
Durante os primeiros 20 a 25 minutos tanto Escalos como Vitória mostraram um futebol agradável, que por vezes até fazia esquecer o muito frio que se fazia sentir, e os lances perigosos foram construídos de um e de outro lado, apesar de não ter havido nenhuma situação de golo iminente.
Depois deste período, em que o jogo já merecia golos, entrou-se numa toada mais morna, com menos espectáculo, mas sempre com muita luta. E isto aconteceu porque os meios campos encaixaram melhor e passaram a cortar mais tentativas de chegada de bolas aos ataques. E acabou por ser num lance invulgar, numa reposição de bola em jogo de Bruno Cardoso, que chegou aquele que haveria de ser o único golo do jogo. A defensiva vitoriana deixou que a bola lhe batesse à frente, e nas costas estava o rápido e sempre oportuno Chico para fazer aquilo que mais gosta. Um remate forte e colocado, sem hipóteses para Jorge Correia, deu vantagem ao Escalos mesmo antes da saída para o descanso.
Na segunda metade ainda foi o Escalos a criar o primeiro lance de perigo, mas depois das entradas de Ricardo André e Dani, foi o Vitória que dominou quase na íntegra. O Escalos, percebendo a força do adversário, aceitou o domínio e tentou nunca perder o controlo do jogo, apesar de actuar agora em contra-ataque. E em duas ocasiões o perigo voltou a andar perto da baliza de Jorge Correia, numa delas o keeper do Pinhal foi mesmo obrigado a fazer a defesa da tarde.
Mas o domínio era inteiramente dos forasteiros que tentavam correr atrás do prejuízo, e várias foram as vezes em que a bola quase que entrou na baliza do Escalos só que, umas vezes porque não estava ninguém no sítio certo para empurrar, outras porque Bruno Cardoso aparecia no caminho da bola, e ainda outras por manifesto azar, a bola teimou mesmo em não entrar, mesmo que por duas vezes tivesse passado em cima da linha de golo.
No jogo de domingo ficou provado que, por vezes, também é preciso ter aquela pontinha de sorte para conseguir somar os três pontos.
A arbitragem- Praticamente isenta de erros e a roçar a perfeição, apesar do jogo não ter sido difícil, e das equipas não terem dificultado.
Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Fizemos uma primeira parte extraordinária, e acho que ao intervalo o 1-0 era escasso. Na segunda parte também entrámos bem, tivemos duas ou três boas situações, em que o guarda-redes adversário esteve muito bem, e depois o Sernache apostou tudo no ataque e nós jogámos em contra-ataque. Fomos felizes porque o nosso guarda-redes também tirou duas ou três bolas com selo de golo, mas o futebol é assim mesmo. A vitória ajusta-se e dou os meus parabéns aos jogadores de ambas as equipas. Eu tenho gostado muito de todas as arbitragens, à excepção de uma, a de Alcains. Parabéns à arbitragem porque há jovens com futuro promissor”.
Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Tivemos o jogo controlado nos primeiros 45 minutos, mas sofremos um golo já nos descontos, numa bola de um pontapé do guarda-redes que deixámos bater na frente, devido ao forte vento. Na segunda parte melhorámos a atitude, começámos a jogar mais, tivemos muitas situações de golo, mas o adversário defendeu-se como pôde. Houve pouco tempo jogado na segunda parte, muitas bolas dentro de campo, muitas paragens com jogadores no chão, mas tivemos as situações suficientes para fazer golo. Penso que se tivéssemos mais uma ou duas horas não conseguíamos fazer um golo, hoje. O árbitro esteve bem, não foi por causa dele que nós perdemos e também não teve culpa das muitas paragens no jogo”.
domingo, dezembro 07, 2008
LARDOSA- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 1
Cabeça de Tiago Farinha vale 3 pontos
Campo Domingos Silvares, na Lardosa
Árbitro- Gonçalo Carreira (3), auxiliado por Tiago Gonçalves e Flávio Antunes
Lardosa- João Naves (3), Jorginho (3), André Lopes (3), Jeremias (3), Di Maria (3), Dani (3), Vitinho (3), Rui Proença (3), Gatinho (3), Pissarra (3) e Martins (3)
Treinador- Rui Valentim
Vitória de Sernache- Jorge Correia (3), Dário (3), Fernando Miguel (3), João Loureiro (3), João Gaspar (3), Filipe Barata (3), Paulo Lopes (3), Miguel Farinha (3), Likas (3), Diogo Simão (3) e Tiago Farinha (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Gatinho por Edson (2) aos 67 e Dani por Emanuel (1) aos 78; João Loureiro por Filipe Amaro (2) aos 53, Likas por Ricardo Nunes (1) aos 78 e Miguel Farinha por Luís Filipe (-) aos 90
Disciplina- Amarelo a Pissarra aos 63
Marcador- Tiago Farinha aos 24
A figura do jogo- Miguel Farinha (Vitória de Sernache)- Apesar de nem sempre ter decidido bem o destino a dar ao jogo ofensivo que quase sempre passava pelos seus pés do lado direito, foi quase sempre interveniente nos lances de maior perigo criados pela sua equipa.
A Lardosa- Apesar de ter assustado Jorge Correia logo nos segundos iniciais, nos primeiros 45 minutos mostrou muitas dificuldades em chegar à baliza contrária. Na segunda metade melhorou, dominou os primeiros 20 minutos, mas teve alguns problemas quando chegava ao último terço do terreno.
O Vitória de Sernache- Dominou a primeira parte e conseguiu marcar o único golo do jogo na sequência de um canto aos 24 minutos. Nos segundos 45 minutos, mesmo sendo a Lardosa a ter mais bola durante 20 minutos, controlou sempre o jogo e terminou de novo melhor, pertencendo-lhe as melhores oportunidades de golo.
Num terreno pesado e com alguma lama, Lardosa e Vitória de Sernache lutaram muito, empenharam-se a fundo mas, por mais que tentassem, e até o fizeram, não conseguiram proporcionar ao público que se deslocou ao Domingos Silvares um bom espectáculo.
Depois de um susto logo nos instantes iniciais, o Vitória de Sernache chamou a si o comando do jogo e instalou-se dentro do meio campo contrário, obrigando a Lardosa a posicionar-se sempre muito próximo da sua área. Os da casa, por seu turno, defendiam-se bem, mas mostravam muitas dificuldades nas transições para o ataque, nunca conseguindo levar perigo real junto da baliza de Jorge Correia.
Esse domínio vitoriano deu frutos aos 24 minutos quando João Loureiro bateu um canto do lado direito do seu ataque e Tiago Farinha saltou mais alto que os defensores contrários batendo o guarda-redes João Naves.
Até ao apito de Gonçalo Carreira para o descanso as coisas não se alteraram, e apesar de dispor ainda de mais um par de situações para ampliar a vantagem, foi com a margem mínima que a equipa de António Joaquim recolheu aos balneários.
Para a segunda parte a Lardosa mostrou vir com outra disposição, ou pelo menos com muita vontade de tentar inverter o rumo dos acontecimentos.
O conjunto de Rui Valentim passou a ter mais bola, a estar mais tempo dentro do meio campo contrário, mas mostrava agora algumas dificuldades em decidir bem no último terço do terreno. Os problemas estavam sempre ou no último passe, ou então na decisão do remate à baliza contrária, por isso esse domínio nunca chegou a pôr verdadeiramente em perigo as redes de Jorge Correia. Ou seja: a Lardosa dominava, tinha algum ascendente, mas a equipa do Pinhal nunca perdeu o controlo do jogo. E depois deste período, que durou pouco mais de 20 minutos, o jogo entrou numa toada de equilíbrio, mais repartido, sendo sempre os forasteiros a criar mais e melhores lances de perigo.
Se a Lardosa mostrava dificuldades nos últimos 30 metros, o Vitória construía o seu jogo ofensivo de forma razoável, quase sempre utilizando o lado esquerdo onde Miguel Farinha era o jogador mais solicitado, mas pecava em demasia na finalização, não conseguindo matar o jogo em nenhuma das boas ocasiões que construiu. Lances houve em que o egoísmo foi mesmo o pior inimigo dos homens mais avançados forasteiros. É que nem sempre foi o jogador melhor posicionado a tentar finalizar.
Resumindo, numa tarde fria, sem chuva, mas com um terreno muito pesado, venceu a melhor equipa perante uma boa oposição da Lardosa.
A arbitragem- Não acertou sempre, é verdade, mas decidiu bem na grande maioria das vezes. Num terreno pesado, que também lhe dificultou o trabalho, não interferiu no resultado final.
Discurso directo- Rui Valentim, técnico da Lardosa- “A equipa hoje esteve bem, tínhamos uma táctica montada para pontuar contra o Sernache, mesmo sabendo que seria difícil. O campo estava muito pesado, mas a equipa tudo fez até ao último segundo para dar a volta ao resultado. Estou contente com o desempenho dos meus jogadores, apesar das dificuldades que tivemos nos últimos 15, 20 metros do terreno. Foi uma vitória justa do Vitória de Sernache num jogo em que o árbitro esteve muito bem”.
Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Fizemos um bom jogo, era essencial conseguir os 3 pontos, e fomos, provavelmente das equipas que mais dificuldades teve para vencer aqui. Foi complicado por causa do campo, terreno pesado, mas ganhámos em discussão. Controlámos sempre o jogo, tivemos alguma ineficácia no ataque, pois criámos muitas ocasiões, e o resultado podia até ser mais dilatado”.
domingo, novembro 30, 2008
OLEIROS- 2 ESCALOS DE CIMA- 0
Oleiros “matou” na altura certa
Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Francisco Madeira (1), auxiliado por Flávio Nunes e Paulo Silvestre
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (3), Tiago Ventura (3), Gonçalo (3), Fiel (3), Cássio (3), Quim Garcia (3), Norberto (3), Ludovico (3), João André (3) e Joel (3)
Treinador- José Ramalho
Escalos de Cima- Bruno Cardoso (3), Humberto (3), Paulinho (3), Cláudio (3), Luís Afonso (3), Carlitos (3), Mata (3), Chico (3), Bruno (3), Capinha (3) e Paulo Mendes (3)
Treinador- Paulo Macedo
Substituições- Norberto por Zé Bernardo (1) aos 59, Ludovico por Naves (1) aos 79 e João André por Castanheira (-) aos 90+1; Bruno por Nélson (1) aos 71 e Luís Afonso por Gonza (-) aos 86
Disciplina- Amarelos a Norberto aos 37, Tiago Ventura aos 57 e Zé Bernardo aos 74; Bruno aos 65 e 81. Vermelho por acumulação a Bruno aos 81
Marcadores- Joel aos 15 e Ludovico aos 69
A figura do jogo- Cássio (Oleiros)- Foi sempre o mais constante do meio campo oleirense. Bem a recuperar bolas e importante a transportar o jogo de trás para a frente.
O Oleiros- Entrou dominador, esteve dentro do meio campo adversário nos primeiros 25 minutos e acabou por marcar na primeira oportunidade de que dispôs. Depois deixou o Escalos equilibrar e matou o jogo numa altura importante, já que o adversário começava a acreditar que era possível evitar a derrota.
O Escalos de Cima- Foi a Oleiros jogar o jogo pelo jogo, especialmente depois de se encontrar a perder, mas nunca conseguiu ser tão eficaz como a equipa da casa. Quando tentava o tudo por tudo para chegar, pelo menos, ao empate, Ludovico carimbou a vitória dos da casa.
Rodeados pelas Serras do Muradal e Alvelos cobertas de neve nas zonas mais altas, Oleiros e Escalos de Cima lutaram muito, proporcionaram um jogo muito disputado mas, talvez um pouco também pelo muito frio que se fez sentir, não conseguiram brindar o público com um espectáculo que fizesse esquecer a baixa temperatura.
O Oleiros, a jogar em casa e como lhe competia, entrou no jogo mandão, dominador, com muita posse de bola, e desde início empurrou o Escalos para dentro do seu meio campo. Mesmo assim, essas trocas de bola e o facto de estar sempre no meio reduto do adversário não foram sinónimos de muitas oportunidades de golo, até porque dava a sensação que os visitantes aceitaram este domínio inicial mas nunca perderam o controlo do seu jogo defensivo.
Mas praticamente na primeira oportunidade de perigo real Joel inaugurou o marcador. Estava conseguida a tranquilidade que a equipa de José Ramalho tanto procurava. Agora competia ao Escalos correr atrás do resultado, e a verdade é que o conjunto de Paulo Macedo conseguiu mesmo, a partir dos 25 minutos, ser ligeiramente superior ao Oleiros, já que o seu meio campo começou a recuperar mais bolas e João Luís já via o jogo mais de perto. Daqui apenas resultaram dois remates de longe, um de Paulinho, que o guarda-redes defendeu, e outro de Bruno que passou ao lado do poste.
Na segunda parte as coisas foram sempre mais equilibradas. O jogo estava muito repartido e o Escalos começou a sentir que era possível sair com ponto(s) de Oleiros. Uma de duas coisas podia acontecer: ou o Escalos chegava ao empate e o jogo podia virar, ou o Oleiros fazia o segundo e matava o jogo. Coube a Ludovico colocar um ponto final em toda e qualquer aspiração dos visitantes, quando marcou aos 69 minutos. Antes disso, um fora de jogo posicional de Paulinho, que não teve influência na jogada, terminou com um cartão amarelo para Bruno, por ter rematado para golo já depois de Francisco Madeira ter apitado. Pareceu-nos errada a decisão do auxiliar do lado do peão, até porque Paulinho parou, alheando-se completamente do lance.
Quase a terminar, e no mesmo minuto, 90, Zé Bernardo ainda desferiu um remate de muito longe que levou a bola a embater na trave da baliza de Bruno Cardoso e, na resposta, foi Chico que rematou, obrigando João Luís a defender para evitar o golo de honra que o Escalos até fez por merecer.
Vitória justa do Oleiros num jogo em que a margem mínima era um espelho mais fiel daquilo que se passou dentro das quatro linhas.
A arbitragem- As equipa mereciam um melhor trabalho. Excesso de preciosismos, um critério disciplinar muito próprio, e um lance de fora de jogo assinalado a Bruno (ou posicional de Paulinho?) que nos deixou a clara sensação de não ter existido.
Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Vamos tentar ganhar e jogar bem, mas hoje não jogámos tão mal como possa parecer. Tivemos um início bom, trocámos bem a bola nalguns períodos, de uma maneira um pouco lenta, não criámos muitas oportunidades, mas o Escalos também não, mas nesta altura é importante não sofrer golos porque esta equipa estava habituada a sofrer muitos golos. A vitória é indiscutível porque os jogadores trabalharam muito. Os jogadores não complicaram e acho que o árbitro mostrou demasiados amarelos”.
Discurso directo- Paulinho, jogador e técnico adjunto do Escalos de Cima- “O Oleiros tentou entrar forte para marcar cedo, nós tentámos segurar o jogo para ver se conseguíamos um golo em contra-ataque. Eles tiveram sorte e marcaram primeiro. Parece-me que o árbitro teve influência no resultado porque nós acabámos por marcar dois golos… há lances que deviam ser melhor ajuizados. Não sei se é por estarmos no fundo da classificação… ”.
domingo, novembro 23, 2008
VALVERDE- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 0
Nem atou, nem desatou…
Campo de Valverde
Árbitro- Alexandre Rato (4), auxiliado por Diogo Venâncio e David Afonso
Valverde- João Augusto (3), Ricardo Silva (3), Dinis Gonçalves (3), João Alves (3), Daniel Alves (3), Cristophe (3), Miguel Duarte (3), Hugo Gigante (3), Janilson (3), Gonçalo (3) e Flávio Cunha (3)
Treinador- Micas
Vitória de Sernache- Jorge Correia (3), Paulo Lopes (3), Ricardo André (3), Fernando Miguel (4), Likas (3), Luís Filipe (3), Dany (3), Tiago Farinha (3), Dário (3), Miguel Farinha (3) e João Gaspar (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Flávio Cunha por Daniel Santos (2) aos 58, Gonçalo por Nuno Martins (2) aos 65 e Janilson por Zé Luís (1) aos 74; Paulo Lopes por Filipe Barata (2) aos 69 e Miguel Farinha por Fredy (1) aos 76
Disciplina- Amarelos a Dinis Gonçalves aos 89; Fernando Miguel aos 85
Marcadores- -
A figura do jogo- Fernando Miguel (Vitória de Sernache)- Capitão, comandante, impulsionador… Enfim, um central que é um verdadeiro líder da sua equipa. Tentou algumas vezes criar desequilíbrios no adversário integrando-se em lances ofensivos.
O Valverde- Num jogo em que o equilíbrio foi sempre a nota dominante, apenas teve algum ascendente logo no início da segunda parte. Jogou sempre um futebol muito directo para tentar tirar proveito da velocidade dos homens da frente, mas raramente as coisas saíram bem.
O Vitória de Sernache- Tentou jogar para ganhar mas sentiu muitas dificuldades na adaptação ao terreno de jogo. O meio campo viu muitas vezes a bola passar-lhe por cima o que prejudicou a construção de jogo ofensivo.
Provavelmente não andaremos muito longe da verdade se dissermos que mesmo que ainda lá estivessem a jogar, com certeza o nulo continuava no placard. Mas não foi por falta de empenho ou de ambição que não aconteceram golos. Não. Valverde e Vitória tentaram sempre jogar para ganhar, mas a verdade é que, por um motivo ou por outro as oportunidades construídas foram escassas e daí ser justo o nulo final.
Entrou melhor o Vitória, que logo no segundo minuto podia ter marcado, não fosse João Augusto opor-se da melhor forma a um remate forte de Paulo Lopes mas muito em cima do guarda-redes contrário.
Até ao intervalo, para além da muita luta a meio campo e do excessivo tempo que a bola passou pelo ar, apenas se deu conta de mais dois lances perigosos, um para cada lado. Aos 13 minutos João Alves trabalhou bem pela direita do ataque da sua equipa, ganhou a linha de fundo mas, a um cruzamento tenso para a frente da baliza de Jorge Correia, não apareceu nenhum companheiro a fazer aquilo que até seria o mais fácil: empurrar a bola para dentro da baliza.
Já pouco depois da meia hora foi Likas a não ver um excelente trabalho seu pela direita do ataque vitoriano a ser concluído da melhor forma. O lance do ponta de lança da equipa do Pinhal pode considerar-se mais de meio golo, até porque, para além de ter conseguido ganhar a linha de fundo, ainda cruzou açucarado para onde aparecia Miguel Farinha. Este, como que deslumbrado, atirou frouxo e sem direcção, desperdiçando mesmo aquela que, soube-se no final, haveria de ser a melhor oportunidade de todo o jogo.
O descanso parece ter feito bem aos da casa que logo no segundo minuto assustaram Jorge Correia, quando este viu Janilson cabecear já na pequena área ligeiramente por cima da trave. Só que este domínio inicial, e a tentativa de entrar para surpreender, foi-se diluindo, até chegarmos, em escassos minutos, a novo ponto de equilíbrio.
E daqui até final, mesmo correndo o risco de nos tornarmos repetitivos, só deu para tomar nota de mais dois lances que quebraram o marasmo e que serviram mais que tudo para baixarmos a cabeça para o terreno de jogo. Aos 66 minutos Paulo Lopes respondeu fraco, de cabeça, a um cruzamento de Luís Filipe, e dez minutos depois, do lado oposto, foi Jorge Correia a ter que se arrojar junto ao seu poste esquerdo para evitar males maiores.
Por tudo o que se passou ao longo do jogo, e foi pouco para o valor das duas equipas, o nulo é um castigo justo tanto para Valverde, como para Vitória de Sernache.
A arbitragem- Alexandre Rato controlou sempre o jogo sem ser preciso recorrer aos cartões. É certo que as equipas colaboraram sempre para não complicar a sua tarefa mas, mesmo quando é assim, ainda há alguns árbitros que conseguem ser os protagonistas… pela negativa, o que não foi claramente o caso.
Discurso directo- Micas, técnico do Valverde- “Foi um resultado justo porque houve uma grande oportunidade para cada lado. Temos feito grandes jogos em casa, mas penso que este foi o pior, também por causa do adversário, que é um conjunto muito forte e que não tem equipa para estar no lugar em que está na classificação. Parabéns às três equipas porque a de arbitragem também foi excelente”.
Discurso directo- Fernando Miguel, capitão do Vitória de Sernache- “Sabíamos que íamos ter muitas dificuldades neste campo, porque o jogo do Valverde é muito baseado em bolas compridas, mas estivemos sempre muito concentrados. Houve muita bola pelo ar, os nossos médios queixaram-se que só viam as bolas a passar-lhes por cima, mas é complicado jogar nestes campos contra equipas aguerridas como é o Valverde. O árbitro fez o trabalho dele”.
domingo, novembro 09, 2008
OLEIROS- 0 ÁGUIAS DO MORADAL- 3
Derby com pouca história
Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Luís Cruz (4), auxiliado por Bruno Duarte e Luís Máximo
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (1), Castanheira (2), Quim Garcia (3), Fiel (3), Edmilson (2), Cássio (3), Norberto (3), Joel (3), João André (3) e Ludovico (3)
Treinador- José Ramalho
Águias do Moradal- Manuel Silva (3), Jójó (3), Oliveira (4), Marco (2), Zé Tó (3), Esteves (3), David (4), Zé Augusto (3), Edmilson (3), Rui Paulo (3) e Pira (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Castanheira por Tiago Ventura (3) ao intervalo, Cássio por Zé Bernardo (2) ao intervalo e Edmilson por Gonçalo (1) aos 61; Marco por Prata (3) aos 28, Esteves por Fabiano Costa (1) aos 80 e Rui Paulo por Pinto (1) aos 83
Disciplina- Amarelos a Paulinho aos 9 e 53, Cássio aos 45+1 e Zé Bernardo aos 79; Oliveira aos 17 e Pira aos 55. Vermelho por acumulação a Paulinho aos 53
Marcadores- Zé Augusto aos 4, Edmilson aos 34 e Rui Paulo aos 77
A figura do jogo- Oliveira (Águias do Moradal)- Um central que não cometeu um erro ao longo de todo o jogo. Um excelente sentido posicional e uma estampa física impressionante. Imponente.
O Oleiros- Entrou praticamente a perder, o que certamente atrapalhou os planos, mas nunca conseguiu ser melhor que o adversário. Lutou até à exaustão, mesmo com menos uma unidade, mas nada podia fazer contra um adversário mais forte.
O Águias do Moradal- Foi sempre a melhor equipa no jogo. No meio campo os jogadores foram sempre mais rápidos sobre a bola que o adversário, superiores tecnicamente e chegaram a uma vitória inteiramente justa. Parece estar em crescendo.
Não há muito a dizer sobre um derby entre vizinhos que teve uma equipa que foi melhor que o adversário, que marcou 3 golos e que ainda dispôs das melhores oportunidades para marcar. Talvez se esperasse mais do Oleiros, mas é preciso ter em atenção que José Ramalho apenas chegou no decorrer da semana que antecedeu o jogo e, mesmo conhecendo praticamente todo o plantel, ainda vai demorar o seu tempo a implantar os seus métodos de trabalho.
O início da história do jogo do Pinhal coincide praticamente com o primeiro golo do Águias do Moradal. E que golo! Logo aos 4 minutos Zé Augusto “arrancou” um pontapé fantástico, de mais de 25 metros, e “meteu” a bola na gaveta de João Luís. Um grande golo que dava vantagem aos visitantes que tinham entrado melhor no jogo e que, apesar do pouco tempo decorrido, já tinham ameaçado antes de marcar. Sempre mais rápidos sobre a bola, especialmente no meio campo, os forasteiros cedo tomaram conta do jogo, e a baliza do Oleiros passou a ter sempre o perigo mais por perto. A técnica individual e maior disponibilidade física eram outros argumentos que faziam da equipa de António Belo mais dominadora, enquanto que o Oleiros só ameaçava o lado oposto em lances de contra ataque ou então em futebol directo, quase sempre para tentar tirar proveito da velocidade de Ludovico, o que raramente resultou.
O golo de Edmilson pouco depois da meia hora foi precisamente o exemplo do futebol colectivo do Águias do Moradal quando David ganhou bem a linha de fundo pela esquerda do deu ataque, cruzou atrasado para a boca do golo, onde Esteves não chegou, mas onde estava Edmilson que tinha acompanhado muito bem pelo centro a subida da sua equipa.
Se o jogo, e o próprio resultado, já deixavam poucas esperanças ao Oleiros numa improvável reviravolta, as coisas ficaram ainda mais difíceis quando Paulinho viu o segundo amarelo pouco depois do reatamento. O Oleiros passava a estar obrigado a puxar ainda mais pelo físico e, caso tentasse correr atrás do resultado, como de facto tentou, iria abrir espaços em zonas que podiam ser aproveitadas pelos contra ataques do Estreito. Foi num desses lances que Rui Paulo concluiu com sucesso uma jogada que teve também como intervenientes o capitão David e Pira.
Estava selada uma vitória tão justa quanto merecida da equipa que foi mais forte e que continua nos lugares cimeiros da pauta classificativa. Quanto ao Oleiros, José Ramalho sabia, ao assumir o regresso à equipa do Pinhal, que tinha muito trabalho pela frente que deve começar pelo levantar da moral das tropas que sabem que valem mais do que aquilo que os resultados têm deixado transparecer.
A arbitragem- Apenas dois reparos num bom trabalho: não entendemos o primeiro amarelo a Paulinho e pareceu-nos que ficou por marcar uma grande penalidade sobre Esteves aos 64 minutos.
Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Não foi o resultado que queríamos mas tenho que realçar que os meus jogadores trabalharam muito. Com 11 era difícil, com 10 ainda foi mais. Todos nós sabemos que o Estreito tem uma excelente equipa. Cometemos dois erros que acabaram por ser aproveitados pelo adversário, porque no futebol, sem erros não há golos. Valeu pela atitude dos jogadores mas há muito trabalho a fazer. O árbitro fez um bom trabalho, até porque os jogadores também não complicaram”.
Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “Esta equipa tem qualidade, acho que ainda podemos produzir mais, mas hoje já demos uma demonstração cabal do nosso valor. Chegámos aqui, controlámos sempre o jogo, não tivemos percalços defensivos, e ganhámos naturalmente por 3-0 que, se calhar, é curto. Nos primeiros 45 minutos fizemos uma excelente exibição em termos de futebol distrital, porque não é normal ver uma equipa do nosso distrital a ter esta produção em termos de jogo ofensivo. Hoje tivemos uma excelente arbitragem de um jovem com grande qualidade”.
domingo, novembro 02, 2008
PEDRÓGÃO SP- 1 VITÓRIA DE SERNACHE- 0
Pedrógão segura golo
Árbitro- Paulo Abrantes (4), auxiliado por Nuno Silva e Sérgio Paiva
Pedrógão SP- Ruben (4), Filipe (3), Roque (3), Velho (3), Valter (3), Horácio (3), Leonel (3), Mário Pina (4), Ângelo (1), Caronho (4) e Mikael (3)
Treinador- Xana
Vitória de Sernache- Jorge Correia (3), Paulo Lopes (3), Rui Domingues (2), Ricardo André (3), Fredy (3), Fernando Miguel (4), Dany (3), Tiago Farinha (3), Diogo Simão (3), Miguel Farinha (3) e João Gaspar (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Ângelo por Hélder Filipe (3) aos 20, Horácio por Luís Amaro (2) aos 71 e Velho por Manuel (-) aos 89; Rui Domingues por Likas (3) aos 59, Diogo Simão por M´Passo (2) aos 59 e Dany por Luís Filipe (2) aos 73
Disciplina- Amarelos a Mário Pina aos 90+3; Tiago Farinha aos 22, Ricardo André aos 81, Fredy aos 90 e M’Passo aos 90+4
Marcador- Caronho aos 52
Numa tarde fria, mas sem chuva e até com sol, Pedrógão de São Pedro e Vitória de Sernache conseguiram proporcionar ao público que se deslocou ao Tenente Manuel Morais um espectáculo agradável, lutando de forma desinibida pela vitória, sem que se visse nenhuma das equipas com receio de perder o jogo.
Apesar das boas trocas de bola e da facilidade com que as equipas faziam as transições dos seus sectores mais recuados até aos homens mais avançados no terreno, foram muito escassas as oportunidades de golo ao longo dos primeiros 45 minutos, isto mais por culpa das defesas, que se mostraram sempre muito bem, especialmente ao não deixarem que o perigo chegasse muito perto dos dois guarda-redes.
Em 45 minutos apenas Jorge Correia foi obrigado a uma intervenção difícil quando teve que desviar para canto um livre do lado esquerdo, de Caronho, que quase entrava rente ao poste direito da baliza do guarda-redes vitoriano.
Ao intervalo, e porque as duas equipas tinham mostrado um nítido equilíbrio de forças, o empate era um resultado lógico, natural e justo.
Na segunda parte ninguém abdicou de lutar para ganhar, mas pela eficácia que as duas defesas já tinham mostrado “cheirava” um pouco que aquele velho ditado “quem marcar um golo ganha” se podia aqui aplicar. E foi. Foi uma boa antevisão dos últimos 45 minutos.
Num jogo muito igual Caronho marcou aos 52 minutos com um pontapé indefensável para Jorge Correia mas onde ficou a clara sensação que alguém dos forasteiros se esqueceu da marcação ao centro-campista pedroguense.
A perder, António Joaquim mexeu. Perdido por um, perdido por dois ou três, e Likas e M’Passo, e a subida de Ricardo André no terreno, deram mais força ao último terço do terreno vitoriano, passando a equipa do Pinhal a dominar e a estar de armas e bagagens no meio campo contrário. No meio deste domínio estéril, Mário Pina ainda podia ter matado o jogo quando explorou muito bem a ausência do lateral esquerdo Ricardo André para se isolar, não decidindo da melhor forma o tempo de remate.
Do outro lado, onde mais se jogava, era o jovem Ruben que evitava que a sua equipa perdesse a vantagem. Foram três defesas enormes, no curto espaço de dois minutos, que adiaram de forma definitiva o golo que o Vitória tanto fez para que acontecesse.
Pelo que se viu, num jogo em que o empate não ficaria mal a nenhuma das equipas, o Pedrógão acaba por ficar com os 3 pontos porque soube defender com unhas e dentes o golo que Caronho marcou a abrir a segunda metade.
domingo, outubro 26, 2008
CD ALCAINS- 3 ÁGUIAS DO MORADAL- 1
Senegaleses resolvem
Árbitro- Paulo Abrantes (4), auxiliado por Nuno Silva e Sérgio Paiva
CD Alcains- Rui Ferreira (3), Tiago Paulo (3), Diálló (3), Betinho (3), Carvalheiro (3), Quinzinho (3), Aíldo (3), Bruno Vieira (3), Ricardo Costa (4), Manoel (3) e Khonné (4)
Treinador- Hugo Andriaça
Águias do Moradal- Manuel Silva (3), Oliveira (3), Gil (3), Marco (3), Zé Tó (2), Esteves (3), David (2), Prata (2), Edmilson (3), Pira (2) e Valadas (1)
Treinador- António Belo
Substituições- Aíldo por Ivo (2) aos 67, Khonné por Miguel (1) aos 76 e Tiago Paulo por Constantino (-) aos 87; Valadas por Zé Luís (3) aos 25, Zé Tó por Fabiano Costa (1) aos 58 e David por Rui Paulo (2) aos 61
Disciplina- Amarelos a Manoel aos 5, Tiago Paulo aos 36, Khonné aos 55, Carvalheiro aos 66, Ricardo Costa aos 87 e Bruno Vieira aos 89; Marco aos 12, Zé Luís aos 28, Edmilson aos 38 e Prata aos 66
Marcadores- Khonné no 1º minuto e aos 35 e Diálló aos 48; Zé Luís aos 84
É que este golo pode de alguma forma ter aliviado qualquer espécie de pressão que os jogadores do Alcains pudessem sentir, já que vinham de uma derrota em Valverde, e por outro lado obrigou António Belo logo de imediato a pensar numa estratégia alternativa já que, ao contrário do que esperava, entrava no jogo já a perder.
Mas o jogo nunca teve uma fase que se pudesse chamar de boa, isto em termos de espectáculo, porque em luta, essa nunca faltou. Os jogadores lutaram sempre muito pela posse de bola, pela supremacia no meio campo, mas os do Estreito nunca conseguiram acertar com as marcações, dando sempre muita liberdade aos mais criativos da casa, e em termos de ataque, durante os primeiros 45 minutos, o melhor que o Estreito conseguiu foi aos 18 minutos isolar Esteves, que não fez melhor do que atirar ao lado do poste esquerdo da baliza de Rui Ferreira. Do outro lado, e fruto de uma maior e melhor posse de bola, o Alcains esteve sempre mais perto da baliza de Manuel Silva, mas mesmo assim só em duas ocasiões cheirou o golo. Aos 29 minutos o senegalês Khonné atirou à malha lateral, depois de um canto levantado do lado direito, e 6 minutos depois marcou mesmo, depois de um lance de génio de Ricardo Costa que, utilizando a velocidade e a técnica, ultrapassou toda a defensiva do Águias, colocando depois a bola na cabeça de Khonné que se limitou a empurrar.
No intervalo António Belo repensou a estratégia para tentar dar a volta a um jogo que, se levasse o mesmo rumo, estava perdido, e optou pelo risco de jogar apenas com três unidades no seu sector mais recuado. Mas ainda no período de adaptação a este novo esquema, o central senegalês Diálló aproveitou para criar o desequilíbrio pelo lado esquerdo e, depois de se isolar, bateu Manuel Silva pela terceira vez e acabou com o jogo.
A partir daqui o que se viu foi um Águias com muita vontade, com mais posse de bola, mais tempo dentro do meio campo contrário, e um Alcains a aceitar esses pressupostos, apostando tudo na segurança defensiva e em tentar explorar rápidos lances de contra-ataque.
Deste novo cenário apenas resultou o merecido tento de honra do Águias do Moradal, obtido por Zé Luís na sequência de um livre directo, e alguns lances de contra-ataque canarinhos em que, por vezes, foi o egoísmo de quem queria marcar a que preço fosse, que impediu mais um ou outro golo.
A arbitragem- A nota 4 num jogo que não foi nada fácil de dirigir é sinónimo de um bom trabalho. Sem lances difíceis de ajuizar acabou por ser obrigado, pelas duas equipas, a apitar muito e a mostrar 10 cartões amarelos.
domingo, outubro 12, 2008
AD FUNDÃO- 2 VITÓRIA DE SERNACHE- 1
Belmiro colabora na primeira vitória fundanense
Árbitro- Carlos Silva (3), auxiliado por Hélder Ferreira e David Afonso
AD Fundão- Tiago Ramos (3), João Lisboa (3), Luciano (3), João Fiúza (3), Gonçalo Silva (3), Nuno Batista (3), João Lázaro (3), Óscar Menino (3), Ricardo Fonseca (3), Rui Paulo (3) e Hélio (3)
Treinador- João Laia
Vitória de Sernache- Belmiro (0), Paulo Lopes (3), Fernando Miguel (3), Dário (2), Ricardo André (2), Tiago Farinha (3), Filipe Barata (3), Dany (2), Miguel Farinha (3), Fredy (2) e M’Passo (2)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Rui Paulo por João Filipe (1) aos 79, Óscar Menino por José Carlos (-) aos 88 e Nuno Batista por Nuno Salcedas aos 90+2; Dário por Likas (1) aos 55, Dany por Diogo (1) aos 61 e M’Passo por Gaspar (0) aos 73
Disciplina- Amarelos a Hélio aos 45+1, Pedro Martins aos 52, Óscar Menino aos 75, Tiago Ramos aos 90+3 e José Carlos aos 90+3; Gaspar aos 89 e 90+5. Vermelho por acumulação a Gaspar aos 90+5
Marcadores- Óscar Menino aos 12 e Rui Paulo aos 30; Miguel Farinha aos 26
A jogar em casa, perante uns adeptos impacientes, a Desportiva, mesmo de forma atabalhoada entrou melhor, mais pressionante, não deixando o adversário ganhar bolas no meio campo, e foi com alguma naturalidade que chegou a vantagem. Na sequência de um canto levantado por Ricardo Fonseca do lado esquerdo, Óscar Menino apareceu ao segundo poste, completamente livre de marcação, a fazer um golo fácil.
Mesmo percebendo que tinha sofrido mais um golo muito consentido, o Vitória arregaçou as mangas e começou a correr atrás do prejuízo. As tentativas de jogar pelo chão nem sempre surtiam efeito, continuavam a existir muitos passes transviados, mas o empate chegaria aos 26 minutos através de um pontapé fantástico de Miguel Farinha de fora da grande área. Um golo de levantar um estádio em qualquer parte do mundo.
Depois do empate, os do Pinhal começaram, de forma gradual, a conseguir tomar o controlo do jogo, mas mais um erro na parte defensiva culminou em novo golo dos fundanenses. Desta vez foi o guarda-redes Belmiro que, de forma inacreditável, ao pontapear uma bola para a frente acabou por acertar em cheio na cabeça de Rui Paulo que, é mesmo caso para dizer (leia-se escrever), acabou por marcar golo sem querer. Um lance daqueles que estamos habituados a ver nos apanhados de televisão.
Até ao intervalo nada mais mexeu. Ao Vitória interessava que o jogo chegasse rapidamente ao descanso, e ao Fundão também, uma vez que voltava a estar em vantagem.
Nos últimos 45 minutos o panorama não se alterou muito. Viu-se o técnico dos vitorianos a apostar tudo o que lhe era possível na tentativa de voltar a chegar ao empate, até porque perder por dois ou por quatro é quase a mesma coisa, e um Fundão a aproveitar muito bem todos os espaços que o adversário ia abrindo no seu meio campo defensivo, a criar algumas boas oportunidades para matar o jogo, mas a ser demasiado perdulário quando, em duas ocasiões por exemplo, apenas faltou pontaria, uma vez que já nenhum adversário estava em condições de evitar o golo.
Vitória justa do Fundão que assim somou a primeira vitória no campeonato. Quanto ao Vitória, continua mergulhado numa crise de resultados que se arrasta desde a jornada inaugural.
domingo, outubro 05, 2008
ÁGUIAS DO MORADAL- 4 LARDOSA- 0
Jogar q.b.
Árbitro- Ricardo Alexandre (4), auxiliado por Nuno Farinha e Pedro Tomás
Águias do Moradal- Manuel Silva (3), Jójó (3), Marco (3), Esteves (3), David (3), Zé Luís (3), Edmilson (3), Rui Paulo (3), Prata (3), Pira (3) e Valadas (3)
Treinador- António Belo
Lardosa- Folgado (4), Jorginho (2), Roca (2), Manteigas (2), André Lopes (2), Vitinho (2), Edson (2), Dani (2), Rui Proença (2), Gatinho (2) e Martins (2)
Treinador- Rui Valentim
Substituições- Valadas por Zé Tó (2) aos 57, Zé Luís por Valdemar (2) aos 62 e Jójó por Pinto (2) aos 66; Edson por Pissara (2) aos 59, Dani por Jeremias (2) aos 68 e Martins por Roda (-) aos 87
Disciplina- Amarelos a Manuel Silva aos 60 e Valdemar aos 80; Dani aos 43, Rui Proença aos 59, Martins aos 71 e Pissara aos 83
Marcadores- Esteves no 1º minuto, David aos 34 e 85 e Edmilson aos 55
E talvez que o minuto inicial tivesse marcado de forma decisiva o jogo. É que logo no primeiro remate que houve a qualquer uma das balizas, surgiu o primeiro golo. Esteves isolou-se por entre os centrais e rematou de fora da área, inaugurando o marcador. Estavam decorridos 56 segundos e os da casa tinham feito aquilo que poderia ser o mais difícil, abrir a contagem, e a Lardosa sofria muito cedo o primeiro golo, quando seria sua intenção retardar ao máximo a vantagem do adversário.
A perder, a Lardosa nunca conseguiu ser sequer um adversário incómodo, e era logo no meio campo do Águias do Moradal que esbarravam todas e quaisquer intenções dos forasteiros. A equipa de Rui Valentim revelava muitas dificuldades em efectuar as transições ofensivas, a bola nunca, ou raramente, era jogada rente ao solo, e o Águias do Moradal tinha tudo para construir jogo, oportunidades e dilatar a contagem. As jogadas de perigo até iam sendo criadas, talvez não em tão elevado número como se pudesse esperar, mas era na concretização que residiam os principais problemas, mas aqui mérito também para a excelente actuação do veterano Folgado que, com algumas intervenções dignas de registo, foi impedindo o dilatar do marcador.
Antes do intervalo David assinou o seu primeiro golo mas foi já na segunda metade, já depois da Lardosa ter chegado pela segunda vez no jogo com muito perigo junto das redes de Manuel Silva, que chegou o 3-0. Este tento veio na sequência de uma grande penalidade cometida sobre Esteves que Edmilson aproveitou da melhor maneira.
O jogo estava todo virado para a área dos visitantes mas, às boas intervenções de Folgado juntavam-se as más decisões do meio campo ofensivo e ataque dos da casa que, por decidirem muitas vezes mal só a 5 minutos do fim voltaram a marcar, com o bis do capitão David que concluiu bem uma boa iniciativa de Esteves pelo lado direito.
Vitória justa, normal e com números a condizer de um Águias do Moradal que deixou transparecer que pode e deve fazer muito melhor que o que mostrou frente a uma Lardosa de quem se esperava mais luta no Ventoso.
A arbitragem- Praticamente perfeita a actuação de Ricardo Alexandre e seus pares, num jogo fácil de dirigir.
domingo, setembro 28, 2008
CD ALCAINS- 5 VILARREGENSE- 1
Tudo decido em 3 minutos
Árbitro- Luís Cruz (3), auxiliado por Luís Máximo e Luís Ferreira
CD Alcains- Beirão (3), Tiago Paulo (4), Ivo (3), Betinho (3), Carvalheiro (3), Quinzinho (3), Constantino (2), Aíldo (3), Bruno Vieira (4), Manoel (4) e Ricardo Costa (4)
Treinador- Hugo Andriaça
Vilarregense- Baía (2), David (3), Edgar (2), Chalita (1), Pedro Roldão (3), Sabino (3), Alexandrov (3), Fábio (3), Topa (2), Amunike (3) e Fortes (3)
Treinador- Pedro Sampaio
Substituições- Constantino por Tabarra (3) aos 45, Carvalheiro por Leão (2) aos 74 e Ricardo Costa por Miguel (2) aos 81; Topa por Pica (2) aos 69, Amunike por Cláudio (1) aos 69 e Edgar por Paulo César (1) aos 74
Disciplina- Amarelos a Betinho aos 8, Aíldo aos 19, Quinzinho aos 23, Manoel aos 36 e Ivo aos 78; Pedro Roldão aos 21, Topa aos 45 e Pica aos 80. Vermelho directo a Chalita aos 48
Marcadores- Ricardo Costa aos 16 e 65, Manoel aos 49 e 51 e Bruno Vieira aos 90+3; Amunike aos 35
Com melhores argumentos técnicos mas a jogar contra o vento, o Alcains não conseguia impor o seu futebol e foi praticamente na primeira vez que se chegou com perigo à baliza contrária que acabaria por marcar. Numa jogada que começou com um remate de Ricardo Costa que ressaltou num defesa contrário, haveria de ser o mesmo Ricardo a empurrar para dentro da baliza quando se encontrava praticamente em cima da linha de baliza em posição irregular.
Podia ser o ingrediente que faltava para que o espectáculo mudasse de figurino, mas não. Continuou um jogo abaixo das perspectivas e o Vilarregense acabou mesmo por aproveitar para chegar ao empate quando Fortes se isolou bem pela direita, centrou tenso para cima da baliza onde Amunike mais não fez do que empurrar.
Ao intervalo o empate aceitava-se e Hugo Andriaça sabia que tinha que mudar algo para chegar à vitória. E mudou. Lançou Tabarra para a direita do ataque, saindo Constantino, com o propósito de explorar com a velocidade as fragilidades que o Vilarregense já tinha mostrado na esquerda da sua defensiva.
Mas os minutos decisivos estavam mesmo a chegar. Aos 48 minutos Chalita evitou, com falta, que Ricardo Costa se isolasse, viu o respectivo cartão vermelho e, na cobrança do livre Manoel, de forma irrepreensível, voltou a dar vantagem à sua equipa.
E tudo ficou decidido quando dois minutos mais tarde, o brasileiro bisou, aproveitando o momento em que a defensiva vilarregense ainda se tentava adaptar à falta do seu capitão.
Com o jogo resolvido, os do Pinhal, com menos um, mas sem nunca abdicar dos seus princípios de jogo, abriram naturais espaços que o Alcains acabou por aproveitar da melhor maneira. Ricardo Costa também assinou o seu bis aos 65 minutos e, já nos descontos, Bruno Vieira picou o ponto, também de livre directo e de novo sem hipóteses para Baía.
Vitória natural, justa, mas pesada para a forma como o Vilarregense encarou o jogo.
A arbitragem- Cometeu alguns pequenos erros de pouca importância sendo o de maior monta a validação do primeiro golo do Alcains, quando Ricardo Costa se encontrava em posição irregular quase em cima da linha de baliza.
domingo, setembro 21, 2008
OLEIROS- 1 CD ALCAINS- 2
Alcains acreditou até ao fim
Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Márcio Lopes (2), auxiliado por Cláudio Santos e Luís Gabriel
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (3), Samuel (3), Castanheira (3), Fiel (3), João André (3), Quim Garcia (1), Cássio (3), Norberto (3), Tomás (3) e Ludovico (3)
Treinador- João Paulo Matos
CD Alcains- Beirão (3), Tiago Paulo (3), Dialló (1), Betinho (3), Carvalheiro (3), Quinzinho (3), Constantino (3), Aíldo (3), Bruno Vieira (4), Manoel (4) e Ricardo Costa (3)
Treinador- Hugo Andriaça
Substituições- Tomás por José Bernardo (2) aos 59, Castanheira por Tiago Ventura (2) aos 72 e Norberto por Laranjo (-) aos 90; Betinho por Khonné (3) aos 54, Constantino por Paulinho (1) aos 83 e Khonné por Miguel (2) aos 89
Disciplina- Amarelos a Samuel aos 37, Quim Garcia aos 44 e 57, Cássio aos 54, Tomás aos 59 e João Luís aos 68; Betinho aos 31, Carvalheiro aos 44, Manoel aos 72 e Beirão aos 90+1. Vermelho por acumulação a Quim Garcia aos 57 e vermelho directo a Dialló aos 44
Marcadores- Cássio aos 49; Bruno Vieira aos 76 e Tiago Paulo aos 89
O Oleiros tentou com um remate de longe de Ludovico e uma cabeçada de Tomás, mas na recta final da primeira metade o Alcains começou a dar mostras de querer mandar no jogo e, antes do descanso, Carvalheiro ainda obrigou o guarda-redes contrário a uma excelente defesa e Bruno Vieira atirou forte, mas muito por cima do travessão. E quase sobre o intervalo, os forasteiros viram-se reduzidos a 10 unidades. Depois de uma confusão a meio campo, que Mário Lopes resolveu com um amarelo para cada lado, o auxiliar do lado da bancada chamou o seu chefe de equipa para lhe dar conta de um desentendimento entre Diálló e Ludovico que terá sido entendido como uma agressão por parte do alcainense.
Mesmo entrando a jogar com menos um, foi o Desportivo de Alcains quem tomou as rédeas do jogo, mas logo aos 4 minutos, um bom lance do brasileiro Cássio pela direita terminou com um remate cruzado que acabou por bater o guarda-redes Beirão.
Podia ter sido decisivo, até porque a partir daqui os oleirenses estavam, não só em vantagem numérica, como também na frente do marcador. Mas a verdade é que os pupilos de João Paulo Matos começaram por complicar logo aos 57 minutos quando uma mão do experiente Quim Garcia na linha de meio campo acabou por lhe valer o segundo amarelo e consequente vermelho. As forças estavam reequilibradas, e o Alcains dominava o jogo, sem deixar o Oleiros fazer o seu jogo, e empurrando cada vez mais a equipa da casa para dentro do seu meio reduto.
A 14 minutos do final chegou o golo do empate, na sequência de um castigo máximo decidido por Márcio Lopes, quando nos pareceu que o lance que envolveu um defensor da casa e Khonné, deveria ter sido punido com livre indirecto, uma vez que, do local onde nos encontrávamos, pareceu-nos ter havido jogo perigoso. Bruno Vieira converteu e galvanizou ainda mais os seus companheiros que nunca desistiram de correr atrás da vitória.
E o merecido prémio chegou no último minuto do jogo e saiu do pé direito de Tiago Paulo, com um remate potente e indefensável para João Luís.
Ganhou a equipa que mais vontade mostrou de conquistar os três pontos, isto apesar dos oleirenses terem tido, a dado momento do jogo, tudo a seu favor para entrarem no campeonato com o pé direito.
A arbitragem- Estamos em início de época, é verdade que sim, mas as duas equipas mereciam um melhor trabalho. Márcio Lopes fez uma arbitragem “trapalhona”, sem critério disciplinar e acabou por prejudicar uma e outra equipa.
Discurso directo- João Paulo Matos, técnico do Oleiros- “Alertei os meus jogadores ao intervalo que estávamos a jogar com mais um, que tínhamos que ser inteligentes e gerir bem as nossas emoções. Não fomos capazes, e não tivemos qualidade suficiente para gerir o jogo e impor o nosso ritmo. O Alcains é uma excelente equipa, constituída por muito bons jogadores, que nos complicou muito a vida. Na minha opinião o resultado ajustado seria o empate, tenho muitas dúvidas no penalty, e tenho a sensação que houve um jogador do Alcains que deveria ter sido expulso na fase final, quando saiu do recinto de jogo e se envolveu com espectadores. Mas dou os parabéns ao Alcains que jogou para ganhar, e aos meus jogadores que, não jogando bem, foram bravos, lutaram e deram o melhor”.
Discurso directo- Hugo Andriaça, técnico do CD Alcains- “Foi uma vitória arrancada a ferros mas não posso esquecer que podíamos ter ido para o intervalo a ganhar 3-0, porque tivemos 3 oportunidades flagrantes. Sabia o valor do adversário, porque é uma casa que conheço bem, e tirei muita vantagem desse conhecimento. O melhor que me podia ter acontecido era vir a Oleiros na 1ª jornada, porque conheço as forças e as fraquezas do Oleiros. Sempre disse que vinha para Alcains para sermos campeões e tudo o que não seja o primeiro lugar será um fracasso, porque temos a convicção que nós somos a melhor equipa do campeonato mas, a meu ver, já o ano passado o Alcains era, e não foi campeão. Por respeito aos árbitros vou-lhes dar um voto de confiança e desejar-lhes as maiores felicidades. Mesmo que haja alguma infelicidade contra o Alcains vou fazer tudo por tudo para não comentar”.
domingo, fevereiro 24, 2008
ESCALOS DE CIMA- 0 AD FUNDÃO- 1
Arrancada a ferros…
Campo Viscondessa do Alcaide, Escalos de Cima
Árbitro- Bruno Nave (2), auxiliado por Bruno Xisto e Hélder Ferreira
Escalos de Cima- Cristóvão (3), Amaral (3), Gonza (3), Paulinho (3), Capinha (3), Luís Afonso (3), Carlitos (3), Jójó (4), Cunha (3), Beirão (3) e Valdemar (3)
Treinador- Paulo Macedo
AD Fundão- Nuno Tiago (3), André Cunha (3), Luciano (3), Pedro Costa (3), Cristiano (3), Rui Paulo (3), Ricardo Morais (3), Ricardo Fonseca (3), Gonçalo Silva (3), Nuno Batista (3) e Óscar Menino (4)
Treinador- João Laia
Substituições- Beirão por Robalo (-) aos 90+1; Ricardo Fonseca por Bruno Valentim (2) aos 68, Cristiano por David Barbosa (1) aos 81 e Nuno Batista por João Morais (-) aos 87
Disciplina- Amarelos a Luís Afonso aos 28, Capinha aos 31, Carlitos aos 36, Gonza aos 38, Valdemar aos 45, Beirão aos 66, Amaral aos 73 e Cunha aos 88; Ricardo Morais aos 90+4
Marcador- Óscar Menino aos 90+4
A figura do jogo- Óscar Menino (AD Fundão)- É um trabalhador nato. Por vezes faz aquele trabalho que dá menos nas vistas mas que acaba por ser fundamental para a exibição global da equipa. Coroou a sua excelente actuação com um golo de livre directo que acabou por valer 3 pontos.
O Escalos de Cima- Sabendo da diferença de potencial entre as duas equipas, os Escalos aceitaram desde logo o domínio do adversário e apostaram quase sempre no contra-ataque. Só que mesmo nunca perdendo o controlo do jogo, mesmo jogando quase sempre no seu meio campo, usou e abusou do lançamento de bolas para as costas da defesa adversária para tentar tirar proveito da estatura de Valdemar, o que nem sempre foi conseguido.
A AD Fundão- Dominou e mandou no jogo de princípio a fim, mas em muitos momentos revelou dificuldades para entrar dentro da muralha defensiva do adversário. Nos cruzamentos dos flancos os defesas adversários mandaram sempre nas alturas, os remates de longe nunca foram uma real opção, e com a bola no pé aparecia sempre algum adversário a cortar o esférico. Mesmo tendo feito muito mais para somar os 3 pontos, ganhar no final é sempre sinónimo de felicidade.
Numa tarde com o terreno pesado mas sem chuva, Escalos de Cima e Desportiva do Fundão protagonizavam uma das partidas mais importantes da jornada.
Talvez o jogo fosse mais decisivo para os visitantes que para os da casa, até porque a equipa de João Laia, que corre na perseguição ao líder, não podia perder pontos, até porque o Alcains tinha uma deslocação de risco até Cernache de Bonjardim.
E o Fundão entrou a mostrar aquilo que vale. Dominador, sem permitir ao Escalos jogar ao ataque, e desde cedo se instalou de armas e bagagens dentro do meio campo defensivo dos escalenses.
Apesar de dominar territorialmente e ter muito mais tempo de posse de bola, a Desportiva experimentava algumas dificuldades quando chegava ao último terço do terreno. Ora porque os lances não eram desenhados da melhor forma, ora porque a forma como Paulo Macedo espalhou a sua equipa no terreno de jogo, não dava grandes espaços para o Fundão jogar.
E durante 45 minutos o melhor que o vice-líder conseguiu foi criar uma situação de muito perigo, em que Óscar Menino, em posição privilegiada para atirar a contar, acabou por fazer o mais difícil, ao rematar por cima da baliza de Cristóvão Beirão, quando não estava a mais de 5 metros da linha de golo.
Por outro lado, o Escalos abusou em demasia dos lançamentos em profundidade, que partiam quase sempre dos seus jogadores mais recuados e que buscavam a corrida e a capacidade física e de luta de Valdemar, que aparecia sempre muito desamparado entre a linha defensiva fundanense.
Nos segundos 45 minutos a história do jogo não mudou em nada. O Fundão continuava a dominar e a tentar chegar ao golo, mas mesmo sem o conseguir os jogadores pareciam convencidos que, mais tarde ou mais cedo, o tal golo que valeria a vitória acabaria mesmo por surgir.
A melhor situação de golo de toda a segunda metade aconteceu aos 52 minutos quando um remate de Ricardo Fonseca esbarrou na trave da baliza contrária.
O cenário do jogo era quase sempre o meio campo defensivo do Escalos, mas os da casa nunca se desequilibraram nem desuniram, e estavam mesmo muito perto de conseguir roubar dois pontos ao Fundão.
Só que já em período de descontos, num livre praticamente em posição frontal à baliza de Cristóvão, o pé direito de Óscar acabou por ser decisivo. Ele que já tinha tentado com o pé esquerdo, mas sem sucesso, acabou por dar 3 pontos à Desportiva do Fundão que, juntando esta vitória à derrota do Alcains em Sernache, passa a depender apenas de si própria para conseguir o título Distrital.
O Fundão-Alcains do próximo dia 9 de Março já mexe… com o Vitória de Sernache à espreita…
A arbitragem- Irritante. É talvez o melhor adjectivo que se pode usar para definir o trabalho de Bruno Nave. Apitou em demasia, por vezes sem que se justificasse, mostrou amarelo a Valdemar, quando foi Luciano que carregou de forma dura o ponta de lança do Escalos, e exibiu outros amarelos que não se justificaram. No lance da falta que está na origem do golo, e porque estávamos numa posição difícil para analisar o lance, fica com o benefício da dúvida.
Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Custa muito perder assim, mas de qualquer forma dou os parabéns aos jogadores porque se bateram muito bem. Na segunda parte fomos empurrados para o nosso meio campo, pois ao intervalo já tinha metade da equipa amarelada… E depois acabámos por perder na sequência de um livre inexistente, porque é sabido que o Fundão tem bons jogadores para bater bolas paradas. É o segundo jogo em que perdemos pontos já no período de descontos. A arbitragem é melhor não comentar”.
Discurso directo- João Laia, técnico da AD Fundão- “Foi um jogo difícil. Fomos sempre superiores mas penso que, ao contrário do que se possa dizer que tivemos estrelinha por ganhar já nos descontos, penso é que nos faltou a tal estrelinha durante o jogo. Mandámos no jogo, fomos sempre equilibrados, mas pecámos na finalização, apesar de termos tido uma bola na trave e um golo anulado. A falta que deu o nosso golo foi clara, porque o jogador do Escalos estava completamente pendurado no Ricardo Morais. O auxiliar do lado da bancada passou a segunda parte a levantar a bandeira, ao ponto do árbitro o mandar baixá-la… Agora passámos a depender apenas de nós próprios”.
BOA ESPERANÇA- 2 PORTELA- 3
Portela ultrapassa Boa Esperança...
Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Carlos Gomes e Silvério Sousa, da Guarda
Boa Esperança- Hugo Nunes, Nuno Martins, Daniel Ascensão, Bruno Neves, Marco Borronha, Bruno Esteves, Valter Borronha, João Pires, Hugo Mendes, Francisco Fernandes e Talles Gomes
Treinador- José Robalo
Portela- Pedro Santos, Mário Silva, Filipe Pereira, Nuno Pires, Ricardo Cardoso, Diego Beliato, Nuno Barata, Tiago Matias, Joel Lino, Sandro Gandarês e Filipe Santos
Treinador- Alberto Martins
Disciplina- Amarelos a Talles Gomes aos 14, Daniel Ascensão aos 22 e Valter Borronha aos 32; Ricardo Cardoso aos 10, Diego Beliato aos 27 e Sandro Gandarês aos 34
Marcadores- Nuno Martins aos 21 e Marco Borronha aos 34; Nuno Barata aos 24 e 33 e Diego Beliato aos 32
Num jogo importante, não só pela sequência de maus resultados, mas principalmente porque do outro lado estava uma equipa que estava um lugar abaixo na tabela, e que luta pelos mesmos objectivos que a Boa Esperança, os albicastrenses voltaram a perder e caíram mesmo para o penúltimo lugar da tabela classificativa.
A equipa da Portela de Sacavém entrou mais dominadora, a demonstrar grande vontade de somar os 3 pontos, mas do outro lado a Boa respondia como podia, aceitando o maior domínio e mais posse de bola do adversário e a tentar responder, sempre que possível, em contra-ataque.
Nos primeiros 20 minutos o jogador da casa em maior destaque acabou mesmo por ser o guarda-redes Hugo Nunes que, como sempre, se exibiu em bom nível entre os postes, adiando ao máximo o golo do Portela.
Mas acabaram por ser 20 minutos de fraco nível, sem golos, e com pouca emoção, onde a Boa Esperança não soube tirar o devido proveito do adversário ter chegado às 5 faltas quando ainda faltavam quase 10 minutos para chegar o intervalo.
Para a segunda parte os laranjas entraram melhor, e logo no primeiro minuto Nuno Martins abriu o activo. Esta vantagem da equipa de José Robalo não mudou o cariz do jogo, e os visitantes voltaram a insistir no ataque, com mais tempo de bola nos pés e quase sempre instalados dentro do meio campo adversário.
Por isso, até se pode considerar que o golo do empate chegou de forma natural, pouco tempo depois. Pela forma como o jogo decorria, e até pela quantidade de bolas que Hugo Nunes continuava a defender, percebia-se que a passagem do Portela para a frente do marcador seria uma questão de tempo.
Com as duas equipas já com 5 faltas cometidas, podia ser por aqui que chegasse a decisão do jogo. E a verdade é que, no curto espaço de dois minutos a equipa do concelho de Loures deu mesmo a volta ao jogo. Primeiro através do brasileiro Diego Beliato e depois com Nuno Barata a bisar, com um golo obtido na sequência de um livre de 10 metros.
Até final o melhor que o conjunto da casa conseguiu foi reduzir para 2-3, trazendo mais alguma emoção à parte final do jogo, mas sem que o resultado voltasse a sofrer qualquer alteração.
Vitória justa do Portela, num jogo em que os albicastrenses de nada podem ser acusados, a não ser daquilo que já se sabe: um plantel curto, muito limitado (ainda mais com a ausência do capitão Ricardo Machado, que cumpriu o segundo jogo de castigo), a quem não se pode exigir muito mais. Nota ainda para a estreia do brasileiro Talles Gomes, último reforço da Boa Esperança, que apenas esteve em campo durante breves minutos e que não deu para tirar grandes conclusões relativamente à sua valia.
A arbitragem da Guarda, mesmo sem ter influência no resultado final, acabou por ser a pior equipa em campo.
domingo, fevereiro 17, 2008
ATALAIA DO CAMPO- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 1
A felicidade na cabeça de Paulo Lopes
Campo 23 de Maio, Atalaia do Campo
Árbitro- Paulo Abrantes, auxiliado por José Bicho e Nuno Silva
Atalaia do Campo- Hugo Pereira, David Nogueira, Sérgio Garcia, Nuno Antunes, Gelson, Ednilson, João Mateus, Spranger, Filipe Mouro, Carvalheira e Hélder Morais
Treinador- Paulo Serra
Vitória de Sernache- Belmiro, Tomás, Paulo Lopes, Filipe Amaro, Fredy, Fernando Miguel, Hugo Louro, Maçaroco, Dany, Filipe Santos e M’Passo
Treinador- António Joaquim
Substituições- João Mateus por Luisinho aos 69, Filipe Mouro por Bruno aos 76 e Hélder Morais por Mateus aos 83; Filipe Santos por Diogo aos 61, Hugo Louro por Miguel Farinha aos 73 e Fredy por Dário aos 90+1
Disciplina- Amarelos a Hélder Morais aos 56; Tomás aos 61, Filipe Amaro aos 64 e Miguel Farinha aos 88
Marcador- Paulo Lopes aos 76
A Atalaia do Campo- Não conseguiu marcar nos primeiros 20 minutos de cada parte, altura em que dominou e obrigou o Vitória a defender muito atrás, e depois acabou por não saber lidar da melhor maneira com a desvantagem, atacando mais com o coração do que com a razão.
O Vitória de Sernache- Saber defender também é uma arte, e a equipa de Sernache provou que não é preciso atacar desalmadamente para se ganharem jogos. O que é preciso é aproveitar alguns dos poucos lances de golo que se constroem. António Joaquim montou uma estrutura irrepreensível que teve o ponto alto na cabeça de Paulo Lopes no minuto 76.
Não foi o jogo que se esperava. O terceiro e quarto classificado do nosso Distrital jogam mais do que o que mostraram no último domingo. Apesar de tudo, há algumas atenuantes que ajudam a explicar o jogo menos conseguido de Atalaia do Campo e Vitória de Sernache. Para além de se tratar de um jogo de “mata-mata” que dava direito a uma presença numa final da Taça de Honra José Farromba, as condições meteorológicas, aliadas às dimensões do terreno de jogo, podem servir de justificação. É que alturas houve em que a bola corria mais rápido que os jogadores, porque o relvado estava molhado, o que provocava um jogo bastante mais rápido.
Mesmo assim, foram os da casa que entraram melhor, isto apesar do primeiro sinal de perigo ter sido dado por M’Passo, quando atirou forte mas por cima das redes de Hugo Pereira, ainda não estava cumprido o primeiro minuto de jogo.
A Atalaia empurrou o adversário para o seu meio campo defensivo, o que obrigava o Sernache a defender-se fechado, tapando todas as linhas de passe ao adversário. Só depois dos 15 minutos o jogo equilibrou, mas sem contudo se verem grandes situações de perigo. A melhor oportunidade dos primeiros 45 minutos surgiu mesmo no último minuto, antes de Paulo Abrantes mandar toda a gente para o descanso. Num livre directo ainda longe da baliza de Belmiro, Spranger rematou forte, levando a bola a esbarrar na trave da baliza adversária.
Para os segundos 45 minutos a equipa de Paulo Serra veio ainda com maior vontade de aumentar a pressão e de fazer valer o factor casa. Só que o Vitória voltou a responder da mesma forma: com uma organização defensiva muito certinha, o que não permitia à Atalaia, mesmo dominadora, criar muitos lances de perigo.
Até que a certa altura se percebeu que, pela forma como corria o jogo, quem marcasse primeiro, muito provavelmente daria um passo decisivo para alcançar a final.
E foi o que aconteceu. Corria o minuto 76 quando um livre na linha de meio campo, quase na lateral direita, foi levantado por Dany para a grande área da Atalaia onde, uma falta de marcação permitiu a Paulo Lopes aparecer sozinho e, sem dificuldades, cabecear de cima para baixo, sem hipóteses para Hugo Pereira.
Até final assistiu-se ao que já se esperava. Um Sernache a defender a preciosa vantagem com unhas e dentes, e uma Atalaia pressionante, mas por vezes, na ânsia de chegar ao empate, a jogar mais com a coração do que com a razão. Era o cenário perfeito para levar os vitorianos à final. Não falhando, como não falharam, os pupilos de António Joaquim tinham tudo a seu favor para garantir o lugar no jogo decisivo.
E, em contra-ataque, o Vitória ainda criou dois lances de perigo para a baliza contrária, mesmo assim, estava escrito, desde o minuto 76, que seria o golo que saiu da cabeça de Paulo Lopes a garantir a presença na final da Taça de Honra José Farromba.
Vitória do Vitória, com algum sofrimento à mistura, é certo, que provou que nem sempre a maior posse de bola e o maior número de oportunidades são determinantes para se vencer um jogo de futebol.
A arbitragem- Foi muito contestado pela equipa da Atalaia mas não nos pareceu influenciar o resultado do jogo. Errou, porque mesmo chamando-se Paulo Abrantes, também é humano, mas para os dois lados, e em lances de pouco significado.
Discurso directo- Paulo Serra, técnico da Atalaia do Campo- “É um dia triste para nós porque acho que não merecemos perder este jogo. Fomos a única equipa que teve vontade de ganhar, o Sernache passou o jogo todo a perder tempo. Logo nos primeiros minutos parecia que queria ir a penalties. Fomos a única equipa com atitude de ganhar, e tivemos oportunidades para fazer golos, mas depois, na sequência de uma desatenção nossa, acabámos por sofrer um golo. Já no jogo em Alcains, quando ganhámos 3-1, o árbitro não viu 3 grandes penalidades e depois assumiu durante a semana que eram penalties. Hoje houve um lance em que um jogador do Sernache, em vez de jogar a bola com a cabeça, tirou-a com a mão quase no risco de golo, e o árbitro está de cima do lance e não vê… Será que o homem tem algum complexo em marcar grandes penalidades? Se calhar eu estou a ser prejudicado porque não falo mal dos árbitros! Tenho que fazer como muitos treinadores fazem, que passam a vida a falar mal dos árbitros… A minha postura não é essa mas, se calhar, vou ter que fazer o mesmo!”.
Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Estes jogadores merecem esta vitória, porque têm trabalhado muito. É uma final que não nos dá acesso a nada, mas que poderá valer uma taçita. É um prémio para os jogadores. Deus compensa quem trabalha. Foi importante sairmos daqui hoje sem jogadores lesionados nem castigados, porque precisamos de todos os jogadores para a semana, porque temos um jogo muito complicado, contra um excelente adversário. Neste jogo soubemos sofrer. Depois de uma primeira parte muito equilibrada a Atalaia entrou muito forte para a 2ª parte, tivemos dificuldades em sair da nossa defensiva, mas aos poucos fomos sacudindo a pressão e acabámos por ser uns vencedores justos. Agora estamos na final, e as finais foram feitas para se ganharem. Quanto à arbitragem, o Paulo é um árbitro experiente, os jogadores também não complicaram, não houve casos, foi um jogo limpo, correcto, e dou também os parabéns à Atalaia, porque foi um digno vencido”.