domingo, dezembro 21, 2008

OLEIROS- 3 AD FUNDÃO- 0


Oleiros ofusca Desportiva

Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Rui Dias (4), auxiliado por Jorge Fernandes e Luís Gabriel
Oleiros- João Luís (3), Castanheira (3), Tiago Ventura (3), Gonçalo (3), Fiel (3), Quim Garcia (4), João André (4), Norberto (4), Cássio (4), Ludovico (4) e Joel (3)
Treinador- José Ramalho
AD Fundão- Tiago Ramos (3), Luciano (3), João Fiúza (3), João Lisboa (1), João Tapadas (3), João Lázaro (2), Yago Pereira (2), Óscar Menino (3), Ricardo Morais (2), Rui Paulo (2) e José Carlos (2)
Treinador- João Laia
Substituições- Gonçalo por Zé Bernardo (2) aos 56, Joel por Naves (2) aos 64 e Cássio por Custódio (-) aos 89; João Lázaro por Nuno Batista (1) aos 58, José Carlos por Pedro Martins (1) aos 66 e Ricardo Morais por Gustavo (-) aos 82
Disciplina- Amarelos a Cássio aos 16, Gonçalo aos 47, Tiago Ventura aos 51 e Quim Garcia aos 56; João Lisboa aos 23 e 79, João Tapadas aos 28, João Fiúza aos 89 e Luciano aos 90+2. Vermelho por acumulação a João Lisboa aos 79
Marcadores- Ludovico aos 11, João André aos 76 e Norberto aos 87

A figura do jogo- Ludovico (Oleiros)- É, sem sombra de dúvida, dos jogadores que melhor se movimenta na frente de ataque neste distrital. Abriu a contagem logo aos 11 minutos e, sempre muito interveniente nas jogadas ofensivas da sua equipa, fez o passe para o segundo golo.

O Oleiros- Confirmou que está em crescendo e, depois do empate alcançado em Alcains, bateu a Desportiva fundanense sem margem para dúvidas. Foi melhor ao longo dos 90 minutos e construiu um resultado muito sólido que fez por justificar.

A AD Fundão- Como disse o seu treinador, deu “45 minutos de avanço ao adversário”. Mas não foi “apenas” isso, porque os fundanenses nunca conseguiram mostrar o seu real valor. Faltou agressividade, como disse Laia, e faltou ser melhor que o Oleiros, acrescentamos nós.

Em Oleiros encontravam-se duas equipas que ocupam posições diferenciadas na tabela classificativa mas que têm um objectivo em comum: chegar ao fim da fase regular nos primeiros quatro classificados. A Desportiva nunca conseguiu ser a equipa que já mostrou noutras partidas e, ao invés, o Oleiros mostrou que não foi por acaso que empatou na jornada anterior no terreno do líder.
Marcar cedo era o principal objectivo de José Ramalho. Essa seria uma forma de tranquilizar os seus jogadores e, de forma inversa, enervar um adversário a quem não convinha nada perder pontos para não perder de vista os quatro da frente.
Só que logo aos 11 minutos, e já depois de um primeiro aviso, o Oleiros chegou mesmo à vantagem. Não foram precisos muitos centímetros a Ludovico para dar o melhor seguimento de cabeça a um canto levantado do lado direito do seu ataque. Bastou estar no sítio certo, livre de marcação.
A ganhar, José Ramalho tinha cumprido o primeiro grande objectivo, até porque depois do 1-0, continuou a ser a sua equipa a mandar no jogo, a dominar, fruto de uma maior velocidade sobre a bola e também de um meio campo que trabalhou muito a interceptar bolas adversárias e a lançar bem os homens mais avançados.
Nos primeiros 45 minutos a equipa de João Laia apenas num lance de bola corrida conseguiu chegar com perigo junto da baliza de João Luís, já que as outras duas vezes em que o keeper oleirense se assustou foram na sequência de duas bolas paradas, com remates fortes de longe, primeiro de Óscar Menino, que acertou na trave, e depois de Yago Pereira, que saiu por cima.
O 1-0 no descanso aceitava-se perfeitamente e, caso nada fosse alterado, seria sempre mais provável aparecer o 2-0 do que o empate.
E na segunda metade a tendência do jogo não sofreu grandes alterações. Os fundanenses, mesmo que mais tímidos do que é habitual, mostraram outra atitude, mas apenas durante 20, 25 minutos conseguiram manter a dúvida em relação ao resultado final. A lesão de Gonçalo, que obrigou José Ramalho a fazer recuar Cássio para o centro da defesa, tirou momentaneamente alguma força ao meio campo da casa, mas o golo de João André a 15 minutos do final veio repor a tranquilidade que, em certos momentos, parecia começar a faltar.
Se juntarmos a este golo a expulsão de João Lisboa 3 minutos depois, facilmente se explica porque é que o jogo, num instante, ficou fácil de gerir para os do Pinhal.
Resta referir, porque merece nota de destaque, o grande golo apontado por Norberto já na recta final. Um remate do meio da rua, mesmo com Tiago Ramos ainda a tocar na bola, levava o selo de golo e fechava uma vitória inteiramente justa da equipa da casa.
À Desportiva resta agora recuperar forças nesta quadra festiva para tentar evitar alguma inconstância exibicional que tem apresentado ao longo das jornadas já disputadas.

A arbitragem- Cometeu pequenos erros, sem importância relevante, e assinou um trabalho globalmente muito positivo.

Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Isto é o fruto de um trabalho que vem sendo realizado desde que aqui cheguei. Os jogadores estão a assimilar bem a maneira como eu quero que eles joguem, e os resultados começam a aparecer. Agora vamos seguir passo a passo. Na próxima jornada temos aqui mais um adversário directo (NR. Pedrógão SP), e vamos preparar-nos para ganhar esse jogo. Apontei para 7 pontos nas primeiras 3 jornadas da 2ª volta, agora faltam-nos 3. Mesmo sabendo que é muito difícil, vamos fazer tudo para chegar ao 4º lugar. Estamos no bom caminho, espero que esta época de festas não estrague o trabalho feito até agora. O árbitro esteve bem”.

Discurso directo- João Laia, técnico da Desportiva do Fundão- “Hoje a equipa não esteve como nos últimos jogos, praticamente nem apareceu o Fundão que temos visto nos últimos 5, 6 jogos. Não conseguimos fazer circulação de bola, tivemos pouca agressividade e assim as coisas tornam-se mais difíceis. Demos 45 minutos de avanço ao adversário, entrámos apáticos, e o Oleiros entrou bem. Na segunda parte melhoramos um pouco, tivemos uma ou duas boas situações para fazer a igualdade, não fizemos, e depois o 2-0 mata o jogo”.

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