segunda-feira, janeiro 30, 2006

AD ALBICASTRENSE- 27 VIALONGA- 26


O sonho comanda a vida

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Eurico Nicolau e Ivan Caçador (Leiria)
AD Albicastrense- José Pereira e Pedro Mendes, Martin Gomes, Luís Gama (10), Luís Robalo, Jonatas Valente (1), Sérgio Silva (2), João Fialho (7), Bruno Roberto, Filipe Félix (6), António Mata, Maximiano Ribeiro (1), João Romão e Luís Mateus
Treinador- José Curto
Vialonga- Luís Borrego e Alexandre Louro, Ricardo Ferreira, Paulo Ferreira, Mário Ribeiro, Sérgio Pereira (6), Eduardo Guerra (1), Pedro Lopes (1), Vítor Reis (6), Horácio Seco, Carlos Gomes (4), Vítor Tapadinhas (6), Armando Reis (2) e João Marques
Treinador- José Pampulha
Marcador ao intervalo- 12-13

Não é comum acontecer num jogo de andebol uma equipa dispor de apenas uma situação de vantagem ao longo dos 60 minutos e ganhar, mas isso aconteceu no jogo de domingo a contar para os quartos de final da Taça Presidente da República que pôs frente a frente a Associação Desportiva Albicastrense e o Grupo Desportivo Vialonga. É que a ADA, tirando algumas (poucas) situações de empate, esteve sempre na posição de derrotada.
Tal como no jogo do dia anterior a equipa azul voltou a não entrar bem no jogo e só já muito perto do descanso é que conseguiu um empate a 12, depois de outra situação de igualdade que se registou logo no início (1-1). O calcanhar de Aquiles da equipa de José Curto era o ataque, já que quer João Fialho, quer Luís Gama pareciam estar em tarde desinspirada e mostravam grandes dificuldades na zona de concretização. Valeu para suprir este problema que acabou por ser ultrapassado na 2ª parte o bom jogo de Filipe Félix que foi determinante.
O resultado de 12-13 no descanso deixava tudo em aberto para a segunda metade, mas também já tinha deixado à vista de todos que não havia grandes diferenças entre uma equipa que joga para se manter na 1ª Divisão, a Albicastrense, e outra que joga para tentar subir a esse escalão, o Vialonga.
E a segunda parte nem começou mal, já que logo nos segundos iniciais chegou o empate a 13, mas o 13-18 que se registava minutos mais tarde voltava a pôr em dificuldades o conjunto da casa.
Só que este era um jogo diferente, porque era o famoso mata-mata, e os da casa sabiam que estava em jogo uma presença numa final-four, feito inédito para o clube, e que ainda por cima vai ser disputada no “seu” pavilhão. Razões mais que suficientes para lutar até ao fim em busca de um resultado positivo que ainda não tinha acontecido até aí. O 24-26 a pouco mais de dois minutos do final obrigava a ADA a defender bem e a marcar em todas as oportunidades de ataque de que viesse a dispor até final. E foi isso que aconteceu. José Pereira esteve bem entre os postes e no ataque os golos surgiram. Depois dos 27-26 restavam pouco mais de 10 segundos para o final, tempo insuficiente para que o resultado sofresse mais alterações.
Para a história fica o feito de uma equipa totalmente amadora e que vai marcar presença no próximo fim-de-semana na final-four da prova. Independentemente dos resultados que venham a surgir no sábado e no domingo este é já um dos maiores marcos na história da Associação Desportiva Albicastrense.
A dupla de árbitros que veio de Leiria, e que não deixou grandes saudades em Castelo Branco da última vez que por lá passou, complicou muitas vezes o que não se justificava e a ADA acaba por ter mais razões de queixa.
Discurso directo- José Curto, treinador da AD Albicastrense- “Nós acusámos muito a responsabilidade do jogo, não só por dar o apuramento para uma final-four, mas também porque ela vai ser jogada na nossa cidade e nunca nos conseguimos encontrar. Jogámos sempre mais com o coração do que com a razão. Esta presença na final-four da Taça Presidente da República é um prémio para todo o grupo de trabalho que compõe esta equipa”.

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