segunda-feira, outubro 09, 2006
CLUBE DO PINHAL SENTE-SE PERSEGUIDO PELAS ARBITRAGENS
Vitória de Sernache ameaça abandonar o Distrital de Castelo Branco
A derrota no Paúl frente ao Unhais da Serra foi a gota de água que fez acabar com a paciência do presidente do Grupo Desportivo Vitória de Sernache.
As críticas às actuações dos árbitros começaram na segunda jornada, quando o Vitória sofreu o golo do empate no Teixoso já em períodos de compensações e com o treinador António Joaquim a referir no final do jogo arbitrado por Ricardo Alexandre que “o árbitro, mesmo pressionado como estava, vinha a fazer um trabalho aceitável. Viu o que quis, ouviu o que quis e só para um lado, e penalizou-nos no lance que dá o empate. Se calhar eu já sabia que isto ia acontecer. Quando fui ver as nomeações no site da AFCB eu já sabia que estas coisas iam acontecer. Anda alguém constantemente a perseguir-nos… continuem!”. No domingo seguinte as críticas dirigiram-se a Bruno Nave e à sua equipa por ter validado um golo ao Valverde quando, segundo o presidente do clube António Guerra “ o jogador que o marca está um metro e meio fora de jogo”.
No último domingo o alvo das críticas dos vitorianos foi Márcio Lopes. O juiz que dirigiu o jogo frente ao Unhais da Serra assinalou uma grande penalidade contra a equipa do Pinhal aos 92 minutos. Mas o problema parece nem ter sido esse. É que o guarda-redes Vilela defendeu a grande penalidade mas o árbitro, por indicação do seu assistente Cláudio Santos, mandou repetir a cobrança. Daí nasceu o golo que acabou por decidir o jogo.
No final da partida António Guerra explodiu e chega ao ponto de dizer que “se ninguém fizer nada marco uma Assembleia-geral do clube e abandonamos o Distrital e avanço por outros meios”.
Antes disso, o líder do emblema de Sernache de Bonjardim diz que vai “fazer uma exposição ao Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Castelo Branco e pedir uma reunião para saber o que se está a passar em relação ao Vitória de Sernache e para pôr os pontos nos is. Isto assim parece que já há aqui qualquer coisa… Se nada for feito, e como já há os apitos dourados, azuis e vermelhos então vou elaborar um dossier e entregar às autoridades judiciais! Eu não sei o que é que o senhor árbitro tem contra o Vitória de Sernache, o que é certo é que o resultado é injusto e o penalty é repetido só para haver golo do Unhais da Serra. Nada me move contra o Unhais, prezo muito o Unhais, mas o que é certo é que foi defraudada a verdade do jogo. Tudo o que aconteceu no jogo de hoje (domingo) tem como único responsável o senhor árbitro. Eu dou sempre o benefício da dúvida aos árbitros mas o que é certo é que estas arbitragens já não se usam. Este já é o terceiro jogo em que somos prejudicados! Não se pode andar a gastar dinheiro e esforço humano para depois acontecer isto! Eu quero é jogar futebol e ter um futebol limpo!”.
Já depois de terminado o jogo no Paúl, no caminho para os balneários, Márcio Lopes informou o delegado do Vitória que Rogério, suplente não utilizado, também está considerado expulso, e mandou ainda identificar António Joaquim, que viu o jogo da bancada por se encontrar a cumprir o primeiro de 3 jogos de castigo, por alegadamente “estar a protestar na bancada”, esclarece o técnico do Sernache. E António Joaquim continua, “ora se na bancada estão 150 pessoas porque é que ele me manda identificar só a mim e não o faz logo no local, ou depois já no túnel quando passou por mim acompanhado pela GNR, sem que eu lhe tenha dirigido qualquer palavra, mas só depois nos balneários?”. Ao que apurámos, já no final, também o presidente do Estrela de Unhais da Serra terá sido mandado identificar pelo árbitro à GNR. António Guerra também teve a mesma sorte, isto porque “lhe disse que não estava a actuar bem! Mas o que é isto? Vivemos na República das Bananas ou isto é uma ditadura do árbitro? O Sernache sente-se tremendamente prejudicado e assim não vale a pena estar a investir numa equipa. Ou as coisas são como são ou então retira-se a equipa!”.
O técnico vitoriano não se conforma com aquilo que diz “ser uma perseguição a mim e ao clube. No domingo anterior, no jogo com o Valverde, fui expulso com dois cartões amarelos e apanhei 3 jogos de castigo, e hoje acontece isto”. Também para o habitual guarda-redes dos vitorianos a paciência chegou aos limites e por isso “tomei a decisão de entregar os meus cartões, o de jogador e o de treinador, à Direcção do meu clube e eles que os entreguem na Associação de Futebol de Castelo Branco ou que façam o que entenderem! O que eu não posso é andar a prejudicar a minha vida particular, uma entidade e um grupo de jogadores por andar a ser perseguido e a ser tratado como um arruaceiro”. Apesar de tudo António Joaquim não abandona o clube e acrescenta que “espero, na qualidade de sócio, que o presidente e a Direcção do clube vão em frente com as formas de actuar que referiu o presidente no final do jogo frente ao Unhais”.Podemos estar no início de mais um caso do nosso futebol, desta vez ao nível distrital. Este é o primeiro capítulo de uma história que pode vir a ter mais desenvolvimentos caso o presidente do Vitória de Sernache avance com as promessas feitas no final do jogo entre o seu clube e o Unhais da Serra no último domingo. No pior cenário equacionado por António Guerra, o clube a que preside pode mesmo abandonar o Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco.
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