segunda-feira, outubro 23, 2006
OLEIROS- 0 TEIXOSENSE- 1
Teixosense leva a melhor em tarde diluviana
Campo Américo dos Santos, Orvalho
Árbitro- Francisco Madeira, auxiliado por Hugo Gomes e David Afonso
Oleiros- João Luís, Quim Garcia, Andriaça, Tiago Ventura, Tiago Paulo, João Faria, João André, Carlitos, Tabarra, Norberto e Cunha
Treinador- José Ramalho
Teixosense- Canário, Jorge Daniel, Roque, Samuel, Ricardo Casteleiro, Marco, João Bruno, João Real, Luís Pedro, Hélder Morais e Bilha
Treinador- Vítor Palmeirão
Substituições- João Faria por José Bernardo aos 58, Tabarra por Naves aos 58 e Tiago Paulo por Hélio aos 77; Bilha por Ricardo Sousa aos 62 e Marco por Tiago Felizardo aos 71
Disciplina- Amarelos a Quim Garcia aos 71 e Andriaça aos 84 e 87; Hélder Morais aos 25, João Real aos 71 e Ricardo Sousa aos 90. Vermelho por acumulação de amarelos a Andriaça aos 87
Marcador- Hélder Morais aos 47
O Oleiros- O maior tempo de posse de bola que teve na 2ª parte não foi traduzido em oportunidades de golo e, por isso acabou por perder. O melhor que conseguiu foi acertar no poste da baliza de Canário, numa altura em que dominava claramente porque o Teixosense também estava interessado em segurar a vantagem que tinha conseguido.
O Teixosense- Depois de uma primeira parte muito equilibrada e que deu para ver que, quem marcasse primeiro, provavelmente ganharia o jogo, entrou bem na 2ª parte e aproveitou da melhor forma um livre directo para chegar à vantagem. Depois defendeu-se muito bem e, em contra-ataque, ainda assustou o último reduto oleirense.
Não foi um jogo bem jogado, nem podia ser devido à tarde diluviana que se abateu sobre a região na tarde de domingo e que foi tornando o pelado no Orvalho quase impraticável impedindo que qualquer uma das equipas conseguisse jogar com a bola rente ao solo.
Logo de início deu para ver que as oportunidades de golo iam ser escassas e que a equipa que menos erros cometesse, e conseguisse aproveitar um erro do adversário, provavelmente iria conseguir avançar para os quartos de final da Taça de Honra José Farromba.
Depois de 15 minutos iniciais em que o jogo foi muito concentrado no centro do terreno e em que os guarda-redes não passaram de meros espectadores de um jogo com muita luta e entrega de parte a parte, mas com poucos motivos de interesse, acabou por ser o Teixosense que primeiro conseguiu um ligeiro ascendente. Entre os 15 minutos e a meia hora de jogo os visitantes tiveram na posse do sinal mais mas, curiosamente, foi nesse período que a equipa de José Ramalho conseguiu as suas melhores oportunidades até então. Primeiro foi Norberto aos 19 minutos que, depois de um centro de Cunha, permitiu a defesa de Canário e 10 minutos depois foi o próprio Cunha que atirou ao lado da baliza do Teixosense.
Ultrapassados os 30 minutos o cariz do jogo alterou-se. A predominância ofensiva passou para o lado dos da casa mas, tal como aconteceu no período de domínio do Teixosense, foi neste período em que era o Oleiros que controlava que chegaram os dois lances de maior perigo da equipa de Vítor Palmeirão. Aos 39 minutos Roque testou o seu pé esquerdo num livre directo e atirou ao lado e, dois minutos depois, Hélder Morais, aproveitando uma falha de intercepção de Quim Garcia, rematou forte mas ao lado da baliza de João Luís.
O nulo ao intervalo aceitava-se e confirmava-se a ideia que referimos no início: quem marcasse muito provavelmente venceria o jogo.
E esta teoria seria mesmo reforçada logo no 2º minuto depois do reatamento. Na sequência de um livre directo a 3 metros da área e ligeiramente descaído para a esquerda, Hélder Morais bateu em folha seca sem hipóteses para o keeper oleirense.
Até final a história do jogo resumiu-se a uma entrega total de uma equipa, o Teixosense, na defesa do resultado que lhe era favorável e a procurar arrumar a questão em contra-ataque, e ao desespero de outra formação, o Oleiros, que a perder em casa e num jogo a eliminar fez todos os possíveis para tentar inverter a tendência do jogo. É certo que nem sempre o fez da melhor forma e que apesar de mais tempo de posse de bola apenas dispôs de uma oportunidade clara, quando Cunha acertou em cheio no poste direito da baliza de Canário, mas não é menos verdade que, as condições do tempo e do terreno estavam agora mais favoráveis à equipa que defendia o resultado que lhe convinha.
E no final a tese com que iniciámos esta análise acabou mesmo por se confirmar: ganhou mesmo a equipa que cometeu menos erros e que marcou primeiro.
A arbitragem- Começou com um episódio no mínimo hilariante. Francisco Madeira, antes mesmo do jogo começar, mandou Vítor Palmeirão sair do banco alegando que não estava inscrito no boletim de jogo. Três minutos depois o auxiliar David Afonso chamou o seu chefe de equipa e lá lhe disse que quem estava castigado era o treinador do Oleiros e não Vítor Palmeirão. O árbitro só teve um remédio: dirigiu-se a Vítor Palmeirão, pediu-lhe desculpa e autorizou-o a regressar ao banco. Antes de tomar a atitude que tomou devia procurar ter certeza do que estava a fazer… Quanto ao jogo, o terreno e a muita chuva não o ajudaram mas acabou por não ter influência no resultado final.
Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Penso que houve poucos erros de parte a parte, nós erramos uma vez e o Teixoso aproveitou um livre. Foi um jogo com poucas oportunidades de golo e só não dou os parabéns aos meus jogadores porque eles não ganharam. O empate seria o resultado mais justo mas o futebol é feito de golos. Quanto ao árbitro, não sei o livre que deu o golo do Teixosense existe ou não mas, tirando essa dúvida, penso que não teve influência no resultado”.
Discurso directo- Vítor Palmeirão, técnico do Teixosense- “As equipas conheciam-se bem, o Ramalho tentou surpreender, mas nós fizemos um jogo muito concentrado, de raça, também alteramos a nossa maneira de jogar mas o que realço é o grande trabalho da minha equipa e foi uma questão de marcarmos o golo e defendermos bem. Desde o jogo com o Oleiros para o campeonato não comento as arbitragens. Quanto ao episódio no início… a mim tudo me acontece no distrital… quem está castigado era o José Ramalho e não eu. Ainda bem que conseguiu corrigir a tempo, mas tudo isto era evitável se houvesse um pouco mais de atenção”.
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