quarta-feira, outubro 12, 2005

MONSANTO- 0 AD FUNDÃO- 0


Vale mais um ponto na mão…

Campo de Jogos de Monsanto
Árbitro- Paulo Paiva, auxiliado por Hugo Mão de Ferro e Paulo Martins (Portalegre)
Monsanto- Nuno Martins, Cedric, Nobre, Gameiro, Rubenilson, Moleiro, Tuca, Filipe, Leandro, Tamandaré e Pedro Fazenda
Treinador- Arsénio Fazenda
AD Fundão- Nuno Morais (4), André Cunha (3), Rui Reis (3), Ricardo Morais (3), Carlos Miguel (3), Óscar Menino (3),Nuno Batista (3), Luciano (4), Vaz Alves (3), Ricardo Ramos (3) e Bruno Nogueira (3)
Treinador- Joca
Substituições- Tuca por Moita aos 58, Leandro por Vitinho aos 68, Filipe por João Martins aos 70; Nuno Batista por Luís Pedro (2) aos 70, Ricardo Ramos por Mariano (2) aos 77 e Ricardo Morais por Pedro Martins (1) aos 89
Disciplina- Amarelos a Filipe aos 58 e Nobre aos 66; Carlos Miguel aos 51 e Luciano aos 59

A figura do jogo- Nuno Morais – Teve alguns pequenos falhanços a sair de entre os postes mas é um dos grandes responsáveis por manter a baliza da sua equipa inviolada. Na primeira parte contribuiu com um punhado de boas intervenções e na segunda, apesar de ter tido menos trabalho, mostrou sempre atenção e segurou o nulo no último minuto com uma boa estirada.

A AD Fundão- Entrou demasiado receosa do adversário e, durante os primeiros 45 minutos quase não conseguiu sair do seu meio campo, defendendo, apesar de tudo, sempre bem. Na segunda metade soltou-se mais e até teve momentos do jogo em que dominou. Fica a sensação que, se arriscasse um pouco mais, poderia trazer mais qualquer coisa, mas mais vale um ponto no bolso do que três a voar…

No jogo terminado fica a sensação que a Desportiva poderia ter conseguido algo mais do que o ponto. Depois de nos primeiros 45 minutos ter sido o Monsanto a ter a iniciativa de jogo praticamente desde o minuto inicial, o Fundão respondeu de outra forma na segunda metade, conseguindo até dispor de boas oportunidades para chegar ao golo.
Mas a juventude e a falta de experiência na 3ª divisão da grande maioria dos jogadores que compõem o plantel da Desportiva do Fundão levaram a que a equipa entrasse a medo no jogo… demasiado receosa para o que o Monsanto realmente vale. Aproveitando a forma recuada como o Fundão se espalhou no campo, onde muitas vezes a linha de meio campo se confundiu com a defensiva e o trio mais ofensivo se limitava a estar pela zona do meio campo, o Monsanto pressionou a todo o campo obrigando os fundanenses a defender sempre muito perto da sua área de rigor mas sempre com uma atenção e uma colocação em campo que nunca permitiram ao adversário criar grandes situações de golo, e as que foram criadas lá estava Nuno Morais para com uma mão cheia de boas intervenções segurar o nulo até ao descanso. Costuma dizer-se que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, mas neste caso não se confirmou o ditado popular.
Para a segunda metade poder-se-ia esperar mais do mesmo, só que não foi bem assim. É verdade que a Desportiva do Fundão continuou a dar uma lição de bem defender, só que o Monsanto também já não dominava o jogo com tanta clareza e a falta de frescura física provocada pelo calor e pelo jogo realizado na última quarta-feira, começava a fazer-se notar. Para além disso, e porque o público também já demonstrava de forma evidente a sua impaciência, o Monsanto atacava já mais com o coração que propriamente com a cabeça o que, de certa forma, favorecia e muito as intenções do Fundão.
Estávamos sensivelmente a meio da segunda metade quando começou a dar a forte sensação que o Fundão, se não tinha sofrido o golo até àquela altura, também já não seria a partir daí. E por outro lado também já eram mais frequentes e melhor sucedidas as iniciativas ofensivas dos beirões que até aí se tinham revelado demasiado respeitadores do adversário. Vaz Alves, Ricardo Ramos e Bruno Nogueira também já davam trabalho à defensiva da casa e tanto na sequência de cantos, como de livres do último terço do terreno o Fundão cheirou o golo em três ocasiões. Mas, curisamente, voltaria a ser Nuno Morais a figura mais importante, quando já em período de compensações desviou um remate de meia distância de Tamandaré. Se o destaque para Nuno Morais é merecido, é também justo fazer sobressair a excelente exibição de Luciano. É certo que toda a defensiva trabalhou muito para que o Monsanto ficasse a zero, mas a exibição de Luciano merece um destaque especial porque marcou Tamandaré, um avançado brasileiro muito difícil de segurar e que Luciano “meteu”, quase sempre, “no bolso”.

A arbitragem- Paulo Paiva teve o mérito de tornar fácil aquilo que poderia ser complicado, especialmente se tivermos em atenção as reduzidas dimensões do terreno de jogo. Não inventou e com erros de pormenor assinou um bom trabalho.

Discurso directo- Joca, técnico da AD Fundão- “É sempre bom pontuar fora, e é muito importante ir pontuando porque a equipa é muito jovem. Começámos hoje a amealhar pontos. Nós entramos em todos os campos para pontuar, seja um ou três pontos. Se esta equipa tivesse mais experiência tínhamos vencido hoje aqui, tal como teríamos vencido na Idanha. Gostei da resposta que a equipa deu nos últimos 15 minutos”.

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