segunda-feira, janeiro 30, 2006

ATALAIA DO CAMPO- 1 ÁGUIAS DO MORADAL- 4


Uns facilitaram, outros aproveitaram

Campo 23 de Maio, Atalaia do Campo
Árbitro- Carlos Silva (4), auxiliado por João Diogo e Hélder Ferreira
Atalaia do Campo- Rui Pedro (3), Emanuel (3), Foito (2), Sérgio Garcia (3), Roque (3), Brito (2), Márcio (3), Agostinho (3), Pina (3), Bruno (3) e José Carlos (2)
Treinador- Mário Pereira
Águias do Moradal- Tiago Brás (3), Gil (3), Spranger (3), Tomás (3), David (4), Edmilson (3), Rui Paulo (4), Samuel (3), Paulo Rato (3), Valadas (3) e Aíldo (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Foito por Craveiro (2) aos 58, Brito por Filipe Mouro (2) aos 61 e Agostinho por Ednilson (-) aos 85; Edmilson por Tiago Mota (4) aos 61, Valadas por Ivo Fazenda (1) aos 79 e Tomás por Kikas (-) aos 83
Disciplina- Amarelos a Bruno aos 39, Agostinho aos 43, Roque aos 72, José Carlos aos 72, Pina aos 76 e Márcio aos 84; Edmilson aos 36 e Tiago Mota aos 69. Vermelho directo a José Carlos aos 72
Marcadores- José Carlos aos 69; David aos 15, Edmilson aos 41, Tiago Mota aos 68 e Valadas aos 74

A figura do jogo- David (Águias do Moradal)- É um jogador com uma classe indiscutível e que não desiste de nenhum lance. No domingo foi ele que abriu o caminho da vitória e que assistiu Edmilson para o 2-0. É um verdadeiro capitão.

A Atalaia do Campo- Teve alguns períodos em que dominou mas em que, e ao contrário do adversário, não conseguiu marcar nas oportunidades que conseguiu construir. Como se não bastasse acabou por dar demasiado espaço no seu sector mais recuado a jogadores que não o podem ter. Facilitou na defesa, e comprometeu com os golos sofridos, e não marcou quando teve chances para isso.

O Águias do Moradal- Não foi preciso fazer um grande jogo para levar os três pontos da Atalaia do Campo. A equipa de António Belo e José Goulão teve momentos de bom futebol, dos quais se destacam os lances que deram o 1º e o 2º golo, e soube muito bem gerir o ímpeto do adversário quando este se aproximava da sua área.

O Águias do Moradal não precisou de deslumbrar na deslocação à Atalaia do Campo para conquistar os três pontos em disputa e levar um resultado que não deixa margens para grandes dúvidas.
Depois de um período de estudo mútuo que durou pouco mais de cinco minutos foi a equipa forasteira a dar os primeiros sinais de perigo junto da área adversária. O domínio não era muito evidente mas o maior tempo de posse de bola e a pressa em levá-la para o ataque eram indícios de que os do Pinhal tinham intenções de abrir cedo a contagem. E conseguiram-no logo à passagem do primeiro quarto de hora por intermédio do capitão David.
Nos minutos que se seguiram surgiu uma reacção natural da equipa de Mário Pereira. Passava pouco da meia hora quando, no mesmo lance, os homens da Atalaia remataram por três vezes consecutivas à baliza de Tiago Brás. A pontaria não estava afinada e a defesa do Estreito tapava bem todos os caminhos para a sua baliza onde também pontificava um Tiago Brás que se exibia a bom nível, mostrando atenção máxima entre os postes.
Foi a melhor situação dos donos da casa nos primeiros 45 minutos. Mas o intervalo não chegaria sem novo golo do Águias. Num livre em posição frontal à baliza de Rui Pedro, Valadas optou pelo lance estudado em vez do remate directo que todos esperavam. Toque curto para a direita, David recebeu bem, cruzou ainda melhor, e Edmilson com o pé direito dilatou o marcador. A vitória dos homens de António Belo e José Goulão ganhava outra expressão muito perto do descanso.
Para a segunda parte o Águias do Moradal voltava com a confortável vantagem que um 2-0 transmite, e passou então a iniciativa de jogo para o adversário que era agora quem tinha mais obrigação de correr para tentar rectificar um resultado negativo em casa.
Mário Pereira arriscou tirando primeiro Foito e depois Brito, lançando Craveiro e Filipe Mouro. A frente de ataque do conjunto da casa alargava-se mas a equipa do Águias do Moradal mostrava também muita solidez a defender, espreitando sempre a possibilidade de contra-ataque.
E no espaço de apenas 6 minutos, se ainda havia dúvidas quanto à equipa que levaria os 3 pontos, tudo ficou ainda mais claro. Aos 68 minutos o recém entrado Tiago Mota amplia para 3-0, no minuto seguinte José Carlos faz o 1-3 e aos 74 minutos o lance que acabou com qualquer esperança de Mário Pereira. Carlos Silva assinala um castigo máximo a punir uma rasteira dentro da área da Atalaia, José Carlos protesta e vê primeiro um amarelo e depois o vermelho e Valadas concretiza o castigo máximo. 4-1 para os do Estreito e a Atalaia em inferioridade numérica. A história acaba aqui, sendo apenas necessário acrescentar que, até final, o Águias controlou o jogo e ainda dispôs de mais algumas oportunidades que foram desaproveitadas e que, se concretizadas, tornariam o resultado demasiado pesado para o conjunto da Atalaia do Campo.

A arbitragem- Carlos Silva sai com nota muito positiva dum jogo fácil de dirigir, em que apenas teve algum grau de dificuldade no momento em que assinalou a grande penalidade que deu o 4º golo do Águias. A carga existe e os protestos exagerados que valeram o vermelho a José Carlos eram evitáveis.

Discurso directo- Mário Pereira, técnico da Atalaia do Campo- “O resultado não está obviamente em discussão porque a vitória assenta perfeitamente bem ao Águias do Moradal pelo que fez nos 90 minutos. Nós somos uma equipa pequena, numa situação confortável na tabela, e estamos a incomodar os que estão à nossa frente. O árbitro utilizou uma dualidade de critérios terrível. O Moradal tem uma equipa com condições para lutar pelo título e não precisa de algumas ajudas. O penalty foi inventado e a expulsão do José Carlos não tem pés nem cabeça. Houve um jogador do Moradal que deu porrada todo o jogo e acabou dentro de campo e o José Carlos nada fez para ver o vermelho porque nem sequer falou para o árbitro.”
Discurso directo- José Goulão, técnico do Águias do Moradal- “Fizemos uma boa exibição. Tínhamos receio das dimensões do terreno de jogo mas o facto de ser em relva sintética também nos foi favorável porque nós temos jogadores com um bom nível técnico. Hoje conseguimos concretizar quatro oportunidades e ainda ficaram mais quatro por marcar, mas há jogos em que temos tido algumas dificuldades de concretização que depois se traduzem nos resultados. O árbitro esteve bem.”

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