segunda-feira, março 26, 2007

PÓVOA RM- 1 ESCALOS DE CIMA- 1


Muita luta, pouco futebol e resultado justo

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- Ricardo Fontes (3), auxiliado por Jorge Fernandes e Rui Dias
Póvoa RM- Oleh Prokopets (3), Jeremias (3), Tó Zé (3), Bernardino (3), Mata (3), Amaral (3), Gustavo (3), Lalanda (3), Carlitos (3), David (3) e Bento (3)
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Escalos de Cima- Tiago Fazenda (3), Carronda (3), Robalo (1), Luís Afonso (4), Paulinho (3), Valdemar (3), Cláudio (3), Beirão (3), Paulo Rodrigues (3), Cunha (3) e Hélio (2)
Treinador- Paulo Macedo
Substituições- David por Paulo Cardosa (3) aos 45 e Oleh Prokopets por Miguel (4) aos 53; Robalo por Ricardo (3) aos 35, Hélio por Hugo Duarte (3) aos 36 e Beirão por Carlitos (2) aos 69
Disciplina- Amarelos a Bernardino aos 69 e 90+3; Paulo Rodrigues aos 25, Paulinho aos 72, Luís Afonso aos 76, Carlitos aos 83 e Ricardo aos 90+2. Vermelho por acumulação de amarelos a Bernardino aos 90+3
Marcadores- Robalo (pb) aos 3; Paulinho aos 45

A figura do jogo- Miguel (Póvoa RM)- Entrar já com a segunda parte em andamento para substituir um guarda-redes com a qualidade de Oleh não deve ser nada fácil, mas Miguel provou que é um suplente à altura e com 3 defesas enormes segurou o ponto da sua equipa. Decisivo.

A Póvoa RM- Dominou praticamente toda a 1ª parte, viu o adversário fazer um auto-golo, criou mais situações, mas o golo que sofreu mesmo antes do apito para o descanso deve ter sido sentido como cubos de gelo. Na 2ª parte, mesmo sendo o adversário a dispôr das melhores oportunidades, nunca perdeu o controlo do jogo e a união, e com um Miguel à altura de Oleh, conservou o empate.

O Escalos de Cima- Não fosse o golo mesmo em cima do intervalo e podíamos escrever que o Escalos tinha chegado 45 minutos atrasado ao jogo. Com as alterações operadas por Paulo Macedo a equipa melhorou mas, umas vezes por inoperância, outras porque Miguel esteve intransponível, não foi além do empate.

Num jogo com pouca coisa para contar as equipas acabaram por dividir o domínio, com a Póvoa melhor na etapa inicial e com os visitantes mais pressionantes na 2ª parte.
Ainda alguns tomavam o seu lugar no campo da Póvoa de Rio de Moinhos e já Robalo tinha acertado na baliza errada. Logo aos 3 minutos, num lance aparentemente inofensivo, o número 4 do Escalos de Cima, numa tentativa de aliviar a bola para canto, acabou por, de cabeça, introduzi-la dentro das redes de Tiago Fazenda. Se este lance involuntário foi ou não a origem da exibição menos conseguida da equipa de Paulo Macedo nos largos minutos que se seguiram não sabemos, o que é certo é que, nesta altura a Póvoa aproveitou muito bem para tomar as rédeas do jogo e tudo se passava dentro do meio campo defensivo dos forasteiros, com a defesa a aliviar o perigo da forma que conseguia. Por outro lado, com o último reduto poveiro a jogar praticamente em cima da linha de meio campo, os escalenses nunca encontram a melhor forma para incomodar o ucraniano Oleh, que durante mais de meia hora foi apenas mais um espectador na solarenga tarde de domingo.
Parecia evidente que a Póvoa tinha que aproveitar o menor acerto do adversário para ampliar o marcador, porque seria quase impossível o Escalos fazer todo o jogo tão mau como fazia naquela altura. Mas isso não aconteceu. Paulo Macedo detectou as lacunas da equipa e, no espaço de um minuto fez sair Robalo, que teve uma tarde tremendamente infeliz, e Hélio, que não estava a ser útil ao sector mais ofensivo da equipa, e lançou Ricardo e Hugo Duarte. Foi aqui que as coisas começaram a mudar. Até ao intervalo o Escalos ainda conseguiu equilibrar e ia tentando de longe alvejar a baliza de Oleh, porque com bola corrida pelas alas não o estava a conseguir. E foi precisamente com um pontapé de fora da área que o capitão Paulinho acabou por empatar o jogo, mesmo antes do apito para o descanso de Ricardo Fontes.
Na segunda metade, com as posições rectificadas e com a desvantagem anulada, foi o Escalos a equipa que mais tentou chegar à vitória. O tempo de posse de bola foi maior, mas mesmo assim a equipa da casa nunca perdeu o controlo do jogo. Mesmo sendo obrigada a defender mais atrás, teve o jogo sob controlo, isto apesar de Miguel, que substitui Oleh aos 53 minutos ter sido obrigado a algumas intervenções de bom nível, 3 delas de elevado nível de dificuldade. Ao Escalos faltou uma pontinha de sorte e um keeper adversário menos inspirado para levar os 3 pontos da Póvoa, mas, pelo que fez nos primeiros 45 minutos, os da casa também não mereciam ficar de mãos a abanar. O empate acaba por ser o resultado justo num jogo em que cada equipa teve maior ascendente em cada uma das partes.

A arbitragem- Não teve influência no resultado mas não deixou de cometer erros. Não foram graves, mas podiam muito bem ter sido, como foi o caso de uma carga sobre o guarda-redes Miguel, dentro da pequena área, que Rui Dias viu e ainda levantou a bandeira, mas o lance prosseguiu sem consequências.

Discurso directo- Miguel, guarda-redes da Póvoa RM- “É sempre complicado entrar na segunda parte de um jogo, ainda por cima para substituir um grande guarda-redes como o Oleh. Foi um jogo que acabou por ter um resultado justo, na primeira parte tivemos boas oportunidades, que não concretizámos, e na 2ª metade acabámos por nos bater muito bem. O árbitro esteve bem”.

Discurso directo- Paulo Macedo, técnico do Escalos de Cima- “Entrámos no jogo só nos últimos minutos da 1ª parte mas, nos segundos 45 minutos não me lembro da Póvoa de Rio de Moinhos ter criado uma ocasião de golo. É um resultado com sabor a injustiça, mas os jogos não se ganham nem antes nem depois, tem que ser nos 90 minutos. O árbitro cometeu um ou outro erro mas não teve influência no decorrer do jogo”.

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