segunda-feira, fevereiro 20, 2006

BENFICA CB- 1 PORTOMOSENSE- 0


Benfica salva-se em compensações

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Augusto Costa, auxiliado por António Costa e Manuel Garcia (Aveiro)
Benfica CB- Carlos Soares (3), Ricardo Pinto (3), Gervásio (3), Daniel Matos (3), Miguel Vaz (2), Andy (2), Telmo (3), Cláudio (2), Prata (2), Ricardo António (3) e Trindade (2)
Treinador- Quim Manuel
Portomosense- Sérgio, Hugo Almeida, Ricardo Cunha, Millá, Emanuel, Miranda, Morgado, Oziel, Fred, Quim Quim e Bruno Filipe
Treinador- Nuno Presume
Substituições- Gervásio por José Luís (1) aos 60 e Prata por Daniel Fernandes (1) aos 77; Quim Quim por Corte Real aos 65 e Millá por Maquemba aos 81
Disciplina- Amarelos a Andy aos 28, Miguel Vaz aos 50, Prata aos 75, Daniel Matos aos 80, Ricardo António aos 84 e Ricardo Pinto aos 90+3; Emanuel aos 16, Hugo Almeida aos 42, Ricardo Cunha aos 45, Quim Quim aos 49 e Corte Real aos 87
Marcador- Daniel Matos aos 90+2

A figura do jogo- Carlos Soares – Num jogo em que os jogadores tiveram exibições muito iguais e niveladas por baixo, o guarda-redes dos albicastrenses evitou, na 2ª parte, que o Portomosense se adiantasse no marcador em duas ocasiões com outras tantas defesas de grande nível. Determinante.

O Benfica CB- Não realizou uma grande exibição, quer por culpa própria, quer pelo adversário que teve pela frente, quer também pelo estado muito pesado do relvado. Podia ter ido para o descanso em vantagem mas o auxiliar do lado da bancada invalidou incorrectamente um lance em que Ricardo Pinto acabou por marcar. Na 2ª parte viu o adversário ser mais perigoso mas acabou por conseguir uma vitória feliz já em tempo de compensação.

Era mais uma final, das muitas que o Benfica e Castelo Branco ainda tem que disputar até final do campeonato. Esta, porém, com a agravante de também ser um jogo importantíssimo para o adversário dos encarnados, uma vez que o Portomosense só tinha mais um ponto na tabela classificativa.
E a verdade é que as equipas acusaram em demasia o facto de ambas estarem obrigadas a não perder, com o Benfica, por jogar em casa, estar praticamente obrigado a somar os três pontos para conseguir ultrapassar o seu adversário na tabela classificativa e assim ganhar mais um balão de oxigénio para enfrentar as próximas jornadas.
Com um terreno pesado que não permitia grandes pormenores técnicos, foram os encarnados que dispuseram da primeira oportunidade. Ainda só estava jogado o primeiros minuto e já Andy tinha nos pés a melhor oportunidade da sua equipa para atirar para golo, mas o remate, ou coisa parecida, acabou por nem sair…
Dois minutos depois e Millá também teve a sua oportunidade para marcar. O jogo prometia mas não passaria mesmo de promessas… é que a partir desse momento a toada morna instalou-se de tal forma que o perigo nunca mais andou perto de nenhuma das balizas. As forças estavam muito concentradas a meio campo e aquilo que tinha ameaçado vir a ser um bom espectáculo de futebol acabou por se transformar num autêntico marasmo de ideias com as duas equipas a acusarem em demasia a responsabilidade do jogo e a actuarem mais com o coração do que propriamente com a cabeça.
Mesmo assim a melhor oportunidade desses primeiros 45 minutos pertenceu ao conjunto de Quim Manuel. Na sequência de um cruzamento do lado direito do ataque dos encarnados tirado para o segundo poste, Ricardo Pinto apareceu vindo de trás e fez o golo. O problema é que Ricardo António já lá estava em posição irregular e o auxiliar já estava com a bandeira levantada para assinalar a infracção. Um lance mal ajuizado por António Costa que penalizava os encarnados ao intervalo.
Na segunda parte o espectáculo foi ainda mais pobre. O Benfica não conseguia levar perigo junto das redes de Sérgio, porque o meio campo da equipa de Porto de Mós era mais forte, e porque o trio mais ofensivo dos encarnados não funcionava, especialmente Andy que se mostra ainda muito deslocado nesta equipa.
Do outro lado, Carlos Soares teve então oportunidade para brilhar. Em duas ocasiões o keeper encarnado negou autenticamente o golo ao ataque dos forasteiros, e já em períodos de compensações, e quando todos já esperavam pelo final, eis que surge o golpe de sorte para os albicastrenses. José Luís levanta do lado direito e Daniel Matos, no sítio certo, atira de cabeça para o fundo das redes de Sérgio. Uma cabeçada que valeu três pontos conseguidos com sorte, é certo, mas que compensam outros perdidos quando a sorte nada quis com a equipa.

A arbitragem- Distribuiu amarelos ao desbarato, alguns perfeitamente desnecessários, e acabou por anular mal uma jogada que deu golo do Benfica, ainda na 1ª parte. A certa altura parecia embalado para um trabalho desastroso, mas acabou por se recompor. De qualquer forma só não teve influência no resultado porque os da casa marcaram quando já poucos esperavam.
Discurso directo- Quim Manuel, treinador do Benfica CB- “A equipa está ansiosa e isso nota-se, mas também é precioso realçar que a outra equipa defendeu-se muito bem. A equipa joga mais que o que fez hoje, mas devido à classificação acontecem exibições destas. Foi uma vitória arrancada a ferros. Tem havido muitas contrariedades e nunca se consegue manter a mesma equipa. Os reforços vieram das mais força ao ataque. O Andy é um jovem que precisa de treinar muito para conhecer bem a equipa. O árbitro não teve influência, mas é preciso referir que o jogo também foi difícil de dirigir. O lance do golo do Ricardo Pinto foi mal anulado porque não era ele que estava em posição de fora de jogo”.

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