domingo, fevereiro 25, 2007

ESCALOS DE CIMA- 0 ÁGUIAS DO MORADAL- 6


Um vendaval que veio dos lados da Serra do Moradal…

Campo Viscondessa do Alcaide, Escalos de Cima
Árbitro- Paulo Abrantes (5), auxiliado por Ângelo Correia e José Bicho
Escalos de Cima- Neto (2), Cláudio Fazenda (2), Tiago Carronda (2), Robalo (2), Paulinho (2), Valdemar (2), Beirão (2), Carlitos (2), Fábio (2), Cunha (2) e Luís Afonso (2)
Treinador- Paulo Macedo
Águias do Moradal- Bruno Cardoso (3), Acácio (4), Tiago Mota (4), Pacheco (3), Gil (3), Tomás (3), David (4), Ivo Fazenda (3), Edmilson (4), Rui Paulo (3) e Paulo Rato (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Paulinho por Hélio (1) aos 51, Fábio por Hugo Duarte (1) aos 51 e Beirão por Cláudio (1) aos 62; Rui Paulo por Dário (3), Tomás por Nuno Alves (3) aos 66 e Edmilson por Aíldo (2) aos 72
Disciplina- Nada a registar
Marcador- Edmilson aos 36 e 50, David aos 60 e 83, Nuno Alves aos 67 e Tiago Mota aos 86

A figura do jogo- David (Águias do Moradal)- A par de Edmilson foram os melhores da sua equipa e do jogo. Marcaram dois golos cada um mas David fez os 90 minutos e assinou uma grande segunda parte.

O Escalos de Cima- Mudou radicalmente de atitude da primeira para a segunda parte e isso custou-lhe uma goleada que mereceu. Se nos primeiros 45 minutos a equipa de Paulo Macedo acabou por conseguir controlar bem a maior valia do adversário, já na segunda os jogadores nem pareciam os mesmos! Fisicamente quebraram muito cedo e foram baixando os braços e deixando de lutar com o avolumar do marcador.

O Águias do Moradal- Dominou de ponta a ponta mas demorou 36 minutos a encontrar o caminho do golo. Durante meia hora usou e abusou do futebol aéreo mas foi na segunda parte, quando pôs a bola no chão, que fez o que quis do adversário. Marcou seis e deixou alguns por marcar.

Ao contrário do que se perspectivava, principalmente pelo que tínhamos visto no Escalos-Unhais, acabou por ser um jogo com duas partes totalmente distintas. Uma primeira onde uma equipa dominou mas a outra foi conseguindo controlar, e uma segunda onde uma desapareceu do campo e a outra jogou a seu belo prazer até chegar à meia dúzia.
O Águias do Moradal entrou com a firme determinação de tentar resolver cedo para não passar por nenhuma surpresa. Entrou dominante e pressionante só que disso também parecia estar a equipa de Paulo Macedo à espera. A forma que a equipa do Estreito usava para levar a bola até à zona de golo era quase sempre através do futebol aéreo e mesmo estando mais tempo dentro do meio campo contrário e tendo mais tempo de posse de bola isso não se traduzia em oportunidades de golo, porque os homens mais altos da equipa da casa iam levando a melhor nas bolas altas. Até que ao minuto 36 Edmilson funcionou como abre-latas. O capitão David levantou um livre do lado direito, Tomás apareceu ao segundo poste a pôr na boca do golo e o brasileiro limitou-se a empurrar. Até ao descanso ainda duas notas, uma para cada lado. Aos 43 minutos Paulinho em cima da marca de penalty rodou mas rematou frouxo para as mãos de Bruno Cardoso e mesmo em cima do tempo Tiago Mota teve uma boa iniciativa individual que terminou com um remate de longe defendido por Neto.
Se ao intervalo o resultado era justo, nada indicava que o jogo estava decidido, mas a maneira muito diferente como o Escalos de Cima abordou a etapa complementar cedo revelou que, afinal, o que faltava saber eram mesmo os números finais da vitória do Águias.
Logo aos 5 minutos Edmilson, aproveitando uma saída em falso de Neto e a falha de marcação de Luís Afonso, aumentou a diferença e, a partir daí o Escalos desapareceu do campo.
A história acaba por ficar resumida aos golos, ao bom futebol que o Águias praticou e ao avolumar do marcador.
O Águias do Moradal nem precisou de uma exibição deslumbrante para chegar com facilidade ao resultado final. É certo que apesar das diferenças enormes que existem entre estas duas equipas, uma joga sempre o que a outra deixa jogar, e com um Escalos a dar muito mais espaços, a deixar jogar o adversário, e a demonstrar alguma falta de disponibilidade física, os mais tecnicistas do Estreito aproveitaram bem para pôr toda a sua fantasia ao serviço do jogo e viram-se então jogadas de bom recorte técnico, com destaque para pormenores de Edmilson, David e Dário que deram nas vistas e contribuíram de forma decisiva para uma vitória robusta.
Nota ainda para as exibições de Tiago Mota, um central que gosta de subir no terreno e tentar visar a baliza adversária, e que fez tudo para merecer o golo que marcou, para Acácio que também trabalhou bem no meio campo, e para o inevitável Nuno Alves que, mesmo sendo suplente, não deixou de mostrar o seu faro pelo golo ao assinar o ponto logo na primeira vez que tocou na bola. Quanto ao Escalos, cabe ao treinador analisar internamente o porquê da quebra acentuada que se registou da 1ª para a 2ª parte.

A arbitragem- Passou pelo jogo, apitou pouco e bem e nem precisou de levar a mão ao bolso… Que melhor elogio se pode fazer a um árbitro?

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Só estivemos 45 minutos em campo… os outros 45 minutos não existiram. Fomos uma equipa apática, sem reacção e sem atitude. Tenho que criticar aqui a maneira como jogámos na 2ª parte, eu sou o responsável, assumo, mas esta atitude da 2ª parte não é a verdadeira identidade desta equipa. Se calhar é preferível jogar aos sábados… mas isso são coisas que temos que falar internamente. O sr. Paulo Abrantes esteve muito bem e passou perfeitamente despercebido”.

Discurso directo- Rui Paulo, jogador do Águias do Moradal- “Por vezes os jogos que se julgam difíceis tornam-se fáceis e os que se pensam mais complicados acabam por se simplificar. Estivemos bem na 2ª parte, o Escalos também não esteve no seu melhor, e penso que na segunda parte nem chegaram com a bola à nossa baliza. Foi uma boa vitória. O árbitro não se deu por ele”.

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