terça-feira, fevereiro 07, 2006
PEDRÓGÃO SP- 5 OLEIROS- 0
Pedrógão meteu Oleiros no bolso
Campo Tenente Manuel Morais, em Pedrógão de São Pedro
Árbitro- Mário Rui, auxiliado por Sérgio Correia e Gonçalo Carreira
Pedrógão SP- Tiago, Ricardo Silva, Vasco Guerra, Óscar, Flávio Cruz, Flávio Cunha, Brígida, Chico, Mário Pina, Filipe e Ricardo Constantino
Treinador- Xana
Oleiros- Nuno, Norberto, Tiago, Meira, Paulo, Quim Garcia, Carlitos, João André, Sena, Ludovico e Canário
Treinador- Hélio e Chico Lopes
Substituições- Ricardo Silva por Manuel aos 68, Brígida por Mateus aos 76 e Flávio Cruz por Caronho aos 86; Paulo por Naves aos 28, Carlitos por Trindade aos 43 e João André por Zé Bernardo aos 57
Disciplina- Amarelos a Brígida aos 51 e Óscar aos 65; João André aos 37
Marcadores- Flávio Cruz aos 10, Brígida aos 31, Chico aos 34, Filipe aos 67 e Vasco Guerra aos 75
O Pedrógão SP- Em muitos períodos do jogo fez o que quis de um adversário que mostrou pouca vontade jogar. Parecia que uns jogavam a 100 e outros a 10. Mostrou que, quando o adversário deixa jogar, como foi o caso, que trata bem a bola já que dispõe de excelentes executantes. Fez uma mão cheia de golos mas ainda sobrou mais outra mão… cheia de oportunidades.
O Oleiros- Nunca foi a equipa que, mesmo esta temporada, já mostrou noutras partidas. Alguns jogadores estiveram totalmente ausentes, passaram ao lado do jogo e mostraram pouca vontade e ambição. É certo que o adversário é mais forte mas podiam-lhe ter dificuldade um pouco mais a tarefa. O que se passa no Oleiros?
Pedrógão de São Pedro e Oleiros voltavam a encontrar-se, desta vez em Pedrógão e em jogo a contar para os quartos de final da Taça de Honra José Farromba. Depois de há 15 dias o Oleiros ter estado a vencer acabando por perder por 1-3, no jogo de domingo a história foi completamente diferente e por dois motivos essenciais: porque o Oleiros nunca conseguiu ser aquela equipa que jogou a 1ª parte do jogo do campeonato e porque o Pedrógão de São Pedro foi neste jogo uma equipa com uma exibição constante que nunca permitiu grandes aventuras ao seu adversário.
Depois de ter sido o Oleiros a dar o primeiro sinal de perigo com um remate de Paulo, foi mesmo o Pedrógão que chegou à vantagem logo aos 10 minutos com um pontapé forte de Flávio Cruz. Daí até ao golo de Brígida aos 31 minutos a história resume-se a um domínio intenso dos da casa com um Oleiros apático, sem ideias, muito mais lento que o adversário e com extremas dificuldades em sair com a bola jogável do seu meio campo. Não foi, por isso, de estranhar que Brígida aumentasse para 2-0 novamente com um remate potente e colocado de fora da área.
E 3 minutos volvidos o placard volta a mexer. A defesa do Oleiros andou completamente aos papéis e Chico aproveitou bem um cruzamento que chegou do lado direito para, em salto de peixe, atirar para o fundo das redes do desamparado Nuno.
O 3-0 ao intervalo deixava no ar um cheiro intenso a goleada, principalmente pelo que os oleirenses não tinham feito nos primeiros 45 minutos.
Com a eliminatória mais do que decidida, e com margem confortável no marcador, a equipa de Xana deixou que passasse a ser o adversário a ter a iniciativa de jogo, mas o mais estranho é que o Oleiros não conseguia ter o controlo do jogo. Ficava à vista de todos que os pedroguenses eram sempre mais rápidos sobre a bola e mostravam mais alegria de jogar. É certo que nenhuma equipa pode mostrar grande alegria a perder por 3-0, mas o Oleiros nunca se conseguiu mostrar como uma equipa ambiciosa, mesmo quando os números ainda não eram tão desequilibrados.
A equipa de Hélio e Chico Lopes tentava jogar dentro do meio campo adversário mas nunca conseguia chegar com perigo junto das redes de Tiago.
Do outro lado, e agora quase sempre em rápidos lances de ataque, o Pedrógão criava várias situações para dar forma à goleada e Filipe aos 67 minutos faz o quarto da sua equipa sem surpresa para ninguém. O Oleiros desejava o fim do jogo o mais rápido possível porque este era já um jogo mais que perdido e, mais que isso, uma partida onde a equipa se mostrou sempre muito distante e que, por isso, correu mal desde início até final.
Mas o jogo não terminaria sem o habitual golo de Vasco Guerra. Todos já devem saber como se movimenta o gigante central, mas a verdade é que o deixam fazer aquilo que ele tanto gosta, marcar. Na sequência de um canto que Ricardo Constantino levantou do lado direito, Vasco apareceu ao segundo poste com marcação de Canário mas nem precisou de saltar. Estava selada uma goleada que acaba por ser escassa para tanta produção ofensiva do Pedrógão. O Oleiros sai bem castigado já que dispôs apenas de uma situação real de golo por intermédio de Ludovico já na parte final do jogo.
A arbitragem- Actuação regular apenas manchada por um desentendimento entre árbitro e assistente do lado dos bancos e por um ou outro cartão que podia ter sido mostrado e não o foi, mas registe-se que o jogo também foi sempre correcto.
Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Encontrámos algumas facilidades mas nós também estivemos bem porque tentámos diminuir o futebol da equipa adversária e elevar mais o nosso. Chegamos ao intervalo a vencer por 3-0 e depois preocupamo-nos em continuar a jogar bem e principalmente em não sofrer golos. Estamos de parabéns e agora não escondo que o objectivo é vencer a Taça José Farromba, mas vamos pensar jogo a jogo. Não comento a arbitragem”.
Discurso directo- Hélio, técnico do Oleiros- “Quem viu o jogo, viu a equipa do Pedrógão marcar 5 golos e falhar mais 5 ou 6. O Pedrógão foi muito melhor que nós e desejo-lhes boa sorte na Taça. Hoje correu tudo mal, do início ao fim. Os jogadores não entraram bem no jogo e sofreram um golo muito cedo. Uma equipa jogou muito à bola porque a outra também deixou jogar. Hoje qualquer árbitro dirigia este jogo”.
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