terça-feira, novembro 15, 2005

VALVERDE- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 3


Sem espinhas!

Campo de Valverde
Árbitro- Paulo Abrantes (5), auxiliado por Ângelo Correia e José Bicho
Valverde- Pedro Raposo (2), Tiago Dias (3), Bruno Cruz (2), Gilberto Chiquita (3), Flávio Leal (2), Hugo Lobo (3), David Catorze (2), Nuno Martins (2), Luís Neves (3), Denis Martins (2) e Ângelo Vicente (2)
Treinador- Micas
Vitória de Sernache- António Joaquim (3), Carlos (3), Tomás (4), Fernando Miguel (3), Sérgio (3), Velho (3), Tiago (4), Dany (2), M´Passo (4), Paulo Lopes (4) e Nuno Alves (4)
Treinador- António Joaquim
Substituições- David Catorze por Gonçalo Ferreira (2) aos 63, Flávio Leal por Gui Sousa (2) aos 65 e Bruno Cruz por Rui Ferraz (1) aos 72; Dany por Leandro (3) aos 51, M´Passo por Luís António (1) aos 81 e Velho por Filipe (-) aos 85
Disciplina- Amarelos a Tiago Dias aos 17; Tomás aos 73 e Filipe aos 90
Marcadores- Paulo Lopes aos 3 e 79 e Nuno Alves aos 62

A figura do jogo- Paulo Lopes (Vitória de Sernache)- Está a fazer um grande início de campeonato e é raro o jogo em que não marca. Abriu e fechou o marcador, ambos os golos de cabeça, mas para além disso têm que se destacar também as várias vezes que recuou à sua grande área para auxiliar a sua defesa.

O Valverde- Só conseguiu ter algum domínio depois do Vitória já estar em vantagem por 2-0, mas também foi um domínio mais consentido do que propriamente conseguido. É uma equipa lutadora, muito batalhadora, mas que, mesmo quando está instalada no meio campo adversário tem muitas dificuldades em criar lances de perigo, e os poucos que cria não consegue concretizar.

O Vitória de Sernache- Entrou praticamente a ganhar o que, naturalmente lhe deu algum conforto. Dominou os primeiros 62 minutos de jogo, altura em que chegou ao 2-0, e depois limitou-se a controlar o adversário. É muito forte a defender e tem um trio ofensivo muito dinâmico que aproveita muito bem as oportunidades que a equipa cria. Continua tranquilamente na liderança do campeonato. E não é candidato!

Frente a um adversário que podia ser incómodo, o Vitória de Sernache entrou, tal como noutros jogos, determinado em fazer um golo o mais cedo possível de modo, não só a transmitir serenidade à própria equipa, mas principalmente para enervar o adversário que jogava em casa, perante o seu público, e por isso com responsabilidades acrescentadas.
E foi precisamente no primeiro lance de perigo do jogo que os vitorianos inauguraram o marcador. Nuno Alves trabalho muito bem pelo lado direito, cruzou com precisão, a defesa do Valverde ficou a ver a bola passar, e o oportuno Paulo Lopes só teve que empurrar de cabeça para o fundo das redes do desamparado Pedro Raposo.
O jogo começava como António Joaquim desejava e, ao invés, da pior maneira para Micas.
Mas as más condições atmosféricas, particularmente o vento, não deixavam as equipas jogar a bola rente ao solo, e isso acabava por tirar beleza ao espectáculo e patrocinar um futebol mais directo que nunca deu grandes resultados e, numa tentativa de mudar de estratégia, ambas as equipas optaram por tentar trocar a bola de pé para pé, o que provocou um jogo muito disputado na zona central com o meio campo das duas equipas densamente povoado. Nesta primeira metade, onde as oportunidades de golo foram escassas, o Vitória teve mais predominância e por diversas vezes pôs à prova um Pedro Raposo que se mostrou sempre muito inseguro entre os postes, raramente conseguindo segurar uma bola à primeira.
Do lado oposto, foi de uma saída em falso de António Joaquim que acabou por nascer a melhor oportunidade do Valverde, mas os homens da casa que estavam na boca do golo não foram suficientemente rápidos para conseguir atirar para o empate.
Para a segunda parte o Vitória sabia que marcar o 2-0 o mais rápido possível podia resolver o jogo, mas o Valverde tinha duas preocupações: não deixar o adversário chegar ao golo e atacar de forma a conseguir o empate. Mas aos 62 minutos, e novamente fruto de um falhanço da defensiva caseira, Nuno Alves ampliou a vantagem. Isolado frente a Pedro Raposo ainda permitiu uma primeira intervenção do keeper da casa mas na recarga não perdoou. Estava conseguido o objectivo que os de Sernache de Bonjardim perseguiam e mais complicada a tarefa do Valverde.
Este golo também ajudou a definir o resto do jogo. O Valverde passou a ter o domínio de que o Vitória abdicou, mas manteve o jogo e o adversário sempre controlado. António Joaquim que tinha falhado na primeira parte teve então oportunidade de se redimir com duas intervenções nas jogadas mais perigosas do Valverde. Primeiro tirou para canto um remate de David Catorze que apareceu isolado pelo lado esquerdo, e depois também mandou para canto um centro remate traiçoeiro que veio igualmente da esquerda do ataque adversário.
O 3-0 chegou aos 79 minutos numa altura em que o Valverde já tentava tudo em desespero e Paulo Lopes aproveitou para dar o melhor seguimento, novamente de cabeça, a um canto que partiu do lado direito.
Estava sentenciado um jogo que teve um vencedor justo e que mostrou as diferenças existentes entre as duas equipas.

A arbitragem- Passou perfeitamente ao lado do jogo. Apitou o que devia, mostrou os cartões aos jogadores que os mereceram, não teve lances polémicos e merece a nota máxima também porque os jogadores nada fizeram para lhe complicar o trabalho.

Discurso directo- Micas, técnico do Valverde- “Sabia que o adversário era muito poderoso mas quando entramos dentro do campo já a perder é muito complicado. O resultado é pesado, podíamos ter feito o empate na 2ª parte, não o fizemos, e depois o Sernache fez o 2-0 e foi um justo vencedor. O Paulo Abrantes é o melhor árbitro do Distrital”.
Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Fizemos tudo para conseguir este resultado mas, apesar de tudo, foi um jogo difícil para nós porque estava muito vento e não dava para jogar o futebol apoiado que nós gostamos. Tivemos o jogo sempre controlado e o 3-0 não sofre a mínima contestação. O árbitro nem dei por ele”.

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