terça-feira, fevereiro 14, 2006
ESCALOS DE BAIXO- 0 OLEIROS- 2
Tão natural como a diferença entre as duas equipas
Campo Neves Lopes, Escalos de Baixo
Árbitro- Luís Carlos Cruz (3), auxiliado por Bruno Duarte e Hugo Gomes
Escalos de Baixo- David (3), Daniel (2), Norberto (2), Cunha (3), Cláudio Fazenda (3), Fábio (2), Vítor Hugo (2), Roberto (2), Barata (2), Josué (2) e Luís (2)
Treinador- João Andrade
Oleiros- Nuno (3), David (3), Chico Lopes (4), Carlitos (4), Paulo (3), João André (3), Trindade (3), Meira (3), Naves (4), Ludovico (3) e Zé Bernardo (3)
Treinador- Hélio e Chico Lopes
Substituições- Gameiro por Luís por Roger (2) aos 45; João André por Hélio (3) aos 62, Trindade por Canário (1) aos 62 e Zé Bernardo por Quim Garcia (2) aos 62
Disciplina- Amarelos a Cláudio Fazenda aos 21, Cunha aos 27 e Roberto aos 42
Marcadores- Naves aos 18 e Ludovico aos 28
A figura do jogo- Naves (Oleiros)- Um miúdo com 17 anos que já joga como gente grande. Não se intimida no um para um e abriu caminho para a vitória da sua equipa com um golo pleno de oportunismo. É possuidor de uma boa técnica individual e de uma rapidez incomodativa para quem o marca.
O Escalos de Baixo- Defendeu melhor do que em outros encontros mas continua a revelar dificuldades extremas em sair para o ataque. Como se não bastassem todas as dificuldades que são conhecidas, João Andrade, para este jogo, tinha um único suplente…
O Oleiros- Apagou a má imagem deixada no jogo da Taça em Pedrógão de São Pedro, mas, com os jogadores que possui no plantel tem que valer mais que o que mostrou frente aos Escalos. Dois golos são muito pouco para bater uma equipa que vive uma época penosa.
O Oleiros aproveitou a deslocação ao terreno do Escalos de Baixo para limpar a má imagem deixada na última semana na deslocação a Pedrógão de São Pedro para a Taça de Honra José Farromba.
Com algumas alterações do onze inicial, a equipa de Hélio e Chico Lopes desde cedo tomou conta do jogo. Apenas nos primeiros cinco minutos o Escalos de Baixo tentou dar um ar da sua graça, mas nada que pudesse pôr em perigo a estrutura defensiva da equipa do Pinhal. Depois disso os oleirenses pegaram definitivamente no jogo e comandaram a seu belo prazer, mas sem nunca deslumbrar ou tendo muitos momentos de bom futebol. Com o meio campo seguro, e ganho pela diferença de valores entre os jogadores das duas equipas que povoavam aquela zona do terreno, o Oleiros tinha muito mais tempo de posse de bola que o adversário e passava grande parte desse tempo dentro do meio campo defensivo adversário, e apesar de revelar, por vezes, dificuldades em ultrapassar a linha defensiva da equipa de João Andrade conseguiu chegar ao golo logo aos 18 minutos por intermédio de Naves, um júnior que já passa despercebido entre os seniores. O capitão Carlitos levantou um livre do lado direito do seu ataque e Naves, pleno de oportunismo, ganhou as costas da defesa do Escalos para, de cabeça, bater o keeper David. Poder-se-ia pensar que estava feito o mais difícil, mas este golo não aqueceu nem arrefeceu a produção das duas equipas, porque o jogo continuou exactamente da mesma forma, com um Oleiros a jogar q.b. para continuar a dominar o seu antagonista e com um Escalos de Baixo que se limitava a defender e a tentar sair em jogadas de contra-ataque.
Até que novo lance de bola parada trás o resultado que haveria de ser o final. Ludovico bate um livre em posição frontal, a bola desvia na barreira e trai o guarda-redes escalense. Acabava por ser um golo com sorte mas que o Oleiros tinha feito por merecer.
Até ao intervalo e em todos os 45 minutos da segunda parte o jogo continuou sempre a mostrar a mesma ideia. O Oleiros mais dominador, a jogar sem deslumbrar, mas a ter um jogo que serviu essencialmente para que os jogadores recuperassem alguma da confiança perdida, até porque está aí um derby com o vizinho Águias do Moradal. O Escalos de Baixo voltava a mostrar as lacunas que exibe praticamente desde o início do campeonato. A muita juventude e inexperiência dos jogadores continua a pagar-se com resultados. A ver vamos se esta época para esquecer vai servir no futuro para que estes jogadores ainda possam vir a mostrar o seu potencial.
Em suma, um resultado que se aceita perfeitamente e com uma diferença de golos a condizer.
A arbitragem- Estreou-se na 1ª Distrital e merece nota positiva. Teve falhanços, como todos têm, mas não complicou numa fase em que o jogo podia ter endurecido em demasia. Nessa altura usou com propósito o cartão amarelo mas ainda deixou alguns por mostrar. Desejamos-lhe sorte.
Discurso directo- João Andrade, técnico do Escalos de Baixo- “Eu sabia que era difícil porque estávamos muito condicionados. Mas com os cinco jogadores habituais titulares que hoje não jogaram, o Oleiros via-se e desejava-se para ganhar o jogo. Perdemos com dois golos ingénuos por falta de maturidade da minha equipa. Este árbitro esteve muito bem, é jovem e eu disse-lhe no final para continuar assim porque é destes árbitros que o futebol precisa”.
Discurso directo- Hélio, técnico do Oleiros- “Ainda falhámos em aspectos fundamentais do jogo. Houve muita intranquilidade na definição das jogadas, as marcações não são as mais correctas, mas vamos ver… Agora temos um jogo motivante frente ao Estreito e vamos ver se este jogo serviu para os jogadores recuperarem a confiança. Quanto ao árbitro, os cartões amarelos são para se mostrar e ele teve o cuidado de não mostrar dois amarelos ao mesmo jogador do Escalos, porque houve entradas muito duras durante o jogo”.
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