quarta-feira, janeiro 11, 2006

PEDRÓGÃO SP- 1 PROENÇA-A-NOVA- 0


Pedrógão entra melhor em 2006

Campo Tenente Manuel Morais, em Pedrógão de São Pedro
Árbitro- Carlos Silva (4), auxiliado por João Diogo e Hélder Ferreira
Pedrógão SP- Canário (3), Ricardo Silva (3), Vasco Guerra (4), Flávio Cruz, Gonçalo (3), Flávio Cunha (3), Mateus (3), Brígida (3), Mário Pina (3), Filipe (3) e Ricardo Constantino (3)
Treinador- Xana
Proença-a-Nova- Almeida (4), Filipe (3), Pedro Bernardo (3), José Fernando (3), Marco Dias (3), Bruno Ribeiro (3), Hugo Dias (3), Hélder Duarte (3), Pequito (3), Carlitos (3) e Pedro França (3)
Treinador- José Esteves
Substituições- Brígida por Capinha (2) aos 70, Mateus por Chico (2) aos 75 e Flávio Cunha por Manuel (-) aos 90; José Fernando por Bomba (2) aos 40 e Filipe por Hugo Louro (2) aos 63
Disciplina- Amarelos a Pedro França aos 21, Hélder Duarte aos 60, Pequito aos 62, Bomba aos 82 e Marco Dias aos 87

A figura do jogo- Vasco Guerra (Pedrógão SP)- Já na 1ª parte, quando o jogo não teve quase nada para contar, foi ele que tentou provocar desequilíbrios subindo no terreno. O golo que marcou e que valeu 3 pontos acabou por ser apontado pelo jogador que mais o mereceu.

O Pedrógão SP- Teve 45 minutos para esquecer e também não entrou bem para a 2ª parte. Marcou o golo num lance de bola parada e, a partir daí, justificou uma vitória muito sofrida e alcançada sem fazer um bom jogo.

O Proença-a-Nova- Também contribuiu para o deserto de ideias na 1ª parte, mas para a segunda metade apareceu transfigurado para melhor mas sem conseguir transformar em lances de perigo o ligeiro ascendente. Depois de sofrer o golo nunca desistiu mas nos últimos 15 minutos pareceu acusar muito os excessos cometidos nas férias.

Não foi nada agradável o primeiro jogo de Pedrógão de São Pedro e Proença-a-Nova no ano de 2006. Durante os primeiros 45 minutos o nosso bloco de apontamentos ficou praticamente em branco já que, nesse período, as equipas concentraram muito o seu jogo na zona de meio campo e o perigo andou sempre longe das redes de Canário e de Almeida. Na 1ª parte o melhor que conseguimos anotar, e foi preciso muito boa vontade, foi um remate inofensivo do Pedrógão à baliza de Almeida e dois remates sem qualquer tipo de perigo de Carlitos à baliza de Canário. E foi tudo.
Era daqueles jogos que, se não levasse uma volta de 180 graus e se as equipas não se empenhassem em proporcionar outro tipo de espectáculo, só num lance individual ou então de bola parada poderia surgir alguma coisa que abalasse o tédio. Também era fácil perceber que era o típico jogo em que quem marcasse um golo provavelmente ficaria com os 3 pontos. E foi tudo o que aconteceu.
Apesar de ter sido o Proença-a-Nova a mostrar primeiro a intenção de abanar o jogo foi o Pedrógão de São Pedro que acabou por marcar, de bola parada, o tal golo que, tal como prevíamos, acabou mesmo por valer uma vitória. Mas já lá vamos. É que antes desse golo, os visitantes tiveram um ligeiro ascendente. O jogo melhorou um pouco, mas nada que desse para deslumbrar, até porque desse maior tempo de posse de bola a equipa do Pinhal não conseguiu tirar o devido proveito para, se quer, incomodar Canário. Depois veio de novo o equilíbrio, que coincidiu com o golo de Vasco Guerra. Na sequência de um canto do lado esquerdo do ataque pedroguense o central subiu à área adversária sem que ninguém do Proença se tenha apercebido e acabou por saltar completamente sozinho, já dentro da pequena área, e bater o desamparado Almeida. Como antevíamos aí estava o tal golo solitário que valeu 3 pontos e que surgiu de um lance de bola parada.
Na última meia hora de jogo a equipa de Xana acabou por justificar o golo que pouco tinha feito por merecer. Foi mais ofensiva e conseguiu em 3 situações proporcionar defesas estupendas a Almeida que evitou com uma boa exibição que os da casa aumentassem distâncias.
Mas o Proença foi um digno vencido porque mesmo caindo um pouco fisicamente depois da meia-hora tentou sempre, até ao último segundo, evitar a derrota que acabou mesmo por acontecer. Neste período, e já depois de José Esteves ter mexido na equipa, Carlitos, que na primeira parte tinha sido o melhor dos forasteiros acabou por recuar para a posição de defesa direito, perdendo algum protagonismo com influência na manobra ofensiva da sua equipa.
Um espectáculo fraco entre duas equipas que podem e sabem mais que o que mostraram no primeiro jogo do novo ano.

A arbitragem- Carlos Silva assinou um trabalho positivo. No capítulo disciplinar esteve bem e nos amarelos mostrados por bocas a Hélder Duarte e Pequito ele lá saberá o que ouviu. No lance que origina o canto que dá o golo do Pedrógão assinalou uma mão de um jogador visitante dentro da área de Canário. Ficaram-nos algumas dúvidas mas, pelo que fez, merece o benefício da dúvida.

Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Os primeiros 45 minutos foram muito maus, melhorámos um tudo nada na 2ª parte, mas eu tenho sempre muito receio destes jogos depois de uma longa paragem. É nestas alturas que são cometidos excessos pelos atletas. Acusamos muito as férias de Natal e Ano novo mas penso que, pelo trabalho e pelo esforço que fizemos, nos assenta bem a vitória. Sempre o disse e continuo a dizer que o Carlos Silva é o melhor árbitro do distrito”.
Discurso directo- José Esteves, técnico do Proença-a-Nova- “Foi um jogo equilibrado e penso que não merecíamos sair daqui derrotados. Eu tive a impressão que quem marcasse um golo ganhava e isso acabou por acontecer numa bola parada. O futebol é assim, não podemos ter sempre a sorte do nosso lado e esperamos que para a próxima seja diferente. O árbitro mostrou-nos 5 amarelos e isso condiciona. Podia ter estado melhor no capítulo disciplinar”.

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