segunda-feira, março 13, 2006

PÓVOA RM- 1 ÁGUIAS DO MORADAL- 2


Águias avançam para a final depois de inverterem o placard

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- João Brás, auxiliado por Pedro Ribeiro e Paulo Abrantes
Póvoa RM- Oleh Prokopets, Bento, Barra, Mata, Hélio, Nuno Eusébio, Berto, Amaral, Álvaro, João Silva e Bernardino
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Águias do Moradal- Tiago Brás, Acácio, Tiago Mota, Gil, Spranger, David, Edmilson, Rui Paulo, Rato, Valadas e Aíldo
Treinador- António Belo e José Goulão
Substituições- Berto por Casal aos 62; Acácio por Tomás aos 45, David por Tabarra aos 68 e Gil por Fonseca aos 79
Disciplina- Amarelos a Mata aos 23, Álvaro aos 37, Bento aos 51 e Hélio aos 62; Edmilson aos 37, Acácio aos 45 e Spranger aos 79
Marcadores- João Silva aos 27; Tomás aos 53 e Tiago Mota aos 61

O Póvoa RM- Assumiu que sabia que era inferior ao adversário e acantonou-se no seu meio campo defensivo tentando, sempre que possível, partir para rápidos lances de contra-ataque. Na 1ª vez que chegou às redes contrárias marcou e teve mérito como segurou a vantagem até ao intervalo. Na 2ª parte não suportou a entrada muito forte da equipa do Estreito e acaba por sair de cabeça bem levantada da Taça de Honra José Farromba.

O Águias do Moradal- Durante a 1ª parte nunca conseguiu tirar proveito do intenso domínio de que beneficiou. Mesmo sofrendo um golo contra a corrente de jogo continuou sempre a jogar da mesma forma mas o maior tempo de posse de bola não deu frutos até ao descanso. Na 2ª parte, com Tomás a juntar-se a Valadas e Tiago Mota, a força no ataque foi reforçada e os golos da cambalhota acabaram por surgir com naturalidade.

Num jogo entre duas equipas de escalões diferentes, tanto Póvoa de Rio de Moinhos como Águias do Moradal desde início mostraram saber qual o papel que a cada uma competia. A equipa da casa, conhecedora das suas limitações e da força do adversário, desde cedo se acantonou no seu meio campo, defendendo sempre que possível longe da baliza de Oleh Prokopets, com uma boa ocupação dos terrenos mais recuados, e a tentar, sempre que possível, espreitar o contra-ataque. Do outro lado, o Águias do Moradal assumiu por inteiro a iniciativa de jogo e fazendo valer o estatuto de favorito desde início que se instalou dentro do meio campo adversário.
Apesar destas premissas, e sendo verdade que a Póvoa se defendia muito bem, a equipa do Estreito nunca conseguiu transformar o seu domínio e o seu muito maior tempo de posse de bola em oportunidades de golo. Era um domínio estéril que não podia agradar a António Belo e José Goulão.
Até que aos 27 minutos, e na primeira vez que a Póvoa chegou à baliza adversária, aconteceu o golo. João Silva aproveitou bem um livre vindo do lado direito para atirar para o fundo das redes de Tiago Brás.
Este golo não foi suficiente para alterar o jogo e por isso, o 1-0 ao intervalo era um prémio justo para a forma como a Póvoa se defendia de um adversário que sabia ser superior.
E foi no descanso que o Águias do Moradal deu o primeiro passo rumo à final. Acácio, que tinha visto um amarelo ao cair do pano, fica nos balneários e Tomás aparece no jogo para se juntar a Tiago Mota e Valadas. Esta substituição acabou por dar frutos quase imediatos. Aos 53 minutos David cruza da esquerda, Tiago Mota ainda toca na bola, e Tomás aparece na pequena área a atirar para o empate. Oito minutos depois os papéis invertem-se. Tomás assiste Tiago Mota para este adiantar de forma definitiva a sua equipa no marcador.
O Estreito corrigia uma lacuna que tinha sido evidente nos primeiros 45 minutos e a Póvoa via-se irremediavelmente em situação de desvantagem. Até final continuou a ser o conjunto do Estreito a mandar no jogo e, apesar da Póvoa ainda assustar em duas ocasiões, acabou por segurar a vantagem que lhe permite estar de volta à final da Taça de Honra José Farromba.

A arbitragem- Não teve um jogo muito difícil de dirigir porque também teve o mérito de resolver bem as situações mais difíceis. Não teve lances duvidosos, não foi preciso actuar disciplinarmente além do amarelo e por isso merece nota muito positiva.

Discurso directo- Rui Melo, técnico da Póvoa RM- “Não é fácil jogar com o Estreito, que é uma equipa da 1ª divisão, e nós somos o elo mais fraco, como se viu em termos de arbitragem. O Estreito na 2ª parte entrou mais forte, fez dois golos, mas pareceu-me que um em fora de jogo. Fizemos uma boa prova na Taça mas… foi pena. Não foi só pela arbitragem que perdemos mas há lances que contam muito, que fazem com que haja desmotivação e desconcentrações”.
Discurso directo- José Goulão, técnico do Águias do Moradal- “Sabíamos que era um jogo difícil, porque qualquer equipa gosta de ir a uma final e, neste caso a Póvoa tinha uma oportunidade única de chegar lá. Sofremos um golo contra a corrente do jogo, mas o domínio foi nosso na totalidade. Cada equipa joga com as armas que tem mas a Póvoa usou excesso de anti-jogo e demonstrou falta de desportivismo num lance no final. Os jogadores mantiveram uma postura irrepreensível e podíamos ter resolvido o jogo mais cedo. O árbitro foi um pouco no anti-jogo do adversário mas globalmente esteve bem”.

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