segunda-feira, setembro 03, 2007

PAMPILHOSA- 0 BENFICA CB- 0


Faltou o golo para premiar um jogo sempre controlado

Campo Germano Godinho, Pampilhosa
Árbitro- Ivan Vigário, auxiliado por Filipe Ramalho e Tiago Costa (Porto)
Pampilhosa- Joca, Jonathan, Pedro Silva, Ivo, Moleiro, Silvestre, Alex, Luís Miguel, Pedro Penela, Bebé e Ricardo Suiço
Treinador- Luís Simões
Benfica CB- Hélder Cruz (3), Gil (4), Tarzan (3), Nuno Marques (3), Miguel Vaz (5), Ricardo Viola (3), Trindade (3), Milton (4), Ricardo António (4), Célio (2) e João Peixe (2)
Treinador- António Jesus
Substituições- Alex por Chano aos 52, Ricardo Suíço por Félix aos 61 e Bebé por André Costa aos 76; Tarzan por Cristophe (3) aos 55, Célio por Daniel Fernandes (2) aos 55 e João Peixe por Bruno Gonçalves (1) aos 81
Disciplina- Amarelos a Pedro Penela aos 31, Ricardo Suíço aos 60, Silvestre aos 67, Bebé aos 74 e Félix aos 90+1; Ricardo António aos 15, Célio aos 27 e Gil aos 49

A figura do jogo- Miguel Vaz – Uma garra impressionante que dura 90 minutos. Não parou um segundo, dobrou os colegas do sector mais recuado quando foi necessário, e iniciou a maioria dos lances de ataque da sua equipa. Apenas no remate não mostrou a pontaria ainda afinada.

O Benfica CB- Subiu claramente de rendimento em relação ao jogo com o Caldas. Na 1ª parte jogou o jogo pelo jogo e na segunda cedeu a iniciativa ao adversário para explorar o contra-ataque. Dispôs das melhores oportunidades para marcar mas… ainda falta a primeira vitória.

De uma semana para a outra, António Jesus apenas trocou, no onze inicial, Daniel Fernandes por Milton. E foi precisamente Milton em conjunto com Miguel Vaz, a que se juntou uma defesa de betão, que estiveram na base de uma exibição muito consistente, e que serviu para mostrar que, tal como o Caldas, também o Pampilhosa não se mostrou superior aos encarnados.
Apesar de jogar fora do seu reduto e de não ter conseguido uma exibição e um resultado muito positivo na jornada inaugural, o Benfica e Castelo Branco entrou no jogo frente ao Pampilhosa com a disposição de encarar o adversário nos olhos e discutir o resultado. E mesmo com mais de 30 graus que se registaram durante o jogo, os albicastrenses mostraram uma grande disponibilidade física e maior entrosamento, e isto permitiu que, logo aos 5 minutos, Tarzan estivesse muito perto de inaugurar o marcador. O Pampilhosa acusou o aviso e revelava medo de ultrapassar a linha divisória de meio campo. Ou medo, ou um misto de receio daquilo que o Benfica era capaz, e de incapacidade perante a forma muito organizada como Jesus espalhou o seu onze pelo terreno de jogo. O quarteto defensivo era composto por Nuno Marques à direita e Trindade à esquerda, com Gil a fazer dupla no centro com o capitão Ricardo António, Milton e Miguel Vaz eram os homens que jogavam mais perto da defesa mas que, em simultâneo tinham a tarefa de iniciar a fase de construção de jogo da sua equipa. Na frente, nada de novo: Peixe, que voltou a ser o homem mais adiantado mas ainda longe do Peixe da última temporada, tinha nas suas costas Célio, que no domingo esteve uns furos abaixo do que já prometeu, Tarzan subia pela direita e Viola fazia o mesmo do lado oposto. Estava perfeito, e depois de uma primeira parte com bola cá, bola lá, e em que fica ainda o registo para um remate de Milton que levou a bola a passar muito perto do poste direito da baliza de Joca, os dados pareciam lançados para uma boa segunda parte.
Para a etapa derradeira, sem mexidas nos onzes, apenas se alterou a atitude do Benfica. António Jesus terá pensado, e parece-nos que bem, que seria mais fácil chegar ao golo, convidando o adversário a subir no terreno para depois explorar os espaços que se viessem a abrir dentro do meio campo do Pampilhosa. E assim foi. Luís Simões caiu no engodo, e o Pampilhosa passou então a ter mais tempo de posse de bola mas o mais difícil era mesmo chegar ao último terço do terreno. Por outro lado, tal como Jesus pretendia, os encarnados começaram a desenhar mais lances ofensivos, mas a opção do último passe nem sempre foi a melhor. Mesmo assim, foi ao Benfica que pertenceu a melhor oportunidade do jogo quando Ricardo Viola subiu pela esquerda, cruzou para a área, João Peixe não chegou, mas mais atrás estava Cristophe para atirar ao poste esquerdo da baliza contrária. Quase que era o canto do cisne. E a verdade é que só faltou mesmo o golo para António Jesus poder dizer que a sua táctica resultou em pleno. Já no último minuto de compensações chegou o maior susto para os de Castelo Branco. Chano apareceu livre de marcação na única falha da dupla de centrais, e acabou por cabecear ao lado das redes de Hélder Cruz.
Se os jogadores do Benfica tivessem hipótese de ver o vídeo deste jogo iriam rapidamente chegar à conclusão que, só não ganharam porque não decidiram bem quando tiveram vários contra-ataques em superioridade numérica nos segundos 45 minutos. Mas o importante, para além da conquista de mais um ponto, é ver que a equipa está claramente em subida de rendimento.

A arbitragem- Um trio portuense muito jovem que não mostrou grande qualidade. Não seguiu um critério uniforme, mas a tem a seu favor o facto de não influenciar o resultado.

Discurso directo- António Jesus, treinador do Benfica CB- “Na primeira parte jogámos de igual para igual e na segunda cedemos o domínio ao adversário, mas controlámos sempre o jogo e foram nossas as melhores ocasiões de golo. Notou-se que o Pampilhosa é uma equipa mais competitiva, mas temos que ter em atenção que fizeram jogos de pré-temporada contra equipas como o Boavista e o Beira-Mar. Estamos no início, e as coisas vão com calma. Parece-me que há aqui jogadores, que vêm de outros campeonatos, e que não estão habituados a ganhar, mas hoje estou contente com a atitude. A arbitragem foi habilidosa”.

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