segunda-feira, dezembro 18, 2006

PÓVOA RM- 0 OLEIROS- 0


Domínio repartido traduz-se em nulo

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- Márcio Lopes (3), auxiliado por Henrique Martins e Cláudio Santos
Póvoa RM- Oleh Prokopets (3), Jeremias (3), Tó Zé (3), Bernardino (3), Mata (3), Jorge Mota (3), Hugo Louro (4), Gustavo (3), Carlitos (3), Hugo Inácio (3) e Bento (3)
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (3), Martinho (3), Hugo Andriaça (4), Tiago Paulo (3), João Luís Faria (3), Quim Garcia (3), Carlitos (3), Cunha (3), Norberto (3) e João André (3)
Treinador- José Ramalho
Substituições- Gustavo por David (-) aos 87; João Luís por Tabarra (2) aos 52 e Norberto por José Bernardo (3) aos 74
Disciplina- Amarelos a Jorge Mota aos 39; Quim Garcia aos 66, Tiago Paulo aos 90 e Paulinho aos 90+2
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A figura do jogo- Hugo Andriaça (Oleiros)- É o esteio da equipa na missão defensiva e é especialista em desmarcações de longa distância. Claramente a voz de comando da sua equipa.

O Póvoa RM- Num jogo com escassas oportunidades de golo, foi Hugo Louro que teve a melhor chance da sua equipa para marcar quando, ainda na 1ª parte, na tentativa de encontrar o seu melhor pé para rematar, perdeu demasiado tempo e deixou chegar um adversário. Nos últimos 20 minutos defendeu mais, muito por culpa do Oleiros que carregou mais para tentar levar os 3 pontos.

O Oleiros- Quando se criam poucas chances para marcar torna-se imperioso aproveitar alguma delas. O Oleiros teve duas oportunidades claras, a primeira por Tabarra, que isolado atirou muito por cima, e a segunda por José Bernardo, que de cabeça levou a bola à trave. Esteve mais pressionante nos últimos minutos mas foi uma equipa pouco incisiva.

Póvoa e Oleiros proporcionaram um jogo muito disputado mas pouco atractivo aos olhos do público que assistiu ao jogo. As duas equipas criaram apenas 3 situações de golo eminente em 90 minutos e, por esse motivo, ambas saem penalizadas com o nulo no marcador.
Durante os primeiros 25 minutos o jogo disputou-se muito na zona central do terreno, com as duas equipas a terem muitas dificuldades em levar a bola com perigo junto das redes adversárias. Este período menos bonito do jogo valeu apenas e só pela garra e pelo empenho que os jogadores de ambos os lados puseram ao serviço do jogo.
A partir daí, as coisas melhoraram substancialmente e passou a haver um ligeiro ascendente por parte do conjunto da casa que, mesmo tendo mais tempo de posse de bola e estando mais tempo dentro do meio campo defensivo do adversário, apenas por uma vez conseguiu chegar com perigo à baliza de João Luís. Hugo Louro isolou-se pelo lado esquerdo e, quando já estava praticamente na pequena área, demorou muito tempo à procura do seu melhor pé, permitindo o alívio por parte de um defensor oleirense.
O nulo ao intervalo era um resultado justo para as duas equipas porque já tinham desperdiçado 25 minutos do tempo de jogo.
Na segunda parte as coisas começaram mais ou menos com o mesmo sentido do final da primeira parte e sempre com as duas equipas com dificuldades em penetrar na teia defensiva do seu opositor. As defensivas levavam sempre vantagem em relação aos ataques e, de forma natural, oportunidades… nem vê-las.
Até que aos 52 minutos José Ramalho mexe na equipa. João Luís Faria sai tocado e Tabarra entra na equipa que acaba por ganhar outra dinâmica. O Oleiros tentava tomar o comando do jogo e por volta dos 65 minutos conseguiu começar a superiorizar-se, de forma gradual ao seu opositor. A Póvoa, ou por uma questão estratégica ou mesmo por cansaço dos seus jogadores refugiou-se no seu meio campo e viu o caudal ofensivo do Oleiros aumentar. Mas apesar de tudo sem grandes problemas para o seu último reduto. A melhor oportunidade do jogo aconteceu aos 68 minutos, quando Tabarra se conseguiu isolar mas acabou por atirar muito por cima da baliza de Oleh e a quatro minutos do final foi José Bernardo, que entrou muito bem no jogo, que cabeceou à trave da baliza contrária. Estavam desperdiçadas as duas melhores ocasiões para os forasteiros.
Um jogo que não deixou grandes saudades, com o nulo a ser um castigo para as duas equipas.

A arbitragem- Sem ter influência no resultado tem dois erros que podemos considerar mais graves. O primeiro ao não atender à indicação do seu auxiliar para a marcação de um pontapé de canto para a Póvoa e o segundo num derrube de Andriaça a Mata à entrada da área do Oleiros que não foi sancionado.

Discurso directo- João Zarro, técnico da Póvoa RM- “Penso que é um resultado justo num jogo em que as duas equipas tiveram os seus períodos de domínio. As equipas encaixaram mas as defesas superiorizaram-se aos ataques e daí as poucas oportunidades de golo e o nulo final. Pareceu-me que houve um penalty a nosso favor que não foi marcado, mas os árbitros são pessoas sérias, mas nesse lance não estiveram bem.”.
Discurso directo- Quim Garcia, jogador do Oleiros- “Desde o primeiro ao último minuto fomos sempre a melhor equipa, mas tivemos azar porque não conseguimos concretizar nas duas boas oportunidades que tivemos. Merecíamos a vitória num jogo em que o árbitro esteve muito bem”.

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