domingo, dezembro 14, 2008

ESCALOS DE CIMA- 1 VITÓRIA DE SERNACHE- 0


Sorte de uns, azar de outros…

Campo Viscondessa do Alcaide, nos Escalos de Cima
Árbitro- João Brás (4), auxiliado por Pedro Ribeiro e Luís Ferreira
Escalos de Cima- Bruno Cardoso (4), Paulinho (3), Humberto (3), Mata (3), Gonza (3), Paulo Mendes (3), Chico (3), Capinha (3), Cláudio (3), Carlitos (3) e João Vítor (3)
Treinador- Paulo Macedo
Vitória de Sernache- Jorge Correia (3), Paulo Lopes (3), Dário (3), Fernando Miguel (3), João Gaspar (3), Filipe Barata (3), Diogo Simão (2), Tiago Farinha (3), João Loureiro (2), Likas (2) e Miguel Farinha (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Humberto por Alves (-) aos 85, João Vítor por Nélson (-) aos 88 e Carlitos por Alveirinho (-) aos 90+2; Diogo Simão por Ricardo André (3) aos 49, João Loureiro por Dani (3) aos 49 e Filipe Barata por Rui Domingues (2) aos 61
Disciplina- Amarelos a Carlitos aos 52, Humberto aos 63, João Vítor aos 88 e Bruno Cardoso aos 90; Fernando Miguel aos 82
Marcador- Chico aos 45+1

A figura do jogo- Bruno Cardoso (Escalos de Cima)- Com um punhado de excelentes intervenções contribuiu de forma decisiva para que a sua equipa somasse os três pontos.

O Escalos de Cima- Jogou a primeira parte taco a taco com o adversário e acabou por marcar, mesmo antes do descanso, num lance invulgar em que Chico aproveitou bem o erro do adversário. Na segunda parte soube sofrer e defender com unhas e dentes, e alguma sorte, a vantagem mínima.

O Vitória de Sernache- Melhorou claramente de produção depois das mexidas na equipa do técnico António Joaquim. Dominou na segunda parte e criou situações mais que suficientes para não sair dos Escalos com a derrota, mas foi daqueles jogos em que se aplica aquela frase feita que diz: “ainda agora podiam lá andar, que a bola não entraria…”.

Num jogo que até começou por prometer muito, porque as duas equipas entraram muito bem e com firme disposição de tentar chegar ao golo utilizando preferencialmente o bom futebol, venceu a equipa que foi mais eficaz, mesmo tendo sido a que menos oportunidades construiu, e que depois soube sofrer e defender, mesmo que em certos momentos com alguma sorte, a magra vantagem.
Durante os primeiros 20 a 25 minutos tanto Escalos como Vitória mostraram um futebol agradável, que por vezes até fazia esquecer o muito frio que se fazia sentir, e os lances perigosos foram construídos de um e de outro lado, apesar de não ter havido nenhuma situação de golo iminente.
Depois deste período, em que o jogo já merecia golos, entrou-se numa toada mais morna, com menos espectáculo, mas sempre com muita luta. E isto aconteceu porque os meios campos encaixaram melhor e passaram a cortar mais tentativas de chegada de bolas aos ataques. E acabou por ser num lance invulgar, numa reposição de bola em jogo de Bruno Cardoso, que chegou aquele que haveria de ser o único golo do jogo. A defensiva vitoriana deixou que a bola lhe batesse à frente, e nas costas estava o rápido e sempre oportuno Chico para fazer aquilo que mais gosta. Um remate forte e colocado, sem hipóteses para Jorge Correia, deu vantagem ao Escalos mesmo antes da saída para o descanso.
Na segunda metade ainda foi o Escalos a criar o primeiro lance de perigo, mas depois das entradas de Ricardo André e Dani, foi o Vitória que dominou quase na íntegra. O Escalos, percebendo a força do adversário, aceitou o domínio e tentou nunca perder o controlo do jogo, apesar de actuar agora em contra-ataque. E em duas ocasiões o perigo voltou a andar perto da baliza de Jorge Correia, numa delas o keeper do Pinhal foi mesmo obrigado a fazer a defesa da tarde.
Mas o domínio era inteiramente dos forasteiros que tentavam correr atrás do prejuízo, e várias foram as vezes em que a bola quase que entrou na baliza do Escalos só que, umas vezes porque não estava ninguém no sítio certo para empurrar, outras porque Bruno Cardoso aparecia no caminho da bola, e ainda outras por manifesto azar, a bola teimou mesmo em não entrar, mesmo que por duas vezes tivesse passado em cima da linha de golo.
No jogo de domingo ficou provado que, por vezes, também é preciso ter aquela pontinha de sorte para conseguir somar os três pontos.

A arbitragem- Praticamente isenta de erros e a roçar a perfeição, apesar do jogo não ter sido difícil, e das equipas não terem dificultado.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Fizemos uma primeira parte extraordinária, e acho que ao intervalo o 1-0 era escasso. Na segunda parte também entrámos bem, tivemos duas ou três boas situações, em que o guarda-redes adversário esteve muito bem, e depois o Sernache apostou tudo no ataque e nós jogámos em contra-ataque. Fomos felizes porque o nosso guarda-redes também tirou duas ou três bolas com selo de golo, mas o futebol é assim mesmo. A vitória ajusta-se e dou os meus parabéns aos jogadores de ambas as equipas. Eu tenho gostado muito de todas as arbitragens, à excepção de uma, a de Alcains. Parabéns à arbitragem porque há jovens com futuro promissor”.

Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Tivemos o jogo controlado nos primeiros 45 minutos, mas sofremos um golo já nos descontos, numa bola de um pontapé do guarda-redes que deixámos bater na frente, devido ao forte vento. Na segunda parte melhorámos a atitude, começámos a jogar mais, tivemos muitas situações de golo, mas o adversário defendeu-se como pôde. Houve pouco tempo jogado na segunda parte, muitas bolas dentro de campo, muitas paragens com jogadores no chão, mas tivemos as situações suficientes para fazer golo. Penso que se tivéssemos mais uma ou duas horas não conseguíamos fazer um golo, hoje. O árbitro esteve bem, não foi por causa dele que nós perdemos e também não teve culpa das muitas paragens no jogo”.

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