segunda-feira, junho 26, 2006

FESTA DE ENCERRAMENTO CONSELHO ARBITRAGEM AFCB


O último apito da época

O concelho de Proença-a-Nova foi o escolhido para encerrar a temporada 2005/06 pelo Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Castelo Branco. Com muitos árbitros e respectivas famílias presentes, bem como vários elementos ligados à estrutura da arbitragem do nosso distrito, o almoço de confraternização decorreu na Sobreira Formosa depois de um jogo de futebol de convívio no campo de futebol Senhora das Neves.
Na mesa de honra estiveram, para além do presidente do Conselho de Arbitragem, Jorge Nunes, alguns convidados que, de uma forma ou de outra estão ligados ao mundo dos árbitros. Ilídio Gonçalves, do CA da Federação Portuguesa de Futebol, Francisco Parrinha, árbitro internacional de futsal que esteve em representação da APAF, Vítor Tomás, presidente do CA da AF Évora, Luciano de Almeida, secretário-geral da AFCB e Abílio Henriques, do Conselho Técnico da AFCB, foram alguns dos presentes, isto para além dos representantes das Câmaras Municipais de Proença-a-Nova, João Manso, do Fundão, Rui Quelhas e de Vila de Rei, Paulo César.
Este almoço de encerramento foi aproveitado pelo Conselho de Arbitragem do nosso distrito para fazer a entrega de diplomas dos últimos cursos de árbitros e ainda para distinguir com uma lembrança alguns juízes, ou pessoas ou entidades que, de uma forma ou de outra estão ligadas aos homens do apito. Neste capítulo, Tribuna Desportiva foi um dos três órgãos de Comunicação Social distinguidos, depois de uma votação entre os próprios árbitros.
Mas a temporada que agora terminou, acabou por não ser muito positiva para a representação distrital em provas nacionais, particularmente no futsal. Jorge Nunes, o presidente do CA referiu que “não é por muito madrugar que o sol nasce mais cedo. Não é árbitro quem quer ser árbitro. É preciso muito trabalho e mais quantidade para que se possa ter mais qualidade, mas cada vez há mais dificuldades em captar novos árbitros. Calculamos que, se não aparecerem novos árbitros, daqui por 3 anos não temos árbitros para indicar à Federação Portuguesa de Futebol”.
Mas ao nível distrital as coisas até correram bem, já que dos 1200 jogos organizados pela AFCB apenas houve uma reclamação, isto apesar das dificuldades para as nomeações dentro de um quadro que integra 75 árbitros, 15 deles estagiários e 15 afectos à Federação.
Jorge Nunes, referindo-se a outros problemas que afectam o sector, destacou “a fiscalidade, que é um problema de difícil resolução”. Neste capítulo está tudo dependente da Nova Lei de Bases do Sistema Desportivo.
Num olhar sobre a próxima época, o presidente do CA da AFCB revelou que “vai haver 3 reciclagens com testes físicos e escritos e, no intervalo de cada uma delas, haverá reciclagens que integrarão testes escritos e debates”.
Uma das novidades para a temporada 2006/07 será as nomeações por SMS, com os árbitros a terem que fazer a confirmação até ao dia seguinte.
Ilídio Gonçalves, que representou o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, na sua intervenção, destacou os custos da interioridade. “Castelo Branco está no interior e está em desigualdade, mas tudo tem que ser feito para vencer essa desigualdade”. Ilídio Gonçalves enalteceu ainda “o trabalho exemplar que vem sendo feito pelo Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Castelo Branco”.
Já Francisco Parrinha, árbitro internacional de futsal e que representou a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, optou por dar relevo à nova Lei de Bases do Sistema Desportivo: “vamos esperar que tudo o que foi prometido e acordado entre a APAF e a Secretaria de Estado seja cumprido”, mas de seguida revelou que “a APAF está um pouco de pé atrás em relação ao que aí vem”.
Luciano de Almeida, secretário-geral da AFCB, acabou por ser o mais crítico em relação aos árbitros, dizendo mesmo que “o esforço que é feito pelo Conselho de Arbitragem não é correspondido por alguns árbitros. O CA não merece algumas coisas que acontecem, principalmente por parte dos árbitros que integram os quadros nacionais”.A época 2005/06 está assim encerrada, agora todos esperamos que a próxima seja melhor que a que agora fechou, principalmente por parte dos juízes que vão representar o distrito em provas nacionais.

Sem comentários: