Ganhar cedo e saber gerir
Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Rui Rodrigues, auxiliado por Pedro Ferreira e Diogo Santos, de Lisboa
Benfica CB- Hélder Cruz (4), Gil (3), Tarzan (2), Miguel Vaz (4), Ricardo Viola (4), Trindade (3), Milton (3), Prata (3), Cristophe (3), Ricardo António (3) e Célio (2)
Treinador- António Jesus
SL Nelas- Armando, Gora, Tiago I, Lage, Paulinho, Oliveira, Diogo, Rui Santos, Landing, Gilmar e Saraiva
Treinador- Mazola
Substituições- Tarzan por Daniel Fernandes (3) aos 23, Milton por João Peixe (2) aos 63 e Cristophe por Tiago Marques (2) aos 73; Diogo por Tiago II aos 54 e Paulinhopor Ruan aos 86
Disciplina- Amarelos a Prata aos 45+1, Trindade aos 60, Milton aos 60, Gil aos 61 e Célio aos 90+4; Saraiva aos 50, Landing aos 70 e Rui Santos aos 90+2. Vermelho directo a Oliveira aos 9
Marcadores- Cristophe aos 8 e Miguel Vaz aos 16 e 27; Gilmar aos 60
A figura do jogo- Miguel Vaz – Que tem um pé esquerdo fabuloso já todos sabem, mas este ano está a conseguir aliar as boas exibições aos golos. Mais uma tarde muito positiva do canhoto albicastrense que somou mais dois golos na sua conta pessoal.
O Benfica CB- Entrou bem, marcou logo aos 8 minutos, no minuto seguinte passou a jogar contra 10, e antes da meia hora já vencia por 3-0. Que mais se pode pedir? De repente tornou-se fácil, aquilo que poderia parecer complicado antes do jogo começar. Apenas não gostámos dos primeiros 20 minutos da segunda parte. Muita displicência, provavelmente provocada pelo resultado confortável.
Marcar cedo e cedo resolver, resulta e vale três pontos! Foi mais ou menos o que aconteceu ao Benfica e Castelo Branco numa recepção ao Sport Lisboa e Nelas que se adivinhava difícil mas que acabou por se tornar fácil com as diversas incidências na primeira meia hora de jogo.
O jogo ainda nem tinha assentado e já o Benfica e Castelo Branco se apanhava em vantagem. Cristophe aproveitou bem uma bola perdida dentro da grande área adversária para empurrar para o 1-0, dando vantagem aos encarnados logo no minuto 8.
O minuto seguinte também contribuiu, e muito, para o resto do filme. Oliveira tem uma entrada muito dura pelas costas a um adversário e é punido com vermelho directo, que nem levantou dúvidas, uma vez que nem os encarnados de Nelas esboçaram qualquer protesto, tão evidente foi a entrada demasiado agressiva.
Com 1-0 e mais um homem em campo, a equipa de António Jesus passou então a dominar o jogo. O Nelas só esporadicamente se acercava com perigo das redes de Hélder Cruz e o Benfica, mesmo sem fazer das exibições mais convincentes da época, chegou aos 2-0 aos 16 minutos na sequência de um pontapé fantástico de Miguel Vaz, de pé esquerdo claro, a mais de 25 metros da baliza e que levava, logo na origem, o selo de golo. A tranquilidade aumentava ainda mais, e o regresso às vitórias, 5 jogos depois, estava cada vez mais perto de acontecer.
Quem não quis passar ao lado da festa do Benfica e participar também de forma directa num golo, foi o guarda-redes Armando, que aos 27 minutos, transformou um remate quase inofensivo de Miguel Vaz no terceiro golo albicastrense. Um “piu-piu” que acabou por elevar o marcador para 3-0.
Até ao descanso nada se alterou e via-se que os 3 pontos estavam assegurados, faltando apenas saber quais seriam os números finais.
Só que, se por um lado um resultado destes transmite confiança a quem o tem do seu lado, por outro também pode funcionar como força de descompressão fazendo com que a equipa não seja obrigada a correr atrás de coisa nenhuma, uma vez que o resultado está conseguido. Foi assim durante os primeiros 20, 25 minutos da segunda parte. O Nelas, mesmo com menos uma unidade passou a ter mais tracção à frente, mais por culpa da maneira displicente como o Benfica regressou dos balneários do que por mérito, mas a verdade é que passou a mandar no jogo, a ter mais tempo de posse de bola e a jogar mais tempo dentro do meio campo adversário.
Foi preciso um golo do Nelas para que a normalidade do jogo voltasse a ser reposta. Aos 60 minutos Gilmar marcou na sequência de uma penalidade que nos deixou, no mínimo, muitas dúvidas, mas que serviu, em simultâneo para acordar a equipa do Benfica e voltar a pô-la nos trilhos do que tinha feito, principalmente na primeira meia hora de jogo. Os encarnados voltaram a estar por cima no jogo e passaram então a criar lances quase sucessivos de perigo, o maior dos quais desperdiçado por Tiago Marques depois de Armando ter defendido para a frente um cabeceamento quase mortal de João Peixe.
Até final os encarnados dominaram, e controlaram, e estiveram sempre mais perto de fazer o 4-1 do que o Nelas de reduzir para 3-2. Com esta vitória, a meta do 6º lugar volta a estar mesmo ali mas, é preciso ter em atenção que, para além dos muitos jogos que ainda faltam disputar, há muitas equipas na mesma luta. Com 13 pontos, tal como os encarnados, estão também o Caldas, o Tourizense, o Nelas e o Pampilhosa… sintomático no que toca ao equilíbrio.
A arbitragem- Sem erros de grande monta, que pudessem ter influência no resultado, apenas o lance do penalty de que resultou o golo do Nelas pode deixar algumas dúvidas. Num primeiro momento, quando apitou, ficou-nos a nítida sensação que iria mostrar amarelo ao jogador visitante por tentar iludi-lo. Depois, sem que nada o fizesse prever, acabou por apontar para a marca de castigo máximo…
Discurso directo- António Jesus, treinador do Benfica CB- “Conseguimos uma boa vitória que podia ter sido por números mais expressivos. É certo que beneficiámos de superioridade numérica desde muito cedo, mas o objectivo principal foi conseguido, a vitória. No início da segunda parte os jogadores relaxaram em demasia, porque é complicado continuar a jogar da mesma forma estando a ganhar por 3-0 mas, depois do golo do Nelas, voltámos ao nosso normal e gerimos o jogo muito bem, dispondo ainda de boas situações para ampliar o resultado. A arbitragem esteve bem, deixando-me apenas dúvidas o lance da grande penalidade porque, se há penalty, então há muitos desses em todos os jogos. Em relação à atitude da equipa, a minha conversa com a equipa no intervalo do jogo na Ponte de Sôr, teve efeitos logo na 2ª parte desse jogo, e hoje mantivemos a postura que eu quero”.
Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Rui Rodrigues, auxiliado por Pedro Ferreira e Diogo Santos, de Lisboa
Benfica CB- Hélder Cruz (4), Gil (3), Tarzan (2), Miguel Vaz (4), Ricardo Viola (4), Trindade (3), Milton (3), Prata (3), Cristophe (3), Ricardo António (3) e Célio (2)
Treinador- António Jesus
SL Nelas- Armando, Gora, Tiago I, Lage, Paulinho, Oliveira, Diogo, Rui Santos, Landing, Gilmar e Saraiva
Treinador- Mazola
Substituições- Tarzan por Daniel Fernandes (3) aos 23, Milton por João Peixe (2) aos 63 e Cristophe por Tiago Marques (2) aos 73; Diogo por Tiago II aos 54 e Paulinhopor Ruan aos 86
Disciplina- Amarelos a Prata aos 45+1, Trindade aos 60, Milton aos 60, Gil aos 61 e Célio aos 90+4; Saraiva aos 50, Landing aos 70 e Rui Santos aos 90+2. Vermelho directo a Oliveira aos 9
Marcadores- Cristophe aos 8 e Miguel Vaz aos 16 e 27; Gilmar aos 60
A figura do jogo- Miguel Vaz – Que tem um pé esquerdo fabuloso já todos sabem, mas este ano está a conseguir aliar as boas exibições aos golos. Mais uma tarde muito positiva do canhoto albicastrense que somou mais dois golos na sua conta pessoal.
O Benfica CB- Entrou bem, marcou logo aos 8 minutos, no minuto seguinte passou a jogar contra 10, e antes da meia hora já vencia por 3-0. Que mais se pode pedir? De repente tornou-se fácil, aquilo que poderia parecer complicado antes do jogo começar. Apenas não gostámos dos primeiros 20 minutos da segunda parte. Muita displicência, provavelmente provocada pelo resultado confortável.
Marcar cedo e cedo resolver, resulta e vale três pontos! Foi mais ou menos o que aconteceu ao Benfica e Castelo Branco numa recepção ao Sport Lisboa e Nelas que se adivinhava difícil mas que acabou por se tornar fácil com as diversas incidências na primeira meia hora de jogo.
O jogo ainda nem tinha assentado e já o Benfica e Castelo Branco se apanhava em vantagem. Cristophe aproveitou bem uma bola perdida dentro da grande área adversária para empurrar para o 1-0, dando vantagem aos encarnados logo no minuto 8.
O minuto seguinte também contribuiu, e muito, para o resto do filme. Oliveira tem uma entrada muito dura pelas costas a um adversário e é punido com vermelho directo, que nem levantou dúvidas, uma vez que nem os encarnados de Nelas esboçaram qualquer protesto, tão evidente foi a entrada demasiado agressiva.
Com 1-0 e mais um homem em campo, a equipa de António Jesus passou então a dominar o jogo. O Nelas só esporadicamente se acercava com perigo das redes de Hélder Cruz e o Benfica, mesmo sem fazer das exibições mais convincentes da época, chegou aos 2-0 aos 16 minutos na sequência de um pontapé fantástico de Miguel Vaz, de pé esquerdo claro, a mais de 25 metros da baliza e que levava, logo na origem, o selo de golo. A tranquilidade aumentava ainda mais, e o regresso às vitórias, 5 jogos depois, estava cada vez mais perto de acontecer.
Quem não quis passar ao lado da festa do Benfica e participar também de forma directa num golo, foi o guarda-redes Armando, que aos 27 minutos, transformou um remate quase inofensivo de Miguel Vaz no terceiro golo albicastrense. Um “piu-piu” que acabou por elevar o marcador para 3-0.
Até ao descanso nada se alterou e via-se que os 3 pontos estavam assegurados, faltando apenas saber quais seriam os números finais.
Só que, se por um lado um resultado destes transmite confiança a quem o tem do seu lado, por outro também pode funcionar como força de descompressão fazendo com que a equipa não seja obrigada a correr atrás de coisa nenhuma, uma vez que o resultado está conseguido. Foi assim durante os primeiros 20, 25 minutos da segunda parte. O Nelas, mesmo com menos uma unidade passou a ter mais tracção à frente, mais por culpa da maneira displicente como o Benfica regressou dos balneários do que por mérito, mas a verdade é que passou a mandar no jogo, a ter mais tempo de posse de bola e a jogar mais tempo dentro do meio campo adversário.
Foi preciso um golo do Nelas para que a normalidade do jogo voltasse a ser reposta. Aos 60 minutos Gilmar marcou na sequência de uma penalidade que nos deixou, no mínimo, muitas dúvidas, mas que serviu, em simultâneo para acordar a equipa do Benfica e voltar a pô-la nos trilhos do que tinha feito, principalmente na primeira meia hora de jogo. Os encarnados voltaram a estar por cima no jogo e passaram então a criar lances quase sucessivos de perigo, o maior dos quais desperdiçado por Tiago Marques depois de Armando ter defendido para a frente um cabeceamento quase mortal de João Peixe.
Até final os encarnados dominaram, e controlaram, e estiveram sempre mais perto de fazer o 4-1 do que o Nelas de reduzir para 3-2. Com esta vitória, a meta do 6º lugar volta a estar mesmo ali mas, é preciso ter em atenção que, para além dos muitos jogos que ainda faltam disputar, há muitas equipas na mesma luta. Com 13 pontos, tal como os encarnados, estão também o Caldas, o Tourizense, o Nelas e o Pampilhosa… sintomático no que toca ao equilíbrio.
A arbitragem- Sem erros de grande monta, que pudessem ter influência no resultado, apenas o lance do penalty de que resultou o golo do Nelas pode deixar algumas dúvidas. Num primeiro momento, quando apitou, ficou-nos a nítida sensação que iria mostrar amarelo ao jogador visitante por tentar iludi-lo. Depois, sem que nada o fizesse prever, acabou por apontar para a marca de castigo máximo…
Discurso directo- António Jesus, treinador do Benfica CB- “Conseguimos uma boa vitória que podia ter sido por números mais expressivos. É certo que beneficiámos de superioridade numérica desde muito cedo, mas o objectivo principal foi conseguido, a vitória. No início da segunda parte os jogadores relaxaram em demasia, porque é complicado continuar a jogar da mesma forma estando a ganhar por 3-0 mas, depois do golo do Nelas, voltámos ao nosso normal e gerimos o jogo muito bem, dispondo ainda de boas situações para ampliar o resultado. A arbitragem esteve bem, deixando-me apenas dúvidas o lance da grande penalidade porque, se há penalty, então há muitos desses em todos os jogos. Em relação à atitude da equipa, a minha conversa com a equipa no intervalo do jogo na Ponte de Sôr, teve efeitos logo na 2ª parte desse jogo, e hoje mantivemos a postura que eu quero”.
Discurso directo- Mazola, treinador do SL Nelas- “Fizemos uma primeira parte ridícula! Sofremos golos ridículos, tivemos um jogador expulso de forma ridícula… enfim, nem nos iniciados estas situações acontecem! Nós estávamos avisados para todas estas situações… Foi uma exibição totalmente absurda. A perder 3-0 ao intervalo, e com um jogador a menos, não há milagres nem táctica que resista! Louvo apenas a 2ª parte, onde acabámos por marcar um golo, que não chegou. A arbitragem não comento”.
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